Maldito seja o amor escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 7
Triângulo amoroso




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P.O.V. Miguel.

Eu me sinto estranho quando estou perto dela, é algo que eu jamais havia sentido. Melhor perguntar ao Castiel o que está havendo.

—Castiel.

—Miguel.

—O que há de errado comigo Castiel?

—Como assim?

—Eu sinto.

—Está começando a se apegar a ela né?

—Me apegar?

—A se importar com ela.

—Como assim?

—A ideia de perdê-la te faz sentir-se mal. É melhor eu chamar o Dean.

Castiel pegou algo que Cassie também tinha. 

—Fala Cas.

—Emergência angelical.

—Cadê você?

—Estou num lugar chamado bar do Luke.

—Sei onde é. Já chego ai.

Eles demoram para se locomover. Levaram dez minutos pra chegar.

—E ai? Qual é o rolo?

—O que é rolo?

—Miguel se importa com Cassie.

—Vamos testar.

Ele começou a perguntar coisas.

—Como se sente perto dela?

—Estranho.

—Como? Tipo, borboletas na barriga?

—O que?

—Ela te deixa nervoso? Te faz suar frio? Você fica arrepiado quando ela rela em você?

—Como você...

—Ele já passou e muito da fase se importar com a Cassie.

—Como assim?

—Ele tá apaixonado por ela.

Castiel cuspiu o café.

—O que?

—Isso vai dar o maior barraco. Preciso de cerveja.

—O que? Como assim?

—Oh, mulher complicada. Devo admitir que ela é gostosa, mas é meio jovem pra mim. Eu não sou papa anjo.

—Dormiu com a Ana.

—Não! Papa anjo quer dizer homens que gostam de garotas bem mais jovens que eles. Tipo o cara da Playboy.

—O que é Playboy?

—Nesse sentido, revista pornô.

—O que?

—O que você sabe sobre como os seres humanos demonstram seu amor e fazem novos humanos em miniatura?

—Nada. Deus criou o homem.

—Mas, apesar disso se o Adão não dormir com a Eva. Nada de bebê.

—Adão e Eva já morrerão a eras.

Ele deu um tapa na própria testa.

—Eu desisto! Vai ter aula de biologia moleque!

O Winchester jogou o dinheiro sob o balcão e saiu. 

—O que é biologia Castiel?

—É a ciência das coisas vivas. Se jogar reprodução humana no Google vai sair coisas que vão te deixar em choque por semanas.

—O que é o Google?

—Vou mostrar.

Eu nunca tinha visto nada como aquilo. Era uma biblioteca imensa dentro de uma caixa minúscula.

—A Cassie consegue fazer isso?

—Consegue. É o milagre da internet. Você não devia estar com ela?

—Sim. Tem razão.

Quando cheguei ela estava ouvindo uma música e cantando com a escova de cabelo. Os seus trajes eram enormes.

—Você é boa nisso.

Ela se assustou tropeçou caiu e bateu a cabeça no chão.

—Ai. Você tem que parar de fazer isso. 

—Cassie?

—Fala.

—Eu te acho gostosa.

—É o que? Você... você bebeu?

—Não. Porque?

—Eu culpo a ignorância. 

—O que?

—Faz alguma ideia do quão rude é chamar uma garota que você acaba de conhecer e que não é sua namorada de gostosa?

—Mas, o Dean...

—O Dean Winchester? É um sem educação. Ele é grosso e imbecil. Não seja como ele, não o tome como exemplo.

—Obrigado por me avisar.

—Amanhã vou matá-lo. Vou acabar com ele.

—Porque?

—Ele se aproveita da sua nobreza. Fica ensinado coisas ruins para um ser tão iluminado. Isso é revoltante!

Assim que ela voltou da escola foi atrás do Dean.

—E ai gata?

Ela deu um lindo sorriso pra ele e virou a mão na cara dele. O rosto dele ficou com os cinco dedos dela marcados na bochecha.

—Ai! Você é louca?

—Louca? Eu? Imagine! Fica ensinando porcaria pra um ser tão iluminado quanto um anjo?! Você devia ter é vergonha!

—Você é louca.

—Mas, você vai ver. Você vai ver! Eu trouxe um presente pra você. Lá da casa da minha avó.

—É uma torta?

—Melhor.

Ela tirou um negócio enorme da bolsa.

—Um rolo de macarrão? Vai me fazer Espaguete?

—Melhor.

Ela bateu com aquilo na cabeça dele.

—Toma. Imbecil! É muita sem noçãozisse!

—Ai!

Dean reagiu e ela o mordeu. Arrancou sangue dele e começou a beber.

A mãe dela chegou e começou a puxa-la.

—Solta. Solta. Solta!

—Eu quero mais.

—Vamos pra casa.

—Me desculpe senhor, mas você mereceu.

Ela olhou para Dean e pareceu se dar conta do que havia feito.

—Eu sinto muito. Eu não queria. Queria? 

—Vamos pra casa querida.

—Eu podia ter machucado ele. Teria machucado, matado.

—Shh! Ei, calma. Vamos.

A mãe a levou para casa.

—Maldito demônio bebedor de sangue! Ai.

O pescoço de Dean sangrava, jorrava como uma fonte. Ele fazia pressão para tentar estancar o sangramento.

Castiel chegou.

—O que houve?

—A namorada demoníaca do seu amigo ali enfiou os dentes em mim.

—Porque?

—Porque ela disse que ele estava me ensinando porcarias. Bateu nele, ele reagiu e ela se defendeu.

—Esse não era o seu papel?

—Começo a achar que ela não precisa de mim.

—Ela que começou.

—Dean, eu o conheço o suficiente para saber que você tentou fazer alguma travessura com Miguel.

—Eu chamei ela de gostosa. Como eu ia saber que o anjinho ia fazer o mesmo?

—Ele não sabe como funcionam as coisas por aqui.

—Porque ela bateu em mim e nele não?!

—Ela disse que culpava a ignorância.

—Porque ele não sabia o que estava dizendo e você sim. Ele não teve culpa.

—Acho que preciso de um hospital.

Quando cheguei a casa dela ela estava toda cheia de sangue com bolsas de sangue vazias espalhadas pela cozinha.

 -Você está bem?

—Não. Agora eu já não sinto mais gosto de sangue só de plástico.

Ela jogou a bolsa de sangue vazia longe.

—Porcaria!

As mãos dela agarraram a borda da mesa de mármore da cozinha com força e ela se partiu ferindo sua mão.

Logo ela estava gritando de raiva.

—Eu quero machucar alguém!

Os cabelos de Cassie estavam bagunçados, sujos de sangue. Ela nem ao menos se parecia com a garota que era a uma hora atrás.

Sua face estava inchada, vermelha, o sangue escorria de sua boca manchava suas roupas. Ela parecia estar perdendo sua sanidade.

—Porque eu? Eu não consigo fazer isso, eu não quero ter que lidar com isso.

—Deus nos dá o que podemos carregar.

—Legal. Eu acho que preciso falar com alguém que não tenha essa maldita fé cega que você tem! Eu só quero que pare. Quero que acabe.

Os pais dela chegaram.

—Querida?! O que aconteceu?

—Eu quero que acabe mãe. 

—Acabe? Como assim? Quer que o que acabe?

—Tudo isso! Eu quero morrer!

—Não. Não diga isso.

—Eu quero paz. Eu nem sei se tem paz para a gente encontrar, mas eu quero, eu quero que a dor, que o medo e o desespero acabem de vez.

—Você vai ficar bem querida.

—Não. Pai, me ensina a fazer aquilo.

—Aquilo o que?

—Desligar. Desligar tudo.

—Não diga isso. Desligar é pior, quando você religa a dor multiplica.

—Vem comigo. Tenho uma ideia.

A senhora Mikaelson comprou vasos de cerâmica baratos. Muitos deles.

—Agora, quebra os vasos.

—Como?

—Não sei. Desconte a fúria nos vasos, use seus poderes, use as mãos não importa. Deixa sair.

A mãe se afastou e ela quebrou os vasos, ela deve ter quebrado uns cem vasos de cerâmica de cem formas diferentes.

—Se sente melhor?

—Sim. Muito.

—Ótimo.

—De onde saiu a ideia dos vasos?

—Vovó Bella. Ela fez isso comigo quando eu estava tendo uma crise existencial.

—Obrigado.

—Agora eu vou limpar isso e você vai tomar banho.

—Tá.

Ela saiu e a mãe soltou um suspiro profundo. 

—Eu não queria isso pra ela. Ela merecia algo melhor, é tudo o que eu sempre quis pra ela algo melhor.

A senhora varria e chorava.

—Porque? Porque ele fez isso com a minha filha?

—Ele?

—O seu Deus. Porque?

—Deus nos dá o que podemos carregar.

—O que?! Ela tem dezessete anos! É só uma criança.

 

 


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