Marotos no Futuro escrita por Duda Monteiro


Capítulo 28
A Little Bit Stronger


Notas iniciais do capítulo

Hello! Espero que gostem desse capítulo. Não tenho muito o que comentar hoje, só quero agradecer a todos que comentaram no capítulo passado, vocês fazem da minha vida um lugar muito feliz!
Se gostarem desse capítulo, me deixem saber!
E se tiverem sugestões para os próximos acontecimentos, me falem! Estou seriamente precisando de ideias!
Beijos!
PS: Alguém ai já assistiu Merlin? Serio, respondam! Estou apaixonada por essa serie!
PS2: Segundo minha querida amiga Cassy, estou desesperada (e estou mesmo!), eu realmente preciso de alguém para conversar sobre essa série, antes que eu pire! Obrigada pela atenção.



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I know my heart will never be the same
But I'm telling myself I'll be okay
Even on my weakest days
I get a little bit stronger

Eu sei que o meu coração nunca mais será o mesmo
Mas digo para mim mesma que ficarei bem
Até mesmo nos meus dias mais fracos
Fico um pouco mais forte

A Little Bit Stronger — Leighton Meester

Destiny estava quase perdendo a cabeça, mais uma vez. O tédio a consumia, já que a Madame Pomfrey não a liberava. Charlie havia passado com Nico mais cedo, porém ficaram pouco por causa das aulas. E agora ela só tinha o tédio como companhia.

Ela achava que estava quase na hora do almoço e esperava que seus pais viessem a visitar, para pelo menos ver alguns rostos “novos” e se distrair um pouco.

Não entendia qual era o ponto de deixar uma pessoa com depressão trancada na ala hospitalar sem nada para fazer. Se a ideia do tratamento era faze-la sentir-se melhor, deixa-la sozinha com seus pensamentos não era a melhor forma para isso.

Ela estava tão desesperada por uma distração, que ao ouvir o menor barulho de passos do lado de fora, começou a gritar para a pessoa entrar, mesmo sem saber quem era. Sentou-se direito e esticou o pescoço para ver quem era quando a porta foi aberta. Tomou um susto ao ver Draco Malfoy entrando rapidamente.

— O que você está fazendo aqui? — perguntou ligeiramente chocada, sem saber como reagir com a sua presença ali, já que afinal, ele era um dos motivos da sua pequena estadia naquela parte do castelo.

— Queria ver como você está — falou se aproximando lentamente da cama dela, quase como se pedisse permissão. Ele estava mais pálido que o normal, e Dest pensou que talvez quem precisasse ficar ali fosse ele e não ela.

— Como pode ver, já estive melhor — ela respondeu. — Você deveria sair antes que alguém lhe encontrasse aqui.

— Eu sei — Draco concordou, porém não se mexeu. A essa altura ele estava perto do final da cama, mas havia parado de se aproximar.

— Você pode chegar mais perto, não estou afim de morder agora — Dest falou ao ver que ele não se moveria. O menino fez o que ela falou, ficando ao seu lado. — O que você veio fazer aqui, afinal?

— Eu precisava falar com você. Acertar tudo de uma vez por todas.

— E qual acerto seria esse? Pensei que já tivéssemos resolvido tudo que tínhamos para resolver.

Ele passou um tempo em silêncio, pensando nas próximas palavras.

— Você sabe que eu te amo, não é? — falou, mas não deu tempo para ela responder. — Mesmo não falando isso usualmente, não conseguindo demonstrar e estragando tudo das mais diversas formas possíveis. Você me ajudou imensamente ano passado e me fez uma pessoa melhor, pelo menos por um período da minha vida...

— Se eu realmente tivesse lhe feito uma pessoa melhor, não seria só por um período, seria integralmente — ela retrucou ligeiramente magoada.

— Você sabe que não é assim, Sel. Você realmente me fez melhorar. Parar de me importar só comigo e me preocupar com os outros. Com você.  Porém as coisas não estão ficando mais fácies. Você sabe o tempo em que estamos vivendo, e temos que tomar decisões difíceis — “E as vezes as decisões são feitas por nós”, ele pensou. 

— O que eu não entendo é por que a sua decisão precisa ser essa — ela falou sinceramente, sabia sobre qual decisão ele se referia, mesmo não sabendo todas as implicações ocorridas nessa decisão.

— Há coisas que eu não posso lhe explicar agora. Essa guerra é maior que nós dois. As consequências dos nossos atos são maiores que esse amor, Selene. Do mesmo jeito que você não largará sua família, eu não posso largar a minha. Por mais difícil que seja me afastar de você. Nossos lados foram decididos bem antes de nascermos — ele contou usando da honestidade, coisa que era a primeira vez, pelo menos sem a ajuda de uma garrafa ao lado. — Eu adoraria que as coisas não fossem tão complicadas. Mas são.  E eu não quero lhe machucar mais. Eu sei que sou tóxico para você. Sei que pioro sua situação. E não quero mais isso. Talvez essa seja a primeira vez que eu ajo não me importando só comigo — ele havia se aproximado e agora fazia carinho no cabelo da garota.

— Eu entendo, Draco, o pior é que eu entendo. Gostaria de espernear e dizer que sim, podemos ficar juntos. Que nosso amor será maior e venceremos tudo e todos. Mas ambos sabemos que não é desse jeito. Acho que apenas não é nosso destino por agora. Talvez algum dia, dependo de como as coisas terminem — Dest admitiu dando de ombros, doía dizer aquilo, mas era a verdade.

— Sinto muito por tudo que lhe fiz. Sinto muito por ter lhe trazido aqui — apontou a ala hospitalar com um gesto de seus braços.

— Não seja tão narcisista, Malfoy. Você pode ter ajudado a contribuir para a minha insanidade temporária, mas não é o único motivo dela — Dest tentou brincar, ele lhe deu um pequeno sorriso.

— Espero que você melhore logo — falou passando uma das mãos pelo rosto dela, que fechou os olhos pelo carinho. — A partir de hoje irei tentar lhe ignorar todas as vezes que a ver, acho que assim será mais fácil para nós. Sem brigas nem confusões — ela assentiu. Seria mais fácil apenas seguir em frente, sem ter que fingir que o odiava — É melhor eu ir — disse começando a se afastar. Dest segurou a sua mão antes que ele se distanciasse muito.

— Antes... podemos nos despedir direito? — pediu, engolindo seu orgulho por um último momento ao lado dele. Draco a encarou sem entender por um tempo. Até que ela se levantou e se aproximou dele.

Dest agradecia imensamente por Charlotte ter a feito escovar os dentes naquela manhã, já que quando a amiga chegou, ela se encontrava sem vontade de fazer nada.

Não fazia muito que tinham começado a se beijar — depois que começaram, era difícil parar, e o que era para ser um curto beijo de despedida, ia se transformando um longo —, quando escutam um pigarreio e se afastaram assustados.

— Nico! — Dest exclamou aliviada, olhando para o melhor amigo, que se encontrava parado na porta, observando a cena.

— Desculpe interromper — Nico falou sem jeito, de todos os momentos para visitar a menina, ele se arrependeu de ter escolhido aquele.

— Adeus, Selene — Draco se despediu friamente, recolocando a mascará e saiu, ignorando Nico, como sempre.

— Pensei que tinha acabado com ele — Nico comentou enquanto Dest voltava para a cama, e ele fechava a porta.

— E acabei. Na verdade, ele acabou comigo. Mas isso não vem a caso agora — ela respondeu já sentada com as pernas para fora da cama. — Vem para cá — chamou o amigo, apontando para o espaço vazio ao seu lado. Nico, muito contra a sua vontade, sentou-se ao lado da amiga. — Por que você está assim? — ela perguntou, vendo a cara amarrada dele.

Ele passou um tempo em silêncio, tentando se controlar. Mas não aguentou e soltou: — Eu realmente não te entendo, Destiny. O Malfoy só lhe faz mal. Ele não é o cara certo para você. Você pode até dizer que eu estou errado. Mas sempre vi no seu rosto que ele é quem você quer, apesar de todas as burradas que ele faz. Você sempre acaba o perdoando.

— Não é bem assim, Nico — ela se remexeu desconfortável com o assunto. — A história entre nós dois é bem mais complicada do que você possa imaginar...

— Eu não vejo o que tem de tão complicado nisso, Dest. Você pode e deve arrumar alguém melhor. Então por que perder seu tempo com ele?

— Nico, não quero falar sobre isso, não hoje, não aqui. Eu sei que você não entende, mas será que não pode só aceitar? Até porque, não temos mais nada — Dest pediu, se encostando no travesseiro.

Nico soltou um suspiro e levantou-se. — Certo. Não falarei mais nada, Destiny. — ela segurou a mão dele, para que ele não se afastasse.

— Não fica assim. Você é meu melhor amigo. Só que tem algumas coisas que são difíceis de explicar. E a minha situação com o Draco é uma delas. Vamos, sente-se aqui para conversarmos — disse o puxando. Nicou voltou-se a sentar ainda contrariado. — Como foi a sua manhã?

— A mesma coisa de sempre. Aulas e tédio... — respondeu simplesmente, e Dest viu que teria trabalho com o amigo.

— Vamos, cadê o meu Nico feliz? — Dest o balançava, tentando o animar. — Pensei que eu seria a deprimida, não você!

Nico segurava-se para não continuar o assunto anterior. Para a sua sorte, antes que falasse algo, alguém bateu na porta da Ala Hospitalar.

— Pode entrar — ele falou. Harry abriu a porta e dirigiu-se para onde eles estavam.

— Olha só quem apareceu — Dest disse ligeiramente magoada, já que era a primeira vez que o primo a visitava.

— Vou deixar vocês sozinhos. Até logo — Nicou pulou da cama, vendo a oportunidade de sair dali, antes que falasse algo que se arrependesse, e a aproveitou, saindo quase que correndo, antes que Destiny tivesse tempo de falar algo.

— Como você está? — Harry perguntou se aproximando da prima.

— Estaria melhor se eu soubesse o por que meu querido primo demorou tanto a vir me ver — ela respondeu.

— Eu não sabia como agir, Dest. Num instante você estava bem, me dizendo que não ia pirar, apesar de tudo. E no outro estavam te levando para a ala hospitalar. Diferente da Charlie, eu não sou acostumado com isso. Não sabia e não sei o que fazer para lhe ajudar. Por isso demorei a vir — explicou, encostando-se na cama.

— Não há nada para fazer, Harry. Só de você estar aqui, me lembra um dos motivos que tenho para ficar bem. Só a sua presença basta. E enquanto você não vinha, milhares de pensamentos malignos passavam pela minha cabeça. Eu realmente acreditei que a minha vida não faria a menor diferença para você — ela desabafou, colocando em palavras o que vinha pensando.

— Nem pense nisso, Destiny. Você sabe que é a minha única família. E eu sempre vou precisar de você. Principalmente agora. Você não pode me deixar sozinho no meio desses malucos — Harry falou. Destiny estava lagrimejando levemente. — Você tem que melhorar. E eu vou tentar lhe ajudar o máximo possível.

— Não é tão simples assim. Não basta falar que vou melhorar — acredite em mim, já pensei que fosse assim —. É um processo bem mais complicado. Por mais que eu tente me animar, e as vezes consiga, tem sempre uma partezinha sombria minha me colocando para baixo. Me lembrando de tudo de ruim que já passei — mesmo que essas coisas não sejam a metade do que você já enfrentou —. Se eu pudesse levantar e dizer “estou curada” e pronto, estivesse, eu faria isso. Mas vou precisar de vigilância constante, mesmo não gostando. Cuidar da minha alimentação, regular meu sono, tomar cuidado com as minhas companhias... também vou tomar umas poções calmantes, e rezar para não ter que recorrer há os remédios trouxas, que mexem com todo meu organismo. O certo seria falar com um psicólogo, mas como bruxos não tem essa profissão — o que acho muito errado —, não posso. Imaginou eu explicando essa confusão em que nos meteram?! Iria direto para o hospício — Dest falou tudo bem rapidamente, quase não parado para responder.

Harry levou um tempo para processar tudo que a menina havia dito.

— Não importa o que você for enfrentar, Dest. Estou aqui do seu lado. Mesmo não sabendo como agir. Me desculpe pela demora.

Destiny desceu da cama e o abraçou.

— Acho que agora estamos empatados. Ou não. Já que eu fui uma total vadia com você por meses, e você apenas demorou dois dias para vir me visitar...

— E quando você vai ser liberada? — questionou o menino. Dest o soltou e voltou-se a sentar.

— Provavelmente hoje ou amanhã. A Madame Pomfrey já conhece meu caso. E ficar aqui trancada não me ajuda em nada. Eu preciso de ar puro e ...

E do que mais ela precisava Harry não soube, já que uma mulher que tinha por volta 35 anos entrou correndo na Ala Hospitalar, abraçando Destiny enlouquecidamente, enquanto ralhava com ela, através de palavras incompressíveis para Harry.

— Tia Dul, calma! Eu estou bem! — a menina exclamava.

— Bem! Porque pessoas que estão bem ficam na ala hospitalar. Você não tem ideia do susto que a carta da Charlotte me deu, Destiny! Ah, olá Harry, como vai? — perguntou virando-se para o menino. — Eu acho que vocês têm muitas coisas para me explicar, não é?

Harry e Destiny se entreolharam, sem saber o que falar.


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