Os semideuses estavam confusos, foram chamados até a arena por Quiron mas o mesmo ainda não havia aparecido, de repente treze figuras bastante conhecidas por eles apareceram em sua frente, suas faces revelavam confusão dando aos semideuses certeza de que não era eles que queriam vê-los.

Em uma plataforma no alto da arena estava Cerys olhado o desenrolar das coisas logo abaixo de si, com todo o treinamento que teve suas barreiras emocionais estavam mais fortes, impenetráveis, foi o que ela achou, mas assim que olhou para seu pulso e viu a marca de Poseidon, o homem que havia a renegado anos atrás, ela fraquejou, como lutar?

O lobo se aproximou da garota que o olhou e sorriu.

— Você demorou, James — a mesma falou, fazendo o lobo revirar os olhos e explodir em chamas deixando em seu lugar um homem de vinte e dois anos, de cabelos negros e olhos verdes rodeados de um castanho intenso.

— Olá irmã — o mesmo falou sorrindo.

— Olá irmão — a garota disse sorrindo largamente — Vamos?

James acenou positivamente com a cabeça e em um movimento conjunto ambos colocaram o capuz de suas capas, um gesto que os fizeram rir, sua ligação de gêmeos poderia ter sido cortada, mas eles ainda continuavam sendo filhos da mesma mãe do mesmo pai.

Cerys estalou os dedos e pulou, logo sendo seguida por James, ainda no ar uma forma humana se formou ao lado esquerdo de Cerys, lá estava um garoto de cabelos negros e olhos como um poço sem fim, Ângelo.

A atenção dos semideuses foi roubada pelo pouso de treze figuras que surgiram do ar, suas capas balançavam com o vento, o capuz impossibilitava a visão de seus rostos, mas não era preciso, eles sabiam quem eram as figuras misteriosas e elas pareciam muito mais poderosas do que da primeira vez que apareceram no meio do acampamento.

Os cinco à frente retiraram o capuz, mas uma em especial roubou a atenção de Apolo, a garota de cabelos negros e olhos verdes amendoados, que tinha a marca de uma lira tatuada em seu pulso. Emma percebeu o olhar de Apolo sobre si e sorriu.

— Olá papai — debochou na direção do deus que arregalou os olhos.

— Não, não — Apolo riu nervoso — Você estava morta, você estava naquela merda de cidade em meio a uma guerra, você não pode está viva.

— Para o seu azar querido papai — a mesma debochou sorrindo na direção do deus — Mamãe morreu em meu lugar, doce magia, ela causa ilusões perfeitas.

A áurea de Emma se tornou mais intensa, mas forte, fazendo Apolo começa a se sentir sufocado, o deus do sol se deixou cair de joelhos, cenas que não pertenciam a ele passava em sua cabeça e em meio a elas coisas assustadoras, que até para um deus, eram perturbadoras.

— É por isso que o nome do meu planeta é Lúcifer — ela sussurrou na cabeça do deus — Bem-vindo ao inferno, Apolo.

— Emma, controle-se — pode se ouvi a voz de Hera e todo o ar voltou rapidamente para Apolo fazendo o mesmo ficar de quatro no chão e respirar profundamente.

— Sim senhora — Emma se curvou a rainha dos deuses que sorriu.

— O que está acontecendo aqui? — Zeus perguntou irritado.

— Acho bom abaixar o tom de voz, Zeuza — Cyd falou olhando o deus dos deuses — Que eu ainda não expressei minha raiva ao papai.

— Cyd, minha querida — Hera tentou impedi-la.

— Não se preocupe, tia Hera, não perderei o controle como Emma — Cyd falou sorrindo — Mas acho que eu e meus irmãos devemos expressar nosso amor incondicional pelo papai.

— Opa, adorei a ideia — Cerys sorriu sadicamente, fazendo James rir alto — A maninho, sei que você aprova a ideia.

— Lago de fogo ou as treze passagens de Chaos? — James perguntou animado.

Hera estremeceu, as treze passagens de Chaos, eram os treze desafios mais difíceis já inventado, ninguém sabe ao certo o que há depois dos dois primeiros desafios, afinal, seja deus, semideus ou mortal, todos morrem assim que chegam ao segundo desafio.

— As treze passagens de Chaos — as garotas responderam juntas.

— O que isso quer dizer? — Ártemis perguntou confusa.

— Não sei o que acontece lá — Cerys respondeu dando de ombros — Todos que entram lá saem mortos.

A expressão de todos foi de terror, menos de Hera que era de reprovação.

— Está bem mamãe — Cerys e James responderam revirando os olhos.

— Uma pena — Cyd disse sorrindo — Descobrir recentemente que meu pai assistiu eu morrer no dia do meu casamento, uma coisa maravilhosa de se saber, um deus pode impedir que “acidentes” acontecessem, mas Poseidon já pretendia me matar.

— Trocar os remédios do meu pai adotivo foi uma boa jogada, Poseidon, digno de Hermes — Cerys falou sorrindo — Mas isso custou a vida de duas pessoas inocentes, minha mãe e meu irmão, que não tinham nada a ver com sua recha com a Pallas.

— E o prêmio de pai babaca do ano, ops, século, vai para Poseidon — James sorriu sadicamente — Espero que o aprecie papai.

— Vocês duas deveriam ter morrido — Poseidon expressou irritado.

 — Papai não concordava com isso — Cerys falou — Caos me levou antes que aquele babaca me achasse e retirou Cyd do carro antes do caminhão colidir, além de enviar Nix para que fechasse as portas da morte para James e Ângelo saírem.

Poseidon tentou retirar a agua no corpo da garota que sorriu.

— Seus poderes são inúteis comigo, Poseidon — a mesma disse sorrindo.

— Eu sou o deus dos mares — gritou furioso em direção a ela.

— E eu sou a primordial do universo — gritou e em seguida Poseidon estava caído ao chão, a garota fechou os olhos e respirou fundo — Desculpe-me mamãe, perdi o controle dos meus poderes por alguns segundos.

— Não se preocupe, minha filha — Hera falou indo em sua direção e a abraçando apertado — Vocês três aguentaram por anos isso entalado, é uma pena meu irmão ter se tornado isso — a mesma completou olhando o corpo do irmão no chão.

— Você disse filha, Hera? — Zeus gritou.

— Não ouse falar alto com a minha mãe, Zeus — James falou arrastado — Ou se arrependerá amargamente de um dia ter pisado na terra.

— Ela me traiu, teve dois filhos e acha que uma mulher dessa merece respeito? — Zeus riu — Faça-me um favor.

James estava prestes a avançar em Zeus quando Hera colocou a mão sobre seu ombro e sorriu, logo se virando para o deus seria.

— Nunca lhe trair, Zeus, mas não podemos falar o mesmo de você, não é? — Hera perguntou — Tenho dois filhos? Tenho. Mas são adotados e lhe digo que não me arrependo. Insulte-me novamente, marido e achara que o Tártaro não passa de um elísio.

 Zeus não duvidava que se Hera não cumprisse a promessa os treze guerreiros o fariam por ela, inclusive dois deles teria o enorme prazer de fazer isso. Cerys estalou o dedo e Poseidon se levantou assustado.

— Não estamos aqui para discutir questão familiares que não valem apena — Cerys falou colocando o tom sério — Estamos aqui porque uma guerra os espera ao lado de fora, o exército de Ordem e Vazio marcham em nossa direção, eles querem acabar com toda a criação do meu pai e isso eu não permitirei.

— Ordem e Vazio são os dois irmãos de Caos — James explicou sobre os olhares confusos dos semideuses — Caos os aprisionou a séculos atrás quando percebeu que a destruição vinha com eles dois, Caos deu um pouco da sua áurea para prende-los no Vazio, possibilitando apenas a entrada, mas jamais a saída de alguém, até que alguém de fora os libertou e sinto lhe dizer Annabeth, este foi o pior erro que você cometeu.

— Seja lá o que eles lhe prometeram, eles jamais cumprirão — Ângelo disse olhando a loira — Ordem e Vazio, foram criados para serem a personificação do mal, da destruição e de tudo que é ruim, eles mentem, manipulam, enganam, mas jamais cumprem o que de fato prometeram.

— É uma pena que tenha sido mais uma vez uma desonra para estar família, Annabeth — Cerys falou — Eu, Cerys Hunter, filha da vida e do caos declaro Annabeth Chase, culpada da libertação de Ordem e Vazio a condenado ao tormento eterno, no inferno dos deuses.

O corpo de Annabeth queimou a fazendo gritar, as cordas de fogo da traição a rodeava e assim Annabeth Chase foi entregue ao tormento eterno.

— Antes de irmos, temos mais uma coisa a fazer — Ruby falou — Quando está guerra acabar, partiremos e nossos escolhidos partiram com a gente, não terão contato com eles até que seu treinamento esteja terminado, então se tem coisas pendentes resolvam-se, porque não os reclamaremos aos olhos mortais.

— Sobreviver e a única coisa que lhes resta — Emma completou olhando a todos.