Super Amigos escrita por Aiki Shimizu


Capítulo 1
Friend's Day!


Notas iniciais do capítulo

Olá caros leitores!

Hoje 20 de julho comemoramos o Dia do Amigo e 30 de julho Dia Internacional da Amizade. Aproveitei as datas e escrevi essa nova one-shot para comemora-las.

"Quem encontrou um amigo, encontrou um tesouro."
Assim como essa frase é uma verdade em minha vida, acredito que seja na vida de todos. Jamais deixo passar essa data sem dizer aos meus amigos o quanto eles são importantes para mim. E, desde que me atrevi a publicar uma fanfic, ganhei alguns amigos por aqui. Alguns declarados, outros talvez nunca saberei quem são. Mas, chamo a todos de amigos porque cada um, à sua maneira, ao dedicarem seu tempo lendo, favoritando e comentando o que eu escrevo me fazem muito feliz.

Há vários tipos de amigos, vários níveis de amizade. E vocês, entraram em um determinado hall, dentre essas categorias, em minha vida.

A história é bem simples, escrita de última hora, mas a intenção é mostrar que sempre tem alguém ao nosso lado que, de alguma forma, faz a diferença e costumamos chamar de amigo.


Obrigada pelo carinho de sempre.

Kisses❣



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― Bruce, vê se pega leve com o Wally. Estou certa que ele deve ter um bom motivo para ter convocado essa reunião. – Diana fala, tentando amenizar o humor não muito amigável do Homem Morcego.

― Não estamos sob ataque. Não temos nenhuma suspeita de ação criminosa se articulando. Não vejo um motivo plausível para o sem noção do West ter convocado essa reunião. – Bruce responde, cético e friamente.

Diana apenas o observa de soslaio e continuam caminhando até a sala de reuniões. A porta se abre e os demais heróis já estão em seus respectivos lugares, aguardando apenas a chegada dos dois para que Wally se pronunciasse a respeito da convocação que fizera.

O velocista escarlate abre o seu melhor sorriso ao ver que todos compareceram. Todos os heróis, com exceção do Batman, o encaram curiosos. Apesar do olhar irritado e desconfiado do Morcego sobre si, Flash não se incomoda e mantém seu alto astral para iniciar a reunião.

― Então, pessoal, agradeço a todos por comparecerem. Sempre que nos sentamos nessa sala é para tratarmos de assuntos sérios, deliberarmos sobre missões complicadas, resolvermos questões administrativas e, na melhor das hipóteses, fazermos um levantamento positivo das missões bem sucedidas. Mas não hoje. Hoje nossa reunião tem caráter de diversão e ...

― Chega! – Bruce se manifesta, interrompendo o velocista e apoiando uma das mãos na mesa, fazendo menção de se levantar. ― Nós não temos tempo a perder com as suas brincadeiras, West. – Seu olhar paira sobre o Flash, com nuances de extrema irritação. Porém a mão delicada e firme de Diana sobre a mão do Morcego, o faz desviar a atenção para ela.

Com um olhar dócil e com uma autoridade implícita, Diana contorna o impulso repentino do Morcego.

― Bruce, você prometeu. – Ela diz, quase como um sussurro. Ele estreita os olhos sob a máscara, ao passo que os músculos do maxilar se enrijecem, prestes a dizer que não prometera nada. Mas a intensidade do olhar da princesa o convence a se calar e ele se ajeita na cadeira, voltando a atenção para o amigo.

― Vamos ouvir o que o Wally tem a dizer. São tão raros os nossos momentos de descontração. Estou certo de que a iniciativa dele será boa para todos nós. – Diz Super Man, com um sorriso cordial, incentivando o ruivo a continuar.

Flash agradece ao Escoteiro pelo apoio e dá uma piscadela para Diana, pela ajudinha com o enfezado Batman, fato que irrita ainda mais o Morcego. Sem se importar, Wally continua.

― Continuando. Nós quase nunca temos lazer ou nos divertimos. Não podemos comemorar datas importantes juntos, mas nós somos como uma família. Então, já que estamos em uma semana tranquila. Pensei, por que não fazermos uma comemoração? – Ele diz empolgado, correndo os olhos para todos, no intuito de receber a mesma expressão de entusiasmo dos demais.

Os heróis exprimem uma reação pensativa e comedida, exceto Batman que continua com o olhar irritado e impaciente.

― Wally, que tipo de comemoração você tem em mente? – Shayera pergunta, percebendo a decepção do amigo com a falta de interesse dos demais.

― O real motivo vocês só vão saber na hora. Vocês só precisam aceitar participar. A organização do evento será toda por minha conta. – Ele diz, já retomando o sorriso ao se lembrar do que tinha em mente.

― E onde será esse evento? – Pergunta o Lanterna Verde, curioso.

Flash muda um pouco sua expressão, demonstrando uma leve apreensão ao revelar seus planos. Respira fundo antes de prosseguir e se prepara para a reação extremada que viria logo que terminasse de falar, isso se conseguisse terminar de falar. Para garantir, ele fala rapidamente, fazendo com que os amigos tenham certa dificuldade para entender.

― Será uma pequena confraternização na mansão Wayne. Já combinei tudo com o Jarbas e, ele disse que se o patrão Bruce estivesse de acordo, ele me ajudaria com os preparativos. – Ele termina de falar, solta o ar preso em seus pulmões e fecha os olhos já esperando a reação que viria a seguir.

Os heróis se entreolham após compreenderem o recado e encaram o Cavaleiro das Trevas com uma postura ainda mais sombria que a habitual. A pouca pele exposta pela máscara evidenciava traços, em tom avermelhado, de fúria pela ousadia do ruivo.

― FLASH! O que é que você tem na cabeça? Acha mesmo que nós não temos mais o que fazer para convocar uma reunião de emergência por um motivo banal, marcar uma confraternização em minha casa sem me consultar, dar ordens ao meu mordomo e ficar aí com essa cara de idiota alegre como se estivesse fazendo algo útil?! – Bruce se pronuncia, irado.

O velocista abre um olho para encarar o Morcegão ainda bufando. Em seguida, tenta esboçar um sorriso maroto em busca da compreensão dos demais. Os heróis tentam procurar um meio de argumentar a favor do velocista, mas o impacto causado pela reação do Batman os faz ponderar. Exceto, o centrado Marciano, que resolve ser o primeiro a falar.

― Eu nunca participei de algo desse tipo com vocês terráqueos. Acredito que pode ser interessante. Ficamos sempre tão preocupados com o bem estar dos outros, acho que tirar algumas horas para nós não vai fazer mal. As coisas podem sempre mudar tão de repente, hoje estamos aqui, amanhã podemos perder tudo e todos que amamos como aconteceu comigo. Um dia de descontração também merece espaço em nossa vida. – Diz o Caçador de Marte, sensibilizando os demais.

― J’onn tem razão, podemos tirar algumas horas amanhã e, nos encontrarmos para jogar conversar fora e nos distrair. Nós saberemos se precisarem de nós e não deixaremos de agir. – Super Man reforça o apoio à ideia e os demais heróis mudam a expressão para uma postura mais receptiva.

― Ok. Eu e o John estamos nessa. – Shayera se pronuncia, sendo encarada pelo Lanterna Verde, surpreso e vencido, por ela se manifestar por ele também.

Todos voltam os olhares para Diana e Bruce, que permaneciam em silêncio. Diana, pensativa. Bruce, irritado e prestes a se retirar a qualquer instante. Flash permanecia com o olhar repleto de expectativas e lutando para conter sua impaciência pela manifestação dos dois.

Diana troca um rápido olhar com o Super Man e a Mulher Gavião, ambos encorajando-a.

― Bruce e eu também vamos participar. E ele não se importa em ceder a mansão para nos reunirmos. – Ela fala, enquanto apoia novamente sua mão sobre o punho fechado do Batman. Bruce tenta uma evasiva para rebater Diana, mas antes que se pronuncie, ela vira o seu rosto, forçando-o a encara-la. Mais uma vez, os olhos azuis penetrantes e encantadores o dominam.

― Se pensa que vai fazer o que quiser em minha casa está enganado, Wally. A confraternização terá hora para começar e para terminar. E eu darei ordens a Alfred para organizar as coisas dentro dos meus padrões. – Bruce enfatiza cada palavra, em um tom claro de ameaça.

Wally sorri para a princesa, grato pela ajuda. O mais difícil era convencer Bruce, mas já que ela conseguira a façanha, poderia lidar e burlar as demais recomendações que ele fizesse.

― Tudo como o Senhor Wayne quiser. E para finalizar, uma brincadeirinha de amigos para tornar o momento mais interessante. – Os heróis observam o velocista passar um pequeno saquinho de veludo marrom, a começar por Super Man, contendo pequenos pedaços de papel dobrado. Ele incentiva o kryptoniano a retirar um dos papéis e passar o saquinho para os demais fazerem o mesmo.

Batman se recusa a tirar um dos papéis, percebendo do que se trata, mas Diana, delicadamente, consegue contornar a situação retirando por ele um papel e o entregando em seguida.

Satisfeito, Wally prossegue: ― Acredito que a maioria aqui já brincou de amigo secreto. Mas, nunca fizemos essa prática tão comum entre nós. Para os que não conhecem a brincadeira, diz virando-se para J’onn, é simples. Em cada papelzinho está o nome de um de nós. Amanhã vamos revelar o nosso amigo secreto e segundo a tradição devemos dar um presente para o sorteado. – J’onn assente com a cabeça, após a explicação, apesar de já ter lido a mente do velocista desde o início da reunião e ter ciência de tudo o que ele pretendia. ― Ah, já ia me esquecendo. Vamos olhar desde já quem sorteamos, para não corrermos o risco de termos tirado o próprio nome.

Os heróis desdobram cuidadosamente o papel que haviam retirado e observam, com expressões enigmáticas, o nome que nele estava escrito. Por sorte, nenhum havia retirado o próprio nome. Depois de mais algumas manifestações de Flash e irritações de Bruce, Super Man encerra a reunião e cada um segue para o seu posto ou para suas atividades na Terra, já pensativos em que presente levar para o amigo secreto que haviam sorteado.

 

***

 

Na noite do dia seguinte, na mansão Wayne, Diana que havia chegado mais cedo para ajudar Alfred e Wally a lidarem com as censuras de Bruce, aguarda na suíte máster da residência que o herdeiro de Thomas e Martha termine de se arrumar, para descerem juntos e se juntarem aos amigos que, por certo, já deveriam estar chegando.

A princesa trajava um elegante vestido preto, curto, bem marcado na cintura e uma fenda estratégica até metade da coxa esquerda. Os cabelos, presos em um rabo de cavalo chique com topete, destacando o belo rosto. Nos pés, um clássico scarpin Louboutin. Ela já estava impaciente com a demora de Bruce em se arrumar. Quando sentiu o aroma da essência amadeirada do perfume do Wayne invadir o quarto, suspirou aliviada. Sabia que ele, enfim, estava pronto.

Ela observa a bela figura de Bruce Wayne, trajando um elegante terno, se aproximar dela, e sorri satisfeita com o que vê. Convencido, altivo, sedutor e sem sombra de dúvidas, lindo. Não iria fazer elogios em alta voz, sabia que o seu olhar já tinha lhe dito tudo ao despertar o sorriso de lado que ele lhe oferecera. Eles trocam um beijo rápido e saem do quarto, rumo à sala de estar da mansão. Diana recomenda novamente ao Wayne que se controle perante as ações de Wally e, sem garantir, Bruce parece concordar com ela.

Na mesa de centro da sala, sete embrulhos, de tamanhos variados, ocupam o espaço. Wally insistia para que Clark, utilizasse sua visão de raio x nos presentes e lhe contasse o que havia em cada caixa. Obviamente, a insistência foi em vão.

Alfred coordenou para que se servisse o coquetel, mesclado com os gostos de seu patrão e do senhor West. Não foi fácil convencer Bruce a deixar que Flash se intrometesse nos aperitivos e bebidas, mas não havia nada que a influência de Diana não desse jeito. Wally queria fazer também uma decoração temática, mas quanto a esse aspecto, até mesmo a princesa considerou as ideias demasiadamente exageradas.

Apesar dos primeiros instantes juntos terem sido marcados por uma formalidade desnecessária, Flash logo tratou de quebrar o clima com suas piadas, constrangendo alguns dos amigos e irritando outros. No fim das contas, não demorou que todos relaxassem e começassem a se divertir. Podiam falar de assuntos pessoais e de trabalho de maneira descontraída, implicando uns com os outros e revelando alguns detalhes peculiares de si próprios e dos outros, simplesmente pela intimidade que haviam adquirido com o passar dos anos. Nem mesmo Bruce ficou imune ao clima leve que se formou. Wally sorria, satisfeito, percebendo que não falhara em sua missão.

Bruce levou os amigos para o salão de jogos da mansão e gastaram um bom tempo com diversas disputas nos aparelhos que equipavam o local. Sorriram com as vitórias. Brigaram com as derrotas, sob alegações de fraude, devido ao uso de poderes. Contudo estavam sendo só bons amigos em uma rotina social saudável.

As horas passaram sem sequer os heróis se darem conta. Bruce, que havia determinado um horário para finalizar o encontro, se fez de distraído e deixou que tudo seguisse naturalmente. Precisava reconhecer que o sem noção do West estava lhes proporcionando uma noite agradável com sua iniciativa audaciosa.

De volta à sala de estar, Wally convocou a todos para o início da revelação do amigo secreto. Como sempre, sendo o mais empolgado e impaciente, o ruivo fez questão de ser o primeiro a revelar o seu amigo secreto, mas antes fez questão de dizer a todos o real motivo por querer reuni-los.

― Bem, pessoal. Estou visivelmente feliz pela noite agradável que passamos juntos. Vocês podem estar pensando que tudo isso foi só uma desculpa para invadir a mansão do nosso amigo Bruce e gastar uma reles quantia de sua vasta fortuna. Mas, digo que não. Claro que a oportunidade veio a calhar, mas o motivo não era esse. – Os heróis sorriem ante a explicação de Wally e Bruce apenas revira os olhos. Estava relaxado demais para se irritar. ― O real motivo, que fez com que eu os reunisse, é a data de hoje. Dia do amigo. – Os heróis se surpreendem. Alguns porque sequer tinham se dado conta da data, outros porque de onde vinham não havia comemoração em relação à amizade. ― Eu não vou fazer um discurso, porque não sou bom nessas coisas. Mas achei que deveríamos comemorar a data, dada a importância de uma boa amizade em nossa vida. Muitos de nós aqui perdemos pessoas importantes, alguns perderam tudo e todos que amavam. Ainda assim, parece que a vida não é assim tão ingrata ao nos permitir construir laços de amizades. Os amigos são tipo, a nossa segunda família. Brigamos, somos diferentes, mas, ainda assim, algo faz com que nos importemos uns com os outros, que lutemos uns pelos outros. Nós somos super amigos. Vocês são minha segunda família. E, mesmo que não demonstremos claramente, que nos identifiquemos mais com uns do que com os outros, seremos sempre amigos. Por isso, esse dia é para lembrarmos o quanto estamos juntos nisso tudo e saber que temos sempre com quem contar.

Shayera se levanta e dá um abraço carinhoso no amigo, seguido por um beijo na bochecha. O gesto faz com que a face do velocista fique da cor de seus cabelos e o seu sorriso de orelha a orelha.

― Você teve uma excelente iniciativa, Wally. E disse sábias palavras. Somos, de fato, bons amigos e merecíamos comemorar essa data para enfatizar isso. – Diz Clark, reforçando as palavras do amigo.

― Eu sabia que no fim das contas, vocês iam me dar razão. – Diz Wally, convencido. ― Agora, vamos revelar os nossos amigos secretos, estou curioso para ver os presente e saber quem tirou quem. – Confessa o ruivo, com empolgação.

― Então, comece logo, Wally. – Diana o incentiva, mesmo que não houvesse necessidade.

― Tá legal. O meu amigo secreto é corajoso, meio ranzinza e teimoso. Mas, nada que sua namorada não resolva. Alguém sabe quem é? – Wally pergunta, correndo os olhos para todos.

― Bruce! – Todos, com exceção do Wayne, falam em uníssono. Bruce franze o cenho, irritado por ter sido citado.

― Errado! – Fala Wally, surpreendendo a todos. ― Até poderia ser, mas há outro ranzinza, teimoso e dominado pela namorada entre nós. Apesar de genioso, é gente boa. Ele se tornou meu primeiro amigo quando fundamos a Liga e certamente serei seu padrinho de casamento. Não é mesmo, John?

Os heróis riem da fala de Wally e dessa vez, John é quem franze o cenho, devido à descrição que o amigo fizera dele. Em seguida, porém, abre um sorriso ao se levantar e abraça-lo. Flash lhe entrega o presente que escolhera. Uma enorme caixa, contendo diversos utensílios e vestuários com o símbolo do raio, presente no uniforme do velocista. No fundo, alguns CDs de bandas que Wally sabia que John apreciava. John agradece o presente e se prepara para fazer a sua revelação.

― Minha amiga secreta – ele diz olhando para Diana e Shayera. ― é uma mulher forte, corajosa, marrenta e às vezes impulsiva. – Os heróis nem arriscam palpite, afinal, a descrição caberia tanto para a amazona como para a thanagariana. Percebendo isso, John põe logo fim ao suspense. ― Ela também é a mulher mais linda que já conheci, minha melhor amiga, meu amor.

Shayera se levanta e beija o Soldado Esmeralda, emocionada. Emoção essa que transborda, ao abrir a pequena caixa de veludo contendo o seu presente. Um belíssimo anel de noivado. Shayera não contém as lágrimas e após trocarem juras de amor, receberem as felicitações dos amigos e se recomporem, a ruiva dá continuidade à brincadeira.

― Não vou fazer suspense, até porque a dedução será óbvia. Minha amiga secreta é uma das pessoas com quem jamais imaginei me dar bem um dia. Alguns dizem que somos parecidas. Outros que somos diferentes. Acho que somos dois lados de uma mesma moeda, não somos perfeitas, nem estamos dentro dos padrões das chamadas “bffs”, mas juntas formamos uma parceria insuperável. – Diz a ruiva, estendendo uma sacola com um presente para a amiga.

Diana começa a abrir a sacola, mas antes que termine, Shayera cochicha algo em seu ouvido que a faz parar. A morena sorri, com os olhos arregalados ao ouvir o que havia no embrulho e agradece à amiga. Os demais heróis ficam extremamente curiosos, em especial Bruce, mas sabiam que de nada adiantaria insistir para saber o que havia ali. Segredos de mulher.

― Meu amigo secreto é alguém muito especial. Foi graças a ele que encontrei vocês e, com o exemplo dele, fui capaz de ser mais do que uma princesa guerreira protegendo uma ilha. Você é muito mais do que um bom amigo J’onn J’onzz. É como um pai ou um irmão que eu não tive. – Revela Diana, com um sorriso de gratidão voltado para o Ajax.

J’onn abraça a amiga e agradece pela sinceridade das palavras expressadas a ele. Diana lhe entrega de presente uma espada forjada por Hefesto, capaz de derrotar até um deus. O Marciano, reconhecendo a importância e qualidade do artefato, não poupa agradecimentos à amazona por confiar-lhe tal arma.

― Meu amigo secreto é sem dúvida um dos homens mais nobres que já conheci. – O marciano dá início à descrição. ― Assim como eu, ele perdeu tudo. Mas soube acolher todos que a vida lhe deu e reconstruiu sua história. Com tantas controvérsias a seu respeito, sempre se dedicou a ser o melhor que poderia para a humanidade. Você tem todo o meu respeito, Kal-el.

Clark abraça o amigo e recebe de presente uma escultura feita pelo próprio marciano, com traços característicos da cultura de seu povo. Uma obra de arte de valor imensurável se fosse exposta para a sociedade.

― Agora não vai ser difícil deduzir o meu amigo secreto, afinal, só restam duas opções. Bruce e Wally. – Clark, começa a falar. ― Meu amigo secreto é também meu melhor amigo declarado. Eu sei que também sou o melhor amigo dele, embora ele não admita, já tenha tentado me matar e carregue sempre uma kriptonita no cinto. – Os heróis riem da descontração de Clark e Bruce esboça um sorriso de lado. ― Ele é o ser humano mais notável que já conheci. É bom sermos amigos, Bruce. – Super Man conclui e estende a mão para cumprimentar o amigo. Em seguida, pega uma pequena caixa sobre a mesa e entrega para o playboy de Gotham. ― Não é fácil presentear um bilionário, mas acho que você vai gostar do que tem aí e usar da melhor maneira.

Bruce abre a caixa e se surpreende com o conteúdo. Os heróis olham e não entendem nada. Mas, Bruce sabia o quanto Clark deveria confiar nele para lhe dar tal presente. Três microchips contendo segredos de tecnologias super avançadas de Krypton.

Bruce aguarda Super Man se sentar e todos se dão conta que restava apenas Wally a ser presenteado. Mesmo sem se manifestarem, todos compartilhavam a mesma expectativa para verem como seria esse momento. Wally estava tenso pela forma que Bruce o encarava e já conseguia enumerar os principais adjetivos que o Morcegão usaria para referir-se a ele.

― Não é surpresa para ninguém que o meu amigo secreto seja ninguém menos que, Wally West. – Bruce diz com certa frieza, o olhar perdido no ar, como se estivesse escolhendo as palavras para prosseguir. ― Não é surpresa também minha visão sobre o ruivo inconveniente, irritante, idiota, imaturo e com demais características sinônimas dentre as já citadas. O que vale ressaltar é que ele também tem um grande coração, é indiscutivelmente feliz e faz toda a diferença com a sua falta de senso nesta equipe de heróis tão centrada. Nós não seríamos os mesmos sem você, West. O exemplo claro disso são os Lordes da Justiça. Pegue logo o seu presente, porque já falei o suficiente para você se achar no direito de me irritar pelo resto da vida.

O velocista dá um abraço quase imperceptível no playboy de Gotham, devido à rapidez. No mesmo instante abre o embrulho que lhe era destinado e sorri como criança ao ver o presente: Um exército de robozinhos de luta hi-tech, produzidos com tecnologia de ponta das empresas Wayne. Os demais sorriem com a capacidade que o velocista tinha de ser um bravo herói e, nas horas vagas, se comportar como uma criança.

Os heróis passaram ainda boas horas conversando, sorrindo, e com implicâncias uns com os outros. Não sabiam quando e se poderiam ter outros momentos como o dessa noite novamente, mas sabiam que sempre poderiam contar uns com os outros. Não eram apenas uma equipe de heróis, eram sete amigos compartilhando pensamentos diferentes, mas um objetivo em comum. Eram muito bons no que faziam sozinhos, mas insuperáveis quando trabalhavam juntos. Eram a Liga da Justiça. Mas, sobretudo, Super Amigos.


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Notas finais do capítulo

Obrigada mais uma vez pela atenção, espero que tenham gostado. Pretendo dar um respiro em relação as one-shots da Liga. Focando apenas na long-fic. Então, vocês já sabem onde me encontrar.



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