Quem tem medo destino? escrita por Morgana Lisbeth


Capítulo 35
Como enfrentar seus olhos?


Notas iniciais do capítulo

^_^ Oi!

Desaparatei por motivo de força maior, mas estou de volta! Terminar essa fic é um compromisso que assumi diante do meu casal de bruxos preferido e, mesmo se com muitas intempéries, vou até o fim ♥

Claro que ficarei muito mais feliz (e inspirada!) se a conclusão dessa minha jornada não for solitária e eu puder contar com a presença e as palavras dos leitores.

Forte abraço!




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Para ouvir antes, durante ou depois da leitura do capítulo:

All of Me

(John Legend)

http://bit.ly/2bP9ppn

 

 

 

 

“Não lhe direi as razões que tens para me amar,
pois elas não existem. A razão do amor é o amor”.
Antoine de Saint-Exupéry

 

 

 

Depois de conseguir um voo para Paris no final da tarde daquela segunda-feira, Hermione foi recebida com um caprichado jantar pela avó. A simpática senhora, que havia lecionado Geografia durante 40 anos, não conseguia esconder a felicidade em saber que teria a companhia da neta durante uma semana.

Desde o casamento da prima, quando a avó havia contado do namoro com um bruxo da família Black, Hermione sentia que precisava revelar para ela aquele segredo guardado desde os seus 11 anos. Devia isso àquela senhora que, ao longo da vida, distribuíra apenas amor.

— Vó, tenho algo muito importante para te contar – ela introduziu a conversa.

— Voltou a namorar aquele ruivo de lindos olhos azuis? – a avó a surpreendeu.

— Não, vovó, ainda não. Mas o que vou contar tem a ver com nós dois – a garota abriu um sorriso.

Hermione acreditava que deixaria a avó feliz ao confessar ser uma bruxa. Mas jamais imaginou que ela ficaria tão feliz! Quando soube que Ron também era bruxo, a senhora deu gritinhos e começou a rodopiar no meio da sala.

— Quer dizer que meus bisnetos serão todos bruxinhos? – perguntou cantarolando.

— Calma, vó, eu e Ron nem estamos juntos. Ainda... – Hermione não conseguiu evitar um sorriso ao lembrar que o rapaz esperava apenas uma palavra dela.

Durante os dois dias e noites seguintes, Hermione e a avó tiveram muitos assuntos a conversar. Mary Boucher Stewart, que quando solteira levava o sobrenome Lewis Boucher, ficou muito feliz ao descobrir que seu tataravô havia sido um bruxo e queria saber cada detalhe do mundo mágico. Como eram os estudos em Hogwarts, os principais feitiços, as leis e os casamentos entre bruxos, tudo interessava a senhora de cabelos brancos e olhos castanhos esverdeados.

Na tarde daquela quinta-feira nublada e fria, as duas tomavam um chá quando algo à janela atraiu a atenção da sra. Stewart. Ela morava numa tranquila travessa sem saída e conhecia cada um dos moradores.

— Hermione, venha aqui. Aquele ruivo ali não é o seu futuro marido? – a avó disse com seu característico humor.

A menina por pouco não engasgou com o chá e se levantou apressada. Por Merlin! Parecia impossível, mas era mesmo Ron que caminhava tranquilo, com as mãos escondidas nos bolsos do sobretudo negro, em direção à casa de dois andares onde a avó morava.

— É ele sim, vó... Eu acho... Ron está vindo... Ele está vindo para cá, não é?! – Hermione não conseguia disfarçar a tensão.

— Você está mesmo apaixonada! – a animada senhora deu um sorriso. – O que está esperando? Sobe para se arrumar enquanto eu converso com ele.

— Vovó, eu não te contei o que aconteceu. Eu e Ron corremos muitos perigos. Não sei de podemos voltar a ficar juntos – ela tentou explicar.

— Mas eu sei. Vocês não apenas podem, como devem e vão ficar juntos. Anda, vai logo dar uma melhorada no visual – a sra. Stewart falou com doce autoridade.

— Eu acho que ainda não estou preparada para conversar com Ron... – a garota tentou prosseguir, sendo interrompida pela campainha.

A avó fez apenas um gesto, indicando a escada, e Hermione subiu apressada. Ao chegar à porta do quarto de hóspedes que ocupava, parou para ouvir a voz que ainda lhe dava um frio na espinha.

— Oi, vovó! Está lembrando de mim? – o timbre da voz era feliz.

— Claro, Ronald. Você está ainda mais bonitão, hein? – a avó tinha o dom de constranger os mais jovens.

— Gentileza sua, vovó. A senhora é que está ainda mais encantadora – o ruivo não se fez de rogado. – Desculpe vir sem avisar. A Hermione está aqui, não está?

O diálogo terminou por ali. Pelo menos para Hermione. Ela entrou no quarto, trancou a porta atrás de si e jogou-se na cama. Como enfrentaria Ron? Ainda não se sentia preparada.

Por que o rapaz estava ali? Não tinha sido suficientemente clara no bilhete endereçado a ele, ao dizer para não procurá-la. Ainda recordava das palavras escritas...

 

Oi, Ron! Espero que esteja bem e consiga resolver tudo que precisa em Bucareste.

Eu não podia falar com você ontem e nem hoje. Fiquei massacrada com todas as informações que recebi durante aqueles depoimentos. Ainda estou tentando entender o que aconteceu.

Você acertou. Também sinto expectativa, alegria, alívio e medo... muito medo! Posso dizer que o medo está sufocando todo o resto. Preciso de um tempo longe de você para pensar em tudo que aconteceu e no que ainda pode acontecer com nós dois. Quando estiver pronta, vou procurar por você.

Não me procure antes. Preciso desse tempo.

Com afeto,

Mione

 

Ela sabia que devia, mais uma vez, agir com a lógica. Sua avó também torcia pelo romance deles. E era insistente, talvez tão insistente como Ron. Seriam dois a pressioná-la. Só lhe restavam duas opções: fugir pela janela ou descer para conversar com o rapaz. Respirou com coragem, pronta para tomar sua decisão.

Ron levantou da poltrona ao avistar Hermione descendo as escadas. O ruivo se aproximou até alcançar o primeiro degrau para esperar por ela. Estava sendo mais difícil do que imaginara enfrentar aqueles lindos olhos azuis, até porque eles a contemplavam com uma intensidade desconcertante. “Oi”. Isso foi tudo que conseguiu dizer quando o rapaz tomou a sua mão direita e a beijou demoradamente.

— Boa tarde! – Ron abriu aquele sorriso lindo ao largar as mãos da menina e erguer os olhos até ela. – Que bom que você desceu para falar comigo.

— Acho que vocês dois têm muito a conversar. Vou terminar de preparar meus deliciosos biscoitos caseiros – a avó andou rapidamente em direção da cozinha.

— A senhora quer ajuda com o forno? – Hermione preocupava-se com a avó que tinha 80 anos.

— Ora, ora, Hermione. Eu moro sozinha e sei me virar muito bem – Mary Stewart sempre gostara de ser independente.

— Vamos nos sentar? – Hermione apontou para as duas poltronas próximas à lareira, que estava acesa.

Talvez fosse devido ao reflexo do fogo, mas as orelhas de Ron pareciam muito vermelhas. O rapaz, que havia tirado o sobretudo, vestia um suéter verde que combinava com seu tom de pele.

— Não recebeu meu bilhete? – ao terminar a frase, Hermione percebeu que fora seca e objetiva demais.

— Recebi, Mione, mas no Departamento de Aurores aprendi que ordem absurda não se cumpre – ele abriu um sorriso mais contido. – O que você me pediu era um absurdo.

— Pode ser para você, mas eu preciso desse tempo para pensar – ela estava tensa.

— Viajo ainda hoje de volta para Romênia. Stefan está precisando de mim. Tem uma missão importante na Floresta Hoia-Baciu, onde estão acontecendo mais desaparecimentos de pessoas, e tenho que ajudá-lo. Acho que não volto em menos de 10 dias... Precisava falar com você antes disso – Ron explicou.

— Eu já ouvi falar dessa floresta. Dizem que é assombrada por muitos fantasmas... Deve ser uma missão bem perigosa – a menina sempre se preocupava com ele.

— Não muito. Já fizemos outras missões lá. Mesmo se estou me desligando do Departamento de Aurores da Romênia, como Marian não vai estar, achei que devia dar esse apoio ao Stefan – o rapaz explicou.

— Marian não vai com você? – Hermione fez mais uma pergunta impensada.

— Ela não voltou para Romênia. Está na Finlândia, participando de um treinamento da Liga Internacional de Aurores – Ron a olhava de um jeito intenso, provavelmente tentando entender o que a garota queria com aquela pergunta.

— Ah, sei... Ela me falou que queria fazer carreira internacional...

— Falou com você sobre isso? Quando? – o ruivo parecia surpreso.

— Marian foi ao meu Departamento na segunda-feira de manhã para se despedir... – Hermione não sabia ao certo o que dizer.

— Para se despedir? Interessante... Estive com Marian na segunda à tarde e ela não falou que tinha procurado por você. Marian queria apenas se despedir? – Ron fez a pergunta mais difícil.

— Não. Pelo que percebi, ficou preocupada depois que soube da profecia. Talvez ache que não mereço o seu amor... – ela olhava fixamente para a lareira. – Marian ainda é apaixonada por você, mas é muito desprendida...

— Você está enganada. Marian hoje me considera apenas um amigo – apesar do tom de voz de Ron ser firme, a jovem não acreditava na afirmação dele.

— Tem certeza disso? Não foi o que me pareceu... – Hermione continuava ciumenta.

Ron deu uma sonora gargalhada antes de falar: “Tudo bem. Eu ainda sinto vontade de socar Krum, Mark e Robert. Vou ter que suportar seu ciúme eterno de Lilá e Marian”.

— Lilá? Por que você foi desenterrar esse fantasma louro? – ela fez uma careta.

— Ainda não perdoou ela por ter sido minha primeira namorada? – Ron adorava provocar Hermione.

— Não. Mas você também não perdoou Krum...

— Nem ele nem os outros dois caras que você namorou depois. Ninguém mais deveria ter te beijado além de mim... – Ron mordeu levemente os lábios e Hermione respirou fundo.

— Até parece que você não beijou muitas garotas no período em que esteve na Romênia – Hermione revirou os olhos. Tinha ouvido Gina falar que Ron tentara engatar vários relacionamentos sérios.

— Mas sempre pensando em você! – ele sorriu.

— Grande coisa... – ela queria ficar séria, mas acabou deixando escapar um sorriso.

— Voltando a falar de Marian, só para você saber, ela está torcendo por nós dois e disse que a profecia...

— Ron! Não quero falar dessa profecia. Isso tudo é uma loucura –  a jovem voltou a contemplar a lareira, fugindo daqueles olhos azuis que sempre a desafiavam.

— Foi você que falou primeiro na profecia, mas fica tranquila. Eu também não acredito nisso, embora ache que não custa marcar logo a data do nosso casamento – o tom de voz do bruxo era divertido.

— Como? Você enlouqueceu? – ela finalmente olhou com firmeza para Ron.

— Por que o espanto? Precisamos nos casar. Esqueceu que devemos um filho ao mundo bruxo? – o rapaz deu um sorriso maroto.

— Não é por causa dessa profecia que precisamos nos casar – Hermione não aceitava brincadeiras com um assunto tão sério.

— Você tem razão. A minha motivação é outra – ele abriu um sorriso luminoso.

— Agora não é o momento de falarmos sobre isso. Ainda não consegui assimilar tudo que aconteceu desde a última sexta-feira... – ela continuava tensa.

— É muito complicado mesmo – Ron admitiu. – Achei que já tinha vivido aventuras suficientes ao lado de você e Harry... Essa profecia, o feitiço, a perseguição que sofremos... tudo isso é uma loucura. Como você está agora? – o rapaz parecia mesmo preocupado com ela.

— Ah, Ron... É muita informação nova. Estou ainda bem confusa – a garota não escondeu a perturbação que sentia. – Mas também me sinto aliviada ao saber da prisão daqueles bruxos.

— Sei como que é, Hermione. Eu também fiquei atordoado durante os depoimentos. E olha que já participei da solução de cada caso escabroso. Mas quando a situação envolve a gente é diferente – ele, como sempre, olhava-a profundamente.

— Mas... Ron... Eu desci aqui apenas para dizer que preciso do tempo que te pedi – Hermione falou logo antes que aqueles olhos azuis a convencessem do contrário.

— Já te dei três dias. Ainda precisa de mais? Não pensamos suficientemente nesses dois anos que ficamos separados? – Ron era mais paciente agora, porém, jamais seria uma pessoa calma.

— Tem essa situação nova que... Ah, você sabe... – ela não queria falar sobre o filho que a profecia confirmava que teriam no futuro. –  Deixa que eu te procuro quando der para a gente conversar sobre isso.

— Ficou assustada quando, na interpretação da profecia, falaram do nosso filho? – ele não conseguiu evitar um sorrisinho. – Você tem medo por alguém que ainda nem existe? Para mim essa ideia de um filho é muito boa, ou melhor, é uma ideia fabulosa.

— Que ideia fabulosa, Ron?! Isso se trata de uma coisa muito séria, de uma situação de grande risco para uma pessoa que, se existir, será de nossa inteira responsabilidade – Hermione sentia-se realmente confusa.

— Não me entenda mal, Mione. Eu não vou mentir. Já pensei muitas vezes na possibilidade de me casar com você e ter um filho. Aliás, filhos, muito filhos. Tipo oito, para superar meus pais. Não, nove, para superar meus pais e porque gosto de número par – Ron voltou a sorrir.

— Você não leva a sério o que estou falando. Melhor a gente encerrar essa conversa por aqui – ela estava chateada com a reação do rapaz.

— Eu ainda não conclui! Claro que fiquei receoso com essa história. Não porque acredito em profecias. Você sabe muito bem que não acredito. Mas porque sei do que uma mãe enlouquecida é capaz – o rapaz admitiu.

— Justamente é isso que me preocupa. Você disse tudo: uma mãe enlouquecida pode fazer qualquer coisa e quando essa mãe é ainda uma bruxa... – Hermione sentiu que agora podia voltar a dialogar com o ruivo.

— Vamos pensar de forma objetiva, Mione. Como já falei, não acredito em profecias e, particularmente, não acredito nessa profecia, que não tem qualquer fundamento. Sarabeth e Hunter estão presos, com certeza serão condenamos a passar muitos anos em Azkaban. Teremos tempo para provar a falsidade da profecia, consultar especialistas, reunir provas... Sem falar que não vou deixar que cheguem nem perto do nosso filho – ele continuou sem perceber que o rosto da garota adquirira um tom escarlate. – Eu sou um auror agora, você esqueceu? E um auror dos bons! Não gosto de ficar me gabando, sempre fui um cara inseguro, mas venho aprendendo a reconhecer o meu próprio valor.

— Sempre soube do seu valor e que você seria excelente em qualquer área que decidisse seguir. Você não imagina o meu orgulho quando escuto aurores mais experientes elogiando seu caráter, talento e coragem – Hermione finalmente sorriu para o rapaz.

— E então? Você ainda precisa pensar ou já podemos decidir nossa vida? – Ron deu um sorriso torto numa nova tentativa de convencê-la.

— Preciso ainda pensar. Sempre achei, com exceção do período que estive sob a influência de um feitiço, que o melhor era ficarmos juntos. Quando eu pensava no meu futuro, eu me via ao seu lado. Mas agora corremos um grande risco permanecendo juntos e, o pior, vamos oferecer uma vida de muitos perigos para uma pessoa inocente – ela acabou dizendo tudo que a atormentava.

— Isso é alguma novidade? Passamos por grandes perigos desde que entramos em Hogwarts. E não valeu a pena? – a menina reparou que os olhos do rapaz estavam ainda mais azuis. – Da minha parte, estou disposto a correr todos os riscos desde que seja para ficar do seu lado.

Chegaram a uma encruzilhada. Hermione já não estava mais resistindo àquele ollhar que expressavam uma grande paixão. Foi quando Mary Stewart entrou na sala carregando uma bandeja.

— Chá de amora e biscoitinhos amanteigados para adoçar a conversa de vocês – a avó anunciou com um sorriso.

— A senhora agora também é bruxa, vovó? Fez esses biscoitos com tanta rapidez – a menina sorriu para a senhora e, diante do olhar interrogativo de Ron, concluiu: - Ela já sabe que somos bruxos.

— Finalmente! Nunca entendi porque Hermione não contava que éramos bruxos para a senhora – Ron ficou entusiasmado. – Quando for à Inglaterra, vovó, precisa conhecer a casa dos meus pais. É um tanto estranha, toda torta, é só fica em pé por força da magia.

— Deve ser fantástica! Vocês também vão morar numa casa torta quando se casarem? – Mary Stewart não se fez de rogada.

— Claro que não, vovó – a menina a repreendeu.

— Não vão morar numa casa torta ou não vão se casar? – a jovial senhora não deixaria de fazer aquela pergunta.

— Nós vamos nos casar, com certeza – Ron alcançou a mão direita de Hermione e a envolveu. – Só não vamos morar numa casa torta.

— Ron está brincando, vovó. Não voltamos sequer a namorar... – ela precisava cortar aquele assunto.

— Mas já estão resolvendo isso, não é? Quando vão se casar, Ronald? – a avó olhou direto para o ruivo.

— Tem alguma sugestão, vovó? – o rapaz já tinha certa cumplicidade com Mary Stewart.

— Vovó, por favor, vamos mudar de assunto? Seus biscoitos parecem saborosos e o chá deve estar esfriando – as faces da jovem estavam vermelhas.

Hermione atingiu o seu objetivo. A avó serviu o chá e os três, sentados à mesa, passaram a falar de outros temas, com destaque para a bruxaria.

Depois de meia hora de conversa, Ron informou que precisava ir embora. “Os biscoitos estavam uma delícia, vovó, e esse chá de amora também caiu muito bem”, ele sorriu.

— Volte outras vezes, Ronald. Foi um prazer recebê-lo. Vou levar as xícaras para a cozinha enquanto vocês se despendem – a senhora deu um sorrisinho insinuante.

Os dois estavam em pé, diante da porta, sem saber muito bem como se despedir. “Você vai me deixar nessa suspensão toda até eu voltar da Romênia?”,  Ron por fim perguntou.

— Vou precisar de mais um tempo para assimilar tudo. Se você tivesse deixado para me procurar daqui a dois dias... – Hermione queria logo encerrar aquele assunto.

— Eu não podia deixar para depois, como já expliquei. Estou participando dessa missão na Romênia e... Hermione... eu... – Ron a surpreendeu ao abaixar o rosto e direcionar os lábios até os dela, na tentativa de roubar um beijo.

A bruxa virou o rosto. Sabia que perderia a cabeça caso o rapaz a beijasse. Era sempre assim que Ron vencia qualquer discussão

— Não, por favor. Eu preciso pensar. Não tenho condições de decidir nada agora – ela cortou Ron de forma brusca e finalmente abriu a porta de entrada, dando passagem para o rapaz.

— Se prefere assim... Estou indo então – ele beijou a testa da menina ao sair pela porta.

Os dois ficaram ainda alguns segundos parados, um diante do outro, olhando-se de um jeito apaixonado e doído até o ruivo virar as costas. Ele caminhou apressado pela estreita travessa, provavelmente à procura de um lugar mais tranquilo para desaparatar. Hermione fechou a porta com o coração batendo forte.

 

 

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Notas finais do capítulo

Como puderam perceber, Mary Stewart me conquistou (hehehe). As cenas com a vovó sempre têm um toque de humor, já que ela parece possuir um dom especial para deixar Hermione constrangida.

Por falar em Hermione, alguns de vocês devem estar com raiva da inteligente bruxa por ela demorar a se decidir. Mas eu entendo bem o que Mione sente. Não teme agora apenas pela própria vida e pela de Ron. Uma terceira pessoa entrou na jogada e, mesmo se ainda não existe, já deixa o coração da futura mãe (owwn) preocupado. Será que Ron vai convencê-la a vencer todos os medos? O que acham? Espero pelos comentários :-)

Sobre as músicas incidentais, tenho ainda uma lista de 20 (!) que gostaria de incluir, porém, serão apenas mais três capítulos. "All of Me", que foi uma das que mais embalou a escrita da fic, não podia ficar de fora :D



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