Inocência Premeditada escrita por Bia


Capítulo 5
Ron Weasley


Notas iniciais do capítulo

Draco Malfoy (x)
Ron Weasley (x)
Harry Potter (-)



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Ron Weasley

Gostava da sensação de ser especial. Pena que ocasiões assim eram raras em sua vida.

Quando nasceu, não era mais novidade um menino na família Weasley. E com o nascimento de Gina, então, qualquer favoritismo que poderia ter tido por ser o caçula se perdeu por completo. Na infância, só se sentia valorizado nos primeiros minutos de seu aniversário, quando todos se reuniam para cantar parabéns.

Inocentemente, chegou a acreditar que, em Hogwarts, as coisas seriam diferentes. Se tornaria um grande bruxo, admirado e reconhecido por todos. Porém, viu seus sonhos virarem pó antes mesmo de colocar os pés na escola, quando conheceu Harry Potter no trem. A partir daí resumiu-se em o amigo do menino que sobreviveu.

Era coadjuvante na própria vida, sempre seguindo os passos e decisões loucas de Harry, sem conseguir se destacar sozinho. Inclusive, na própria família tinha perdido espaço depois de ter feito essa amizade. Bem verdade que sua mãe tratava o Potter como um filho, mas um filho muito diferente do próprio Ronald.

Apenas com Hermione...Apenas com Hermione as coisas eram distintas.

Com ela, sentia-se único, insubstituível e se lhe perguntassem o porquê, não saberia dizer o motivo.

Só eram.

Ela o incentivava a prosseguir, a avançar, melhorar a cada dia e isso fazia com que se sentisse capaz de realizar coisas incríveis. Dessa sensação também gostava. Com Hermione por perto, era corajoso e até um pouco mais inteligente e determinado. Ela não desistia dele, mesmo quando ele mesmo já tinha lavado ás mãos e comemoraria qualquer mínimo avanço com entusiasmo, enquanto sua mãe diria, no máximo, um "parabéns, querido" e chamaria o marido para almoçar.

Quando percebia, em sua atitude, algum certo ciúme dos talentos e vantagens que o amigo tinha, ela simplesmente lhe explicava, sabiamente, que esse tipo de sentimento, além de feio, era uma tolice. Harry tinha nascido com um tom, dizia, muitas pessoas conquistavam coisas por dom, mas poucas por esforço. E esse merecia ser mais valorizado.

Era o suficiente para que o Weasley se sentisse bem consigo mesmo.

No recente ataque de ciúmes de Lilá, quando ela ameaçou chorar, Rony pensou em colocar as cartas na mesa. Explicar que Hermione também era especial e insubstituível em sua vida, pois não existia outra pessoa capaz de motivá-lo tanto quanto ela. No entanto, olhando profundamente seus olhos castanhos escuros, decidiu que não.

Lilá era uma maravilhosa pessoa mediana. E para pessoas medianas, coisas medianas eram boas. Se ousasse dizer que, em seu ponto de vista, coisas medianas não eram o bastante e que pretendia continuar avançando para, um dia, ser ele a motivar Hermione, seria mil vezes pior que uma traição.

Conformou-se em abraça-la.


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