Marotos no Futuro escrita por Duda Monteiro


Capítulo 4
Help


Notas iniciais do capítulo

Bem, sinceramente, estou um pouquinho desmotivada com a falta de interação, porém continuarei postando por enquanto. Espero que vocês deem um sinal de vida, por favor. E que gostem do capitulo e se gostarem ou não, podem comentar do mesmo jeito.



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Help, I need somebody

Help, not just anybody

Help, you know I need someone, help!

Socorro, eu preciso de alguém

Socorro, não qualquer pessoa

Socorro, você sabe que eu preciso de alguém, socorro!

Help — The Beatles

 

Elizabeth soltou um grito de animação, tampado a boca logo em seguida. Saiu rapidamente para o corredor, na necessidade de verificar se não havia alguém por perto que pudesse ter escutado seu pequeno chilique de comemoração. Não havia. Voltou a sala e começou a fazer uma dancinha tosca. Encontrava-se muito feliz, pois já estava acabando a poção. Depois de muito tempo de espera e uma sessão de furtos ao seu professor, Slughorn, — que envolveu várias garrafas dos melhores hidromel’s — mas pelo menos tudo estava dando certo.

Porém, ao lembrar-se de algo, ela parou de fazer a sua dancinha. Agora é a que a parte difícil começara, conseguir o pelo de lobisomem, pensou lamentando-se. Havia chegado tão longe e talvez por causa de um único ingrediente, não pudesse seguir em frente e terminar a poção. Não queria desistir, não depois de tanto trabalho. Tinha que terminar a poção e para isso, arrumaria um jeito de conseguir o que faltava. Checou pela última vez se a poção estava segura e saiu com passos decididos daquela sala abandonada.

...

Ela sabia que Sirius era a única opção que a restava. O próprio Remus estava fora de questão. James... bem, ele a mataria antes que ela terminasse de falar. E Peter... digamos assim, não era um dos mais corajosos. Sem falar que era muito provável que ele a dedurasse para James. E ai ela acabaria se ferrando e tendo que explicar tudo para o irmão... Não, o único que poderia ajuda-la era Sirius.

Por isso Liz encontrava-se na difícil situação de tentar convencê-lo. Aquela noite haveria lua cheia, e ela sabia que os Marotos iriam se encontrar com Remus. Era a sua chance. Precisava convencer Sirius rapidamente e fazê-lo agir mais rápido ainda. Antes que James desconfiasse de algo. 

— Isso vai dar merda, Liz — ele repetiu pela milésima vez.

— Por favor, Sirius! Já fui tão longe, para parar por causa de um simples ingrediente! — falou implorando pela ajuda.

— E como eu conseguiria isso? Você não espera que no meio da noite, com Remus transformado, eu saia da minha forma animaga para pegar alguns pelos. Já imagino a cena: ”Com licença Remmie lobo, mas irei pegar um pouquinho dos seus pelos, não precisa se incomodar, será bem rapidinho” — ironizou. Se a situação não fosse desesperadora, Liz riria.

— Eu só preciso de tipo, uns cinco fios! Ele deve se prender em alguma coisa durante a noite. E afinal, onde é que vocês ficam quando ele está transformado? — Elizabeth perguntou do nada. Porque mesmo que ela tivesse conhecimento da condição do amigo, não sabia exatamente onde eles iam durante as luas cheias.

— Isso não vem ao caso — Sirius desconversou. — Prometo que tentarei te ajudar, baixinha. Mas acho que é melhor mudarmos de assunto. Seu irmão está vindo aí — falou, bagunçando o cabelo da menina e recebendo o amigo com um sorriso, fingindo que conversam sobre outras coisas. James estranhou, porém, deixou passar.

...

Liz não dormiu direito, pensando em Sirius e se ele cumpriria a promessa. Para falar a verdade, ela quase não dormiu. Assim que o sol nasceu, levantou-se. Não aguentando ficar rodando na cama.

Foi quase uma das primeiras a chegar ao Salão Principal, o que era um milagre. Comeu rapidamente e foi se esconder. Não estava afim de explicar para Lilian porque havia levantado cedo. Sabia que a menina logo desconfiaria de algo e isso geraria perguntas... e devido as poucas horas de sono que tivera, não estava afim disso.

Suas três primeiras aulas eram separadas das amigas, que haviam escolhido aquelas que melhor lhe ajudariam nas futuras profissão. Liz gostaria de ser uma Desfazedora de Feitiços do Gringotts. Adorava a ideia de viver aventuras e ainda ganhar por isso! Por isso fazia Aritmância, que e as suas duas primeiras aulas durante as terças. Já os meninos gostariam de ser aurores — menos Remus, que tinha um desejo de ser professor, e Peter, que ainda não havia decidido seu futuro e só dizia que também seria um auror por causa dos amigos —, eles também faziam Aritmância, por credito extra. Só Pedro que havia desistido ainda no terceiro ano.

Dulce, Alice e Lily preferiram fazer Trato das Criaturas Mágicas, já que as duas últimas não gostavam de lidar com números e a primeira sonhava em ser Magizoologista.

A terceira aula era Estudo dos Trouxas, que apenas Liz, James, Sirius e Frank faziam, pois eram sangue-puros e não tinham contato com o mundo trouxa. Alice também gostaria de frequentar essas aulas, porém era no mesmo horário que Adivinhação, matéria da qual a menina era louca para estudar no terceiro ano. Os outros tinham ligações com trouxas e não precisavam estudar sobre eles. Então Liz tinha a manhã longe das amigas, o que foi bom naquele dia. No entanto, não conseguiu falar com Sirius durante as aulas, pois ele simplesmente não havia aparecido. Assim como todos os outros três. Passou a manhã apenas com Frank de companhia. E agradeceu por isso.

Porém na hora do almoço sabia que não conseguiria escapar. Só podia rezar para que Sirius estivesse no Salão Principal e as amigas não.  E incrivelmente, ela estava com sorte.

Encontro-o sentada, quase dormindo em cima do prato. James e Peter também estavam do mesmo jeito. Remus provavelmente ainda estava na Ala Hospitalar. Assim que viu o menino, correu em sua direção.

— Sirius! — o chamou.

— An? O que foi? — perguntou em meio ao choque, acordando bruscamente. Liz o encarava fervorosamente.

— E então? Conseguiu? 

Sirius demorou algum tempo para processar sobre o que ela falava. Afinal, a noite havia sido cansativa. Divertida sim, mas também o esgotara e mesmo acostumado com aquelas noitadas, havia dias em que o cansaço era maior que nos outros. 

— O pelo Sirius! O pelo! — exclamou, após alguns segundos sem resposta.

— Ahh! Isso. Encontre-me depois do jantar no corredor deserto do terceiro andar — Sirius falou em resposta. Elizabeth franziu a testa em dúvida.

— Isso quer dizer que você conseguiu? — porém antes que conseguisse obter uma resposta do menino, Lily veio em sua direção, a encarando fixamente, sendo acompanhada de Dulce, que falhava na tentativa de esconder o riso. Alice, como sempre, deveria estar nas estufas com Frank. 

— Posso saber onde a senhorita se meteu o dia todo? — indagou bruscamente, sentando-se ao seu lado.

— Bem senhoritas, irei me retirar, foi um prazer as vossas companhias — Sirius disse, saindo antes que a fúria da ruiva virasse contra ele. Elizabeth o olhava como se implorasse para que ficasse, e foi prontamente ignorada. 

— Até logo, Sirius — Dulce despediu-se. Liz só o fuzilou com os olhos e Lily acenou com a mão, sem retirar os olhos da amiga. 

— Desembucha, Elizabeth. Faz dias que você está estranha. Andando escondida por aí, sem nunca ter tempo para as suas amigas. E agora acordando cedo sem nos chamar... o que está acontecendo? O que você não nos contou? — a ruiva a metralhou de perguntas e Liz não sabia como fugir delas. Dulce também a encarava, a sua expressão quase um espelho da de Lily. 

— Olha meninas, eu amo vocês, tá? É uma besteira minha. Uma coisa que estou fazendo aí... não tem nada a ver com vocês. Acho que é melhor irmos para a aula. 

Liz fugiu do Salão Principal, com seu estomago roncando de fome. Se sentia tola por esconder a poção das amigas, mas sabia que Lily reagiria mal se soubesse que tentava produzir uma poção considerada ilegal e Dulce provavelmente a apoiaria. A opinião de Alice seria nula, com tanto que ninguém saísse machucado, provavelmente ela não se oporia, mas também não lhe defenderia.

Pensava seriamente em faltar a próxima aula, onde se encontraria com elas e teria que encontrar novas formas de desconversar. No fim, decidiu ir, não podia passar a vida fugindo.  Sem falar que a próxima aula era exatamente de poções, que ela não poderia dar o luxo de faltar sem um bom motivo.

...

Ao final, ela não precisou encontrar novas formas de desconversar, pois elas não ficaram insistindo para saber a verdade. Na realidade, nem falando com Elizabeth direito estavam. Logo entendeu qual era a jogada. A ignorariam até que resolvesse falar por livre e espontânea pressão. Lilian era muito esperta. E cruel, quando queria. Ainda bem que ela quase nunca queria.

Quando entendeu o plano parou de tentar puxar assunto, era em vão, sabia. Alice ainda agia normalmente com ela, mas Dulce e Lilian... eram duas criaturas teimosas e curiosas. O que dava uma péssima combinação.

Amuada, Liz saiu do Salão Principal logo que terminou seu jantar, o que foi bem rápido, pois perdera a fome após ser ignorada por duas das suas melhores amigas a tarde toda. 

Dirigiu-se para o corredor onde Sirius lhe dissera para ir e o ficou esperando. Que demorou vários e intermináveis minutos. Ele chegou andando despreocupadamente.

— Já era hora, Merlin! — exclamou a menina impaciente. — Achei que tivesse se perdido.

— Tudo isso é saudade, Liz? — falou com um sorriso preponderante, encostando-se na parede.

— Não, tudo isso é vontade de terminar logo essa bendita poção. E aí? Cadê? — perguntou ansiosa, verificando que o maroto não se encontrava com o ingrediente em mãos. Esperava sinceramente que estivesse num dos bolsos da veste dele.

— E quem disse que eu consegui? — indagou, tentando manter um sorriso escondido.

— Você não conseguiu? — o olhou chocada. Se Sirius não estivesse com o ingrediente, semanas de trabalho teriam sido em vão. Ela sentiu vontade de correr para o quarto e chorar. Havia tido tanto trabalho! Não sabia o que iria fazer.

— É claro que consegui! Afinal, o que não consigo?! — sorriu cinicamente, e Elizabeth sentiu vontade de socar a cara do amigo, das mais diversas formas. —  E é bom saber que você também sabe disso — ele comentou. Liz socou o braço do menino. — Au, por que fez isso?! — massageava o local socado.

— Para você aprender a não brincar com a minha cara — falou ameaçadoramente. — E cadê?

— Eu disse que consegui e não que iria lhe entregar — disse marotamente, com um imenso sorriso. Elizabeth não entendeu o que estava acontecendo ali. Aparentemente o que estava para acontecer há anos, havia acontecido, Sirius havia endoidado.


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Notas finais do capítulo

Por favor, falem comigo! Obrigada.