Capítulo VIII

Capítulo 8 - As crianças, parte 1

A irmã do Hokage, parte três

Anteriormente

- Ele estava olhando para a foto, falava o seu nome, ele estava com a torneirinha de fora, enquanto mexia nela, ele ficava levando a mão para frente e para trás, de novo e de novo, até que saiu um liquido branco da torneirinha. – a menina colocou o dedo no queixo como quem tenta lembra se foi daquele jeito mesmo – é foi assim mesmo, até agora eu não entendi porque ninguém quis me explicar o que era.

Minato não teve tempo de fazer nem um movimento antes que Kushina lhe atingisse, ele voou contra a parede do outro lado da sala, e quando, conseguiu levantar a cabeça e primeira coisa que viu foram olhos dourados e assassinos, apenas um pensamento lhe veio à cabeça no momento, “Se Kami-sama não me ajudar eu morro hoje!”.

Agora

Quando a ruiva partiu para cima dele novamente, Minato já estava preparado para o ataque, por isso conseguiu desviar, salvando o próprio rosto de ser desfigurado por uns poucos milímetros, essa foi uma sorte que a parede - que estava atrás dele a uns instantes - infelizmente não teve,  acabando  por vir ao chão por inteiro.

Os ataques que se seguiram foram tão violentos quantos os primeiros, tanto que Minato só podia desviar, pois até mesmo a defesa seria arriscada naquele momento.

Os dois se moviam pela sala de um lado ao outro enquanto Kushina atacava sem discriminação do local, e ao notar isso, Minato se lembrou da irmã, a qual ele não vira sair da sala.

Olhando de esguelha para o lugar onde vira Angeline pela ultima vez, ele pode notar a pequena o olhando, sentadinha, sem um pingo de medo no olhar, na verdade, ela ria, como se a cena fosse a mais divertida do mundo, os animais da mesma não mais se encontravam com ela, o que provava que eles tinham mais juízo que a dona.

Porem, o que Minato não notou em suas observações, foi que enquanto ele observava a irmã, Kushina conseguira se aproximar, sendo tarde de mais, que ele percebeu o golpe seguinte, sendo assim mandado de encontro à parede mais próxima, e demolindo a mesma, em cima de si, assim sendo ficou preso em meio aos escombros e inconsciente.

Quando Kushina voltou a avançar, com o punho já preparado para acertá-lo – ela não havia notado que o mesmo já se encontrava inconsciente, tão grande era a raiva que sentia - alguma coisa se prendeu em seu pulso e imediatamente a elevou quase até a altura do teto, e antes que ela pude-se ver o que era a porta da Sala foi aberta para dar passagem a meia dúzia de guardas imperiais, armados, apresentando expressões de horror ao ver o estado da sala, mas principalmente o estado do Hokage.

- O que diabos esta acontecendo aqui? – perguntou o oficial cuja farda era levemente diferente, provavelmente o comandante daquele grupo – olhe o estado desse lugar, - ele se virou inteiramente para a criança - você não se envergonha de demolir o templo de um deus tão importante quanto o deus Sol? De quase matar seu próprio irmão? – ele se dirigiu diretamente à pequena como se tudo aquilo tivesse sido feito por ela, numa clara suposição errônea.

- Eu não fiz isso! Eu nem toquei no Mimi-chan. – ela retrucou fazendo um biquinho e cruzando os braços.

- Até parece que vamos acreditar em um monstrinho como você, sempre que alguma coisa é destruída aqui no palácio, ou foi você ou foi relacionado a você sua peste. – ele a olhou com raiva e nojo – Você pensa que pode fazer tudo só porque é a protegida do Imperador.

- Não penso não! Eu sou só um bebê, um bebê inteligente, mais ainda assim um bebê. – o biquinho ficou maior e os olhos começaram a brilhar.

- Você não é um bebê, é uma criança mimada, que usa a pouca idade para desculpar todas as estripulias. – ele alegou dando m passo a frente.

No mesmo instante a pequena prendeu a respiração e inchou as bochechas, ficando cada vez mais vermelha, por um instante Kushina pensou que ela gritaria a plenos pulmões, mas para sua própria surpresa e dos guardas que a tudo assistiam atônitos, a pequena começou a chorar. Um choro alto e sofrido com um tom de magoa de cortar o coração.

Imediatamente a raiva da ruiva foi redirecionada, do Hokage depravado, para o guarda insensível que magoara aquela criança tão adorável, mas antes que pudesse fazer qualquer coisa para se libertar e atacá-lo já se via no chão, e o mesmo era atacado pelos animais que vira mais cedo, a gata branca com pelo comprido estava ficando vermelha, bem como o gato branco com listras negras que atacava o guarda pelo ouro lado, a gata cinza com manchas negras arranhava onde podia e o filhote de cachorro bege e o dragão de cômodo estavam firmemente atados aos glúteos do guarda pelos dentes, um em cada nádega, o filhote de panda estava grudado as canelas dele, abraçando uma enquanto mordia a outra, e por ultimo um bicho que ela não soube identificar, tinha asas, uma calda com ponta de flecha e escamas azuis, que revestiam todo o corpo, as garras afiadas penetravam a pele do homem com mais eficiência que os gatos e causavam muito mais estrago.

- Mas o que... – Kushina não chegou a terminar a sentença, pois notou mais algumas presenças na sala, e essas ao contrario das anteriores, tinham chakras elevados, o que demonstrava que eram ninjas. Havia seis chakras, mas 7 pessoas entraram no recinto.

Para a ruiva foi fácil identificar os clãs ali presente, um Akimichi, um Nara, um Hyuuga, um Uchiha, um Aburame e um Inuzuka, todos vestido com capas pretas inteiriças que tocavam o chão, a sétima pessoa na sala, se vestia com um elegantíssimo kimono azul marinho de seda pura, com um obi negro na cintura, os cabelos eram negros e olhos castanhos escuros, que analisaram a todos por um momento, se detendo no guarda que jazia no chão, vivo e extremamente machucado e depois na menina que ainda chorava sem notar nada o que havia acontecido.

- O que você fez Himura? – o senhor de kimono indagou sem realmente olhar para o guarda, ele encarava a pequena que chorava entre as almofadas, que no momento era o único lugar da ala que não fora destruída, ela estava novamente cercada pelos animais que encaravam o guarda como se fossem avançar nele novamente.

- Nada majestade. – o Himura disse, enquanto um de seus colegas o ajudava a levantar.

O Imperador o olhou e então para os demais guardas presentes na sala, todos de cabeça baixa e bocas fechadas, ele encarou a ruiva, que ainda permanecia atônita no lugar onde caira a pouco, e então olhou para o Hokage que permanecia entre os escombros, totalmente inconsciente ele notou, então se virou para a pequena, que acabara de notá-lo, mas nem por isso parou de chorar.

- Angeline, por que esta chorando? – ele inquiriu se aproximando da dela.

- Por nada Touya-sama! – ela respondeu depois de respirar fundo por um momento, e então voltando a chorar.

- Hora criança, não minta para mim! – o Imperador se sentou ao lado dela e fez um carinho nos cabelos negros a pequena – vamos me diga o que fez com que chora-se e que seus bichinhos tentassem matar um dos meus capitães da guarda? – ele sorriu para ela de modo reconfortante e encorajador.

Depois de um momento olhando para aquele sorriso, ela se sentiu segura novamente, e enxugando os olhos com as costas das mãos, deu uma ultima fungada, então se recostando ao tronco do Imperador começou a relatar o ocorrido.

- Meu Mimi-chan veio me visitar com a senhora Kushina, ai eu testei o genjutsu que o senhor Uchiha tinha me ensinado na semana passada neles, - nesse momento o único Uchiha do grupo ficou mais branco que papel, perante o olhar repreensivo do Imperador - ai quando eu desfiz o jutsu porque o Mimi-chan tinha notado, a senhora Kushina ficou com raiva e tentou me dar umas palmadas, mais o Mimi-chan segurou ela, ai o Mordida mordeu o Mimi-chan e ele largou a senhora Kushina, que ficou dando risada comigo da cara do Mimi-chan, ai nós ficamos amigas,  estávamos conversando, quando eu contei sobre aquela minha duvida que ninguém até agora me esclareceu – ela parou para respirar e mandar um olhar repreensivo ao imperador, que corou ao se lembrar de qual duvida ela estava falando – ai ela ficou zangada com o Mimi-chan igualzinho a mamãe e ao senhor, ai ela começou a bater nele, estava muito engraçado, mais quando estava ficando mais sério o Diamante segurou ela, ai o senhor Himura e os homens dele entraram na sala e não viram a senhor Kushina porque o Diamante estava segurando ela na viga mestra, ai o senhor Himura me acusou de ter feito aquilo com o meu Mimi-chan – ela apontou para o Minato e os olhos voltaram a se encher de lagrimas – ele disse que eu era um monstrinho, uma piveta mimada que pensava que podia fazer tudo que quisessem só porque o senhor me protege, que tudo que se quebra no reino é culpa minha, que eu era feia e malcriada, que ninguém me amava,  que eu era uma completa inútil e que eu não era um bebê. – ela volta a chorar, o imperador a abraçou, e por cima do ombro da pequena lançou um olhar mortal ao soldado Himura.

- Saiam e levem o jovem Minato para o hospital. – ele dispensou a todos na sala com um gesto enquanto confortava a pequena.

Assim que suas ordem foram compridas, na sala só restaram o Imperador, a menina, a ruiva, e os animais, quase completamente vazia se comparado a momentos antes, não que tenha permanecido desse modo por muito tempo, pois dois segundos depois a sala foi invadida por três meninos, um loirinho e dois morenos idêntico, todos os três aparentando a mesma idade de Angeline, eles a  abraçaram a re-tirando dos braços do imperador, e enquanto a confortavam, a levaram para outra sala.

- Não se preocupe Imperador-sama, minha irmã logo vai melhorar, só precisa de um banho e uma soneca. – o menino loiro disse ante se curvar e abrir espaço para os animais, assim que o ultimo passou pela porta o menino a fechou deixando à ruiva e o imperador a sós na sala.

- Presumo que você seja a senhora Kushina? – ele disse encarando a ruiva que apenas assentiu, ainda muda de surpresa por tudo que aconteceu naquela sala, em tão poucos minutos, o imperador sorriu voltando a encarar a porta por onde as crianças passaram – Me diga Kushina, tudo aconteceu com a pequena Angel relatou?