Quem tem medo destino? escrita por Morgana Lisbeth


Capítulo 24
Sentimentos contraditórios


Notas iniciais do capítulo

Olá!

Ron e Hermione se reencontraram e, finalmente, estão morando na mesma cidade. Falando assim, parece que tudo vai bem, mas... Espera aí! O ruivo ainda tem que ficar disfarçado, não pode falar de sentimentos e está numa missão perigosa?Preparem os corações!



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One And Only 

(Teitur) 

http://bit.ly/2elyRDK

 

 

 

"Por que cultivas
as sem perfume
e agressivas
flores do ciúme?

Acaso ignoras
que te amo tanto,
todas as horas,
já nem sei quanto?

Visto que em suma
é todo teu,
de mais nenhuma,
o peito meu?"

(Carlos Drummond de Andrade)

 

 

 

 

Robert Veronese voltou a entrar em contato com Hermione. Mandou uma coruja convidando-a para jantar num dos mais sofisticados restaurantes bruxos de Londres. A garota inventou uma desculpa. Disse já ter um compromisso com a mãe. De fato, as duas iriam ao cinema juntas no fim da tarde.

Uma hora depois, a coruja batia novamente na janela de Hermione com a resposta do rapaz: "Devo retornar à Inglaterra em, no máximo, 20 dias e volto a lhe procurar. Um beijo, com afeto, Bob".

Não comentou com Ron sobre o convite de Robert na primeira vez que jantaram na cantina italiana, que se tornaria o ponto de encontro de Hermione com o ruivo, enquanto ele estivesse em Londres, às sextas-feiras. Esse foi o acordo que fizeram na noite em que a garota descobriu que Ron era David Scott.

Hermione olhou para o bruxo à sua frente com um novo encantamento. Ron estava mais maduro, tinha a voz mais firme, uma forma de falar mais tranquila e um olhar mais decidido.

Fizeram como haviam combinado. Não falaram da missão, de David Scott, Robert Veronese, Stefan Hablinschi e outros assuntos polêmicos nos encontros que se seguiram. Infelizmente, todos eram rápidos e só faziam com que Hermione sentisse ainda mais falta do rapaz e maior ansiedade por um novo momento com ele.

Estava cansada de encontrar com Ron uma única vez por semana. Toda essa situação aumentava a insegurança de Hermione com relação ao sentimento do bruxo por ela. Seria o ruivo ou o personagem incorporado por ele, David Scott, quem desejava beijá-la a ponto de dizer que o impedimento disso era um sofrimento maior que a Cruciatus?

Com todos esses sentimentos contraditórios, ela se dirigiu ao Departamento dos Aurores naquela tarde fria de quinta-feira. Precisava entregar um documento a Harry e esperava não encontrar com David Scott. Não conseguira ainda se acostumar com o fato daquele rapaz atarracado e de traços pouco marcantes esconder o ruivo pelo qual era apaixonada.

Foi com um misto de surpresa e curiosidade que quase esbarrou numa jovem alta, magra, com envolventes olhos azuis, nariz levemente arrebitado e cabelos louros muito claros. Mesmo se ela estava com uma roupa informal no lugar do sensual vestido rosa usado no casamento de Harry e Gina, não teve dificuldade de reconhecê-la. Era Marian! A bela auror passou apressada sem notar a presença de Hermione.

Por mais que quisesse negar, a visão de Marian ressuscitou o fantasma do ciúme. Não podia perguntar sobre aquela visita a Harry e muito menos a Scott. Precisava esperar pelo encontro com Ron na cantina, que seria no dia seguinte. Um acontecimento inesperado fez com que tivesse a oportunidade de fazer o "feitiço voltar-se contra o feiticeiro".

Sabia o quanto Ron era ciumento e já o tinha feito amargar algumas vezes com aquele sentimento. Foi assim no Baile do Inverno e na Festa do Clube do Slugue, nos quais foi acompanhada, respectivamente, por Krum e Córmaco. Não pensava em usar esse recurso novamente. Mas aquela era uma oportunidade imperdível. Acabara de receber um novo bilhete de Robert Veronese anunciando que no dia seguinte iria ao Ministério e convidando-a a almoçar com ele.

Mudaram o dia e as circunstâncias, mas o olhar de reprovação de Scott continuava o mesmo. Com a diferença de que agora a garota sabia que aquele era Ron. Para ser mais precisa, o rapaz a olhava com certa tristeza, talvez lamentando que ela não houvesse seguido o conselho de evitar novos encontros com Robert. A conversa com o consultor bruxo transcorreu sem grandes emoções. O assunto era sempre trabalho, intercalado por elogios a Hermione.

À tarde, sentada em sua sala, Hermione refletia melancólica. Será que Ron não gostava mais dela? Por que guardava tantos segredos? Foi despertada de seus pensamentos por uma batida forte e seca na porta. "Senhorita Hermione, desculpe interrompê-la. Acho que é importante. O senhor Potter, chefe do Departamento dos Aurores, quer entregar um documento pessoalmente a você", Mary Elizabeth anunciou.

— Tudo bem, Elizabeth. Peça para ele entrar, por favor - a jovem tentou esconder a própria surpresa.

Já fazia três meses que Hermione trabalhava no Ministério da Magia e aquela era a primeira vez que Harry a procurava em seu departamento. O rapaz, que continuava levemente descabelado, entrou na sala e logo a saudou.

— Mione, essa é a última vez que faço papel de coruja. Trouxe algo aqui que talvez a interesse - Harry colocou um envelope na mesa da amiga.

— O que é, Harry? - Hermione já estava preocupada.

— Veja você mesma - falou quando saía da sala e deu meia volta para completar: - Se alguém perguntar, diga que é um documento que precisa do seu parecer.

Assim que ficou sozinha de novo, Hermione abriu rapidamente o envelope lacrado. Reconheceu logo a letra de Ron no pergaminho manuscrito.

 

Vamos antecipar nosso encontro para hoje, às 19h, naquele local de sempre. É importante. Não falte.

 

Como das outras vezes, ele não havia assinado. O rapaz costumava deixar bilhetes anônimos na caixa de correspondência da casa dela. Mas daquela vez, provavelmente devido a urgência, usara Harry como portador. Mal terminou de ler a mensagem, escutou uma nova batida na porta. Só teve tempo de guardar o pergaminho no envelope. "Pode entrar, Mary Elizabeth", respondeu.

— Desculpe-me novamente. A senhorita precisa da minha ajuda? - a secretária não conseguia esconder a curiosidade.

— Não, obrigada. O senhor Potter necessita de um parecer meu a cerca de um documento que chegou ao Departamento dos Aurores - tentou cortar o assunto.

— E do que se trata, Hermione? Posso ajudar? - ela insistiu.

— Nada que eu não consiga resolver sozinha. Obrigada pela preocupação - Hermione a cortou.

Visivelmente constrangida, com as faces avermelhadas, Mary Elizabeth se despediu. A menina trancou discretamente a porta pouco depois da secretária sair. Será que Ron tinha razão quando dizia que ela não devia confiar em ninguém que conhecesse há pouco tempo? Na dúvida, o melhor era queimar o bilhete do rapaz na lareira e foi isso que Hermione fez.

A garota não tinha certeza se deveria antecipar aquele que seria o seu quarto encontro com Ron após descobrir o disfarce dele como David Scott. Mas as palavras "é importante e não falte" ecoavam sem parar em sua cabeça. Será que ele estaria passando por algum problema?

Quando deu por si, ela já vestira a calça preta, a blusa com estampa floral e estava com sua bolsa na mão. Pegou a chave do carro e despediu-se da mãe. "Eu vou encontrar com Ron. Não demoro muito", disse ao dar um beijo na senhora Granger. "Vai no local de sempre, filha?", ela perguntou, recebendo uma resposta afirmativa.

O local de sempre era a cantina, daquelas italianas típicas, a cinco quadras da casa de Hermione. O restaurante ficava nos fundos da residência de um casal de Gênova e não tinha sequer um letreiro. Era muito pequeno - apenas seis mesas de dois lugares cada - e nunca estava lotado. Com fotografias antigas nas paredes e iluminado por luz indireta e velas, poderia ser definido como um local discreto e aconchegante. Mas o principal motivo para ela ter escolhido aquela cantina era o fato de ser frequentada apenas por trouxas.

— Oi. Achei que você não vinha - disse Ron ao ver a garota, que estava 15 minutos atrasada, entrar na cantina.

"Buona notte, signorina Hermione", saudou o simpático Giovanni com suas faces rosadas e jeito bonachão. "Já prepariamo la tua pizza preferita, Mione", anunciou Francesca misturando inglês e italiano. "Grazie", agradeceu a jovem sentando-se à mesa.

— Eu fiquei preocupada. Você falou que era algo importante - a bruxa mordeu os lábios, em expectativa.

— Não imaginei que almoçaria novamente com Robert Veronese. Fiquei surpreso em ver vocês dois juntos hoje no Ministério - ele foi direto.

— Pude perceber... Você não parava de olhar para a gente. Se queria continuar fingindo que não temos qualquer relação um com o outro, acho que hoje foi malsucedido nesse seu propósito - ela rebateu.

— É, talvez você tenha razão. Mas, voltando a falar daquele bruxo, como sou auror, tive que investigar tudo sobre ele - o rapaz continuou.

— Investigou novamente sobre Robert? Então deve ter descoberto que ele fez uma declaração de amor para mim - a voz de Hermione ficou mais aguda.

— Eu sei fazer leitura labial e dessa vez, como sentei na mesa lateral a de vocês, consegui entender tudo que falaram um para outro. Mas quem está aqui não é seu ex-namorado ciumento - Ron a olhava de jeito severo.

— É mesmo? Ótimo saber - a menina impacientou-se.

— Só queria descobrir o que ele estava fazendo no Ministério. Pelo visto, foi até lá apenas para te procurar - mais uma vez ele agia como o auror num interrogatório.

— Não foi bem assim. Ele já tinha me informado que iria hoje ao Ministério. Foi até lá para prestar uma consultoria ao Departamento de Jogos e Esportes Mágicos e me convidou para almoçar - a garota olhava fixamente para o ruivo, tentando decifrar se agia assim apenas por ciúme.

— Ele mentiu para você. Robert Veronese não foi recebido em departamento algum além do seu, e isso inclui o Departamento de Jogos e Esportes Mágicos. E, por incrível que pareça, na agenda dele de hoje estava uma palestra na Dinamarca. Veronese foi ao Ministério da Magia por outro motivo, provavelmente, para encontrar com você - Ron expressou-se de forma enfática.

— Por que ele mentiria para mim? Com qual interesse? Robert pode ter os defeitos dele, mas, definitivamente, está muito longe de ser um bruxo das trevas! - Hermione parecia irritada.

— Estou te contando tudo isso apenas para você ter cuidado. Ele já foi embora da Inglaterra? Marcou alguma coisa com você? - Ron retomou o interrogatório.

— Para de me fazer tanta pergunta, Ron. Aqui você não é o auror. Apenas o meu... O meu amigo Ronald Weasley - ela queria encerrar aquele assunto.

— Essas perguntas são importantes. Você não respondeu se ele já saiu da Inglaterra e se combinaram de se reencontrar - Ron não desistiria até ter aquelas respostas.

— Parece que vai embora daqui a uma semana. Ficou de entrar em contato. Disse que quer jantar comigo em dois ou três dias. Mas por que quer saber tudo isso? Por acaso tem alguma suspeita sobre Bob? - Hermione estava desconfiada.

— Bob? - o ruivo balançou a cabeça, visivelmente incomodado por Hermione usar aquele apelido para se referir ao ex-namorado. - Esse cara ficou um ano sem te procurar, nunca tinha visitado o Ministério da Magia da Inglaterra. Agora, em menos de um mês, vem aqui duas vezes! Isso está muito estranho. Eu queria te pedir que, enquanto eu não descobrir por que Veronese tem vindo a Londres e ao Ministério com frequência, você se afaste dele.

— Sou uma bruxa adulta, eu me viro muito bem, sei como me defender. Não preciso dos conselhos e nem da proteção de ninguém - a garota orgulhosa voltou a se manifestar.

— Eu sei que você não precisa. Mas eu me preocupo com você. E me preocupo muito, se quer saber - ele a olhou com certa tristeza.

— Agora você se preocupa? Fiquei quase dois anos no Canadá e nunca sequer perguntou como eu estava - Hermione deixou escapar um desabafo.

— Sempre me preocupei, principalmente quando você estava no Canadá e eu, na Romênia. Eu arrumava um jeito de saber de você, de me certificar que estava em segurança. Claro que eu me achava um idiota por me preocupar já que, naquela época, você me queria distante. Mas eu me preocupava mesmo assim - o rapaz tentava manter a tranquilidade.

Os dois se olharam profundamente. Hermione sabia que, para cada palavra dita, haviam muitas silenciadas. Tentava fazer tudo que estava ao seu alcance para motivar Ron a abrir o coração. Mas não podia obrigá-lo a falar dos sentimentos. Perdida nesses pensamentos, demorou a ouvir o ruivo falar seu nome.

— Hermione. Mione? - ele voltou a chamá-la. - O mesmo alerta eu faço em relação à secretária do seu departamento, a Mary Elizabeth. Não confie nela. Ninguém sabe muita coisa sobre essa mulher. Ela apareceu do nada no Ministério.

— Weasley, não acredito que agora vai começar a cismar também com Mary Elizabeth - tratá-lo pelo sobrenome era a melhor forma de lhe dar gelo. - Ela é uma pessoa séria, um pouco antipática, reconheço, mas muito competente e correta. O fato de não ter grandes feitos em sua biografia não a desabona em nada. É pura implicância sua.

Foram interrompidos pela chegada de Francesca e Giovanni que traziam a pizza e um vinho tinto. "Buon appetito", o casal italiano disse em uníssono. "Se precisarem de algo mais, siamo in cucina", avisou Francesca antes de se dirigir para a cozinha.

Hermione, que ainda não havia superado muito bem o fato de Ron não ter informado sobre a identidade falsa, voltou a ser monossilábica. O rapaz já pensava que iriam terminar a noite assim quando ela fez um comentário inesperado: "Engraçado você se preocupar tanto com Robert e não falar o que Marian foi fazer no Departamento dos Aurores".

— Você esteve com a Marian? Ainda lembra dela? - o bruxo olhou intrigado para Hermione.

— Eu conheci Marian no casamento de Harry e Gina e, mais recentemente, a vi numa foto ao lado dos outros aurores da Romênia no escritório do Stefan - a garota estava morrendo de ciúmes e ficou muita atenta a qualquer mudança na fisionomia do ruivo. - Marian é muito bonita, tenho que admitir.

— Você acha? Nem notei - ele deu um meio sorriso.

— Deixa de ser cínico, Ron. Sei muito bem que você tem uma queda por belas louras - ela ainda não esquecera de Lilá.

— Você está enganada. Sempre achei as morenas mais bonitas - Ron abriu um sorriso.

— Ok, Ron. Mas não mude de assunto. Por que você não me contou que ela foi te procurar? - Hermione insistiu.

— E por que você não me contou que foi ao escritório de Stefan? - o rapaz contrapôs.

— Faz muito tempo. Foi quando você esteve internado. Quem devia ter te contado sobre isso era o seu chefe. Mas, afinal, vai ou não vai me dizer o motivo daquela visita de Marian? Provavelmente ela estava com saudade de você - Hermione não aceitava ficar sem uma resposta.

— Na verdade, ela foi falar com Harry. Não precisa ficar com ciúmes - Ron lançou mais um sorriso torto para a menina.

— Quem disse que estou com ciúmes? Você é dono do próprio nariz e de sua vida sentimental - as faces da bruxa estavam vermelhas. - Além do mais, não temos mais nada um com o outro.

— Hermione. Não é bem assim. Eu já não sei mais o que faço para você compreender isso - ele parecia constrangido.

— Eu preciso decidir a minha vida, o meu futuro. Mas para você isso não importa muito, não é? - Hermione passou da irritação à tristeza.

— Claro que importa. Eu também penso no nosso futuro. Queria que a situação estivesse diferente, mas, na verdade, ficou ainda mais complicada. Será que você não pode esperar um pouco mais? - o ruivo suavizou a voz.

— Eu estou esperando, Ron. Mas tudo tem um limite - ela foi firme.

— Mione, infelizmente, não existe outra opção. Vamos ter que ficar mais um tempo sem nos ver. Na verdade, mesmo com todo cuidado que tomei, nos arriscamos muito com esses quatro encontros aqui na cantina. Agora terminou o período do David Scott na Inglaterra. Eu devo permanecer ainda alguns dias em Londres, mas, como já disse, não poderemos nos encontrar mais. Depois vou ver qual será a decisão de Stefan - ele parecia realmente triste.

— Achei que era você quem decidia a sua vida e não o Stefan - a bruxa se irritou.

— Ele é meu chefe. Ainda não me desliguei do Departamento dos Aurores da Romênia - Ron rebateu.

Terminaram de comer as pizzas sem dizer muitas palavras. Os olhares eram doídos, demorados, intensos. Buscavam respostas que precisavam calar.

 

 

 

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Notas finais do capítulo

Como já informei, a fic entrou num novo ritmo. Depois de longa ausência, Ron (agora na sua verdadeira forma) volta à cena para não sair mais (Uhu!). Mas não se iludam achando que tudo vai ficar bem entre eles :-( Se fosse assim, já estaríamos no THE END.

Então? Gostaram dos novos rompantes de ciúmes? (hehehe) Dessa vez, além de Robert, apareceu ainda Marian para enlouquecer certa inteligente bruxa.

Mas muitas cenas mostradas na minha bola de cristal me preocupam... Essa agora de Ron lançar uma desconfiança sobre Mary Elizabeth? Será que não podem confiar nem na própria sombra? Por onde anda Isobel? E Aretusa? Como treinamento que ministraria no Departamento dos Aurores era de 15 dias, deve ter voltado para Irlanda. Ou não? Ron dizendo que espera a decisão de Stefan para ver o que vai fazer da própria vida? Oh, oh... Certa bruxa não gostou nadinha disso.

Comentários, sugestões, inspirações... O review está à disposição para a sua participação, querido leitor! Beijos e até o próximo!



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