Hero escrita por Julia Bonasera Taylor


Capítulo 4
Aresanob


Notas iniciais do capítulo

Demorei um pouco, mas estou aqui! Senti falta de alguns comentários :/
Boa leitura!



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Não sei como contar à Mac sobre o que está acontecendo. Nenhuma palavra aparece em minha mente para que eu comece a falar. Olho para minha sala, respiro fundo e volto minha atenção para meu melhor amigo.

—Vamos até minha sala. Tenho que lhe mostrar algo.

Ele concordou com a cabeça e fomos. Ao passar pela porta, olho para a lata de lixo e sinto meu coração ficar apertado. Me aproximo dela e pego a carta amassada. Vou até Mac e começo a contar.

—Estava em minha sala, organizando o que me pediu. Uma moça entrou e me entregou esta carta.

Entrego a Mac. Minhas mãos estão frias e tenho certeza que no momento não tenho cor alguma em minha face.

Não consigo decifrar o que sente ao ler a carta, mas parece preocupado.

—Sei que tudo isso pode ser alguma brincadeira de mau gosto, Mac, mas tenho medo. Me sinto seguida, não sei o que fazer. Recebi essa droga hoje e não sei como agir. Pareço uma garotinha em apuros sem a ajuda de seus pais! –Não aguento segurar as lágrimas dentro de mim e elas acabam rolando por minha face.

Ele se aproxima de mim e me envolve em seus braços, em um caloroso abraço.

—Não tenha medo, Stell! Estou aqui com você e irei te proteger. Investigaremos isso juntos, okay?

—Okay. Obrigada, Mac!

Ele deposita um beijo no topo de minha cabeça, que eu aprecio muito. Saímos do abraço e olhamos um para o outro.

—O que acha de passar alguns dias em casa, até que se sinta mais segura?

Uma oferta tentadora. Se quero aceitar? Claro! Mas não sei se devo. Não me sentirei confortável em sua casa. Já passei alguns dias lá várias vezes, mas agora o que sinto é diferente e não saberei como agir em sua frente. Ele perderá sua privacidade. Acho melhor ficar em casa mesmo. Meu coração se aperta, querendo aceitar, mas sabe que direi não.

—Melhor não, Mac. Irei atrapalhar...

—O que é isso, Bonasera? Já fez isso antes, qual o problema de fazer de novo?

—Nenhum, mas acho melhor eu ficar em casa mesmo. Não posso tirar sua privacidade por um medo bobo de menina!

—Isso não é um medo bobo de menina! Sabemos muito bem disso!

—Mesmo assim. Ficarei em casa e se algo acontecer, te aviso. Pode ser?

—Como quiser. Mas esperarei sua ligação todos os dias para me certificar de que está bem. Caso contrário, mando policiais em sua casa. E não diga que não, pois sabe que sou capaz!

—Sim senhor, Detetive Taylor!

Sorrimos um para o outro.

—Agora quero que vá pra casa. Sei que não vai querer, mas necessito que descanse. Se não fizer isso, não terá cabeça para a investigação. E se ficar cansada durante o processo, colocarei Lindsay para me ajudar em seu lugar.

—Mac... você sabe que não conseguirei dormir, não é mesmo?

—De qualquer maneira, deite e descanse. Dispensarei todos e irei para casa também. Uma forte chuva está a caminho.

Chuva? Ele disse isso mesmo? Agora sim gostaria de ter aceitado o convite de ficar em sua casa. Tenho pavor de trovão e raios. Não sei por qual motivo, mas desde pequena sou assim. Trauma talvez? Não me lembro!

—Bom... irei para casa então!

—Se cuide!

Pego de volta o envelope e vou para minha sala. Sento em minha cadeira e o encaro. Como um simples pedaço de papel com algumas letras podem aterrorizar tanto uma pessoa? O enfio dentro de minha gaveta, pego minhas coisas e vou embora.

No estacionamento do laboratório, entro em meu carro e respiro fundo. Sinto meu peito arder. Novamente tenho a sensação de estar sendo observada. Balanço a cabeça e dou partida no carro. Dirijo rapidamente, querendo chegar logo em casa. Espero que não tome nenhuma multa por isso. Ao chegar, estaciono o carro e entro correndo, dando um simples aceno para Henry. Tenho certeza que irá me perguntar sobre isso depois.

Ao entrar em meu apartamento, não quero saber de mais nada. A chuva está vindo, e eu estou com muito medo. Coloco uma roupa confortável qualquer e entro embaixo das cobertas. Deixo a luz do abajur acesa, pois não gosto do escuro.

Trovão.

Chuva.

Raios.

A energia acaba.

Permito que lágrimas corram pelo meu rosto. Ninguém está vendo. Não me importo. Estou tão encolhida embaixo das cobertas. Tudo o que eu queria agora era meu amigo comigo. Como sou burra!

POV Mac Taylor

Ao dispensar Stella, sinto-me culpado por não ter insistido até que ela aceitasse o pedido. Sei que não conseguirá descansar sozinha em seu apartamento. Há muito tempo não via minha amiga vulnerável daquela maneira. É sempre uma mulher forte, que lida com casos absurdos de NY. Raramente a vejo chorar.

Após dispensar todos, vou para meu apartamento.

...

Ao chegar, a luz acaba, sem ao menos deixar que eu procure alguma coisa para iluminar a casa ou mesmo que eu troque de roupa para dormir. Pego meu celular e tento iluminar as coisas. Mas ao liga-lo, nada mais me vem na cabeça, apenas ligar para Stella.

O telefone chama várias vezes. Quando penso em desistir, ela atende.

Stella: Alô? —sua voz estava fraca.

Mac: Está tudo bem, Stella? É o Mac.

Stella: Ah, oi, Mac. Tudo sim, e aí?

Mac: Também. Acabou a energia aí?

Stella: Infelizmente. E aí?

Mac: Não deu nem tempo de trocar a roupa.

Stella: Acabaram as minhas velas, então não sairei da cama até o amanhecer.

Mac: Quer que eu vá aí?

Stella: Não precisa, Mac. Pode ficar tranquilo.

Mac: Só estarei tranquilo aí. E agora?

Ela não responde por alguns segundos.

Stella: Okay. Estarei esperando.

Desligamos. Preparei alguns lanches para levar. Peguei uma troca de roupa e algumas velas. Tudo com a luz miserável do celular. Saio de meu apartamento e vou para o de Stella.

Ao chegar, a porta está destrancada. Entro e começo a procura-la.

—Stell? Onde está? Acabei de chegar!

—Estou no quarto!

Com a luz do celular, de novo, vou até seu quarto e sento-me na cama. Ela está encolhida, como uma garotinha assustada, com a necessidade de alguém para abraça-la e mandar seu medo embora.

—Hey... Estou aqui. –digo, tocando seu ombro, fazendo-a dar um pulo. –Acalme-se, sou eu.

—Oi, Mac... desculpe! –ela se senta em sua cama, parecendo mais calma. –Que bom que chegou!

—Trouxe algumas velas e algo pra gente comer. Posso usar sua cozinha?

—Mas é claro que sim!

—Vai ficar aqui ou vem comigo?

—Vou com você!

Vamos até a cozinha, onde começo a preparar tudo para que possamos lanchar.

Os minutos passam e percebo que Stella nada diz. Fico preocupado, mas resolvo falar algo para distraí-la. Sei exatamente no que ela está pensando.

—Ansiosa para provar os maravilhosos lanches do chef de cozinha Taylor?

—Claro, chef Taylor. Mas posso dizer que estou com um pouco de medo do gosto disso.

Nós dois rimos. É bom ver seu sorriso de novo. Mas após o ar da graça sumir, vejo seu rosto voltar a se fechar.

—Vamos comer? –eu digo.

—Sim, sim, por favor. Meu estômago agradece. –ela sorri.

Nos sentamos e começamos a devorar os sanduíches.

Pov Stella Bonasera

Com Mac aqui, me sinto mais tranquila. Ele me faz sentir protegida, e estou muito assustada. Uma simples carta está tornando cada segundo de meu dia um pesadelo que não posso acordar.

...

Aresanob. A mais bela de todas as esculturas gregas. O brilho de seu olhar não me deixa desistir de tê-la em meus braços novamente. Sigo seus passos, vejo sua bela face todos os dias. Não irei parar até conseguir terminar o que comecei. Aguarde... Logo, logo nos veremos novamente!

Com o amor de seu eterno namorado,

Frankie.


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Notas finais do capítulo

Leitores fantasmas... apareçam, por favor!
Até o próximo capítulo. Não esqueçam de comentar, hein?!
Beijos, CSIManíacos!



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