Maldito seja o amor escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 14
Marishka Grigori


Notas iniciais do capítulo

https://youtu.be/8Iq-jY7qct8-Música da Mari.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/700447/chapter/14

P.O.V. Daniel.

Marishka parece muito com a mãe. Ela é uma exímia guerreira, ela convive bem com vampiros, bruxas, alienígenas, anjos e humanos.

Ela nunca desenvolveu asas, mas isso não significa que não tenha poderes de bruxa e de anjo. Marishka tem graça.

Ela é mau humorada, tem fogo nas veias.

—Ela é quem ela é.

P.O.V. Marishka.

Agora eu estou escrevendo no meu diário.

Querido diário, é estranho estar em um triângulo amoroso entre um anjo que foi rejeitado pela minha mãe e um alienígena de uma das famílias mais poderosas do universo que quer exterminar a vida na Terra para poder viver mais alguns milênios.

Eu sou a esquisita.

Estudo num colégio católico e sou uma bruxa meio anjo. Tudo bem a minha parte angelical faz eu ser tipo uma celebridade na escola, mas eu sou uma contradição ambulante. Sou metade bruxa, metade anjo, praticante de magia, nunca desenvolvi asas tenho milhares de tios e tias e um deles está apaixonado por mim.

Meu nome é Romeno, meus pais não quiseram me dar um nome bíblico por causa da maldição.

É, essa sou eu. Marishka Grigori.

A neta do arcanjo Miguel, filha do arcanjo Daniel e da híbrida reencarnada Lucinda Mikaelson. Tenho a família mais louca e complicada de todas, mas as coisas são como são.

—Mãe cadê a minha toalha?!

—Eu pus pra lavar! Pega outra!

Hoje eu vou sair pra dançar com as minhas amigas, elas podem ser católicas, mas de santas não tem nada. Vou levar minha tia Ariane com a gente já que ela é muito porra loca.

Tudo o que você possa imaginar ela já fez. Tipo, tudo mesmo.

—E ai Mari beleza? Pronta pra arrasar?

—Claro tia. Sempre.

—Você é igual a sua mãe. Vocês são cara duma focinho da outra.

Eu estava dançando quando vejo os meus stalkers e faço essa cara ai que está na fotografia.

—Será que não dá pra eu ficar um pouco sozinha?

—Seja grata por ter dois gatos atrás de você.

—Eu sei, mas o problema é que eles estão sempre atrás de mim. E isso me dá uma ideia.

Eu fui até o lugar onde estava o DJ e pedi pra ele me deixar colocar uma música pra tocar.

—Essa é para os meus dois Stalkers pessoais. Titus e Cam.

Eu apertei o botão e a música começou a tocar. Eu desci do palco e comecei a dançar na pista.

—Eu adorei.

—Posso dizer o mesmo.

—Parem de me perseguir! Saiam do meu pé!

Eu fui muito patricinha naquela hora, o jeito como eu movi os meus braços, eu me movi como se estivesse com medo de quebrar uma unha porque eu estava mesmo.

Eu sai da boate p da vida. Estava cansada deles me rodeando o tempo todo, sempre na minha cola.

—Marishka!

—Me deixem em paz! Saiam da minha aba!

P.O.V. Titus.

Estar na presença dela era viciante, eu entendo porque Cameron a quer tanto porque eu também quero também. Mas, o fato de estarmos sempre na presença de Marishka a deixa irritada. Ela sente que estamos violando seu espaço.

—Qual é Mari, volta pra dentro. Vamos dançar.

—Tudo bem. 

—Vamos subir na área VIP.

O rapaz que guardava a área VIP deixou Marishka passar, mas barrou Ariane.

—Tudo bem, Bill ela tá comigo.

—Desculpe senhorita.

Elas  dançaram, beberam champanhe, martinis. E dançaram, dançaram, dançaram até não aguentar mais.

—Ela vai descer pra ir ao banheiro.

Mari adorava dançar, ela era festeira.

—Você é ótima.

—Esse é o banheiro feminino! Seu tarado!

Ela entrou numa das cabines e fez suas necessidades. Depois ela saiu e se colocou diante do espelho, ela retocou a maquiagem e arrumou o cabelo.

—Espere uns dez minutos até depois de eu sair. Não quero que tenham a impressão errada. Eu sou herdeira de uma grande fortuna, não quero minha imagem manchada por um mal entendido.

Ela saiu. E dez minutos depois foi a minha vez.

P.O.V. Marishka.

Por mais que eu me esforçasse para ser invisível, eu sempre serei Marishka Grigori, a sobrenatural herdeira de milhões de dólares.

E eu acho que o médico disse que eu exalo um tipo de feromônio que deixa os homens loucos. Por mais que eu ande sempre de moletom e calça jeans os caras piram em mim.

Eu não sei direito o que aconteceu, só sei que fomos todos parar na delegacia. Fomos interrogados.

—Diga seu nome pra registro.

—Marishka Grigori.

—E?

—Eu não sei direito o que aconteceu, se quer sei porque estou aqui. Não fiz nada de ilegal, sou maior de idade posso beber alguns martinis e dançar numa boate. Eu sempre vou á aquela boate, sei que é tudo dentro da lei. Eu não uso nenhum tipo de droga ou coisa assim, a coisa mais louca que eu já fiz foi dar pro meu ex-namorado.

—Desliga a câmera Hank.

—Vocês não vão mostrar isso pra ninguém né? Ou colocar em blogs ou coisa parecida?

—Não.

—Tudo bem, eu causo esse efeito nos caras. Mas, você é imune porque você é um Grimm. 

—O que disse?

—Pulemos a parte onde você finge que não sabe do que eu to falando. A magia da minha família corre pelas suas veias. E pelas da sua mãe, da sua tia que morreu e dos seus filhos e dos filhos dos seus filhos. É a linhagem. Todos os Grimms são necessariamente parentes.

—Como sabe tudo isso?

—Duas palavras. Bruxa Petrova. A linhagem Petrova lançou o feitiço que criou os Grimms, você é mais forte e mais rápido que um ser humano normal, você é imune aos meus feromônios e a qualquer tipo de controle mental a nossa magia te protege e te deu os cristais nos olhos que permite que veja os Wessen. E só pra constar bruxas são bruxas, Hexenbiests são Hexenbiests.

—E o que mais você sabe? Porque quando o Cratos Mortel cuspiu na minha cara eu reagi diferente?

—Parte do feitiço. Os Grimms são programados para pegar toda e qualquer doença mística e moldá-la a seu benefício. Você é um ser sobrenatural programado para evoluir e passar o gene pra frente, cada geração mais potente e forte que a anterior.

—Ele vai virar um imortal?

—Não! Imortalidade é um crime contra a natureza, os Grimms são caçadores. Mas, são humanos como qualquer outra pessoa. Nada deveria viver pra sempre.

—Mas, a imortalidade existe.

—Foi fabricada. Praga de bruxa. O verdadeiro amor quebra as regras do possível.

—E o que isso quer dizer?

—Exatamente o que eu quis dizer detetive. O verdadeiro amor quebra as regras do possível. O impossível não existe. Eu posso ir agora?

—Claro. Agradecemos seu tempo.

—Toma, o meu telefone. Ligue se precisar de alguma coisa, ou se tiver mais perguntas.

—Obrigado. Porque você não vai na minha casa hoje?

—Se não for um incômodo?

—Não. De forma alguma.

—Então tudo bem.

P.O.V. Nick.

Finalmente respostas diretas. Estou tão empolgado ao saber que ela sabe coisas sobre a minha família que eu não sei.

Eu sou parente da Trouble. Ela vai ficar feliz em saber que tem uma família.

—Juliette, cheguei!

—Oi. E oi pra você.

—Olá. Não avisou que ia me trazer?

—Não. Eu fiquei tão empolgado que esqueci.

—Pode explicar por favor?

—A família dela criou os Grimms, ela sabe coisas sobre mim que nem eu sabia.

—Você tem a chave?

—Que chave Nick?

—Tenho. Essa aqui?

—Essa mesmo. Sabe que juntas as sete chaves formam um mapa e que precisa das sete chaves e uma bruxa pra abrir o baú?

—Não. Essa parte eu não sabia.

—Eu vou fazer um café.

—Não! Quer dizer, não se incomode, eu não posso ingerir cafeína.

—Porque não?

—Eu sou uma bruxa. E por parte de mãe eu tenho uma ascendência fogo.

—E o que isso significa?

—Três palavras. Magia Negra da Pesada. Se eu tomo café eu fico muito agitada e a agitação me dá nervoso que me dá raiva e ai tudo explode. No sentido literal. Eu não posso beber nem capuccino.

—Você tem magia negra?

—Já ouviu falar da família Balcoin?

—Não.

—Você realmente é o Grimm mais ignorante que eu já conheci. Eu conheci a sua tia e a sua mãe, elas tentaram me matar. Mas, eu as derrotei.

Ela deu um gole no chá.

—Como as derrotou?

—Eu fui treinada antes de sair das fraldas. E tenho magia.

—Fantasmas existem?

—Existem. Você tem que bater um papinho com os irmãos Winchester. Eles são especialistas em Não Wessen. Aprendi alguns truques com eles.

—Que tipo de truques?

—Fantasmas são alérgicos á ferro. O ferro queima eles, se você fizer uma linha ou um círculo de sal eles não conseguem atravessar, balas de sal repelem eles, mas o único jeito de se livrar permanentemente de um fantasma é encontrar os ossos ou mecha de cabelo ou a âncora dele, salgar e queimar.

—Ótimo. Fantasmas existem. E o que é isso de âncora?

—Geralmente as bruxas usam o termo âncora quase que no sentido literal. Feitiços muito antigos e muito poderosos tem que ser atados a algo ainda mais poderoso como a lua, um cometa, uma duplicata, até mesmo um Grimm. Mas para os fantasmas a âncora é como um totem, algo que os mantém presos a esse plano. Pode ser qualquer coisa, mas geralmente é uma mecha de cabelo, os ossos, uma boneca que seja feita com o cabelo do fantasma.

—E lobisomens?

—É hereditário, mas existe uma diferença entre o gene de lobisomem e a maldição de lobisomem. Para que a maldição seja ativada o portador do gene tem que tirar uma vida humana. 

—Credo.

—Está tudo conectado á Inadu. A bruxa que criou a maldição, também conhecida como A Hollow, Inadu usou a energia mística da própria morte para amaldiçoar a família forçando-os a se transformar em lobos na lua cheia e assim a Hollow criou os primeiros lobisomens. A matilha dos crescentes que vive no Bayo em Nova Orleans até hoje.

—Hollow significa oco.

—Exato. Inadu é um mal inefável que só pode ser derrotado por outro Laboneire. Por isso o símbolo da Hollow é uma serpente comendo a si mesma. Por isso a Hollow e seus seguidores vem caçando Laboneires.

—Caramba!

—Mais alguma pergunta?

—É verdade que você é meio anjo?

—É. Eu tenho a minha graça.

—Qual é o seu nome?

—Oh, desculpe esqueci que você não sabia. Eu sou Marishka Grigori, mas pode me chamar só de Mari.

—Marishka. É um nome diferente.

—É romeno.

—Você tem descendência romena?

—Não. Os meus pais só não queriam um nome bíblico e queriam um nome marcante que se destacasse. Marishka significa a rainha das chamas ou a rainha do fogo.

—Interessante.

—Tem alguém na casa.

—O que?

—Tem alguém na casa.

Marishka levantou, colocou a xícara na mesa. E começou a andar pela casa.

Ela foi atacada por um Lowen e revidou com força enfiando uma faca nele. Mas, ele não morreu só ficou mais irritado.

Marishka lutou até o lowen bater na sua cabeça com uma panela e ela ficar inconsciente.

—Parado! Polícia de Magic Falls!

Tive que atirar nele e chamei uma ambulância que levou Marishka direto para o hospital onde uma comitiva de gente e uma multidão de fotógrafos estava pronta para recebê-la.

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Maldito seja o amor" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.