Vossa Majestade escrita por Evil Queen 42


Capítulo 10
Capítulo 10 -Refúgio


Notas iniciais do capítulo

Preparem seus corações!
Boa leitura.



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Uma semana se passou desde a morte de Sasuke. Mesmo com a tragédia, Orochimaru tirou proveito da situação para tentar resolver o assunto do matrimônio da Rainha. 

Sentada na cadeira reservada apenas para ela, Sakura, entediada e igualmente furiosa, ouvia os argumentos de seu conselheiro mais detestável. 

– Majestade, está ridicularizando a santidade do matrimônio. - Insistiu o homem. 

A jovem Rainha revirou os olhos e bufou após ouvir tais palavras de Orochimaru. Não aguentava mais a insistência de seus conselheiros para que se casasse o quanto antes. 

– É engraçado ouvir isso da boca de um homem que já se divorciou três vezes. - Rebateu impaciente a Rainha - Eu posso comandar este país sozinha.

– Pense com calma, minha Rainha. - Aconselhou - Recebeste propostas de casamento de príncipes de vários países...

– Orochimaru. - Interrompeu a adolescente, pegando sua taça dourada e erguendo-a um pouco, como um pedido mudo para que uma de suas damas lhe servisse mais vinho - Não estou interessada em nenhum deles. Já falei isso, não é novidade. O único homem com quem eu me casaria foi dado como morto. 

Orochimaru não conteve um pequeno sorriso de deboche após tal declaração da Rainha. Sakura nunca falou publicamente sobre seu amor por Sasuke, mas demonstrava sem pudores. 

– O casamento de um príncipe é fruto da política, não de uma paixão adolescente. - Respondeu o conselheiro da Rainha.

– Nós, pobres princesas, somos dados que se jogam e cuja sorte ou azar depende do resultado. - Respondeu seriamente e levou a taça dourada até a boca, tomando um gole de vinho - Por séculos foi assim, mas comigo será diferente. Vocês, homens desprezíveis, não irão me oferecer feito gado unicamente para que haja um Rei no comando. - Declarou de maneira ríspida - É fato que um homem comanda sua esposa, mesmo que sua esposa seja uma Rainha. Não vou ser diminuída por nenhum homem e também não serei dominada por ninguém! 

– Majestade, deve considerar que uma aliança entre Konoha e Suna, por exemplo, pode ser algo vantajoso em caso de guerra... O príncipe Sasori é um grande pretendente para desposá-la. 

– O país não passa por crise alguma, então não há necessidade de uma aliança! - Retrucou a Rainha, aumentando seu tom de voz, deixando clara a sua insatisfação com tal conversa - Não serei uma simples consorte, mas a Rainha regente de Konoha! 

– Sabe quais serão as consequências caso a Rainha morra sem deixar herdeiros legítimos para o trono? - Arqueou levemente uma sobrancelha, indagando num tom de voz que soou desafiador para Sakura. 

– Sabe que o simples fato de sugerir a morte da Rainha pode ser considerado um ato de traição? - Ela devolveu no mesmo tom, fazendo Orochimaru travar o maxilar - Portanto, meu fiel conselheiro, se quiser continuar com sua cabeça sobre seus ombros, sugiro que pare de dizer coisas sem sentido e me deixe em paz! 

– Mil perdões, Majestade, só estou pensando no bem do país. Muitos não vêem com bons olhos a atual situação de Konoha, com uma jovem mulher no comando. 

– Embora o sexo a que pertenço seja considerado fraco, você me verá como uma rocha, que não se inclina para nenhum vento. - Declarou - Irei governar este país tão bem quanto um homem governaria. Agora vá, me deixe em paz. 

Após fazer uma reverência em respeito à monarca, Orochimaru, frustrado, se retirou, deixando a rosada a sós com suas damas de companhia.

Ela soltou um longo suspiro e tomou todo o vinho da taça de uma vez. Estava nervosa após tal conversa, uma vez que tinha a esperança de convencer Sasuke a se casar, portanto, ele seria Rei e também pai dos futuros herdeiros do trono. Mas Sasuke simplesmente desapareceu e estava morto para todos, então Sakura estava sem marido e sem filhos para garantir o futuro da Dinastia Haruno. 

Não queria ser a responsável pelo fim da Dinastia que comandou Konoha por séculos. Sakura foi a primeira Rainha reinante desde o início da Dinastia, não aceitar um marido era um motivo forte o suficiente para que muitos dentro da Corte sugerissem que o melhor a ser feito, caso Sakura não se casasse, seria fazê-la renunciar o trono. 

E não era somente pelo fato de Sakura ser do sexo feminino, mas principalmente pelo fato de que não era considerada capaz de reinar. Desde criança, Sakura era mal vista por conta de seu comportamento e os súditos temiam que a Rainha Mebuki morresse antes de dar um herdeiro do sexo masculino para Konoha e foi exatamente isso que aconteceu: Os pais de Sakura faleceram, deixando a rosada como filha única e próxima Rainha. 

– Vocês, saiam agora! - Falou para as suas damas que logo se retiraram. 

Sakura levou suas mãos até a testa e soltou um longo suspiro. Em seguida encheu novamente sua taça com vinho e tomou tudo de uma vez, sentindo até uma leve tontura e ânsia de vômito. 

Lembrou-se de Sasuke e desejou que ele estivesse ali ao seu lado. Sentiu vontade de chorar só de pensar que nunca mais iria vê-lo. 

O corpo não foi encontrado e isso, para Sakura, era como uma pequena chama de esperança de que ele estaria vivo. No entanto, os dias se passaram e ninguém encontrou o dono da luva preta que foi entregue à Sakura. Talvez seus restos mortais já tivessem sido devorados por animais, ou seja, ninguém jamais encontraria o corpo. 

Sentindo-se sufocada, Sakura saiu do castelo. Ela sentia que precisava de ar puro. Precisava se ver longe daquelas pessoas venenosas. 

Pegou seu cavalo e foi para longe do castelo, para onde, junto de Sasuke, ela costumava treinar com as espadas na adolescência... Justamente o lugar onde ele sumiu, perto do precipício onde nasciam as malditas flores.

Sakura não conteve uma lágrima após a lembrança de seu melhor amigo e amante. Se Sasuke estava realmente morto, ela desejava que, pelo menos, sua morte tivesse sido rápida e indolor. Não podia imaginá-lo sofrendo. 

Não aguentando aquele clima pesado, ainda com a cabeça confusa, Sakura saiu cavalgando rapidamente por entre as árvores ali. Estava sem rumo, não sabia para onde ir, não tinha refúgio... Seu único refúgio agora jazia em algum lugar. 

Por causa da velocidade do cavalo, Sakura não teve tempo para desviar de um galho de árvore e acabou batendo a cabeça, caindo no chão logo em seguida. 

Sentiu uma dor na coluna após a queda e fez uma careta, levou a mão até sua testa e não sentiu sangue, mas estava dolorido. Ela se apoiou num tronco de árvore para levantar e soltou um longo suspiro. O cavalo devia estar um pouco longe, mas provavelmente voltaria... Ou não. 

Saiu correndo por entre as árvores, o mais rápido que podia, uma vez que estava longe do castelo e para ir andando iria demorar. Provavelmente chegaria à noite e andar naquele lugar na escuridão era muito perigoso, pois podiam aparecer animais ferozes ou venenosos. 

Ainda com lágrimas nos olhos, Sakura se escorou numa árvore e, com a respiração descompassada, pôs-se a chorar mais ainda. Não tinha Sasuke ao seu lado e, para piorar, estava andando em círculos. Se sentia perdida... Extremamente confusa... Era como se já não conhecesse mais aquele lugar onde sempre costumava ir. 

– É tudo culpa minha... - Chorosa, ela cobriu o rosto com as duas mãos. 

– O que é culpa sua?

Seu coração quase foi parar em sua garganta. A surpresa foi tão grande quanto a felicidade que sentiu naquele momento. 

Sakura sorriu. Reconheceria aquela voz em qualquer lugar.

– Sasuke... 


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Notas finais do capítulo

Comentários? :3
Bjs



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