Em rota de colisão escrita por Lily


Capítulo 36
Final alternativo - Versão Wattpad




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Outubro de 2016

Querido diário

Eu estou viva. Isso não deve significar muito para você que só me conhece agora, mas acredite, por pouco eu não estaria. Minha mãe conseguiu fazer o impossível, ela me salvou. E também me deu você para eu poder escrever tudo o que está na minha cabeça, preciso me libertar de alguns demônios depois do que tudo que aconteceu. Mas agora vamos ao fatos que aconteceram nas últimas quarenta e quatro horas.

Primeiro, eu fui sequestrada, usada como um rato de laboratório, mas fui salva por a melhor equipe de heróis que eu já conheci. Sara, Oliver e o meu pai, Barry, eles futuramente vão fazer parte da Liga da Justiça, mas por ora ainda não sabem disso.

Segundo, Julian foi preso enquanto tentava fugir, Atom, Jesse Quick e o Kid Flash pegaram ele, juntos com um batalhão de policiais. VovÔ Joe foi quem pegou ele, tio Wally falou com meu papa tinha um sorriso no rosto ao dar ordem de prisão a Julian, mas obviamente ele não ficará aqui, às Lendas o levaram para o futuro de onde ele nunca deveria ter saído. Karma e mais algumas outras pessoas também vão com ele.

E terceiro, hoje é um dia especial, hoje é o casamento dos meus pais, e mesmo que eles não precisem mais disso, pois logo a tarde voltarei para casa, todos insistiram e eles cederam. Isso será como uma grande comemoração pela vitória que tanto lutamos. Mamãe está linda em seu vestido, o mesmo vestido que ela usou em seu casamento quando tinha três anos, mas eu não falei isso a ela, pois não queria dar spoiler, e também porque acho que esse é o momento dela. Ela está a minha frente enquanto escrevo isso, tia Feli e tia Íris a ajudam com o cabelo e a maquiagem, Lids e Cami correm de um lado para outro ajudando tia Jesse, tio Wally, Sara e Ray com a decoração, papai está com tio Cisco e tio Oliver, é estranho pensar que daqui a poucos minutos verei meus pais se casarem.

O céu está claro, talvez isso signifique algo.

Bem, tia Íris está me chamando, chegou a hora.

~***~

I've waited a hundred years

But I'd wait a million more for you

Nothing prepared me for the privilege of being yours

A música tocou enquanto Emma seu posicionava à frente de Caitlin e Joe, o detetive iria leva-la ao altar improvisado no meio do quintal de sua casa, fora um pedido dela, assim como havia sido um pedido dela que Emma fosse sua dama de honra. Íris e Cisco já haviam chegado ao altar e se posicionado ao lado de Oliver e Felicity.

Emma deu um passo à frente e foi surpreendida pelo flash de um câmera, olhou para o lado, Tommy sorria para ela, balançou a cabeça e continuou o trajeto até seu pai.

—Não surte por favor. - ela pediu assim que se aproximou. As mãos de Barry tremiam e ele parecia suar frio, ela riu e ao seu colocar ao lado de Íris, a jornalista passou o braço pelos seus ombros.

—Nunca pensei que fosse realizar um casamento, mas aqui estamos nós. - Cisco falou fazendo todos rirem. - Caitlin e Barry, esses últimos meses foram uma loucura para todos, não é como seu os últimos anos tivesse sido calmos. Eles foram longos e complicados. Perdemos muitas pessoas queridas e que fazem muita falta, mas essa é a vida. Confusa, complicada, cheia de perdas e ganhos, não devemos nos definir pelo que perdemos, mas sim pelo que ganhamos. - Emma olhou para os para todos ao seu redor, cada um havia passado por algo, cada um tinha uma história a ser contada, mas todos estavam ali, prontos para o que der e vier. - Vocês são as pessoas mais fortes que eu conheço, vocês passaram por coisa que a maioria das pessoas não aguentariam, mas vocês aguentaram e ganharam o que mais precisaram.

Caitlin sorriu para Barry, ele apertou a mão dela com carinho.

—O amor de vocês é forte e puro, e... - Cisco olhou pra cima piscando diversas vezes.

—Papai não chora. - Camille falou fazendo todos rirem.

Emma se desvencilhou do braço de Íris e empurrou Cisco para o lado.

—Ok, vamos continuar antes que o meu adorável padrinho se desmanche de tanto chorar. - disse. - Desde de que eu nasci ou desde que eu nascerei, tanto faz, eu uso vocês como exemplo, crie um medidor de amor que vai do meu coelho, Sr. Burnes, até vocês, uso isso quando quero ver o quanto uma pessoa pode demonstrar o amor. Pode ser infantil, mas ainda que chegar perto do que vocês sentem um pelo outro. O amor não vem na hora que a gente quer, nem do jeito que a gente quer. Ele pode vir como um furacão, arrastando e destruindo tudo pela frente, ou como uma brisa de verão, cuidadosa e delicada, não podemos controlar tudo ao nosso redor, isso seria impossível, mas podemos tentar nos controlar. - terminou olhando para seus pais. - Mas agora vamos ao que interessa. Caitlin Snow, você aceita Barry Allen como seu legitimo esposo?

—Aceito.

—Barry Allen, não sei porque ainda estou perguntando isso seu já sei a resposta, você aceita Caitlin Snow como sua legitima esposa?

—Aceito.

—E pelo poder a mim concedido, embora ninguém tenha me concedido nada, eu vós declaro marido e mulher. Pode beijar sua esposa.

Barry puxou Caitlin pela cintura e beijou calmamente, as palmas ecoaram por todo jardim. Emma se afastou parando ao lado de Felicity.

~***~

—Quando vocês vão voltar? - Jesse indagou seu sentando ao seu lado e lhe entregando um prato com um pedaço de bolo. - Ansiosa?

—Logo a tarde. E completamente ansiosa, mal posso esperar para ver os meus irmãos de novo. Mas também estou um pouco receosa por deixar meus pais aqui. - revelou cutucando o bolo com o garfo. - Estou sendo egoísta por sentir isso?

—Não, entendo exatamente o que você está sentindo. Meu pai está na terra 2 e eu sinto muito falta dele. Ah, isso me lembra uma coisa. Meu pai ainda é...- Jesse parou não sabendo exatamente o que falar.

—Louco? Psicótico? Controlador? Sarcástico? Ele e tio Cisco ainda vivem é pé de guerra? - sugeriu, fazendo a velocista rir. - Tio Harry tem uma séria tendência ao narcisismo.

—Com certeza.

—Mas ele é gente boa, eu gosto dele, principalmente quando começa a falar sobre como o mundo pode ser um lugar perigoso para uma pequena velocista.

—Ele deve gostar muito de você.

—Temos um conexão especial, pelo menos é isso que tio Cisco fala antes de resmungar alguma coisa em espanhol e cruzar os braços emburrado.

Isso fez Jesse gargalhar, Emma apenas observou a jovem, sentia saudade das conversas com sua tia. Tommy seu aproximou.

—Seu príncipe encantado chegou. - Jesse sussurrou sorrindo jovial.

—Tia!

—Carmim, podemos conversar? - Tommy indagou.

—Vou deixar vocês a sós. - Jesse se levantou, mas Emma a puxou pela mão.

—Não precisa ir. - insistiu.

—Preciso sim.

Jesse apenas a olhou e balançou a cabeça antes de sair sorrindo. Ela gemeu e seu jogou com o sofá.

—Nossa carmim, não sabia que conversar comigo lhe causava isso. - Tommy sentou ao seu lado. - Digo, eu sou tão ruim assim?

—Não seja dramático, Thomas. - disse.

—Você que está sendo, Emma. - ele retrucou fazendo-a fechar a cara.

—O que você quer de mim?

—Conversar, podemos pelo menos fazer isso, sem você querer me bater ou me ignorar?

Se sentou ereta e o encarou. Tommy então colocou a mão no bolso e puxou um fino cordão com um pingente em forma de coroa.

—O que é isso?

—Uma colar, para você.

—Pra mim? - ele esticou o cordão, ela aceitou meio sem jeito.

—Acho que era da vovó, encontrei nas coisas do papai a alguns dias atrás. - Tommy explicou. - Quando vi só lembrei de você.

—Obrigada.

—Não a de que.

Emma colocou o colar envolta do pescoço e tocou o pingente.

—Por que você lembrou de mim?

—Eu não sei. Apenas queria que ele ficasse com alguém especial para mim. - Tommy deu de ombros, ela sorriu de canto e seu aproximou dele. - Você vai fazer uma coisa que vai se arrepender, não é?

—Com certeza. - sussurrou quando seus lábios estavam a milímetros dos dele.

Então ela o beijou, um beijo calmo e familiar. As mãos de Tommy pousaram sobre a sua cintura, enquanto as dela encontraram o encaixe perfeito no rosto dele.

—Finalmente! - Emma se afastou rapidamente sentindo o rosto esquentar, Camille riu alto antes de falar. - Ô casalzinho 20, está na hora de ir.

Eles se levantaram do sofá, Emma sentiu o coração aperta.

—Hora de voltar pra casa? - perguntou tolamente, Cami assentiu.

—Vamos para o hangar. - ela disse.

Olhou para Tommy e tentou sorrir, não era hora de ficar triste, ela estava voltando para casa.

~***~

O hangar do labs S.T.A.R era um construção imponente e grandiosa, Waverider desceu calmamente do céu, Sara e Ray sorriram familiarizados, Cisco encarou a nave animado, já Lydia parecia hipnotizada, fazia um bom tempo desde de a última vez que vira aquela nave, que por muito tempo fora a sua casa.

—Agora é hora de ir. - falou sentindo os braços de Barry a envolverem.

—Snowflake, vou sentir sua falta. - ele disse a apertando.

—Não seu preocupe, logo estarei aqui. - assegurou se afastando e indo abraçar Caitlin. - Com vocês dois.

—Meu amor, cuide-se está bem.

—Claro mamãe.

—Vou sentir sua falta. - Caitlin sussurrou. - Te amo snowflake.

—Também te amo mamãe.

—Hora de partir. - Ray falou.

Emma se afastou, sorriu para Cisco, Oliver e Felicity, e caminhou ao lado de Camille e Lydia até a nave, olhou por cima do ombro e acenou para os seus pais.

Ela era terrível em despedidas, deixar alguém que você ama para trás é a pior coisa a seu fazer, mas temos que olhar para frente, a vida nunca seguirá para trás, nunca poderemos controla-la. Emma havia aprendido um coisa importante nos últimos meses, é que não podemos fugir do nosso passado, ele nos define, nos molda a sua maneira. Ela não seria ela mesma, sem os erros ou acertos que a levaram até aquele lugar, talvez seu destino fosse aquele, bagunçar a linha do tempo, juntar seus pais e seus tios, ser sequestrada, descobrir seus poderes, talvez fosse necessário, talvez.

Emma podia entender de várias coisas, da química até a engenharia, mas nunca poderia entender a vida e suas variaves.

—Por que tem quatro cadeiras vagas? - Cami indagou assim que entraram na cabine, Mick, Jax e o professor Stein já os esperavam.

—Elas eram do Snart, da Kendra, do Carter e do Rip. Mas algumas coisas aconteceram e nossa tripulação diminuiu. - Sara explicou.

—Depois eu explicou. - Lyds sussurrou apenas para eles.

Emma olhou para fora apreciando uma última vez a vista da cidade, o coração batia descompassado, estava na hora de voltar para casa. 

26/06/2038

Tempo. Segundo Einsten o tempo é relativo, para Emma o tempo era apenas uma forma de medir nossas vidas. Os anos podem passar, os meses podem seguir, mas sempre estaremos onde devemos estar. Ela amava observar os pássaros, como eles se moviam de um lado para outro, ou as borboletas que batiam suas asas e corriam pelo céu. Amava observar Charlotte, seu sorriso, sua risada, suas manias, amava quando ela preferia brincar com os bonecos de ação que havia ganhado de Cisco do que com as princesas que ganhará de Iris. 

Mas ela também amava observar Henry, o jeito como ele rodava a caneta entre os dedos quando estava pensativo ou maneira como franzia o nariz toda vez que levava um sermão de sua mãe. Gostava de quando chovia muito forte e os três se enrolavam na cama esperando seus pais voltarem, gostava de passar o tempo com ele sem fazer nada, gostava de inventar estórias para Charlie, gostava de cozinhar com seu pai, gostava de conversar com seu avô, gostava de ir as compras com Iris, gostava de discutir termos físicos e metafísicos com Cisco, gostava de maratonar séries com Camille, gostava de treinar com Lydia e Ally, gostava de brigar por qual filme em lançamento iria assistir com Robbie, gostava de estar com sua mãe. Em resumo, ela amava sua vida, mesmo que faltasse um pessoa.

—Você não pode ceder apenas um pouquinho. - Henry Allen tentava persuadir Hope Queen, porém a garota parecia decidida a não ceder o controle do vídeo-game. - É um jogo de dupla, Hope, e nós somos uma dupla.

—Seriamos uma dupla melhor se você cala-se a boca e tirasse a bunda do sofá. - ela disse, Emma olhou para Ally sentada ao seu lado, as duas trocaram olhares descrentes antes de rirem baixinho. Hope sempre foi explosiva, mas quando se tratava de Henry, a irritação dela se elevava a outro nível. Emma conhecia muito bem aqueles sinais para saber onde aquilo os levaria.

—Eles são tão fofos juntos. -Ally disse baixo, não queria que Hope ouvisse, porque isso significaria uma guerra. - Igual a você e Tommy, ou pelo menos como vocês eram.

—Fui eu quem pediu para seu irmão ir, ok?

—Eu sei, mas era apenas um ano. 

Emma mordeu o lábio inferior olhando para o copo em sua mão, escolhas haviam sido feitas e por mais que Allison não acredita-se , ela estava bem com aquilo, bem melhor do que imaginaria que estaria.

—Emma, você pode me ajudar aqui um minutinho? - Caitlin apareceu na porta da cozinha, Emma se levantou deixando o copo com Ally.

—Que foi mãe?

—Você pode ir pegar uma torta que eu encomendei, por favor? Estou meio ocupada e seu pai ainda está em missão.

—Claro.

—Mas vá no carro. Não quero que nada aconteça com a torta.

—Acho adorável o fato de você se preocupar mais com a comida do que comigo. - Emma zombou fazendo Caitlin rir.

—Vá logo.

~***~

Emma fechou o porta-mala com cuidado, sua mãe não havia pedido apenas uma torta, eram cinco. Suspirou irritada, devia ter trazido alguém. Se voltou para o Jittler, ainda tinha tempo para pedir um café ou talvez um bolinho, estava tão distraída consigo mesma que nem percebeu quando o garoto com o skate correu em direção.

—Cuidado! - deu dois passos para trás se tacando no carro. - Aí meu Deus, você está bem? - uma mulher ofegante se aproximou dela. - Taylor! Para agora ou eu te coloco de castigo pro resto da vida.  

—Eu estou bem. - disse, a mulher se virou para ela, Emma prendeu a respiração. - Meli.

—É, já nós conhecemos? - ela perguntou.

—Não. - falou ainda a encarando, Meli havia se tornado uma mulher linda. - É o seu filho?

—Sim, Taylor.

Emma deu mais uma olhado no garoto que vinha se aproximando, não tinha a menor duvida que ele era cara de Cory. Deu um sorriso torto.

—Desculpa, mas acho que já vou indo. 

—Espera, tem certeza que a gente não se conhece? Você me é muito familiar.

—Acho que não, tenho m rosto muito comum.

Entrou no carro e deu partida.

—Gideon. - chamou, a voz então ecoou pelo carro. 

—Sim senhorita.

—Ligue-me com Lydia. - demorou apenas dois toques para ela atender. - Você não vai acreditar no o que eu acabei de encontrar?

O Mágico de Oz.

Não! Sério? - riu. - Meli com o filho dela com Cory.

Não creio! Como assim?

—Eu quase gritei quando a vi e ela ainda perguntou se a gente já se conhecia.

Lydia riu descontrolada.

O que eu não daria para estar com você ai, queria tanto ver a cara dela.

Emma bufou, mas riu. Lydia estava passando as férias com seus pais em Cancún, sim as lendas estavam em terra firme por enquanto. 

—Sinto sua falta.

Apenas mais seis dias e serei toda sua, porém acho que mesmo se eu voltar você não prestara atenção em mim. 

—Do que você está falando? Não desgrudaria de você nem por um minuto. - disse parando no sinal.

Claro que sim. - Lydia falou cinicamente. 

—Mas sério do que você está falando? 

Tommy, ele está de volta

O sinal abriu, mas Emma não saiu do lugar.

—Como? - o carro atrás buzinou. Ela acelerou.

Você não sabia? Aí merda, acho que não devia ter falado isso. - Lydia se lamentou, Emma piscou atônica.

—Quando ele te falou isso?

A alguns dias, todos sabiam disso, pensei que você também soubesse.

—Oh merda, ele não pode fazer isso comigo. Não agora. - resmungou girando o volante estacionado o carro.

Fazer o que com você?

—Tommy vai me pedir em casamento.

Ele o que?! Como assim? Explica a porra desta historia agora.

—Não tem o que explicar, eu fiz um trato com Tommy, disse que assim que ele voltasse estaria pronta para ficar com ele.

—Por isso que você não se preocupou por ele estar tanto tempo longe.

—Exatamente. - mordeu o lábio inferior.

—Mas por que você acha que ele vai te pedir em casamento.

—É Tommy. Ele age pelo coração, não pela razão. - disse balançando a cabeça, tirou o carro do ponto morto. 

—Você vai dizer sim?

—Eu não sei. Eu o amo, mas não sei.

—Não surta. Barry já sabe disso?

—Não sei, não sei mais de nada. - suspirou.

—Nem queria estar na sua pele.

—Nem eu queria.

Boa sorte? - Lydia disse incerta, ela riu.

—Obrigada.

~***~

Emma estacionou na frente de casa, Tommy já a esperava sentado nos degraus. Se aproximou dele meio hesitante.

—Oi. - ele disse sem jeito, ela sorriu bobamente.

—Oi. Quando você chegou?

—Há alguns minutos.

—Já entrou?

—Estava esperando por você. 

Emma mordeu o lábio e se sentou ao lado dele, esticou a mão e entrelaçou seus dedos com os dele.

—Você não vai fazer isso, vai?

—Só se você quiser. - ele disse puxando a mão dela e beijando os nós de seus dedos. - Eu fiz uma promessa e quero cumpri-la.

—Posso te pedir para fazer outra?

—Claro, carmim.

—Será que podemos esperar mais um pouco? Tipo..uns sete anos?

—Você quer me deixar de molho por sete anos? - Tommy indagou sorrindo, ela lhe socou no ombro.

—Ainda somos muitos novos para casar. - disse, ele suspirou colocando as duas mãos no rosto dela e a beijando.

—Eu te amo e não me importo quanto tempo vai demorar, eu disse que esperaria, não disse? Para onde você for, eu vou. Não importa o quão longe for ou quanto tempo demore, você será minha para sempre, quer dizer, apenas se você aceitar. 

Emma sorriu sentindo as lágrimas se acumularem em seus olhos.

—Eu te amo e aceito.

Tommy riu feliz então puxou a pequena caixinha do bolso, dentro havia uma anel com um pérola rodeada de pequenos diamantes.

—É tão linda.

—Perfeita para você. - ele disse colocando o anel em seu dedo e a beijando de novo. Emma colocou a mão contra o sol vendo a pérola brilhar.

—Papai deu um rubi quando pediu mamãe em casamento, tio Ollie deu uma esmeralda para tia Feli quando propôs pela segunda vez e agora eu ganho uma pérola. Qual é o problema da nossa família em seguir os padrões impostos pela sociedade? - indagou fingindo um tom irritado, Tommy riu.

—Que tal a gente ir contar para os nosso amados pais sobre nossa atual situação? 

—Que tal você me ajudar a tirar as tortas do porta-mala e depois a gente vê minha mãe desmaiar?

Eles se levantaram indo pegar as sobremesas no carro, Emma abriu a porta passando direto para a cozinha, sua mãe conversava com Felicity e Iris.

—Novidades. - disse colocando as tortas em cima da mesa, olhou por cima do ombro esperando por Tommy, mas provavelmente ele havia parado na sala para conversar com os outros, então seria apenas ela. 

—Boas ou ruins? - Felicity indagou, Emma sorriu e estendeu a mão com o anel. Tanto sua mãe quanto suas tias piscaram abismadas. 

—O que isso significa? - sua mãe perguntou confusa.

—Que eu vou me casar. - disse, Caitlin riu descrente.

—O que?!

—Eu vou casar com Tommy. - falou.

—Tommy?

—Oi mãe. - seu atual noivo apareceu na cozinha sorrindo para Felicity.

—Alguém me explica o que está acontecendo, porque eu estou perdida. - Caitlin pediu se apoiando na pia. - Você está grávida, Emma?

—Acho que isso seria um pouco improvável, mamãe.

—E quando vocês vão se casar? - Iris indagou.

—Daqui a sete anos. - disse, sua mãe e Felicity suspiraram aliviadas. - Ainda temos tempo.

—Pelo amor de deus não me mata do coração, não. - Caitlin falou balançando a cabeça e rindo, ela então deu um passo a frente e a abraçou. - Parabéns meu amor. 

—Obrigada. Agora eu só tenho que contar para o papai.

—Deixa que eu faço isso. - sua mãe pediu. - Vou amar ver a cara dele.

Caitlin se afastou abrindo a porta do quintal e  gritando.

—Ei Bar, Emma vai casar. - ela então ouviu uma risa esganiçada antes de algo cair com força no chão, Caitlin se virou para ela sorrindo. 

—Ele...?

—Sim.

—Qual é pai?

 

"Existem certos momentos na vida que entramos em uma encruzilhada, isso faz com repensemos nossas escolhas. É hora de tomar uma decisão, de encarar a verdade e arcar com nossos erros. Nessa encruzilhada temos vários caminhos a seguir, eles são constituídos pelas escolhas que fizemos no nosso passado e assim podemos construir o nosso futuro, mas no meio do caminho acabamos nos perdendo ou sozinhos. Porém, às vezes, temos que voltar ao início, ao começo. A encruzilhada, a vida, o tempo, todos são fatores de nossas escolhas. Temos que parar e pensar em que caminho seguir. Para onde você quer ir? Para quando você quer ir? Por quem você quer ir? 

Tic-tac, tic-tac. Não temos tempo."

 

 

 


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