Em rota de colisão escrita por Lily


Capítulo 4
IV


Notas iniciais do capítulo

Estou emocionada, obrigada Drxtsugar pela linda recomendação. É perfeita.
Obrigada mesmo.
Boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/702136/chapter/4

—O que está acontecendo entre você e a Caitlin?- Joe perguntou, Barry ficou tenso e Emma sorriu.

—Do que você está falando?

—Você sabe do que eu estou falando.- o detetive arqueou a sobrancelha, Barry se encolheu ainda mais no banco da frente.

—Não sei não.

—Sabe sim, eu te conheço Bar.

Emma encarou a paisagem pelo vidro da janela do carro de Joe, em poucos minutos eles estariam no primeiro local que ela foi vista, ou seja a casa dos West. O sol brilhava em meio ao seu azul anil, a sempre ensolarada Central City.

Joe estacionou o carro a poucos metros da “cena do crime”, a fita amarela que lhe era tão familiar ia de um lado para outro da rua, curiosos parados a sombra das arvores observavam os movimentos dos policiais atentos a qualquer movimentação que lhes renderiam ma boa historia para contar em festas de família.

—Vamos recriar a cena de ontem, já que você não lembra de muita coisa eu vou te ajudar, ok?- Barry explicou.

—Ok.

Eles caminharam até o fim da rua, as gotas de sangue sobre o asfalto e marca pretas no chão fizeram Emma pensar sobre o quanto ela estava ferrada.

—Você veio daqui, o que é muito estranho já que não tem mais nenhuma marca de sangue, apenas essa marca de pneu de carro.

—Tem certeza que é pneu de carro?

—Na verdade,não.- ele comentou rindo.- Eu não sei o que é, mas parece familiar.

Para Emma era, foi sua chegada que causou aquela marca. Na verdade não só aquela.

A tarde passou entre reconstituições e fotos da cena, Emma atuou como uma verdadeira atriz, ela estava se divertindo, mesmo não podendo demostrar. Era bom passar um tempo com seu pai, mesmo ele não sabendo que é o seu pai.

Barry sempre foi um ótimo pai, mas equilibrar a carreira como perito, a vida de super-herói e ser membro ativo na Liga da justiça, diminuía muito o seu tempo com os filhos, Emma sabia que seu pai sempre fazia o possível para estar sempre presente na vida dela e de seus irmãos.

—Acabamos por hoje.- Joe gritou para alguns policiais que estavam ajudando na reconstituição.

—O que faremos agora?- Em perguntou sorrindo.- Nem é cinco horas direito.

—Vamos comer.- Barry proclamou.- Mas antes temos que passar em um lugar. Me empresta seu carro Joe?

—Claro, vou voltar com Jack.

—Obrigado.

[...]

O centro de Central City não mudara muito como Emma estava observando, os mesmos prédios, menos o dos Laboratórios Mercury, as mesmas lojas, casas, apartamentos, construções que sobreviveram ao tempo.

Tempo, palavrinha confusa e complicada.

Barry estacionou o carro em uma rua movimentada, ambos desceram.

—Sei que Caitlin provavelmente vai me matar por isso,- ele apontou para a pequena loja com a fachada de tijolos e um pequeno canteiro de rosas na frente. Na vidraça lia-se “Retro Brechó”.- mas eu acho que você também merece algumas roupas novas, ela não são novas, mas também não são velhas.

—Barry.- Emma o abraçou, fazendo o se calar.- Obrigada.

—De nada, agora vamos.

A loja era linda, com uma decoração estilo anos 90, araras com varias roupas espalhadas por todo local, mas o que mais chamou a atenção de Emma foi um estante no fundo da loja, varias prateleiras repletas de all star’s de todas as cores e tamanhos.

—Oh my god.- ela apontou e Barry sorriu.

—Eu sei. Pode pegar o que você quiser.

Ela sorriu e como uma criança correu pela loja, pegou três blusas, dois shorts, um vestido, uma jaqueta jeans, já que a sua ainda estava sobe “custodia”, e três pares de sapatos.

Barry arqueou a sobrancelha, ela sorriu sem jeito.

—Eu sei muita coisa para uma pessoa só.

—Você quer uma bolsa?- ele perguntou enquanto caminhavam em direção ao caixa.

—Se você esta oferecendo, eu estou aceitando.

Emma olhou para as bolsas, mochilas e carteiras espelhadas sobre a mesa de mostruário. Ela estava indecisa entre uma mochila verde e outra azul, mas ficou encantada com a vermelha com o simbolo do Flash, nem precisou pensar duas vezes.

—Essa.

Barry involuntariamente sorriu.

—Com certeza é a melhor.

O sol estava começando a se por quando ambos saíram da loja, faltavam quinze minutos para as seis, daria tempo de chegar ao laboratório sem preocupação, pelo menos era isso que Emma achava, até bater de frente com o fator Allen:

Um objeto que exerce uma velocidade sobre-humana terá mais chances de atraso do que que um objeto comum.

Agora imagine essa variável multiplicada por dois. O resultado é uma Caitlin irritada.

—Você está atrasado.

—Eu sei, mas não foi culpa minha, eu juro.

—O transito não ajudou.- Emma tento ajudar Barry, porque Cait parecia preste a mata-lo. Ela colou as sacolas com as roupas no chão.

—O que são todas essas coisas?- Cisco perguntou curioso.

—Fomos as compras.- Barry comentou alegre, fazendo a doutora fechar a cara.- Emma precisava de roupas e eu precisava me distrair.

—Barry podemos conversar um instante.- Caitlin pediu calmamente.- Em particular.

—Claro.

Ela saiu da sala e Barry a acompanhou, Cisco e Emma se entreolharam.

—Isso é uma DR?- ela perguntou.

—Não faço a menor ideia, mastá começando a ficar interessante.- o engenheiro caminhou até o computador e em segundos a imagens do corredor apareceu na tela, o volume estava baixo mais os dois podiam ouvir tudo o que se dizia lá.

O que você pensa que está fazendo?— Caitlin questionou irritada.

Eu apenas comprei algumas roupas para ela, não é grande coisa.- Barry se defendeu.

Por que?

Caitlin, eu já estive na mesma situação de Emma, e era bem mais novo que ela, mas fiquei sem pai e mãe, nas mãos de estranhos. Eu sei pelo o que ela está passando.- ele suspirou melancólico, passou a mão pelo cabelo o bagunçando.- Eu sinto muito não sabia que isso ia te incomodar.

É que… eu queria fazer isso com ela, um momento especial, Emma esta sobre a minha tutela. Estou tentando achar um jeito de ganhar a confiança dela.— ela cruzou os braços, cedendo.- Mas o que você fez foi um belo gesto e Emma parece feliz é isso que importa.

Vem cá.— Barry a puxou para um abraço, Cait rodeia os braços em volta da sua cintura, as mãos dele brincam com o cabelo dela.- Pelo o que eu vejo, Em já confia em você. E é isso que importa.

Emma sorriu, finalmente seus pais estavam se dando bem.

—Agora eu shippo.- Cisco sussurrou animado.

—Calma tio, ainda tem muita coisas por vir.- ela piscou para ela, essa leve sensação de que tudo estava bem fez Emma alargar o sorriso.

Nada podia estragar aquela bolha de felicidade que crescia dentro dela, nada além do sinal extremamente barulhento e luminoso que ocupava a tela de todos os computadores.

—O que é isso?

—Alerta de meta-humano. Vinte e três com a dezessete.- Cisco gritou, em segundos um raio entrou no córtex e saiu deixando apenas o vento como a confirmação que esteve ali.

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!