Flowerfell , Pétalas caídas escrita por harumi99


Capítulo 1
Oneshot! Jardim secreto


Notas iniciais do capítulo

Okidoki! Vamos começar, eu me inspirei em alguns comics, que vi, porém não consegui achar o link deles, desculpem.
Resolvi escrever porque uma vez procurei minha amiga reclamando que não havia fic em pt de Mafiatale e ela disse "não espere que os outros façam. Vá você mesma e faça!".
Isso não é Mafiatale, mas da pro gasto.
Eu achei essa fic faz alguns dias e me apaixonei tanto por ela!
Bem, sem mais delongas, aproveitem!



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O ar puro da superfície fez bem a todos, pensou Sans. Até Papyrus e Undyne dão bom dia para os outros, é claro, do jeito deles, o que inclui uma forma grosseira como se pretendessem socar a cara um do outro.

                Ele jamais ouviu um bom dia como o de Frisk.

                Os dias passavam e ele ainda visita seu tumulo. Quando aconteceu, ele vinha todos os dias. Com o passar do tempo, as visitas eram em datas especiais – natal, ano novo, ação de graças, o aniversário de sua morte...

                Já faziam dois anos, porém Sans ainda levava o mesmo buque de flores e um quite de jardinagem. Ele limpava as flores mortas que trouxera da última vez, regou as flores douradas que cresciam em volta e tirou a poeira de sua lapide. Porém ele trazia algo a mais dentro do bolso de seu casaco, pontiagudo e afiado.

                O esqueleto guardou o pano junto com o quite de jardinagem e se sentou apoiando as costas na lapide de pedra entalhada. Ele olhou para cima e viu a entrada do morro, de onde eles caíram quando chegaram em Undergroud.

                Sans ficou aliviado por Asriel não ter vindo com ele dessa vez. As visitas de Flowey ficaram mais escassas, mais raras, mas ele ainda vem com Sans, às vezes. Pousa sua folha sob a lapide deles e não diz nada. Flowey e Sans quase não conversam, muitas das vezes por causa da falta de intimidade dos dois, muitas das vezes por causa da antipatia de Sans, outras por causa da necessidade de solidão de Flowey. Mas eles são amigos, do jeito deles.

                Asriel nunca falou para os pais quem era. Ele evita os pais quando possível. Sans imagina que por vergonha de admitir quem ele é ou porque os próprios pais haviam o matado várias vezes.

                A lua brilhava forte. Sans encostou o dorso de sua cabeça na lapide e observou como as estrelas brilhavam, mesmo estando a metros de distância da superfície.

                “Essas são as estrelas que você me contou sobre” Disse. Sua voz ecoou pelas paredes da caverna. O único som de uma caverna esquecida. “Você nunca contou por quê escalou o monte, mas eu posso imaginar que ia lá no topo para observar as estrelas. Prove-me que estou errado”

                Nada.

                Sans riu baixo, satisfeito com a resposta. Mais silêncio.

                “Perto do monte sempre chove” Sua voz volta a expulsar o silêncio “Não é como a chuva de Waterfall. Mas você já deve saber disso, certo? ”

                Nada

                O sorriso de Sans desapareceu. “Eu imaginei que quando chegasse a superfície os humanos seriam...” Ele engoliu em seco “Gentis como você, sweetheart” A respiração de Sans se tornava irregular, “Mas eles nos evitam. Eles têm medo de nós. Nunca fizemos nada para eles... Então por que, Sweetheart? ”

                Nada.

                O punho cerrado de Sans acerta em cheio as flores no chão. Pétalas douradas voam no ar.

                “A quem estou tentando enganar? ” Exclama. Ele puxa o objeto de seu bolso. A prata do metal brilha no luar. Ele se vira e fica de joelhos encarando o tumulo de pedra “Você não está me escutando, não é mesmo? ” Ele puxa o ar mais rápido, há uma dor em sua garganta que está sufocando-o. “Você não pode me responder porque nem sequer está aqui! ”

                A lamina está apontada para a lapide de pedra, como uma ameaça. Se ele a ameaçasse a falar, eles falariam? Ele poderia ouvir sua voz de novo. Poderia, não poderia?

                Mas ninguém veio

                O metal treme no ar e ele fraqueja. Volta a ponta da faca apontada para seu próprio peito, onde fica sua alma. Seus dedos apertam o cabo da arma com mais força.

                “Hoje... Eu poderei segui-la” Diz ele em suplica “Hoje... Eu terei coragem...”

                Um brilho dourado desce do pico do monte. O sol já estaria nascendo. E enquanto sua luz amarela pousava suavemente sobre as pétalas que pareciam reluzir de uma forma angelical, Sans ouve uma voz doce, gentil e sauve.

                “O que você está fazendo? ” Pergunta.

                Os olhos de Sans seguem instintivamente o som daquela voz que era tão nostálgica. Seus olhos enchem se lagrimas vermelhas e um sorriso de alivio como ele nunca havia dado se formou em seu rosto. Eram eles! Exatamente como ele se lembra quando a conheceu. As flores não haviam consumido seu corpo ainda, mas cobriam seu olho direito e seu pulso. Usavam seu moletom roxo com listras rosas, suas botas pretas e seus cabelos castanhos voavam lentamente no vento.

                “Sweetheart... ” Ele a chama. Mas eles não se mexem, apenas encaram Sans de uma distância com o olhar de reprovação. Céus! Como eles poderiam parecer gentis mesmo com olhar de desgosto? “Eu... Eu não consigo mais, Sweetheart! ” Ele volta seu olhar para a lamina que treme em seu peito. “Eu não consigo mais! ” Admite

                Ele havia lido em um livro, quando ainda estava preso em Underground, sobre as estações do ano. Que depois do inverno, uma época fria, perigosa e de arvores mortas – como ele se lembrava de Snowdin – vinha a primavera, algo como ele apenas podia imaginar: quente, colorida, alegre e viva; como uma vez ele conhecera Frisk.

                As mãos de Sans fraquejam e a faca cai no chão, seu som é abafado pelas flores que a acolhem. Sans cobre o rosto com as mãos. Ele não suportaria que eles o vissem assim. Inverno, era como ele conheciam as pessoas. Mas por que sua primavera nunca chegou desde que saíram de Underground? Por que ele teve que perde-la antes que pudessem ver as estrelas no topo do monte juntos?

                “Apenas parece que...” Ele tentou conter um soluço, mas lagrimas vermelhas caíram muito rápido entre seus dedos e quebravam sua forma oval nas pétalas douradas. Ele soluçou novamente, trincou os dentes “Essa cidade ainda está morta”

                Sans cerrou o punho. E respirou fundo antes de gritar soltando aquilo que o sufocava havia dois anos. O eco percorreu por toda a imensidão vazia de Undergound.

Echo flowers repetiam o som pelas grutas de Waterfall.


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Notas finais do capítulo

Olá! Olá! O que acharam?
Não se cansou de Undertale? Nem eu! Então uma sugestão de fic!
Ela se chama "How to get away with murder" escrita pela Tia Cherry ou Tia CupcakeCherry (ela muda mt de nome). Se você gosta de Humantale e suspense? essa é a fic certa pra você! *pisca
Gostou da fic? Algum comentário, sugestão ou critica? Sinta-se a vontade para comentar e dar seu favorito pq isso me ajuda bastante a continuar escrevendo para vocês e aperfeiçoar meu trabalho.
Obrigada por lerem e voltem sempre!