Em rota de colisão escrita por Lily


Capítulo 25
XXV


Notas iniciais do capítulo

Bom, primeiramente e gostaria de agradecer a todos que acompanham e visualizam a historia, sei que não faço muito isso, mas depois de tanto tempo e tantos comentários positivos, gostaria de dizer que sou muito grata por isso. Ver que cada vez mais tem alguém acompanhando ou favoritando a historia faz com que o autor, ou autora no caso, se anime para escrever mais, mais e mais. Então um beijo para todos vocês e obrigada novamente.
E em segundo lugar, acho que todos vocês querem saber quem diabos é Bennet, mas eu sinto muito em informar que ainda não é esse capitulo, mas para a sorte de vocês é no próximo, que vai (Alerta de Spoiler) ser narrado por Felicity. Esse capitulo vai estar cheio de surpresas e vai ter o meu melhor momento Olicity.
E terceira e ultima coisa, eu estou preparando um especial de natal (Snowbarry) e um especial de ano novo (Olicity), então preparem seus coraçõezinhos para grandes emoções.
XOXO
Lils



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Segundo Einstein o tempo é relativo. E para velocista, as vezes o tempo passava mais devagar do que o normal, segundos se tronavam horas e minutos, dias. Os segundos que se sucederam a explosão de Tommy foram os mais demorados da vida de Emma, ela apenas ouvia a própria respiração e seu coração batendo em um ritmo acelerado.

—Você está bem? – ela levantou a cabeça encarando Lydia e Camille. Negou com a cabeça, ambas se sentaram cada uma ao seu lado. – Oh, Mimi. – Cami a abraçou sussurrando seu apelido de infância. – Vai ficar tudo bem, você sabe que vai.

—Eu contei pro Tommy. – sussurrou.

—O que você contou para o Thomas? – Lydia a abraçou de lado, Emma sabia que ela raramente chamava Thomas pelo apelido. Lydia ainda era novata nessa questão de socializar com pessoas de sua idade. – Ele está meio alterado, socou a máquina de refrigerante.

—Emma o que aconteceu entre você e o Tommy? – Cami perguntou, Em se virou pra ela, podia sentir as lágrimas quente escorrerem pelo seu rosto.

—Bennet está vivo.

Lids praguejou enquanto Camille parecia sem reação.

—Como?

—Eu menti. – revelou. – Eu sinto muito.

—Não é sua culpa, Em. Não é culpa de ninguém, apenas do idiota do Bennet.

—Isso não ajuda, Lids.

—Ela está certa Cami, é tudo culpa do Bennet, aquele maldito desgraçado, mas também é culpa minha. Não devia ter deixado ele entrar na minha vida. – jogou cabeça para trás. – Papai vai me matar.

As três suspiraram. Emma aprumou os ouvidos quando passos foram dados em sua direção, abriu os olhos dando de cara com Tommy.

—Sim, eu ainda estou com raiva de você. – ele falou antes que ela pudesse abrir a boca. – Só tô aqui pra dizer que mamãe não contou nada para o papai, porque ela sofre uma amnésia temporária, ela não se lembra do que aconteceu hoje, ou seja, seu plano genial de contar a verdade acabou indo por água abaixo.

—Primeiro, tenho certeza que Emma não planejou contar a verdade para tia Feli. – Cami saiu em sua defesa. – E segundo, abaixa a sua bola Queen, porque Emma não é a única culpada nessa história.

—Camille está certa. – Lydia se levantou, ficando de frente para Tommy, a diferença de tamanho era gritante. – Você também tem culpa nisso tudo. Foi você que a levou naquela festa, foi você que se meteu com quem não devia.

—Mas eu não a forcei a ir comigo, eu apenas a convidei, se ela aceitou foi porque quis. – ele deu de ombros e sorriu zombeteiro. Lydia puxou o cabelo para frente e Emma previu o imprevisível. O soco acertou Tommy bem no meio da cara, ela se colocou de pé enquanto Thomas cambaleava para trás.

—Lydia! – gritou e tentou agarrar a amiga em vão, já que Lydia partiu pra cima de Tommy o socando, se fosse outra pessoa, possivelmente não causaria efeito nenhum, mas Lydia havia aprendido muita coisa com os pais, Emma sabia muito bem disso. – Solta ele!

Tommy colocou as mãos sobre o rosto e desviou das investidas dadas pela loira. Lydia era ótima em caratê e taekwondo, por isso todo chuto ou soco que ela dava era extremamente premeditado e calculado. Emma ficou parada esperando o momento certo, embora não quisesse admitir, estava amando o que a amiga estava fazendo, so separou os dois quando Lydia acertou um chuto um pouco abaixo da costela de Tommy.

—Basta! – gritou puxando Lydia pelo braço enquanto Cami ia em socorro de Tommy. – Você enlouqueceu por acaso? – perguntou a Lyds. -Sei que todo mundo um dia já teve vontade de bater no Tommy...

—Ei!

—..., mas o que te deu? Você não é assim?

Lydia respirou pesadamente.

—Eu estou cansada dessas viagens no tempo. – ela soltou em um suspirou, então Emma notou que ela não estava se referindo apenas a aquela viagem.

—Você passou o final de semana com seus pais, não foi? – Lydia assentiu. – Sinto muito.

—Eu também, mas não precisa sair descontando nos outros. – resmungou Tommy. Emma revirou os olhos e continuou a falar.

—Se lembra quando eu disse que tudo ia acabar bem?

—Sim.

—Então esquece, porque nada disso vai acabar bem se a gente começar a brigar entre si. – respirou fundo e se virou para Tommy. – Eu sinto muito por ter escondido de você, mas acredite eu so descobrir sobre Bennet na noite da festa e ele me procurou assim que acordei, daí tanta coisa aconteceu que eu acabei me esquecendo de contar.

Tommy a encarou, nenhuma palavra a mais foi dita por vários segundos.

—Agora você aceita as desculpas dela. – Cami o beliscou, Tommy gemeu antes de sussurrar:

—Eu aceito suas desculpas.

Emma mordeu lábio inferior, estranhamente nervosa. Colocou uma mecha do cabelo atrás da orelha.

—Ei vocês. – Cisco os chama do final do corredor. – Hora de ir embora.

Os quatro seguiram-no em silencio, Emma sentiu alguém cutuca-la, virou o rosto e tentou sorrir para Cami, mas a morena apenas perguntou sem emitir som algum. Você está bem?

Respirou fundo. Era uma pergunta retorica? Porque para ela era. Emma sentia que, mesmo sem querer, havia alterado a linha do tempo. Havia dito para Holly investir no cara que ela estava afim, mas não era sua culpa se o cara com quem Holly estava saindo era Oliver, não é? E ainda por cima, Felicity estava com Julian, e por falar no diabo.

Julian conversava com Caitlin, Oliver e Barry se mantinham afastados sussurrando entre si. Emma respirou fundo, pronta para atrapalhar quando sentiu o a tontura lhe atingir, fechou os olhos cambaleando para o lado.

Frère Jacques. Frère Jacques. Dormez-vous? – a mulher cantarolou e a pequena Emma se encolheu na cama quando ela avançou para beijar seu bochecha, alguns cachos ruivos tocaram seu rosto. - Sonnez les matines, Sonnez les matines. Ding, ding, dong.

Ela se apoiou na parede, soltando todo ar que prendia em seus pulmões. Ruiva, a mulher era ruiva. As paredes começaram a diminuir, sua respiração ficou cada vez mais difícil, seu coração apertou, Emma sabia era um ataque de pânico.

—Preciso ir ao banheiro. – murmurou, correndo em direção ao banheiro e trancando a porta. Se inclinou sobre a pia.

—Ding, ding, dong. – a voz chegou em seus ouvidos em segundos, era tão familiar. – Abelhinha, vamos continuar? – seus pulsos e tornozelos estavam atados a uma mesa de fria, a luz vinda da lâmpada acima da mesa ofuscava seus olhos impedindo-a de vê-lo. – So mais alguns testes e eu finalmente saberei como fazer o que nem Deus conseguiu. – ela sentiu uma leve picada no braço, alguma coisa dentro dela começou a se agitar, se transformando em algo grande. Sentiu o corpo inteiro gelar, fechou as pequenas mãozinhas em punho. A luz se apagou, mas mesmo assim ela podia ver sua respiração embasada, era como se a temperatura da sala estivesse caído drasticamente. – Iai está o que eu queria.

Apertou com força a borda da pia a ponto de deixar os nós dos seus dedos brancos. Tento respirar fundo e se tranquilizar, seu coração começou a se acalmar e sua respiração estava voltando ao normal. Abriu os olhos encarando a bancada de mármore branco, respirou fundo novamente, então soltou o ar pela boca, sua respiração saiu condensada. Emma levantou os olhos, tudo ao seu redor parecia estar congelado, o espelho estava encoberto por uma fina camada de gelo, passou o punho do casaquinho pelo espelho.

O par de olhos azuis gelo a encaravam com uma certa incredulidade.

—Não, por favor, não. – sussurrou desesperada.

—Emma? – a voz de sua mãe soou por de trás da porta de madeira. – Você está bem?

—Ahn...sim...claro. – fecho os olhos contando até dez, quando os abriu novamente eles já tinham o tom normal. – Já estou saindo.

~***~

Emma rolou na cama sem conseguir dormir, em sua cabeça as imagens das memórias davam loops infinitos, se sentou sem conseguir abrir os olhos, queria chorar, gritar, correr para os braços de sua mãe, queria que aquilo tudo fosse apenas um sonho. Já era quase três da manhã, tudo estava tão silencioso e calmo, puxou as pernas contra o peito.

O silencio foi quebrado pelo barulho do seu celular, esticou a mão o pegando no criado-mudo. Teve que se segurar para não revirar os olhos, até a sua paciência tinha limite. Se levantou da cama puxando o roupão de cima da poltrona, calçou os tênis e saiu pela porta fazendo o mínimo de barulho possível.

Venha me dá um oi, estou no prédio da frente. – B.

Abriu a porta de ferro que levava ao terraço, ele estava lá em todo seu brilho e esplendor.

—O que você quer? – perguntou grossa.

—Saber como anda as coisas. E ver se você está bem. – Bennet se aproximou, Emma recuou um passo, colocou as mãos no bolso do roupão e se virou para o brilho da cidade, o vento era frio, mas graça aos seus poderes o máximo que ela sentia era um leve arrepio. – Soube que tentaram te machucar.

—As notícias voam, não é?

—Principalmente entre criminosos. Você deu uma surra nele, alguns até estão receosos de enfrentar você agora. – Bennet se colocou ao seu lado. – Mas não se preocupe, agora a história mudou.

—Como assim?

—Maguns te quer viva, quer terminar o que começou a anos atrás, ou anos à frente.

Emma arqueou a sobrancelha.

—O que?

—Não sei muito bem da história, somente o que Karma me contou e as conversinhas que escuto no galpão. Ele te quer viva.

—Então de assassinato regrediu para sequestro. Não sei se agradeço ou...

—Você acha que isso é brincadeira, Emma? Você corre perigo.

—Eu sei. Mas eu sou uma garota perigosa.

Bennet pegou sua mão, ela tentou recuar, mas ele segurou com força.

—Me larga. – avisou.

—Docinho.

A luz em um apartamento no prédio da frente se acendeu.

—Bennet você tem so mais alguns segundos até minha mãe convencer meu pai que algo está errado, então eles iram para o meu quarto e começaram a surtar.

—Algo está errado e você é a única que pode concerta as coisas. – ele meteu a mão no bolso e tirou um arma de cor branca. – Toma.

—Não!

—É não uma arma de verdade, é apenas tranquilizante. Tem cinco capsulas, você vai precisar em breve.

—Do que você está falando?

—Tome cuidado.

Ela riu com desdém.

—Você é que tem que tomar cuidado, fica longe de mim.

~***~

Existe um número exorbitante de coisas que combinam, café com leite, netiflix com sexta a noite, sorvete com caramelo, pipoca com Coca-Cola, inverno com chocolate-quente, Oliver com Felicity. Uma combinação perfeita.

Observou o casal conversa alegremente sobre a última consulta ao ginecologista dela, Felicity havia contado sobre o sexo do bebê para todos que conhecia, era um lindo menino. Emma tocou outra nota em seu ukulele, ele estava um pouco desafinado devido à falta de uso, por isso produzia m som irritante. Se ajeitou na mesa, cruzando as pernas e voltando a atenção ao seu trabalho.

Os primeiros acordes de Riptide não agradaram, então tocou novamente.

—I was scared of dentists and the dark. — cantarolou. - I was scared of pretty girls and starting conversations.

Cisco se aproximou com uma caixa na mão.

—Ei, o que você está fazendo?

—Tocando.

—E o que você vai fazer depois?

—Tocar mais.

—Você está de mau humor?

Emma suspirou e revirou os olhos.

—Não, estou apenas cansada.

—De que?

—Não enche tio. – resmungou baixinho.

—Sua coisinha, o que te deu hoje?

—Eu tó cansada, não dormi muito bem ontem à noite. – colocou o ukulele de lado.

—O que houve?

Emma olhou para tio, respirou fundo e desceu da mesa.

—Vem comigo. – murmurou saindo do córtex, Cisco a seguiu. Ela parou na mesma sala que Bennet a levou no dia em que acordou do coma. – Ok, vou te mostrar uma coisa, mas você tem que prometer que não vai surtar, certo?

Cisco esfregou as mãos e sorriu animado.

—Certo.

Ela respirou fundo e olhou ao redor, pensou em todos os truques que sua mãe usava, então apenas soprou, em segundos a sala estava coberta com o que parecia ser uma neblina de gelo seco. Cisco se agarrou na borda da mesa, com os olhos esbugalhados.

—Não. – murmurou descrente. – Não. Não. Não. Não pode ser possível, é completamente ilógico.

—Eu sei!

—Mas...mas Caitlin...? – ela gaguejou a pergunta completamente nervoso.

—Sim, daqui a alguns meses. Ela vai para um congresso em busca de novos patrocinadores para o laboratório, uma das maquinas explode e ela ganha os poderes. – explicou se sentando na cadeira mais próxima. – Eu não herdei os poderes da mamãe, apenas Henry herdou. – Cisco arqueou a sobrancelha. – Meu irmão. – acrescentou rapidamente. – Papai disse que eu nunca apresentei nenhum sinal de que havia herdado o poder da mamãe.

—Então ele estava errado.

—Com certeza. – suspirou. – O mais estranho é que eles só começaram a se manifestar depois que eu acordei do coma e essas memórias começaram a voltar.

—Que memórias?

Emma mordeu o lábio inferior.

—É uma longa história. E um pouco confusa também.

—Barry e Caitlin sabem disso?

—Não. Não quero preocupa-los mais do que o necessário.

Olhou para as próprias mãos, se lembrou da história que sua mãe havia contado quando ela tinha treze anos. Caitlin contou quando havia descoberto os próprios poderes, havia pensado que era um monstro e que fugiu para proteger aqueles que amava, mas como nenhum plano é perfeito, Barry descobriu e foi atrás dela.  Obviamente sua mãe havia ocultado uma parte desta história, ela só descobriu algum tempo depois, quando insistiu tanto que seu pai contou o resto. E essa a parte chocante da história, quando sua mãe foi atingida pela máquina ela já estava grávida, apenas não sabia disso, o resumo de tudo é que Emma não se sentia um monstro ou qualquer coisa do tipo, aqueles poderes não a afetavam tanto quanto deveria.

—O que eu vou fazer agora, tio? – perguntou com um suspiro meio desesperado. – Eu não tenho controle sobre isso.

Cisco sorriu de repente então correu para fora da sala, Emma o acompanhou com olhar. Demorou alguns minutos até ele voltar carregando o que parecia ser duas pulseiras extremamente ridículas.

—O que diabos é isso?

—Algemas repressoras de poder. – Cisco as levantou para o alto.

—Elas reprimem os poderes de qualquer meta-humano. – ela sorriu animada com a ideia.

—Exatamente, tenho trabalhado nelas a algum tempo. – o sorriso de Cisco começou a desaparecer. – Mas tem um pequeno problema.

—Qual?

—Se você usa-las sua velocidade também para.

Emma mordeu o lábio inferior, era verdade, ela não poderia usar mais a velocidade. Mas se não as usasse provavelmente acabaria machucando alguém.

—Ok, me dá isso. – pegou as algemas da mão de Cisco. – Às vezes temos que fazer pequenos sacrifícios. – puxou o punho do cardigã sobre as pulseiras. – Agora é só torcer para que isso seja passageiro.

Cisco cruzou os dedos e ambos seguiram de volta para o córtex. Emma tentou soar o mais natural possível com Caitlin perguntou se ela estava bem, já que sua aparência estava não estava a das melhores, sorrindo ela assentiu e começou a reclamar que estava morrendo de fome. A doutora riu e perguntou se Felicity as acompanharia para um rápido lanche antes de ir para a prova do vestido de noiva.

Emma quase se socou quando ela disse isso, não se lembrava que teria que ir com Caitlin para a última prova do vestido de noiva. O casamento dos seus pais iria ser poucas semanas e ela era a dama de honra, e inevitavelmente precisaria de um vestido.

—Eu odeio isso. – resmungou pela sexta vez desde que entraram na loja. – Eu realmente odeio isso. É como entrar em universo alternativo. Não! Melhor. Em realidade paralela de um universo alternativo.

—Você é chata assim de nascença ou só está aprimorando com o tempo? – Jenny perguntou sarcasticamente. – Ou você cala a boca ou eu juro que te chuto daqui até a lua.

Emma se curvou em direção a Jenny.

—Primeiro, isso é cientificamente impossível e segundo, cala a boca já morreu quem manda na minha boca sou eu.

A morena abriu a boca confusa. Emma deu de ombros e voltou a encarar Caitlin em um vestido branco rodado, negou com a cabeça.

—Não?

—Nem a pau, algo mais curto e sem tantos babados. – opinou.

—Concordo. – Felicity assentiu. O sino da porta soou e uma linda mulher entrou acompanhada de duas garotas.

—Desculpa a demora, mas é que Cami foi parar na diretoria. – Íris explicou e rapidamente abraçou Caitlin, Felicity e Jenny.

—O que você fez desta vez? – perguntou quando a amiga se sentou ao seu lado.

—Bate em um filhinho de papai que mexeu com Lyds.

—Minha heroína! -Lydia se jogou em cima de Camille, Emma revirou os olhos.

Caitlin voltou novamente, desta vez com um vestido mídi, à cinturado e com alguns detalhes em prata. Emma jogou a cabeça para o lado. Espera um minuto, aquele era o vestido do vídeo de casamento do seus pais.

—O que acham?

—Perfeito. – comento Íris.

—Encantador. – observou Jenny.

—Simples, mas lindo. – concluiu Felicity.

—É o se vestido de casamento. – Emma falou distraidamente e acabou atraindo a atenção das suas tias. – Quero dizer que esse vestido é perfeito para o seu casamento. Completamente.

Caitlin arqueou a sobrancelha.

—Então é esse.

—Ótimo. Agora vamos comer. – Emma se levantou animada e literalmente correu para a porta.

—Emma, parada ai mesmo. -Caitlin ordenou.

—Eu estou com fome! – gemeu.

—Escolha seu vestido e nós vamos comer.

—Mas...

—Sem, mas, Emma. – Caitlin colocou as mãos sobre a cintura. – Eu te mandei fazer isso a horas.

—Eu não posso. – cruzou os braços.

—Por que?

—Porque eu estou com fome. – justificou fazendo Caitlin revirar os olhos.

—Isso não faz sentindo.

—Claro que faz, eu não posso tomar nenhuma decisão racional se eu estou com fome. Meu cérebro não raciocina na mesma velocidade que o seu, ou seja, meus neurônios se chocam, mas não provocam as reações normais. Em contraponto, meu corpo não vai conseguir aguentar tanta emoção para um único dia, e sim eu estou sendo sarcástica, pelo fato que eu não deveria estar aqui. Minha genética não permite que eu aprecie um lugar como esse, então por favor escolha qualquer vestido, que eu usarei com maior prazer se você me deixar sair daqui.

O pequeno discurso de Emma parece impressionar todas as mulheres que estavam na loja, as outras noivas a encaravam encantadas.

—Emma. – Caitlin suspirou. – Agora.

—Mas...

—Agora.

Emma respirou fundo.

—Se lembre, querida. O tempo é relativo, quanto mais rápido você terminar mais rápido sairemos daqui. – Cami acrescentou sorrindo.

 -Fils de pute. – rosnou baixinho e saiu em busca de algum vestido.


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