Rika to Hayato escrita por Acce Noir


Capítulo 17
Aproximação


Notas iniciais do capítulo

Ainda estou pelo o celular....



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Parte 1

“Até que enfim te alcancei! ”
Kazumi estava encurralado em um beco sem saída atrás da escola. O garoto de blazer do 2ª ano levou o punho da mão direita ao queixo enquanto puxava ar para os pulmões. Seria impossível um ser humano escalar as paredes de concreto no pequeno espaço no beco que separa o prédio leste do Oeste.
(Dessa vez calculei mal...) O garoto de cabelos lisos negros pensou ao ver o capitão do time de futebol.
Curvando um pouco os joelhos, Hayato se viu em uma situação ruim, mas apesar de esta cansado, fechou o punho esquerdo.
“Você é rápido, mas não tem preparo físico. Mesmo que corra se cansará mais rápido do que eu. Já pensou em participar do clube de atletismo? ” Kazuo comentou. Ao contrário de Hayato, Kazuo Tatsuo respirava normalmente, nem parecia que tinha corrido.
Escutando aquilo, Kazumi não sabia que ele estava zombando dele, então ficou sério, sem responder à pergunta do capitão.
Um passo foi dado vagarosamente na direção de Kazumi. O garoto retrocedeu ficando mais próximo da parede de concreto. Apesar de Kazumi ter evitado ele por dia, hoje foi o momento em que eles finalmente ficaram de frente ao outro.
“Kazumi, tem algo que quero te falar a muito tempo! ” O garoto de cabelos espetados do terceiro ano falou.
“Se for sobre seus sentimentos, me desculpa, mas já tenho namorada, então não posso aceitar! ” Kazumi fechou os punhos enquanto olhava seriamente para o garoto do time de futebol.
(E o gênero? Serio que ele não considerou o gênero?!) Olhou confuso para o garoto de punhos fechados. Kazuo que usava o blazer, comentou: “ Não, não é sobre isso. E mais, nisso você entendeu errado, pois não gosto de homens! ”. O rosto confuso quando dizia aquilo era obvio.
“Então, o que seria? ” Kazumi olhava desconfiado para o veterano.
“É algo sobre o Tanaka!” Falou serio enquanto se aproximava.
“Hã~~?” Ficou confuso na situação. Deglutindo, “O que seria? ”. Perguntou.
“Poderíamos ir para um outro local? Me sinto desconfortável aqui! ” Kazuo comentou sem jeito, até mesmo sorria feito um pateta.
Ele concordou.

A aula havia terminado, enquanto Kazumi esperava por Satsuki no portão da frente, ele teve a infelicidade de encontrar com o capitão. Sem pensar duas vezes correu o mais rápido que pode para tentar fugir, mas acabou indo para um beco sem saída...

*

Os dois garotos caminharam para uma sorveteria próxima a escola.
Ao tempo que Kazumi experimentava um sorvete de morango, Kazuo experimentava um de chocolate.
“Os sorvetes daqui são os melhores! ” Kazuo falou.
Kazumi estava um pouco tenso, pois seria a primeira vez que estaria saindo com o Kazuo, ou melhor, com alguém que não seja interligado com a família ou Satsuki. Na mesa de 6 lugares, Kazumi colocou sua bolsa no lado esquerdo. A porção de sorvete grande demonstrava esta apetitosa...
Hayato olhava para Tatsuo que parecia está aproveitando muito bem o sorvete. Ele esperava o assunto que o outro tanto queria falar... Depois de umas cincos colheradas no sorvete, veio o tão esperando assunto.
“Na verdade, eu quero te pedir um favor, Kazumi. ” Ele segurava a colher com a mão direita.
O que seria? ” Kazumi estava sério.
“Apenas quero que você convença ao Tanaka a voltar para o time de futebol. ” Após isso voltou a provar do sorvete de chocolate.
“Hm? Por que eu? ” Ele ficou confuso com o que escutou.
“Porque você é a pessoa mais próxima dele, no momento. Ele no ano passado abandonou o time sem dar explicações previas. Desde então ele passou a evitar qualquer tipo de contato com as pessoas do time. Recentemente passei a descobrir que vocês se dão muito bem, apesar de já terem brigado. ” Calmamente Kazuo comentou sobre o motivo.
“Ano passado, ne.…” Kazumi passou a olhar para o sorvete de morando na vasilha de vidro. Ao tempo que pensava veio a perceber que a saída dele do time de futebol poderia estar ligada com a separação dos pais. Ele pegou a colher de cabo verde e colocou no sorvete.
“...”
“Por que você mesmo não faz isso?!” O garoto do segundo ano perguntou curioso.
“Já tentei, mas não deu certo. Ele sempre nega ao meu pedido, mas quando pergunto o motivo ele sempre troca de assunto. Creio que você possa fazer o que eu não consigo. ”
Kazumi experimentava do sorvete enquanto escutava.
Novamente veio a pensar.
Então!
“Mas por que você quer que ele volte? ”
Kazuo olhou pela vitrine as pessoas que passavam pela a calçada do lado de fora da sorveteria. Apoiando o cotovelo esquerdo sobre a mesa de vidro quadrada do local, mudou para uma expressão mais seria no rosto, respondeu.
“Apenas não consigo aceitar ele ter saído do time sem ter avisado. Se ele tivesse continuado no grupo, ele seria o às do time, pois a habilidade dele era muito melhor do que a minha. E mais, esse é o meu último ano, então terei de entregar a braçadeira de capitão para alguém, por que não para alguém melhor do que eu?! ”
O garoto do segundo ano que olhava para o veterano, desviou o olhar.
“Mesmo se você me peça isso, não tenho muita coisa que posso fazer. Verei o que está ao meu alcance, mas não crie muita esperança em mim. ”
Escutando aquilo o garoto do terceiro ano assentiu.
*Beep*
“.!?”
O toque de mensagem do celular de Kazumi tocou. Era a mensagem de resposta de Satsuki.
“Se for só isso, até mais. ” O garoto pegou a bolsa que estava em seu lado esquerdo e se levantou.
“Era da Satsuki? ” Kazuo colocou os dois cotovelos apoiado sobre a mesa e juntou as duas mãos. O garoto esperava uma resposta, com o sorriso simples no rosto olhava para o Kazumi em pé.
Ele que estava de gosta concordou com a cabeça.
“Entendo... Saiba que não desiste dela ainda, Kazumi. ” O capitão deu o aviso.
Hayato que estava em pé fechou o punho direito, mesmo sem se virar perguntou.
“Para você, como é a Satsuki? ”
Com a pergunta o garoto do terceiro franziu a sobrancelha direita, ao perceber o garoto com o punho direito fechado, não sabia onde ele queria chegar. Kazuo viu o garoto em sua frente colocando a alça transversal no ombro direito, com um sorriso simplório no rosto, respondeu com uma grande convicção.
“Alguém calma que não é capaz de gritar ou ameaçar ninguém. Uma garota doce que faz qualquer um querer ficar mais próximo a ela. Uma garota que tem grande confiança em si próprio, mas que não menospreza ninguém. Alguém que não fica triste, com raiva ou cabisbaixa sobre nada. Ainda não entendo como você pode ser um namorado dela! ”
Nesse momento Kazumi se virou para Kazuo.
“É por isso que sou o namorado dela! ” Ele sorria.
“O que? ” O veterano de Kazumi ficou surpreso.
“Você não a conhece como eu conheço. Não vou desmentir o que você disse, mas ela não é tão “autocontrolada” como você imagina. Ela irritada me dar medo. Ela triste me faz querer consola-la. Quando cabisbaixa, ela me faz querer nunca sair do lado dela! ” Ainda sorrindo, continua. “Poderia continuar falando dela pelo o resto do dia, mas essa Satsuki é só minha, é o meu maior tesouro! ”
“Entendo...” Ficou irritado, ao mesmo tempo, confuso com o que escutou. Kazumi poderia estar mentindo sobre aquilo.
Percebendo o que disso, Kazumi segurou na alça e ficou de costas para ele. Lentamente começou a andar, então colocou sua mão direita sobre o rosto.
“Acabei me empolgando! ” Sussurrou para si mesmo um pouco constrangido.

Parte 2

Satsuki estava sentada no sofá de canto. A garota tinha em suas mãos um livro de romance e ficção. A televisão desligada, ela estava concentrada em sua leitura. O local bem iluminado com janela fechada, enquanto sentada com a mão direita colocou o cabelo atrás da orelha para não atrapalhar a visão.

“Rika, Rika! ” Kyosuke Arata falou se aproximando da garota que estava sentada no canto direito do sofá com as pernas encolhida. O homem tinha um grande sorriso no rosto, estava animado com alguma coisa. A bela garota apenas olhou com os cantos dos olhos, depois o ignorou.
Homem de cabelos grisalhos sentou ao lado dela. Ele usava uma camisa social floral verde, sendo as flores da cor amarela. A bermuda era até o meio da canela, então, ele dobrou os joelhos deixando o calcanhar o mais próximo do corpo possível. Ele segurava na ponta dos pés enquanto balançava o corpo feito ponteiro de relógio.
“Humhurum... Humhurum...” Cantarolava.
“...”
Satsuki olhou novamente para ele, mas o barulho que ele fazia deixava totalmente desconcentrada. Ela apenas engoliu saliva e tentou ignorar o homem que parecia estar praticando Yoga. Mesmo percebendo que seu ataque não estava surgindo efeito, Arata continuou com o golpe de “perturbar a querida filha”.
“O que você quer, pai? ” Ela suspirou e fechou o livro.
O homem de olhos azuis olhou para ela, então falou empolgado.
“Cadê seu namorado? Ele vem hoje? ”
“Não sei. ” A garota que usava um short curto comentou indiferente.
“Como não sabe? Ele é seu namorado! Você tem a obrigação de saber todos os passos deles! ” Ele levou a mão direita ao rosto, estava indignado!
“Só porque sou namorada dele não significa que devo colocar um GPS para poder localiza-lo. Ele tem, também, a vida dele! ”Ela colocou os dois pês que estava sobre o sofá no chão. “Ou por acaso era assim que mamãe fazia quando vocês estavam namorando!?” Colocou o livro sobre a mesinha quadrada de pernas curtas.
“Por que não convida ele para jantar aqui em casa? ”
Ela veio a pensar. Não seria má ideia.
“Pode ser.” Ela respondeu. Depois de beber um copo com agua na cozinha voltou para a sala, o pai dela ainda estava lá. Ela pegou novamente o livro e sentou no canto direito do sofá.
“Rika, Rika!” O homem novamente falou ao ver a garota concentrada.
Ela ignorou novamente.
“Rika, Rika!” Kyosuke voltou a perturbar.
Novamente suspirando, ela olhou para expressão de empolgação que ele fazia.
“Agora, o que foi? ” A garota de short curto marrom claro e camiseta amarela perguntou olhando desinteressada para ele.
“Ele vem? ” Ele que sentava no meio do sofá de canto veio a pergunta.
“Ainda não o chamei...” Ela voltou a abrir o livro.
“Por que não?!” Falou surpreso.
Ela suspirou. Pegando o celular do bolso, enviou uma mensagem para o Kazumi.
“Pronto, já chamei ele. Ele disse que está vindo, mas que não iria demorar.
“Entendo...” Arata colocou um sorriso confiante no rosto. Ele tinha algo em mente para fazer contra ele.
Após isso a garota de cabelos marrons passou a ignora-lo novamente.
“Rika, me arranja seus óculos? ” Ele pediu.
“Você não precisa de óculos. ” A garota olhou para Kyosuke com os cantos dos olhos.
“Eu sei, mas é.…” Desviou o olhar para a televisão.
“É para...? ” Ela inclinou um pouco a cabeça para a direita esperando a continuação.
“Se você me empresta por 7 segundos deixarei você sozinha para poder ler o livro. Ok? ” Ele falou sério.
Ela lentamente foi tirando os óculos. Segurando delicadamente com as duas mãos entregou para o homem.
O homem de cabelos grisalhos foi colocando rapidamente os óculos sem nenhuma preocupação.
“Cuidado para não que—“
*Crack* A garota ficou em choque.
Ele deglutiu. Arata tentou não entrar em pânico.
Assim que ele colocou no rosto a junta do lado direito do óculo quebrou. Arata suou frio, ele que estava olhando para frente sentiu um grande desconforto vindo da direita. Dessa vez, tirando cuidadosamente do rosto ele deixou sobre o sofá e...
(Deu merda! Maldita curiosidade! Agora irei morrer!)
Olhando para a garota sentada com o livro no colo, comentou enquanto saia de fininho do local. “Você mal usa mesmo. ” Ele deglutiu e acelerou os passos para a escadaria.
Satsuki mordeu a ponta dos lábios, mesmo irritada, ela sabia que se ela quisesse bate-lo, não resolveria nada. Enquanto olhava o homem escapando de fininho, a garota apenas suspirou. Depois de um tempo, ela pegou o livro e o óculos e caminhou para o quarto.

Parte 3

Rika pôs seu braço direito sobre a testa enquanto deitada na cama em seu quarto. Ela apenas descansava após o ocorrido mais cedo, porém ainda mostrava traços de irritação com seu pai. A luz do local estava ligada, a garota sentia a sensação da brisa gelada que entrava através da janela aberta que balançava as cortinas brancas.
“Ei, garoto. Aqui. ”
Kazumi que tinha acabo de chegar se depara com o pai da garota no primeiro degrau da escada. Temendo alguma coisa, ele se aproximou lentamente. Colocando o braço direito sobre os ombros de Kazumi, o pai dela sussurrou. “Vá acalmar a fera. ”
Hayato fez uma cara de espanto. Enquanto subiam a escada, Kazumi se perguntava o que estava acontecendo.
No corredor próximo ao quarto de Rika, o pai dela disse:
“Se eu chegar lá, ela me matará! Você é meu afilhado, não é?! Faça seu trabalho. Sofra por mim! ” Ele não demonstrava nenhuma preocupação quando dizia essas palavras.
(Acalmar a fera? Será que é a.…) Escutando aquelas palavras ele não soube reagir... A única coisa que ele descobriu era que Arata tinha feito alguma coisa para deixa-la irritada. Antes mesmo de responder alguma coisa, ele foi empurrado até chegar na porta do quarto dela. Fechando os dois punhos e colocando um sorriso simpático no rosto, o homem de cabelos grisalhos dava seu apoio enquanto se distanciava. Da sua boca que se movia, não saia palavras, mas dava para entender por leitura labial.
(Boa sorte, ne...) Kazumi pensou enquanto olhava para o homem parado perto da escada.
O garoto de camisa vermelha e calça jeans estava em frente a porta, deglutindo pensava no que poderia fazer em meio àquela situação. Depois de puxar ar para seus pulmões, ele bateu na porta.
“Quem é? ” A voz feminina foi ouvida vindo do outro lado da porta.
“Kazumi. ”
“Ah, é você. Já que é você pode entrar. ”
Após ouvir esse comentário, ele suou frio e olhou para o homem próximo a escadaria. Vendo o garoto entrando, Satsuki senta no canto esquerdo da cama escorando as costas na parede. Pegando um travesseiro ela colocou em seu colo. O garoto percebeu logo que ela estava chateada.

(O que eu faço? Entrei sem um plano!) Hayato suava frio enquanto se aproximava da cama de Rika. Fechando seu punho direito ele parou em frente a ela.
“Ainda está com raiva? ” Kazumi falou sentando na beira da cama.
A garota colocou seus cabelos marrons atrás da orelha, então abaixando a cabeça mordeu suavemente os lábios e assentiu.
“Entendo. ” Então ele olhou para cima enquanto pensava. Sem saber o que fazer, ele olhou para ela que estava encolhida no canto da cama apertando o travesseiro e disse: “Eu não sei o que posso fazer, então ficarei lá em baixo. Acho que acabarei te irritando se ficar muito tempo aqui. ” Ele sorriu forçadamente.
Ela arregalou os olhos. Quando Kazumi começou a ficar de pé, Satsuki Rika que estava no canto da cama escorada na parede segurou ele pela gola da camisa da camisa vermelha e puxou.
“.!?” Virando o rosto para garota, percebeu que ela havia sentado mais próximo dele, porem ela demonstrava está mais irritada.
“ Não posso ir? ” Perguntou sem entender o motivo dela ter ficado com mais raiva.
Rika sentou com os dois joelhos dobrados e as duas mãos no meio das pernas, então a garota assentiu.
“É para mim ficar? ” Perguntou espantado.
Concordou.
O coração dele palpitou olhando aqueles gestos. Levando a mão direita ao rosto, ele tentava se concentrar, mas...ele lembrou o que tinha falado com o Kazuo...
(Ela está apelando dessa forma!) Seu rosto estava tingindo aos poucos, então ele fez o possível para ela não poder ver o rosto dele. Ela inclinou a cabeça ao perceber que Kazumi não deixava ver o rosto. Hayato puxou ar para os pulmões. Lentamente Satsuki sentou ao seu lado, observando a garota sem os óculos, ele lembrou de algo.
“ Lembro que você passou um tempo com lentes de contato, não foi, Satsuki? ”
Ela veio a pensar.
" Ah, bem lembrado. Sim, eu passei uns tempos de lentes, mas não sou acostumada com isso." Ela comentou.
( Lembro que demorei a reconhece-la...) Ele pensou enquanto a olhava.
Ela mexeu em seus cabelos marrons.
" Se bem que estou pensando em voltar a usar." Ela havia dado continuidade.
Hayato franziu as sobrancelhas após escuta aquilo.
" P-Por que?" Perguntou assustado.
" Bem, não existe motivo especial para isso. Só estou pensando em mudar um pouco a aparência." A garota de short e de camiseta falou indiferente.
" Entendo..." Ainda achava estranho...
Havia bichinhos de pelúcias em cima do guarda-roupa. O guarda-roupa fechado em sua frente e alguns livros em cima da escrivaninha, Kazumi apenas observava cada detalhe do local. Olhando mais atento em cima da cama, em seu lado esquerdo também havia.
Kazumi desviou o olhar para o armário próximo ao guarda-roupa.
Depois de colocar os cabelos para atrás da orelha direita, Satsuki abaixou sua mão e colocou na cama. Ele se perguntava se ela iria achar ruim caso ele tentasse segurar sua mão.
" Kazumi, posso segurar sua mão?" Rika perguntou. Ela demonstrava está calma. Era como se ela tivesse lido a mente de Kazumi, pois ele estava pensando em algo como aquilo. Satsuki o olhava com uma expressão cabisbaixa para ele esperando a resposta. O garoto ergueu um pouco sua mão esquerda. Aos poucos seus dedos estavam sendo entrelaçados, Satsuki vagarosamente segurava a mão esquerda de Kazumi. Hayato segurou firme pegando de surpresa a garota, mas ela não demonstrou uma cara de espanto, apenas retribuiu segurando fortemente. As bochechas dela ficaram rosadas, então vendo o garoto, ela sorriu sem solta-lo. Observando o sorriso, Kazumi virou o rosto e colocou a mão direita no rosto encobrindo sua face constrangida. Seu coração palpitava intensamente naquela situação.
" Comparadas as minhas mãos, a sua é grande." Ela falou observando esse fato.
" Comparadas as minhas, a sua é mais macia." Ele retribuiu o que ouviu.
Ela assentiu.
" Embora eu me sinta constrangida em perguntar, isso era algo que tinha de fazer." Ela falou olhando para as mãos dadas.
No quarto bastante iluminado, os dois estavam sentados na beira da cama. O curto silêncio marcava a aproximação.


O garoto jogou seu corpo para trás. Ainda de mãos dadas, ele olhava para o teto enquanto deitado. Seus pensamentos estavam distantes, ele sabia que até o momento Satsuki que tinha tomado a liderança no relacionamento, então isso no fundo o chateava. Ele suspirou.
Rika inclinou a cabeça, ao ver ele suspirando supôs que algo estivesse o incomodando.
“O que aconteceu? ” Ela lentamente foi soltando a mão dele. Kazumi olhou com os cantos dos olhos ela soltando vagorosamente sua mão.
“Deite também. ” Kazumi olhou para ela.
“...” Lentamente ela foi jogando o corpo para trás, então assim, a garota fez o mesmo gesto que ele. Se virando para ela, Kazumi tinha a garota em sua frente.
“Que tão sairmos nós dois, a sós? ”
“Um encontro? ” Ela perguntou.
“Isso mesmo. ” Calmamente falou.
Ela assentiu. Nesse momento, uma mecha de cabelos invadiu o rosto de Rika. Com a mão direita, Hayato colocava os cabelos dela atrás da orelha, carinhosamente. Recebendo a sensação de carinho, a garota lentamente foi fechando seus olhos. Ao perceber aquilo, o garoto foi se aproximando do rosto dela. Kazumi encostou sua testa na dela, em resposta, lentamente a garota foi abrindo seus olhos. Ela tinha o rosto dele bem próximo, estava bastante próximo, então seu coração palpitou.
Ela podia sentir a respiração dele.
Ela podia sentir seus corpos próximos.
Kazumi olhava para os lábios dela que estava bastante próximo. Ele lentamente começou a mover-se em direção aos lábios dela. O garoto acariciava o rosto, até que ele também fechou seus olhos. Havia chegado a hora para seus lábios se tocarem!
“Rika, o jantar está pronto! ”Arata bateu na porta avisando.
Em resposta a voz, ela virou o rosto involuntariamente. Em consequência disso, o garoto acabou beijando na bochecha direita dela. Satsuki sentou na cama novamente, então fechou os dois punhos irritada com o momento perdido. O garoto abriu os olhos, olhando para ela com os cantos dos olhos suspirou desanimado com o ocorrido.
“Vamos!?” Ele falou se levantando. Enquanto andava coçou a cabeça com a mão direita.
Ela olhou para ele cada vez mais distante, então caminhou para acompanha-lo.
*


Na mesa de 4 lugares, a garota de short curto marrom claro e camiseta amarela estava sentada de frente para Kazumi. Ela tinha a direita seu pai, Kyosuke Arata, a esquerda Satsuki Reena. Rika não comentava nada, até mesmo evitava olhar na direção de Kazumi.
“Yoko não vira para o jantar. ” A mãe de Rika comentou.
O curry já no prato, o garoto apenas pegou a colher com a mão direita enquanto vagarosamente comia na presença deles. Ele havia percebido que a garota em sua frente ainda continuava irritada, porem ele não quis entrar no assunto.
(Nunca vi a “Yoko”...) Ele pensou enquanto comia.
“E eu pensando que hoje seria o dia de comermos todos reunidos...” O homem de cabelos grisalhos falou desanimado.
“Alguma coisa aconteceu, Rika?” Reena perguntou ao ver a filha sem comentar nada.
“Nada. Estou bem. ” Ela colocou seus cabelos marrons atrás da orelha direita e calmamente falou.
“Quero mais pimenta! Satsuki, me dá a pimenta que está próximo ao seu braço direito! ” Ele estendeu a mão direita tentando alcançar, mas estava distante.
A garota olhou com os cantos dos olhos para o pequeno vidro com pimenta, então colocou um sorriso simples.
“Deixa que eu coloco para você. ” Ela falou simpaticamente.
Ao ver o sorriso de sua filha, ele sorriu retribuindo.
“Pensei que tivesse com raiva sobre seus óculos. ” Ele segurou com as duas mãos o prato e estendeu para ela colocar.
“Claro que não estou com raiva sobre meus óculos! ” Ela começou a pingar várias gotas de pimenta sobre o prato de Arata.
“Ei, não acha que colocou demais? ” Ele arregalou os olhos, ficou tenso.
“Ainda não é o suficiente! ” Ela não tinha intenção de parar!
Quando finalmente parou, o arroz do curry ganhou uma tonalidade vermelha. A fumaça tinha um grande cheiro da pimenta, ao ver o estado, ao sentir o cheiro, ele deglutiu.
Ela realmente não estava mais irritada sobre os óculos, mas ele havia feito algo que não tinha perdão.
(Realmente, ela está irritada sobre mais cedo.) Hayato olhava aquela cena entre pai e filha.
Apesar da quantidade de pimenta exagerada sobre a comida, Arata se esforçava a comer. Com a tigela de arroz com desenhos de caveira, Kazumi percebeu que ele usava aquilo sem reclamar. Olhando para o dele, era o mesmo que ela tinha comprado.... Segurou o sorriso.


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Notas finais do capítulo

Estou aprendendo a postar mais pelo o celular. o/



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