Future of the Past escrita por Romanoff Rogers


Capítulo 4
Filho da mãe




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— Eh... Natasha? - Eu perguntei, morrendo de medo da sua reação. Optei por não chama-la de mãe, podia piorar tudo. Ela não respondeu, só ficou encarando o oxigênio passar.
Okay, ela estava pálida.

— Natasha?
Ela só começou a cair pro lado. Corri até ela ela, mesmo incerto que aguentaria segura-la. Passei os braços por suas costas e deixei que ela caísse com as costas no meu colo, e sua cabeça em meus braços.
Eu estava desesperado. Não sabia o que fazer. O mais lógico a se fazer era chamar meu pai, ele sempre resolvia essas coisas. A coloquei no chão, e sai em disparada pro elevador, me esquecendo que podia ter chamado Jarvis.
Assim que a porta abriu, sai correndo.
— Pai! Pai socorro! - Eu gritei, avistando a sala de reuniões. Escancarei a porta com força, e todos os olhares se direcionaram a mim.
— A... - Eu tentava falar, mas estava totalmente sem fôlego, e sentia uma dor na barriga e na garganta. Poxa, essa torre era enorme!
—James, se acalma - O tio Sam disse a mim.
— Respira querido. - Wanda pediu. Respirei fundo, sentindo o ar tomar conta de meus pulmões.
— A tia Nat... Ela... - Não precisei continuar. O Tio Clint e meu Pai saíram correndo e, a Feiticeira tentava me acalmar.
— O que a fez desmaiar? - Hill perguntou.
— Eu... Eu disse o que não devia e ela ficou nervosa, é culpa minha - Comecei a chorar, agarrado a tia Wanda.
— Não menininho, sua mãe é forte, e só foi um desmaio. A Doutora Cho deve estar cuidando dela agora. - Ela me tranquilizou, fazendo carinho em meus cabelos.
(...)
— A pressão caiu, só isso. Está tudo bem. - A mulher asiática sorriu. Todos nós suspiramos aliviados. Todos os Vingadores, mais Hill, Nick e eu estávamos reunidos naquela sala.
Depois dessa notícia os demais tomaram seus afazeres, restando apenas eu, meu pai Clint e Wanda na sala. Ouvi minha madrinha pigarrear, me tirando de meus devaneios. Olhei pra ela discretamente, e vi ela dando cutuveladas em meu pai, ele fazia uma cara tipo: "O que?"
Ele fechou os olhos, derrotado. Ela sorriu, e voltou a puxar conversa com Clint.
— Ah, James? - Okay, o problema foi que Clint ignorou o sinal de Wanda dizendo "PARA DE ENCARA-LOS CARALHO, ELES PRECISAM DESSE MOMENTO"
— Oi
— P-Podemos conversar? - Ele perguntou. Assenti, me levantando.
O segui até o jardim da torre. Ele sentou num balanço, e eu fiz o mesmo.
Eu simplesmente amo balanços.
"Flash back On
Eu via o mundo dos meus olhos. Sentia o vento em meu rosto, como se eu estivesse voando. Mas podia sentir meu bumbum colado no balanço, assim como as mãos segurando firme a corrente.
—Olha papai, eu estou voando! - Gritei. Não me lembro exatamente quantos anos eu tinha. Uns... 6 ou 7?
— Tô vendo filho. - ele sorriu, tirando os olhos das flores que plantava no jardim. - Nat, não está muito alto?
— Está Jamie? - Ela perguntou, já sabendo a resposta que daria.
— Não! O papai tem medo de altura! - Gritei, botando uma gargalhada estridente pra fora.
— Ah é? Vamos mostrar a sua mãe como se faz um menininho gritar igual a uma menininha.
— Ei, isso é um insulto as menininhas! - O feminismo da minha mãe gritou. Sim, ela me transfornou num feminista igualitário, com certeza. Minha mãe deu lugar para meu pai balançar.
Eu realmente estava indo mais alto, em quanto gargalhava.
— Eu sou um super herói! - Gritei. Pelo canto dos olhos vi meus pais darem um sorriso de orelha a orelha.
Aquele dia eu tive certeza que queria ser um super herói.
Flash back off"
Fiquei balançando de leve, em quanto meu pai encarava o chão, estatístico. Como fazia quando brigava com minha mãe. Era a cara de desolação e vontade de abraçar, eu sabia.
— James... Eu... Quero... Pedir...
— Desculpas, por que você está confuso, e é assustador um menino chegar e dizer "Eu sou seu filho" ainda mais quando do você não sabe quem é a mãe. Mas eu não contei por que quero evitar qualquer tipo de efeito borboleta que me faça sumir. Eu entendo, sei que tem que esperar os resultados dos exames para ter certeza. Tudo bem. Eu também fui incompreensível, sinto muito.
— Nossa. Se eu disser que ia dizer exatamente isso, você acreditaria? - Ah, aquela cara era a de desolação, vontade de abraçar, e status de formulando um texto digno da América.
— Claro. Não foi eu que disse isso. Impressionante como a tia Nat te conhece.
— Não é extranho para você dizer isso?
— Não. Ela é minha segunda mãe. E muito, muito, muito, muito sua amiga no futuro. É super legal que leiam o pensamento um do outro. - Ele sorriu de canto, e abaixou os olhos, provavelmente escondendo um sorriso maior. Vi suas bochechas ficarem um pouco mais rosadas.
Ah. Meu. Deus.
O.M.G
M.E.S.E.G.U.R.A S.E.N.H.O.R

Meu pai ama minha mãe. Estranho dizer isso, novamente eu digo.


— Você me desculpa mesmo? De verdade?
— Claro. - sorri.
— Eu posso te abraçar? - ele se levantou.
— Eu ia falar o mesmo. - O abracei com toda força.
— Dói no orgulho dizer isso, mas vou dizer. Acredito que é meu filho James. - Sorri ainda mais.
(...)
Me deixaram entrar para ve-la, já que ela tinha acordado.
Encarei a porta, fazendo a cara de desolação, vontade de abraçar e formulando texto digno da América.
Respirei fundo, e bati na porta.
— Pode entrar. - Ela respondeu. Congelei. Fiquei parado por uns cinco minutos. Respirei de novo, e abri a porta.
— O-Oi... - disse. E se ela tivesse perdido a memória? - ... tia Nat... - ela arqueou uma sobrancelha. - Você não perdeu a memória não é mesmo? - Ela negou com a cabeça. - Droga. - Suspirei sentando na poltrona, encostada na parede, um pouco distante. - Você... Está bem? - Ela assentiu. Fiquei fitando o chão por muito tempo. De vez em quando, eu olhava pro relógio no criado ao meu lado.
— Durante o pesadelo. Você... Abriu os olhos, e me chamou de mãe. - Ela olhava para as próprias mãos. Minha mãe estava calma, dava para perceber olhando o monitor cardíaco. - Eu achei que estava sonhando com sua mãe, então ignorei, mesmo sentindo tristeza por realmente não ser sua mãe. Desde que chegou aqui eu te amo James. Agora eu sei o porquê. Você tem o meu DNA querido. Ou não?
— Sim. Eu sou seu filho, de verdade. Eu sinto muito, mas eu ouvi a sua conversa com a tia Wanda na sala de reuniões. Ela estava certa. Foi exatamente a explicação que ela deu. Eu lembro das palavras de vocês me contando do como eu sou um milagre. "Você tinha o soro desde que era uma sementinha" - ela riu. Vou faze-la chorar quer ver? - Me sinto um milagre mesmo. E... Eu te amo mãe. - Pronto. Lágrimas começaram a rolar do rosto dela. Mas eram lágrimas de felicidade. Eu corri e a abracei, enfiando a cara em sua barriga, enchacando-a de lágrimas.
— Também te amo filho. Também amo seu pai. - Ergui a cabeça sorrindo.
— Ele também te ama.


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Notas finais do capítulo

QUE CUTI CUTI!!!!!!!

É MEU CAPÍTULO PREFERIDO, COM CERTEZA!!!!! ♡



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