Cerys apareceu na cidade de Chaos já vestida com sua roupa de batalha, um macacão colado negro e sua capa estrelada com dois lobos feitos de estrela em suas costas, a mesma retirou o capuz e por onde passava pessoas se curvavam, isso nunca havia acontecido desde que chegou a cidade, por que isso de repente?

— Emma — Cerys chamou assim que viu a amiga passar distraída.

Emma era sua amiga desde que chegou a Chaos, a mesma havia sido levada alguns dias antes de sua chegada. Emma vestia uma calça preta e uma blusa vermelho sangue, sua capa não era diferente, era negra, mas o que a diferenciava das outras pessoas era o símbolo que a mesma carregava em sua capa, mostrando a todos o poder que ela tinha, em sua capa havia um pentagrama com assas, o símbolo de seu planeta. Seu cabelo negro podia ser visto, assim como seus olhos verdes por conta da mesma está sem seu capuz.

— Cerys — Emma falou sorrindo — Todos estão indo para a sala dos tronos.

— Então vamos — Cerys falou sorrindo — Pode me responder uma coisa?

— Se eu souber.

— Por que as pessoas estão se curvando para mim? Isso nunca aconteceu e eu estou aqui a muitos anos.

— Você é a nova comandante de Chaos — Emma respondeu confusa — Eu sabia que você era desligada, mas isso...

— É impossível — falou — Eu não fiz o ritual de passagem, James fez.

— Ele dividiu com você a cidade — respondeu a morena — Lembro de Caos fala comigo sobre isso.

As duas chegaram a sala dos tronos fazendo as perguntas que Cerys ainda tinha serem guardadas para outro momento, Emma abriu a porta e adentrou a sala e a loira logo a seguiu. A sala tinha uma forma rustica e bastante antiga, havia treze tronos no meio da sala em forma de círculo, contudo, o que mais se destacava eram os dois tronos maiores que ficavam entre eles.

Cerys reconheceu seu símbolo em um deles, dois lobos, um branco e um preto, ambos continham estrelas em seus olhos, ao lado direito dele estava o trono de James, um trono azul com um lobo uivando nele, do outro lado se encontrava o trono do Ângelo, negro com um elmo desenhado nele.

Os símbolos nos tronos eram os mesmos que usavam nas capas, eram o que demostrava seus domínios, seus planetas, qualquer pessoa em Chaos saberia a que planeta aquelas pessoas comandavam somente de olhar suas capas.

Todos se acomodaram em seus tronos, eles não se importavam em crescer como os deuses gregos, eles gostavam de ficar em seu tamanho normal, mas quando necessário, eles o faziam. Os olhares foram voltados para Cyd que estava sentada em seu trono com as pernas no braço da cadeira, logo todos deram de ombros e voltaram seus olhares a Ângelo.

— Por que nos convocou, Ângelo? — Cyd perguntou curiosa.

— Receio que tenhamos que nos envolver novamente nos assuntos dos olimpianos — Ângelo falou e deu um longo suspiro — Estaremos partindo para o acampamento, para treinar os semideuses para estar nova guerra.

Uma discussão se instalou na sala, muitos não queriam voltar para Terra para ajudar os Olimpianos, todos sabiam quanto alguns deles eram superficiais e egoístas e ficavam esperando serem salvos e lixem-se quem estivesse em seu caminho, seus filhos viviam no chalé de Hermes a espera infinita de serem reclamados, mas nunca eram.

— Calem-se — Cerys falou e todos voltaram a se calar — Não estamos fazendo isso pelos deuses e sim pelos humanos e semideuses.

— Realmente, os humanos e semideuses não tem culpa da ineficiência da justiça olimpiana — Ruby falou.

— Zeus não se importou que os novos campistas fossem treinados adequadamente para se defender — Emma falou — Eles precisam de foco e liderança, coisa que eles perderam com a morte 1de Percy Jackson.

— Zeus só se importa com o próprio traseiro — Cyd falou revirando os olhos — Para ele o importante é que os campistas vão salvar sua bunda divina.

— Sei dos problemas que vocês tiveram com os deuses — Cerys falou — Mas peso que por hora não criem problemas com eles, se exigirem respeito e não o merecerem, respondam à altura.

— Vocês podem dizer a eles quem são e quem foram se assim desejarem — James falou se levantando — Mas neste momento, teremos que ir.

Uma luz surgiu na sala e logo todos haviam desaparecido.