Marotos no Futuro escrita por Duda Monteiro


Capítulo 34
Get It Rigth (Parte II)


Notas iniciais do capítulo

Então, eu tenho que perguntar de novo, vocês não estão gostando da fic, né? Porque sério, de 189 leitores, apenas alguns comentam regularmente, e não é alguns tipo 10,15, é no máximo seis regulares nos últimos cinco capítulos (Eu chequei)(Todo meu amor e carinho para essas maravilhosas pessoas, Mary Potter Black, La Black, msnakegawa, CassyDeschamps, SundaySmile, cosset, que continuam do meu lado). Mas sério gente, bora contribuir com a autora. Eu aceito ideias, sugestões, conversas aleatórias... Só falem comigo, ok? Comentem o que estão achando, o que pensaram lendo o capítulo, as suas partes favoritas, se gostaram ou não dos aesthetic's... Qualquer coisa. Mas interajam comigo! Eu preciso de um retorno, para saber que a comunicação ta acontecendo e não é apenas uma via de mão única. Obrigada pela atenção e boa leitura.
PS: Essa semana, excepcionalmente, não postarei o aesthetic (que seria da minha querida Liz), por motivos de que minha net está realmente lenta, e já são duas horas da manhã e amanhã eu tenho meu primeiro dia de aula. E vocês não estão nem ligado para eles mesmo...
Beijos e espero os ver nos comentários!



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What have I done

Wish I could run

Away from this ship going under

Just trying to help

Hurt everyone else

Now I feel the weight of the world

Is on my shoulders

O que foi que eu fiz?

Desejaria fugir

Desse navio afundando

Apenas tentando ajudar,

Machuco todo mundo

Agora eu sinto o peso do mundo

Está nos meus ombros

Get It Rigth — Glee

 

Dulce havia se preparado para o momento da verdade desde de o dia que resolvera que a mentira seria melhor, mas agora, olhando para a filha que parecia lhe odiar, ela começava a se arrepender do caminho que escolhera.

— Então você passa quinze anos da minha vida mentindo para mim, e tudo que tem a dizer é “desculpe, filha”?! A senhora me enganou, mãe! Meu pai estava vivo e livre esse tempo todo! E ainda assim a senhora me fez acreditar que ele estava morto! Enquanto na verdade ele está aqui do lado! Merlin, eu até passei um ano com ele me ensinando! — Charlotte gritava após Dulce ter relevado a verdade. A mulher sabia que a menina estava em seu direto em ficar magoada, mas aquilo era tudo que tentara evitar quando resolveu excluir Lupin da vida da filha.

— Me desculpe, Lotte. Mas na época parecia a melhor opção. Se você me deixar terminar de explicar... — ela pediu, já que a filha havia a interrompido no meio da explicação, a deixando falar somente que o pai dela estava vivo e relevando a identidade dele.

— Não me chame de Lotte! — gritou a menina, andando de um lado para o outro. — E poderia ter sido a melhor opção na época, mas você teve quinze anos para me contar! Quinze anos, mãe! Eu passei um ano morando no mesmo lugar que ele, e não sabia que ele era meu pai. Por sua causa! — Charlotte estava transtornada ao descobrir que a pessoa que mais confiava havia escondido algo tão grande dela. — Quer saber?! Não aguento mais ficar perto da senhora — ela disse saindo do quarto e correndo para o lugar que esperava que Lupin estivesse. Após quinze anos de mentiras, ela agora precisava saber toda a verdade.

Charlotte entrou sem bater no quarto de Remus.

— Você sabia disso? — ela questionou ameaçadoramente. Remus, que ainda estava se recuperando da noite anterior, a olhou sem entender, segundos depois Dulce entrou atrás da filha.

— Me desculpe por isso — Dulce falou para o homem e virando-se para a filha: — Venha Charlotte, vamos terminar essa conversa em outro lugar.

— Não, vamos terminar aqui. Aqui é tão bom quanto qualquer outro lugar. E ele precisa estar também! — Charlie rebateu a mãe. — Você sabia esse tempo todo que era meu pai e nunca falou nada? — ela perguntou, fazendo Remus engasgar com a própria saliva.

— O que? — ele exclamou, quase ao mesmo tempo que Dulce falava:

— Ele não sabe Charlotte, eu nunca contei — ela falou.

— O que está acontecendo aqui? — Remus questionou levantando-se da cama, ainda em choque, afinal, não é todo dia que uma adolescente raivosa entra no seu quarto perguntando se você sabia que era pai dela.

— Pelo visto cheguei bem na hora da confusão — Sirius falou entrando no quarto acompanhado de Dest, que olhava a cena sem entender nada. Ela havia escutado os gritos da amiga enquanto voltava com o lanche que ela pediu. Sem pensar duas vezes largou a comida do quarto e correu para a direção do barulho, encontrado seu pai do meio do caminho.

— Acho que é melhor sairmos, pai — Dest aconselhou, ainda sem entender a confusão.

— Não, fica Dest — pediu Charlie. — Você também tem o direito de saber — Dest assentiu e continuou onde estava. Não ficou muito contente em participar da confusão que não lhe dizia respeito, mas sabia que Charlie precisava do apoio dela. Diferente da filha, Sirius estava adorando ver o circo pegar fogo. Não que ele quisesse o mal dos amigos, mas sabia que era melhor que a verdade fosse revelada logo, mesmo naquelas circunstâncias,

— Sendo assim... — Sirius falou se apoiando na parede, dando sinal de que continuaria ali.

Remus levantou-se da cama que estava sentado e ficou olhando de Dulce para Charlotte. — Se eu estou entendendo certo, Charlotte é minha filha e você escondeu isso de mim durante todo esse tempo, Valentine? — ele perguntou agressivamente para Dulce, que abaixou o olhar, sem querer encara-lo, porém acenou positivamente com a cabeça.

— Ela achou que era o certo a fazer. Que tinha o direito de decidir por nossas vidas! — Charlotte exclamou.

— Eu tenho o direito de decidir por você, Charlotte, eu sou sua mãe! — rebateu Dulce. — E até segunda ordem, sou eu quem sabe o que é melhor para você.

— Mas não tinha o direito de escolher por mim! — Remus gritou.

— Mas eu não decidi por você! Você decidiu no momento que começou a gritar que minha filha seria um erro!

Lupin ficou sem palavras. — O que? — ele gaguejou.

Dulce olhou furiosa para ele. — Eu te contei, pouco depois que eu descobri. Já estávamos separados e eu fui na sua casa. E foi um dos piores momentos da minha vida, Lupin. Então eu apaguei a sua memória. E decidir criar minha filha sozinha, e foi isso que eu fiz.

— A senhora não tinha o direito de fazer isso — Charlie falou, ela até podia entender a razão da mãe, mas preferia viver com a verdade dolorosa do que com aquela mentira.

— Você não entende, você não viu o que aconteceu — Dulce respondeu balançado a cabeça, tentando apagar as lembranças daquele dia.

— Ainda assim, eu tinha o direito de saber, mãe. Meu pai estava vivo esse tempo todo! E você escondeu isso de mim!

— Era melhor você pensar que seu pai estava morto do que ele não queria você!

— Eu tinha o direito de saber, mãe!

— E eu tinha o direito de lembrar. Você não pode simplesmente decidir que eu não reagi como você queria e apagar da minha memória que eu teria uma filha! Minhas memorias, Dulce! Minhas!

— Até porque, conhecendo o Remus, ele logo se arrependeria e daria o mundo para o bebe... — Sirius se manifestou e todos os olhares se voltaram para ele. — Ok, me calei — ele falou levantando as mãos.

— Sirius está certo. Como a senhora sabe que ele não mudaria de ideia?! Quinze anos, mãe. É tempo demais para mudar de opinião! — exclamou Charlie.

— Talvez você esteja certa, Charlotte. Talvez eu realmente tenha fodido com tudo. Mas voltando para aquele dia, eu não me arrependo. Eu só queria proteger você.

— Assim como protegeu a Dest mentindo sobre os pais dela? Tudo que a senhora fez foi mentir!

— Charlie — Dest chamou baixinho. — Nós já concordarmos que ela tinha motivos para não me falar a verdade — ela lembrou, mas Charlie não estava no humor para ter conversas racionais.

— Mesmo assim. Tudo que minha mãe fez foi mentir! E-eu... — ela gaguejou e balançou a cabeça. — Eu não sei como a senhora consegue se olhar no espelho — e com isso, saiu do quarto. Dest lançou um olhar de pena para a tia.

— Ela vai entender, só precisa de um tempo — Dest falou antes de sair atrás da amiga, que havia voltado para o quarto.

— Vou deixar vocês dois sozinhos — Sirius disse, também saindo. Agora só restava Lupin e Dulce no quarto. A mulher ficou um tempo encarando a porta, ainda esperando que a filha voltasse e sem coragem de encarar o homem.

— Você não tinha o direito de fazer isso, Dulce — ele murmurou.

— O que você faria, Lupin? Se soubesse que teria uma filha, que ela possivelmente herdaria seus genes de licantropia. Me responda sinceramente.

— Eu não sei, não é? Você me tirou o direito de saber! — ele exclamou revoltado.

— Mas eu sei como você reagiu! Eu sei. Eu lembro de tudo! Você não! Então não me venha falar sobre o que eu tenho direito ou não. Eu passei os últimos quinze anos da minha vida cuidando da minha filha sozinha...

— Porque você não me deu a chance de ser o pai dela! — Remus interrompeu.

— Porque eu não queria ela perto de um pai que iria ver a condição deles como um defeito!

— Então talvez você devesse ter escolhido outro pai para sua filha!

— Eu não queria outro homem, Remus. Eu queria você. Só você. Eu fiquei ao seu lado mesmo após descobrir seu segredo. Fiquei com você por meses, escondendo até dos nossos melhores amigos, tudo porque eu te amava tanto, mas tanto, que preferia ficar escondendo de todos esse amor, mas ter você comigo. Mas eu não podia lidar com o seu olhar quando descobriu sobre a Charlie. Eu já odiava o jeito como você se menosprezava, e quando você começou a falar que ela era um erro... eu não podia lidar com aquilo, Lupin. Culpe os hormônios da gravidez, ou meu egoísmo mórbido, mas eu não podia permitir que você pensasse aquilo dela. Não podia deixar que minha filha crescesse com um pai que a odiasse.

— Eu nunca iria odiar a minha filha, Dulce. Você sabe disso.  Eu posso ter reagido mal, mas eu estaria lá por ela. Por vocês.

— Possivelmente. Mas quem sabe de verdade, Remus? Estávamos no meio de uma guerra. E tudo o que eu queria era que meu ex-marido fosse um pouco gentil comigo. Eu não consegui isso e achei que fosse melhor que você não lembrasse, pelo menos não por um tempo. Eu até pensei que lhe contar depois, mas fiquei com medo e acabei deixando o tempo passar... — ela falou já em meio as lágrimas. — Eu sou humana, Lupin. Eu não queria passar por aquela rejeição de novo. Não queria que minha filha soubesse o que é isso. Eu só queria que a Charlotte conhecesse as coisas boas da vida, mesmo com a licantropia. Eu fiz tudo que podia para que ela tivesse uma boa vida, Lupin. Então não me culpe por isso.

Remus estava desarmado, sem saber como agir. Sem muito jeito, ele se aproximou dela e a abraçou. — Eu sinto muito Dulce, pelo jeito que eu reagi. Mas você não deveria ter feito isso. As coisas poderiam ser diferentes...

— Dulce? — chamou Lupin, a acordando no meio das lembranças. Mas aquilo era o suficiente para a mulher. Não precisava se lembrar mais detalhadamente das próximas cenas, e do fato que a sua filha levou quase que o verão inteiro para voltar a falar direito com ela.


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