Marotos no Futuro escrita por Duda Monteiro


Capítulo 3
Midnight Memories


Notas iniciais do capítulo

Olá! Sei que falei que só postaria uma vez por semana, mas resolvi ser boazinha e postar hoje. Espero que gostem.



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Midnight memories, oh oh oh, oh, oh, oh

Baby, where we go?

Never say no

Just do it, do it, do it, do it

Memória da meia-noite, oh oh oh

Qualquer lugar, para onde vamos?

Nunca diga não

Só faça isso, faça isso, faça isso, faça isso

Midnight Memories — One Direction

Já se passava e muito, do horário de recolher da escola. Elizabeth acreditava que todos estavam em seus quartos, já dormindo. Ao menos, era o que esperava. E esperar era algo de que ela estava entendo bem, após passar muito tempo esperando para que Lily dormisse. Parecia que a monitora tinha um sexto sentido, parecendo notar que Liz iria aprontar alguma coisa, pois levara mais tempo que o normal para cair no sono. Já Dulce e Alice dormiram facilmente. Assim como Zoe, a quinta ocupante do quarto.

Elizabeth já não podia contar quantas vezes quase cochilou enquanto aguardava. Ainda com um pouco de sono descia os degraus o mais silenciosamente que conseguia, e isso não era muito.

A capa recém adquirida com o irmão estava em uma das suas mãos, na outra levava os sapatos, esperando que com isso fizesse menos barulho; em vão, devo dizer. O chão estava gélido, mas ela tentava ignorar esse fato.

Ela não podia negar, estava quase mandando tudo para as cucunhas, e voltando para a sua cama, de onde nunca deveria ter saído. Mas a sua teimosia era mais forte; a teimosia e a vontade de aumentar sua nota em poção. Não que as notas fossem realmente ruins, mas em sua opinião poderiam ser melhores, desejava sair do Excede Expectativas para um Ótimo. E não há jeito melhor de melhorar do que com uma poção bem difícil. Tudo bem, seria mais fácil pedir ajuda a Lily, mas a ruiva ultimamente andava muitíssimo irritadiça. Liz acreditava que se tratava de uma luta interna da amiga em relação aos seus sentimentos, porém preferia não se meter. Por tanto, seguindo o conselho da mesma, faria a poção e esperava que assim descobrisse algum tipo de talento naquela matéria, que ela admitia, só conseguia passar por estudar feito louca — uma das poucas matérias para qual ela fazia isso.

Enquanto pensava nisso passou pelo Salão Comunal sem reparar que havia alguém ainda lá — quase cochilando, é verdade, porém ainda acordado.

— Hum hum — Liz pulou quando escutou o barulho, já estava perto do quadro da Mulher Gorda e só agora havia notado que não estava sozinha.

— Sirius? — perguntou reconhecendo a pessoa.

— O único. Então, vamos para onde? — falou levantando-se do sofá em que estava quase deitado.

— Bem, você vai para seu quarto, eu vou para um lugar que não há a necessidade de você saber.

— Ora baixinha, isso é jeito de tratar seu amigo que só se preocupa com você — aproximava-se da menina à medida que falava. Lizzie só revirou os olhos, sem paciência para aguentá-lo.

— Meu Merlin! Alguém já falou que você é um pé no saco? E eu não sou baixinha, você que é anormalmente grande! — o que era verdade, Sirius era enorme, porem isso não fazia de Liz menos baixinha. Ela resolveu ignorar o maroto e continuou indo em direção a saída do Salão Comunal.

— Para falar a verdade, não. Normalmente as garotas estão muito ocupadas comigo, para falarem qualquer coisa. Se é que me entende — retrucou com um sorriso sacana no rosto.

— Informação demais, Sirius — ela exclamou o mais baixo que conseguia.

— Desculpe-me, esqueci que você é a pura Potter.

— Não sei como ainda lhe aguento, serio! Você é insuportável! Não sei como ainda não te joguei da torre de Astronomia — falou e abriu a porta do Salão, indo em direção aos corredores do colégio, sendo seguida por Sirius. — O que você está fazendo aqui, assombração? — questionou quando viu que estava sendo seguida.

— Ué, já falei. Irei com você.

Elizabeth nesse momento sentiu vontade de matar o melhor amigo do irmão, que as vezes também era o seu. E se arrependeu amargamente de não ter saído com a capa do dormitório.

— E qual motivo eu deixaria você ir comigo? — arqueou as sobrancelhas, encarando o moreno.

— Bem, eu acredito que você não vai gostar que sua querida amiga e monitora, Lily saiba desse seu passeio ilegal pelas propriedades do colégio — chantageou apelando para o ponto fraco da menina, que sabia que Lily ficaria puta com ela se descobrisse. Não que ligasse muito para o que a Evans achava de seu comportamento. Só não estava afim de ficar a escutando reclamar até o final do ano. Coisa que ela era bem capaz.

— Você é irritantemente irritante, Black — Lizzie falou se aproximando dele, os cobrindo com a capa. Seus pés ainda ficaram visíveis, devido ao tamanho deles, mas era o jeito. — Agora calado e não me atrapalhe — resmungou recomeçando a andar.

...

— Na biblioteca, sério? — Sirius perguntou quando pararam em frente ao seu destino. — Você tem um bilhão de coisas mais emocionantes para fazer e escolhe vim a biblioteca?!

— Ninguém mandou vim junto — retrucou, começando a andar entre as estantes, o arrastando.

— É que, sei lá, esperava algo mais empolgante.

Ela o ignorou mais uma vez — aparentemente, se tornaria um hábito — e continuou indo em direção a Seção Restrita. Assim que chegou retirou a capa, e com a ajuda da luz em sua varinha, começou a procurar o bendito livro.

— Então, o que você veio procurar aqui? — indagou aproximando-se da garota que ficava na ponta dos pés, tentando olhar as prateleiras mais altas.

— Bem, estamos numa biblioteca — parou fazendo uma cara pensativa — obviamente vim procurar um bolo quentinho, por sabe como é, as bibliotecas têm os melhores bolos... demente — respondeu batendo na cabeça do amigo e virando-se para a outra estante.

— Grossa. O que eu quero saber qual o livro, dona Elizabeth — disse a seguindo.

— Poções e seus segredos. * 

— Por que você precisa de um livro de poções?! Ok, ok! Já entendi — retirou a pergunta assim que viu o olhar mortal da garota.

— Agora que você sabe o que eu estou procurando pode me ajudar a achá-lo? Assim ambos poderemos sair mais rápido daqui — mandou. O Sirius deu de ombros, fazendo o ordenando, porque quanto mais rápido saísse dali melhor seria.

...

Algum tempo depois eles deixavam a biblioteca, encobertos pela capa e com o livro a salvo com a menina. O caminho até o Salão Comunal foi silencioso, pois nenhum dos dois desejava ser pegos por algum professor.

Finalmente chegaram ao seu destino e puderam retirar a capa.

— Boa noite, Black — Liz falou se dirigindo para a escada.

— Só isso, nem um beijinho? — brincou o maroto.

— Só nos seus maiores sonhos, Six. Ah é, você já deve sonhar com isso — zombou com o amigo.

— Você descobriu o meu maior segredo Potter, eu lhe amo! — retrucou, — e havia um pouco de verdade em suas palavras —  depois de alguns segundos de silêncio ambos desataram a rir, tentando rirem baixinho. Apesar das briguinhas e provocações, haviam criado uma grande amizade, boa parte das vezes, colorida.

— Boa noite, Six — repetiu, dessa vez indo até o moreno, o abraçando e lhe dando um breve beijo.

— Boa noite, baixinha — respondeu, vendo a menina subir para o dormitório.

...

Ao chegar em seu dormitório, Sirius notou que não era o único acordado.

— Até que foi rápido dessa vez — comentou Remus para o amigo, abaixando o livro. Sirius havia sentando em sua cama, e tirava os sapatos.

— Está me espionando, é Aluado?

— Não, apenas coincidiu de você chegar e eu ainda estar acordado... achei que iria demorar mais. O que foi? A menina não gostou de você? — caçou Lupin.

— Como se isso fosse possível, Remus! — exclamou Sirius. — Na verdade, não fui encontrar ninguém propriamente. E sim fazer um favor para a Liz — explicou.

Remus o encarou desconfiado. — E ela o pediu esse favor?

— Bem, não. Porém, aceitou minha ajuda do mesmo jeito — deu de ombros, e passou a colocar o pijama. Remus gesticulou negativamente.

­— Você tem que tomar cuidado com a Liz. Sabe que qualquer mal que fizer a ela, você receberá em dobro.

— Oh, que fofinho. Senhor Remus Aluado Lupin preocupado comigo. Mas não é necessário. Primeiro que não irei magoa-la. Ela é a minha melhor amiga, e possivelmente o relacionamento romântico mais duradouro que eu tenho. E segundo, que acho que o James não é capaz de me machucar — Sirius falou tranquilamente, deitando-se.

— Nunca falei que seria o James a lhe machucar, Almofadinhas. Tenho certeza que conheço alguns feitiços de ataque a mais que você — Remus ameaçou gentilmente, finalmente fechando o livro e o colocando de lado. — Boa noite, Sirius.

...

Já era sábado, e havia se passado quase uma semana desde a madrugada em que Elizabeth e Sirius foram à biblioteca. Devido ao fato da menina ter que se dividir entre os estudos — estava no sétimo ano e não poderia perder tempo brincando — e os treinos de quadribol — onde era batedora, em companhia de Sirius —, não teve tempo para começar a poção. Agora aproveitava o que era um raro sábado sem treino para inicia-la. Havia encontrado uma sala vazia, num corredor praticamente deserto, e ali havia se instalado.  

A poção demoraria muito tempo para ficar pronta, isso mesmo se ela acertasse tudo de primeira, o que duvidava. Porém já havia conseguindo boa parte dos ingredientes. Alguns eram bem fácies de achar no castelo. Outros, já haviam sido comprados logo deveriam chegar. E como esses só seriam utilizados mais na frente, começaria sem eles. O resto ainda precisaria ser retirado do armário do professor, mas era algo que ela logo resolveria. Com mais um pouco de ajuda da capa. E alguns drinques...

No entanto, o que mais a preocupava era um ingrediente em especial: pelo de lobisomem, que não é uma coisa muito comum de se arrumar por aí.

Tudo bem, ela sabia exatamente onde arrumar um lobisomem, pois ora, um dos seus melhores amigos era um! — era impossível não descobrir isso, quando ele era um dos melhores amigos do irmão, que por acaso, havia virado um animago para ajudá-lo. Sem contar nas vezes que ela teve que arrumar uma desculpa para os sumiços de James durante a lua cheia, e posteriormente, o sumiço de James e Sirius!

Porém pegar o pelo seria a parte mais complicada. Era preciso que fosse retirado quando se estivesse na forma de “lobo” e ela duvida que os Marotos — é, ela sabia quase todos os segredos deles. Dividir a casa com dois deles ajuda — a deixassem ir a Casa dos Gritos quando Remus estivesse transformado.

O único jeito que ela via era se algum deles pegasse... E mesmo assim seria arriscado. No entanto, resolveu pensar nisso mais para a frente. Nem sabia se conseguiria realizar a primeira parte da receita.


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Notas finais do capítulo

* Inventando pela autora.
Podem fazer perguntas no tumblr, tá?!
marotosnofuturo.tumblr.com
Qualquer erro, me avisem, por favor! ♥



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