Future of the Past escrita por Romanoff Rogers


Capítulo 3
Herbivoros




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— Oi... – eu disse entrando na sala de reunião dos Vingadores. – Me chamaram? Eu to encrencado? Olha, eu vomitei na planta por que não consegui segurar!

— Hã? Planta? Am... Okay. Olha James você tem que nos dizer quem é sua mãe. – Nick disse. Se segura, não vai chorar agora não.

— Não posso.

— Talvez por que você sua mãe e seu pai não sejam Vingadores, e você não seja do futuro, e sim um menino perturbado. – a cobra disse. AH MINHA QUERIDA, eu vivi pra ver a treta entre Taylor Swift e Kendall Janner, sei umas tiradas que nossa!

— E talvez você esteja se convencendo disso, porque sabe que ele é meu pai e não quer aceitar ele com minha mãe! – Eu gritei. Já me arrependi.

— James! Se fosse meu filho não falaria sem pensar.

— Mas sou filho da minha mãe, e isso é o que ela mais faz.

— Olha, isso está muito divertido mas são dez horas da noite. – E essa foi minha mãezinha falando o que pensa. Sorri.

— Onde eu vou dormir? – eu disse fazendo uma carinha de cachorrinho que caiu da mudança. Sempre funciona com meu pai.

— No andar do seu pai. – Tony disse.

— Não. Me desculpe James.

— Você está rejeitando seu filho? – Minha mãe disse.

— Ele não é meu filho. – Senti meus olhos se encherem de lágrimas. Todas as broncas que levei na vida, nunca doeram tanto quanto essa frase. Não queria chorar na frente dele agora, então sai andando. Ouvi um barulho de salto me seguindo pelos corredores. Rzei para que fosse alguém que eu confie pra contar a verdade.

— James... – Ouvi a voz da minha mãe. Eu sempre desabafava com ela, mas sobre isso... ela vai surtar!

— O-Oi.. Tia Nat... – Chama-la de tia Nat foi estranho, com certeza.

— Seu pai está confuso. E eu acredito em você. De verdade. Já vi muita coisa, não me surpreenderia se você fosse do futuro. E seu pai é um bom homem, não ficaria sozinho pra sempre. Mas dou graças a Deus que sua mãe não era a Sharon. – eu ri.

— Você chama ela de vaca – Sharon. E as vezes de loira do vale unidimensional-estereotipada-oxigenada. – ela riu.

— Se quiser pode ficar no meu andar. Eu durmo no sofá. De verdade, eu amo dormir no sofá as vezes.

— Ama nada, eu te conheço. Quando seu marido e seu filho te expulsam da cama você dorme no sofá.

— Filho? Marido?

— Olha eu falando merda de novo... – me fiz de desentendido. Lógico que fiz de propósito, eu disse “seu filho” – Mas melhor eu não dizer mais nada, pode dar merda.

— Eu não posso ter filhos.

— Pode sim, você adotou tia Nat. – Não, eu não sou adotado.

— Mas eu não posso ter família, é perigoso.

— Você não está sozinha tia. Pode ser feliz sim. – eu a abracei. – Eu aceito dormir no seu andar. – sorri.

— Ótimo. – ela enxugou o canto dos olhos. – Vamos voltar pra lá?

— Eu não quero ver meu pa... Quer dizer, Steve.

— James, ele está confuso. E eu conheço ele, nunca negaria um filho. É só que ele está cego pelo amor daquela vadia. E quer que ele se toque que está sego? Se faça de vítima. Sempre funciona com ele. Ele volta a trás e pensa melhor.

— É, como eu pude me esquecer? Ops... Eu dedei minha tática. Na verdade, eu aprendi com minha mãe.

— Ah. – ela sorriu meio triste.

— Você conhece bem meu pai né. – passei os olhos pela sala, tentando esconder um sorrisão. MINHA MÃE É APAIXONADA PELO MEU PAI! Que frase estranha.

— Onde quer chegar mini Rogers?

— Na sala de reuniões. – sorri indo na frente. Parei de frente pra sala e respirei fundo. – Como está minha cara? – perguntei a ela. Fingir, era com ela mesmo, mesmo ela não fingindo nada com meu pai, ela sempre fazia com os outros, a todo momento

— Ótima... E a minha cara de desaprovação e frieza? – ela semiserrou os olhos. Sorri. Eu tenho a melhor mãe do mundo!

— Perfeita. – respirei fundo. Ela abriu a porta na frente e os olhares se direcionaram a nós. Só não agarrei a mão dela, por que ficaria óbvio.

Mantenha a pose James, não olhe pra ver a cara de seu pai! Não resisti. Ele desviava o olhar, e lutava pra levantar a cabeça e prestar atenção em Tony e não em mim, e notei que ele se afastou um pouco da loira.

 UHUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUU

Gente, eu sou incrível. Obrigado, obrigado, aprendi com minha mãe fodona!

— Acho que está quente aqui... Acho que é o clima de treta a vista. – Tio Tony sorriu pra mim. – Então guri, onde vai dormir?

— Ofereci meu andar pra ele, até tudo se resolver. Tudo bem. – minha mãe piscou pra mim. Dei um sorrisinho adorável.

— Okay boa noite pra todos, menos duas pessoas. Vamos querido. – Sharon se levantou.

— Sharon. – Meu pai lançou um olhar mortal pra ela.

 Oh, conhecendo minha mãe ela tem duas regras: Não toque no meu marido, e a mais importante: Nunca respire perto, não fale dele e não toque em meu filho. E pelo que ela fez agora, ela tem um instinto de mãe feroz antes de me conhecer. Ela se levantou e foi andando até a loira que arregalou os olhos. Ela só não chegou lá por que o tio Visão e a tia Wanda a segurou.

— Natasha... Se você espancar ela, vai ficar feio pro seu lado. – Visão disse baixo, sem a intenção dos outros ouvirem. Ela respirou fundo.

— Vamos James? – assenti.

— E... Minha mãe não é uma Vingadora Sharon. – menti. Eles iriam acabar nos boatos de que minha mãe, era minha mãe.

Deu pra ouvir a briga de meu pai e Sharon, mas tentei não prestar atenção. Depois como sempre, o Tio Tony expulsa o casal briguento, e tudo acaba.

Entrei no elevador com minha mãe.

— Você não acha que isso é muita tortura pro meu pai? Digo, fazer ele ficar culpado.

— Eu sei. É sim. Mas eu sei que ele está confuso, e eu também ficaria se alguém aparecesse dizendo que é meu filho, e ainda insultando e fazendo meu namorado chorar. – ela me olhou. – Mas... Eu não sei por que... O fato dele não te dar uma chance, quase te rejeitando... Mesmo estando confuso, me dá uma sensação estranha e... Eu quero proteger você.

— É. – Sorri. Minha mãe queria me proteger, e o fato de meu pai confuso rejeitar o filho dela é confuso, mais que meu pai, eu aposto. Sentir algo que você não sabe o motivo, é horrível. Talvez ela merecesse saber. Mas talvez isso causaria briga.

— Você já pensou em contar a sua mãe que você é filho dela?

— Já, mas eu não sei se é uma boa ideia. Ela é uma civil... e chegar e dizer “eu sou do futuro, e ainda seu filho” sendo uma pessoa normal deve ser...

— Estranho. Tem razão. – Jarvis nos interrompeu.

— Coloque o dedo para reconhecermos sua impressão digital e ter acesso a seu andar senhorita Romanoff. – ela colocou o dedo em um painel com impressão digital, e uma luz vermelha o escaneou. – Bem vinda senhorita Romanoff. – sorri.

— Legal né.

— Não tanto. Eu sou do futuro esqueceu? – ela riu.

— Claro que não. O filho de um dos meus melhores amigos apareceu do nada, sendo que ele não sabia que ele existia, eu acho que não esqueci. – a porta abriu, e revelou uma sala de estar com sofás e móveis pretos com paredes vermelhas. – Gostou?

— Aham. Parece um pouco com minha cas... – CARACA FECHA A BOCA JAMES – Sabe por causa do vermelho da bandeira dos Estados Unidos... só que tem mais azul.

— Legal. Ta com fome?

— Aham. – Ela foi andando, e eu a segui. Entramos na cozinha, e ela começou a vasculhar a geladeira.

— Tem cerveja, vodka, red Bull energético... Voc~e tem quantos anos?

— Treze.

— É, não tem nada aqui pra você. Vou lá em baixo pegar comida. Quer vir?

— Não, acho melhor eu ficar. – ela assentiu, e partiu pro elevador. Demorou quinze segundos pra mim perceber que eu queria segui-la. Eu conhecia aquela torre bem, menos alguns lugares que mudaram muito. Conseguiria andar sem ser visto.

Acompanhei ela até a cozinha comunitária de todos os vingadores. Ela escolheu alguns biscoitos, hambúrgueres de micro-ondas coisas que achou que eu ia gostar. Ela largou tudo e veio na direção da porta onde eu estava.

O único lugar que eu tinha pra me esconder era a sala de reuniões. Entrei lá rezando pra não ter ninguém lá. E realmente não tinha. Vi a maçaneta virar, e me desesperei. Entrei de baixo da grande mesa, e ouvi a voz delas.

— Nat, podemos conversar?

— Claro. – Vi o cutuno preto da tia Wanda, e em seguida o salto da minha mãe. Elas sentaram, e começaram a conversar.

— Por que está defendendo tanto James?

— Eu não sei. Eu sinto que tenho. E ele parece gostar de mim. Não é desconfortável, como quando uma criança desconhecida chega perto de mim... É diferente. Sinto que ele é importante.

— Nat. E se você for mãe desse garoto? – ela disse baixinho. – Você gosta de Steve, você mesma já me disse. E se vocês tiverem um filho no futuro Nat?

— Que maluquice, eu não posso ter filhos Wanda, você sabe.

— Sim, mas Nat... Nem um organismo fraco, sem o soro, sobrevive em você. Steve tem o soro Natasha. O organismo não é fraco desde antes de existir.

— N-Não Wanda. Ele sem querer me disse que eu adoto um filho.

— Ele quer proteger a relação dos pais, que são vocês.

— Wanda. Pare. Não existe a mais remota chance de Steve gostar de mim. Ele está esperando a comida lá em cima. Okay? Nos vemos amanhã. – ela beijou a bochecha dela, e saiu andando. VAMOS TIA WANDA, EU PRCISO CHEGAR LÁ ANTES DELA!

E ela ficou ali por uns dez minutos, até eu começar a ouvir os gritos desesperados de minha mãe.

— JAMES! – Ela levantou rápido e se juntou minha mãe lá fora. Vamos assustar ela um pouquinho. Brincadeira, minha mãe quase tem úlcera quando eu sumo. Pulei a janela, e corri até entrar na base pela porta da frente. Andei por um tempo, até ver o Tio Tony, o Tio Clint a tia Wanda e minha mãe desesperados pelos corredores.

— JAMES, SEU FILHO DA MÃE. – Wanda gritou. Minha mãe me abraçou.

— Achei que tinham levado você. – ela riu. – O que acha que está fazendo?

— Estou... Eu vim te procurar.

(...)

— Isso está gostoso? – ela perguntou, em quanto eu devorava um hambúrguer.

Gão cabia que os gamgurguers go gassado gueram Gao gons. – disse com a boca cheia.

— O que? – ela riu. Terminei de mastigar com um sorriso.

— Não sabia que os hambúrgueres do passado eram tão bons assim. No futuro só tem alface, queijo e tomate, já que a maioria da população é “herbívora”

— Que nojo. Não deixarei isso acontecer, odeio alface.

— Sério? Você me obriga a comer isso. Aliás, você e minha mãe chata.

— Imagino como sua mãe deve ser chata, pra ficar com um cara chato igual a seu pai. – sorriu. Ela nem imagina. Minha mãe deu uma golada da cerveja que bebia.

— Você não tem fome?

— Tenho. Por isso estou bebendo. – Enfiei o ultimo pedaço de hambúrguer na boca, e joguei os papeis fora. Lavei o copo e o prato em quanto ela me observava surpresa.

— Como eu disse, minha mãe é chata. – sorri.

— Eu vou te mostrar seu quarto. – eu a acompanhei até a cama de casal no centro do que julguei ser o quarto dela. Ela pegou um travesseiro e uma coberta e foi até a porta. – Boa noite Rogers.

— Boa noite. – sorri. – Rogers. – disse a última parte como um sussurro.

(...)

— Quem é esse garoto? – um homem de armadura perguntou.

— Nunca irei falar idiota – ele deu um tapa em minha mãe.

— MÃE! – Gritei desesperado.

— James! James acorda – Algo me sacudia

— Mãe! – gritei, sentindo braços me envolverem. Comecei a chorar, até que senti meus olhos pesarem, e não ver mais nada.

(...)

Abri os olhos devagar. Estava sozinho no quarto, após acabar de ter um pesadelo, no qual não me lembro de nada, nem do que aconteceu depois que alguém me acordou.

Me pus de pé, e andei meio tonto até onde lembrava ser a cozinha.

— Hey James. – Tinha um monte de comida na mesa. – Teve um pesadelo ontem?

— É eu acho. Não me lembro direito. Você me acordou?

— É. – Ela sorriu. - Também tenho pesadelos.

— Obrigada mãe. – me sentei na mesa, e depois de cinco segundos percebi meu erro. Olhei pra ela de olhos arregalados. Ele estava encostada na bancada, olhando pra mim com os olhos cheios de lágrimas. – Q-Quer dizer... Natasha... – agora já era.

— Eu sou sua mãe? E-E Steve é seu pai...?


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Notas finais do capítulo

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