O Milênio escrita por Gabriel


Capítulo 1
2999


Notas iniciais do capítulo

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“O ser humano evoluiu bastante nos últimos mil anos. O câncer, tal como a aids e outras doenças consideradas incuráveis, hoje, possuem cura. Cegos, podem enxergar por meio de micro lentes. Surdos, voltam a ouvir, graças a células injetadas no órgão deficiente. Células regenerativa, que também são capazes de trazer de volta, membros amputados. Porém nada alcançou tanto impacto no progresso da humanidade quanto esta invenção revolucionária. Conseguimos ultrapassar, acidentalmente a velocidade da luz, o que resultou um processo de reversão no tempo espaço. Abriu-se então um portal, cujo destino, foi um passado distante até mesmo das espécies antes extintas, atualmente, recriadas por meio da engenharia genética e do uso de células regenerativas, os dinossauros. Esse foi o maior passo conquistado pelo homem. Descobrimos agora, a origem de nossa espécie. E o que antes era improvável, hoje desvendará muitos dos mistérios que nos questionávamos até um segundo atrás. Apresento-vos, a M. 3000. A máquina do tempo, que só era real nos filmes de ficção científica.”

Charlotte, lentamente, puxava a coberta que escondia o holograma da grande descoberta. Cientistas, empresários, imprensa, curiosos, todos estavam ali. Boquiabertos, Não falavam, nem comentavam. Estavam em choque.

— Amanhã, eu e mais cinco de nossos cientistas, vamos explorar o portal, que neste momento, encontra-se aberto no espaço. Fora os cientistas, dez homens também iram conosco, com armamento pesado, para nossa proteção. Será uma missão arriscada, pois apesar de ter dito que daria em um lugar no passado, nós não temos certeza. O portal possuí tamanho tal como uma janela. No início, era menor, entretanto, seu tamanho foi evoluindo.

Allen levantou a mão. Ela tinha cabelos curtos, escuros, olhos pretos e pele morena. Trabalhava na imprensa. Também, como todos ali, estava assustada. Porém, estava ali á trabalho.

— Você acaba de informar-nos que este portal era menor e a medida que o tempo passou, ele foi crescendo. Está do tamanho de uma janela, não foi o que disse?

— Sim, senhora. Foi o que eu acabei de falar.

— Agora então eu lhe pergunto, se ele crescer mais que o normal? Se ele, ficar maior que uma janela? Do tamanho... Do tamanho de uma porta? – Allen mostrou um tom de preocupação ao questionar a cientista.

Um burburinho tomou conta do ambiente. O susto, agora estava redobrado, triplicado. Charlotte respirou fundo, pediu para que todos se acalmassem.

— Senhora. Não existe essa hipótese. O portal, permanecerá no tamanho atual em diante.

— Como você sabe disso? – Levantou-se exaltada. – A senhora mesmo falou que o portal foi criado acidentalmente.

— Antes de causar tanto tumulto e medo às pessoas, senhorita Allen, melhor se acalmar, e ler bastante sobre física quântica e ciências. Nós sabemos aquilo que fazemos. - Charlotte respondeu ríspida.

Charlotte tinha seus 45 anos, muito bem dedicados à pesquisas espaciais, a ciência, a física, física quântica e química. Sempre andava com cabelos amarrados, sua pele era clara, seus olhos azuis, usava sempre um jaleco branco. Após o termino da coletiva, não recebeu um se quer aplauso. Apenas, temor e apreensão. Caminhou até a porta do elevador. Ao abrirem-se, entrou. Foi-se para o centésimo andar, a 50 quilômetros por hora. Lá esperavam toda a equipe, além de empresários, que durante muitos anos, financiavam todas as pesquisas da Sciences of mystery. Da sala de reuniões, podia-se ouvir os passos de seu salto agulha.

— Boa noite à todos. – Abriu a porta, séria, como de costume.

— Foi um ótimo discurso, Charlotte. – Elogiou Dorn, com seu puxa-saquismo.

Dorn, era um dos empresários que havia gastado trilhões de sua fortuna com o projeto 'Back in time', ou, Volta no tempo. Cabelos lisos, todo para atrás, pois exagerava no gel fixador. Não se via um fio de pé. Pele branca, sempre com terno slim fit, sua marca registrada, seguido pela barba. Tão bonito quanto um dos deuses da antiga Grécia. Só que sua ambição, se destacava mais do que tal.

— Não, não foi, e você sabe muito bem disso. Por sua culpa, eu não soube responder a pergunta feita por aquela jornalista.

— Minha culpa?! – Questionou sarcástico.

— Sim, sua culpa! – Sentou-se na cadeira que ficava ao extremo lateral direito da mesa retangular. –Você insistiu para que divulgássemos o portal agora, quando nem sabemos ainda onde é que ele vai dar. Além de sermos motivos de piada, caso descobrirem que o portal não vai dar em um lugar no tempo passado, ainda perderemos prestígio, as ações vão cair e você não vai mais nos dar crédito. Sem falar nos fanáticos religiosos. Se você acha que eles já faziam rebeliões por trazermos criaturas extintas à vida, imagine agora, que abrimos um portal no tempo do qual não temos nem noção do que seja e para onde vai dar.

— Se não fizéssemos isso agora, seria pior.– Dorn se sentou novamente. – Ouvi dizer que em algumas cidades, crianças por meio de seus telescópios podiam ver o buraco brilhante próximo da atmosfera terrestre. Isso geraria pânico e caos no mundo todo. Foi para o bem deles que eu antecipei a coletiva. Além do mais, agora é um pouco tarde pra recuar, pois o mundo inteiro já sabe de nossa descoberta. E é por isso que estamos aqui hoje. E pense que se as ações caírem, eu também perderei muito com isso, pois investi muito dinheiro nas pesquisas. George, Benjamin, Greta, Sebastian & Sara. Vocês, são os melhores cientistas, físicos, engenheiros, guias e historiadores do mundo. Por isso os chamamos aqui. Creio que se vieram, foi porque estão de acordo com nosso projeto.

— Eu sim. – Greta sacudiu a cabeça, tímida e ao mesmo tempo apreensiva. – Sem querer me comparar com a Charlotte, da qual admiro, sou muito inteligente. Foi de minhas mãos que sairão os atuais embriões de dinossauros da atualidade. Sou especialista em clonagem e células regenerativas. Consigo em menos de um segundo trazer a vida por meio de massa e CR, um ser vivo.

— Quanto a você George. Nos fale um pouco sobre seu trabalho envolvendo a física. – Disse Dorn.

— Eu atuo em praticamente todas as áreas da física: Física médica o ramo que atua na melhoria e criação de equipamentos hospitalares, a física de partículas, ramo que procura conhecer os constituintes fundamentais de toda a matéria presente no Universo, física nuclear, ramo responsável pelo estudo da matéria em nível nuclear, física de plasmas, ramo que desenvolve estudos com matéria no estado de plasma, astrofísica, ramo que estuda os planetas, estrelas, galáxias e demais objetos em grandes escalas, biofísica, ramo que busca a ligação entre os fenômenos biológicos e físicos, estudando aspectos elétricos, gravitacionais, magnéticos, nucleares fundamentados em fenômenos biológicos, entre muitas outras.

Benjamin...

— Bom. Eu sou um engenheiro químico. Trabalho com os processos industriais que empregam transformações físico-químicas. Crio técnicas de extração ou obtenção de matérias-primas, sua utilização e transformação em produtos químicos e petroquímicos, como tintas, plásticos, têxteis, papel e celulose. Desenvolvo produtos e equipamentos, além de pesquisar tecnologias e processos mais eficientes e menos agressivos para o meio ambiente. Projeto e dirijo a construção e a montagem de fábricas, usinas e estações de tratamento de rejeitos industriais.

— Sara...

— Sou considerada a maior guia turística do mundo. Já escalei o monte Everest, consegui, com o apoio do líder da tribo, explorar a Ilha Sentinela do Norte localizada no arquipélago de Andamã e Nicobar no Oceano Índico pertencente a Índia, também já explorei o vale da morte, deserto californiano, cuja temperatura é de 134° Fahrenheit, o que equivale a 56,7° Celsius, lugar mais quente do planeta, entre outros lugares de risco elevado.

— Meu nome é Sebastian. – O jovem levantou-se, apressado. – Sou especializado em história. Conheço todas as espécies que existiram e que existem atualmente no planeta terra. O passado é o meu presente.

— Viu só, Charlotte. Temos a melhor equipe do mundo. Sem falar na artilharia. Então você não tem com o que se preocupar. Daqui a algumas horas, embarcaremos na nave espacial L.2980, rumo à base. Lá, vamos entrar no portal e assim, não haverá mais dúvidas.

— Ah tá. – Charlotte sorriu, com um tom altamente sarcástico. – E como vamos saber se podemos voltar, ou não?

— Vocês levarão na cintura uma corda presa, um aço tão indestrutível quanto o diamante. Essa corda estará entre a passagem dos dois mundos. Desejo-vos, boa sorte.

Ás 04:45 da manhã, a L.2980 levava todos à bordos. Chegaram então a base Infinite Universe. À frente deles, um abismo separava eles do portal. Astronautas os guiavam até a plataforma. Com botas à jato, foram em direção aquela aurora boreal, só que, branca. 

 


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Notas finais do capítulo

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