Em rota de colisão escrita por Lily


Capítulo 24
XXIV


Notas iniciais do capítulo

Oiiiiiiiiii povo, sei que todos estão um pouco confusos sobre tudo o que esta acontecendo com Emma, é um pouco complicado no inicio, mas eu prometo que logo as coisas vão começar a se acertar. Estamos entrando em rota de colisão e somente a espera do impacto profundo.
Agora mudando de assunto. Quem está ansioso para o super crossover Legends of Superflarrow? Baixarei todos os episódios para assistir diversas vezes. AHHHHHHH! Tó amando!



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Havia uma lista de coisas que Emma amava fazer e obviamente boliche não se encaixava nesta lista. Não havia lógica naquele jogo. Quem havia criado aquilo estava muito drogado ou era possivelmente um idiota. Mas enquanto entravam no salão de jogos do shopping e sua cabeça voava para os fatos históricos que sucederam a criação do boliche, ela não podia deixar de notar o calafrio que subiu pela sua coluna. Dizem que as mulheres têm um sexto sentido, mas Emma obviamente havia perdido o dela em alguma esquina.

—Você não acha que está um pouco exagerado? – Camille perguntou sutilmente para Lydia, que deu de ombros. – Tipo? Quem é que vem de salto para o boliche? Você sabe que a gente vai ter que usar aqueles tênis bonitinhos, não sabe?

—Claro que sei, apenas acho que Cory vai amar quando me ver assim. – ela jogou o cabelo para as costas. Emma revirou os olhos.

—Você acha? – Cami arqueou a sobrancelha.

—Claro que não, ele vai tá de olho na Emma, nem vai se importa comigo.

—Não diga isso. – retrucou rapidamente. – Ele seu namorado, so tem olhos para você.

—Não Emm’s, Cory gosta de você e eu nem gosto tanto dele assim. – Lyds parou de frente para ela e pegou suas mãos, assim Emma percebeu que ela estava sendo sincera. – So tô com ele porque o beijo dele é bom. Mamãe disse que beijos bons raros.

Ela não pode deixar de sorrir com tal afirmação, então abraçou Lydia.

—Estava com tanta saudade de você, minha psicopata mirim. – falou, antes de se virar para Camille e a puxar para o abraço triplo. – Minhas psicopatas.

As três ficaram assim por um bom tempo até Camille finalmente decidir que estava na hora de entrar e encontrar os outros.

—Está pronta para encontrar Tholi?

—Quem? – Emma arqueou a sobrancelha confusa.

—É a junção de Thomas e Meli. Dãã. – Lydia explicou. – Nome de shipper.

—Primeiro, que diabos de nome é esse? E segundo, desde de quando você shippa eles?

—Primeiro, - Cami a imitou. – esse nome é horrível eu sei e segundo, não é que a gente shippa eles, é só que gostamos de tirar o Tommy do sério.

—Ai Deus, como fui arranjar amigas tão idiotas.

O boliche era barulhento, escuro e tinha cheiro de chulé, a música eletrônica tocava pelos alto-falantes distribuídos igualmente por toda a extensão do salão, dez pistas iam de uma ponta a outra, algumas já estavam ocupadas. Emma ouviu um gritou e se virou, uma das últimas pistas estava ocupada, um indigente acenou para elas, as luzes de led piscavam a impedindo de distinguir quem quer que fosse ele.

—Olha, eu vou comprar algo para comer, encontro vocês lá. – informou sem esperar resposta, correu para lanchonete, o lugar menos barulhento de todo o salão. Um garoto franzino atendia uma garota loira muito familiar para ela, o atendente parecia desconcertado e a garota -muito linda diga-se de passagem- flertava descaradamente com ele.

—Você não pode deixar por dois, esquece minha bolsa no carro. – ela falou com a voz manhosa. Emma revirou os olhos. - Não quero ter que voltar e perder o melhor cachorro-quente deste shopping.

—Desculpa, mas meu chefe vai matar se eu fizer isso. – ele parecia contrariado ao falar isso.

Deu um passo à frente pegando o dinheiro no bolso.

—Eu pago. – informou, a garota loira mexeu os ombros em animação. – E me dá umas batatas bem crocantes.

—Ah honey, eu sabia que você gostava de mim. – Karma deu seus gritinhos histéricos e se jogou contra o balcão. – Aproveita e me dá esse chocolate com meta, eu amo esses.

—Eles são dois dólares, você tem dois dólares. – retrucou.

—Chata.

—Eu já estou te pagando comida e eu não pago comida pra ninguém, nem pro meu irmão. – colocou a nota de vinte no balcão e esperou o atendente voltar com o cachorro-quente e as batatas.

—Onde conseguiu esse dinheiro, Em? – Karma insinuou.

—Meus pais me deram.                        

A loira abaixou a cabeça focando no chocolate com menta.

—Pelo menos eles te dão alguma coisa, meu padrasto até agora so me deu patada. – ela resmungou. – Eu quero voltar pra casa, eu quero a minha mãe.

—Eu vi Bennet. – sussurrou, o nome dele ainda amargava sua boca, Karma a encarou sem nenhuma expressão. – Eu sinto muito.

—Eu também. Foi ele que te deixou em coma, não foi?

—Foi e ainda teve a cara de pau de pedir ajuda pra voltar pra casa. – rosnou.

Karma jogou a cabeça para trás.

—Ele é um idiota sem noção, pensa que todo mundo vai fazer o que ele manda. – Emma riu.

—Pelo menos nisso a gente concorda.

O atendente deixou as batatas e o cachorro-quente em cima do balcão, ela pegou seu troco e se virou para Karma.

—Loira, quando você vai tentar me matar? – Karma suspirou e pensou um pouco.

—E não sei ainda, mas eu te aviso, não quero te pegar despreparada, tem que ser uma luta justa. – ela deu uma mordida no cachorro-quente. – Te vejo, ruiva.

—De nada. – murmurou quando a garota já tinha dado as costas.

Emma caminhou até a pista que o grupo havia reservado. Lydia estava sentada no colo Cory e Cami flertava descaradamente com Aiden, puxou o celular do bolso e equilibrou as batatas em uma mão, tirou uma foto meio escura da cena, tinha que mostrar para seus tios quando voltasse para casa. Tommy conversava Shanw e Meli mexia no celular completamente alheia a tudo. Belo exemplo de casal.

~***~

O sol estava se pondo e seus raios penetravam pela cortina de linho do quarto de casal do apartamento no centro de Central City. A cama parecia pequena para aqueles três corpos que se encontravam encolhidos para assistir Grease na netflix, o pote de pipoca já estava na metade e o filme mal havia começado, Emma se remexeu se ajeitando no meio de Caitlin e Barry.

—Eles vão cantar Summer Night. – informou casualmente.

—Eu sei. – Barry colocou um punhado de pipoca na boca.

—Vocês cantam pra mim? – pediu.

—Você quer? – Caitlin pergunto se remexendo, a cabeça de Emma caiu contra o colchão.

—Claro, estou com sono e vocês sempre cantavam Summer Night para mim e Henry antes de dormir. – explicou e ocultou a parte deles ainda cantarem para Charlie antes dela dormir. – Eu sei a letra.

Olhou para Caitlin que arqueou a sobrancelha, a doutora se virou para Barry que deu de ombros.

—Não vejo problema.

—Não sei, honey.

—Vamos lá mãe. – ela se sentou. – Vocês não cantaram Summer Night no karaokê, estão me devendo essa.

—Nós não cantamos essa música, porque Cisco mandou a gente cantar uma música pior que Summer Night. – Caitlin resmungou.

Lucky i’m my love now best friend. – Emma cantarolou de olhos fechados e acabou recebendo uma almofadada de Barry. – Hey!

Seu pai voltou a bate-la, Emma se jogou na cama de barriga para baixo, Caitlin começou a fazer cocegas nela. Se contorceu em uma tentativa inútil de fugir das cocegas, Barry se juntou a doutora e juntos a viraram de barriga para cima, Emma já estava com falta de ar, mas não conseguia parar de sorrir, lágrimas escorriam pelo seu rosto.

—Não, não, por favor! – isso pareceu incentivar os dois a fazerem mais cocegas. – Pai para! Pai!

—Não! – Barry disse, Emma ergueu o corpo em busca de ar.

—Mãe! Mãe faz ele parar! – Caitlin a ignorou. – Mãe! Pai! Socorro!

—Não snowflake. – sua mãe sussurrou.

—Mamãe! – gemeu em meio ao ataque de riso. – Papai!

—Agora tudo faz sentido. – uma voz soou, Barry e Caitlin pararam com as cocegas e Emma sentiu o seu corpo todo reter.

—Felicity. – sua mãe falou em um fio de voz.

Se ergueu pelos cotovelos encarando a tia que estava na porta.

—Acho que vocês têm muito o que explicar. – Felicity cruzou os braços. Emma pulou da cama.

—Acho que a pizza esta lá embaixo, vou pega-la, tchau.

Passou por Felicity em direção a porta para uma saída estratégica.

Seus pais que explicassem, ainda tinha muita vida para viver antes de Felicity matá-la. Pegou o elevador apertando o botão para o térreo quando alguém gritou:

—Segura aí! – colocou a mão no meio das portas automáticas e viu um lindo e gostoso deus grego se aproximar. – Obrigado. – ele sussurrou ofegante. As portas se fecharam e todo o ar que tinha naquele elevador pareceu desaparecer. – Você é nova no prédio?

—Digamos que sim. Prazer Emma. – estendeu a mão.

—Antoni, sempre gosto de conhecer gente nova. – ele informou apertando sua mão.

—Sério?

—Sim, principalmente quando vou mata-las.

Emma o encarou por um tempo, realmente pensando ser uma piada, mas quando adaga voou diretamente para seu coração ela reagiu. Girou o corpo dando uma cotovelada na barriga do cara, que pareceu não se afetar, ele continuou a segurar sua mão com força enquanto tentava levantar adaga e acerta-la. Emma chutou o painel de controle com os dois pés fazendo força contra o cara, ela queria que ele soltasse adaga e assim ela podia tentar machucar ele antes de ser machucada. Sentiu a ponta da adaga contra sua bochecha, Antoni fez uma pressão e ela sentiu algo quente escorrer pela sua pele.

—Fica quieta criança.

—Acha mesmo que eu vou ficar parada enquanto você tenta me matar. – resmungou, finalmente se livrando do aperto dele, mas obviamente ficando encurralada.

—Você não tem para onde ir, abelhinha. – ele ironizou se aproximando, Emma o chutou bem no saco.

—Não. Me. Chama. De. Abelhinha. – pontuou cada palavra com um chutou e soco. Antoni caiu para o lado gemendo de dor. Se virou no exato momento em que as portas se abriram, um casal de velhinhos a encaravam impressionados. – Com licença. – passou por cima de Antoni e sorriu para o casal. – Acho melhor vocês pegarem o próximo.

As portas do elevador se fecharam novamente, Emma seguiu caminho até a porta da escada de incendio, passou o dorso da mão sobre o ferimento na bochecha. Abriu a porta do andar de Caitlin, não havia ninguém no corredor. Abriu a porta do apartamento se deparando com seus pais conversando com Felicity.

—Acabei de ser atacada. – informou se jogando no sofá. Caitlin se colocou de pé, correndo até ela tocando sua bochecha.

—Quem fez isso? – ela perguntou em um sussurrou.

—Você devia ter visto o outro cara. – murmurou em meio a um gemido quando Caitlin pegou sua mão que estava levemente arroxeada. – Sério, você realmente devia ver o cara, eu chutei as bolas dele como tio Oliver me ensinou.

—Oliver é um ótimo professor. – Barry ironizou trazendo compressa com gelo. – Onde ele está?

—No eleva... – o vento bagunçou seus cabelos, bufou apertando a compressa contra a bochecha. – Ele podia pelo menos esperar eu terminar de falar.

—O que aconteceu exatamente? – Felicity perguntou se sentando ao lado dela.

—Estava indo pegar a pizza, quando entrei no elevador esse deus grego chamado Antoni entrou comigo. Ele parecia tão legal até o momento em que me ameaçou com a adaga. – revirou os olhos. – Malditos!

—Emma se acalma, temos que te levar na delegacia, prestar um BO. – Caitlin se colocou de pé, já correndo para pegar a bolsa.

—E falar o que? – olho para mãe. – Que tem um louco psicopata que vem do futuro e está oferecendo 500 mil pela minha cabeça. Ninguém vai acreditar, mãe. Só o vovô.

 -Ela está certa Cait. – Felicity olhou para amiga. – Mas não se preocupe, temos Oliver e Barry para protege-la.

—Na verdade, tio Oliver tem que te proteger. – murmurou.

—Como assim? – Feli se virou pra ela.

—Ãhn... o psicopata está dando dinheiro por você.

A boca da técnica em TI se abriu completamente, ela começou a ficar branca e se jogou contra o sofá.

—Ai meus céus. – Caitlin pegou a mão de Felicity.

—Se acalma. Vai dar tudo certo.

—Primeiro Oliver me beija, depois descubro sobre meu filho, então sobre Emma e agora tem um louco que me quer morta. – Cait correu para cozinha.

—Olha, sobre você e o tio Oliver eu digo que já não era sem tempo, pela minha parte eu me desculpo, mas sobre Tommy, - Emma olhou para mãe que fazia um gesto com mão, ela a passava pelo pescoço, mas como Em não entendeu, continuou a falar. - eu só digo que sinto muito. Ele fez péssimas escolhas, tipo voltar para o passado. – a boca de Felicity abriu ainda mais. – Mas não se preocupe já, já voltamos para casa.

—Tommy...é o meu filho? – a pergunta saiu meio gaguejada, Emma passou a língua pelo lábio finalmente entendendo o gesto de Caitlin.

—Você não sabia disso? – Felicity negou com a cabeça. – Então...surpresa?

Felicity ficou completamente sem qualquer fala, seus olhos se reviraram na orbita e ela caiu para o lado. Caitlin soltou a água e correu até a futura sra. Quuen.

—Você vai acabar matando alguém desse jeito. – sua mãe resmungou.

—Não tenho culpa se vocês não aguentam fortes emoções.

~***~

Emma se sentia cansada, nervosa e um pouco deprimida devido aos últimos acontecimentos. Ser atacada, atacar e revelar sem querer algo que não devia ser revelado eram coisas que não deviam ser feitas em um curto período.

—Ela está bem? – Tommy perguntou, Emma se encolheu contra a poltrona do hospital.

—Sim, foi apenas uma queda de pressão. – Caitlin explicou antes de se virar para Oliver e dizer: - O médico quer falar com você.

O prefeito de Star City assentiu em silencio e seguiu atrás do médico particular.

—O que aconteceu de verdade? Porque isso de queda de pressão não cola comigo. – Tommy olhou de Caitlin para Emma, está última se encolheu ainda mais e buscou proteção atrás de alguma revista qualquer. – Mamãe não tem problema de pressão.

—Emma contou a verdade para Felicity. – Caitlin disse com os braços cruzados. – Ela sabe que você é o filho dela e de Oliver.

—Sua boca grande!

—Foi um acidente. – se defendeu sem olhar para ele.

—Ela com certeza vai contar para o papai e vou morrer.

Emma olhou para o corredor dos quartos, Oliver tinha acabado de entrar no quarto de Felicity, então ela mentalmente começou a contar.

—Não acho que ela vá. – Caitlin tentou acalma-lo.

—Tia você conhece mamãe, mas não tão bem quanto eu. Minha mãe não esconde nada do meu pai. Tipo nada.

—Nada mesmo?

—Nada. – Tommy ratificou. – Eles fizeram esse acordo com voltaram a namorar, nunca esconder nada um do outro. Eles são o casal mais aberto e sincero que eu conheço.

—E eu e o Barry somos o que?

—O casal mais chamego meu. – murmurou se metendo na conversa.

—Chamego o que?

—Vocês são fofos e exalam fofura por todos os poros. – explicou ainda olhando para porta do quarto. Oliver saiu. – E pela cara dele ela contou.

Se encolheu enquanto Tommy se escondia atrás de Caitlin.

—Caitlin podemos conversa a sós? – Oliver perguntou formalmente, Cait assentiu antes de segui-lo pelo corredor.

—Você realmente acha que ela contou? – perguntou em um sussurro, Tommy se sentou ao seu lado passando o braço pelo seu ombro.

—Não sei, carmim. – deitou a cabeça entre a curva do pescoço dele e fechou os olhos. – Quero ajeitar as coisas com meus pais, mas não quero que eles sejam forçados a ficar juntos.

—Eu sei.

Ela levantou a cabeça, os olhos de Tommy tinham um brilho especial.

—Mar de Tenerife. – sussurrou.

—O que?

—Seus olhos, parecem o mar de Tenerife. – explicou tocando levemente a bochecha dele.

—De onde você tira as coisas, carmim? – ele perguntou baixinho, a apertando ainda mais contra seu corpo.

Emma deu levemente com os ombros, Tommy se aproximou levantando seu queixo com a ponta dos dedos. Ela deu um leve sorriso, ele tomou isso como um incentivo e se inclinou sobre ela, pronto para beija-la, quando o barulho de vozes quebrou o doce clima que havia se formado.

Ela se afastou desconcertada e levemente avermelhada.

—Tommy. – ambos se viraram ao ouvir o chamado. Um pequeno grupo barulhento e familiar se aproximou aos tropeços, Emma rapidamente usou sua velocidade para se colocar a duas cadeiras de distância de Tommy. – Amorzinho. – Meli literalmente se jogou sobre ele. – Ela está bem?

—Está, foi apenas uma queda de pressão. – explicou meio contrariado. Emma apoiou o queixo sobre a mão observando o casal, Cami e Lydia se sentaram cada uma ao seu lado, fecho seus olhos fazendo pressão para não abri-los.

Hospital geral de Central City

01 de abril de 2031

Ela observava o pequeno corpo adormecido pelo vidro do berçário, a pequenina respirava com uma certa dificuldade por isso havia sido colocada na incubadora. Prematura de dois meses, Charlotte Megan Snow Allen era uma guerreira.

—Ela vai ficar bem, não vai? – perguntou ao pai.

—Claro meu amor, Lotte é forte. – ele afirmou com a voz tremula.

—Charlie é forte. – Henry corrigiu. – Lotte é apelido para uma garota mimada, minha irmã se chama Charlie.

Emma revirou os olhos, desviando momentaneamente o olhar da irmãzinha e olhando para Henry que estava visivelmente preocupado, mesmo não querendo dar o braço a torcer.

Caitlin Allen havia sido internada no início da noite apresentando forte dor na região abdominal, a operação cesariana havia sido de risco tanto para mãe, quanto para o bebê. Emma havia passado as últimas duas horas tentando acalmar seu irmão sobre o estado de saúde da mãe e lhe explicar como tudo estava ocorrendo. Queria que seu pai estivesse lá naquela hora, mas alguma meta-humano estava atacando o banco central e como Wally e Jesse haviam ido com a Liga para uma missão em outro continente, Barry havia ficado sozinho cuidando de Central City.

Sentiu seu pai apertar seu ombro e se virou para ele, seus olhos estavam vermelhos, mas seu sorriso era o maior do mundo.

—Ela vai ficar bem, não vai? – Emma olhou para Henry que mantinha os olhos fixos no vidro enquanto falava. – Tipo, ela forte. Ela é uma Allen.

Aquelas palavras eram como uma pequena ancora em que ela se segurava, Charlotte era uma Allen e um Allen nunca caía. Respirou fundo.

Central City

2016

Um Allen nunca caía. Emma se colocou de pé e logo sussurrou que iria ao banheiro, caminhou pelo corredor e dobrou em outro, sabia que o banheiro não era pra lá, apenas queria ficar longe daquelas conversar, queria respirar um pouco antes de ter que encarar seus tios de novo.

Estava quase no final do corredor quando alguém a puxou a pressionando contra a parede.

—Desculpa carmim, mas acho que não consigo aquentar. – foi isso que Thomas sussurrou antes de beija-la fervorosamente. Seus lábios eram macios e a sua boca tinha gosto de hortelã, ela se lembrou da vez que ele a beijou no cinema, a sensação era mesma, só que desta vez mais forte. Eles apenas se separaram por falta de ar.

—Você é louco por acaso. – sussurrou sem saber de onde vinha aquela força.

—Só se for por você. – um sorriso brincou no rosto dele.

—E Meli?

—Apenas para passar o tempo, enquanto você estava em coma. – ele revelou e acabou levando um a tapa no braço.

—Tia Feli vai te matar se souber.

—Eu não me importo, sempre vai ser você Emma, sempre. Se quiser eu termino com ela agora, não me importo. – ele tocou seus lábios mais uma vez. – Você é verdadeira, nunca mentiu ou escondeu algo. É isso que eu gosto em você.

Ela mordeu o lábio inferior. Merda de consciência.

—Tommy, não é verdade.

—Claro que é, você mentiu para seus apenas para o bem deles, você se sacrífica pelos outros, você é tão...

—Tão o que?

—Tão Emma. – ele sussurrou.

Emma fechou os olhos, não aguentaria vê-lo quando contasse a verdade.

—Bennet está vivo. – falou bem baixinho e por um instante tudo pareceu parar, ela não ouvia mais nada, apenas a sua respiração e da Tommy.

O soco que o Queen deu contra a parede a fez estremecer. Ele nunca foi muito bom com palavras mesmo. Tommy se afastou e Emma escorregou até o chão ouvindo apenas os passos dele ao dobrar o corredor. Quando parece estar dando tudo errado, apenas espere, sempre piora, assim dizia o sexto fator Allen.


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