Rika to Hayato escrita por Acce Noir


Capítulo 16
Para proteger um certo mundo.


Notas iniciais do capítulo

Ainda pelo o celular...



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Parte 1

As férias de verão terminaram, as aulas voltaram regularmente. Shinki Tanaka permaneceu ausente por uma semana. De certa forma, Satsuki, Hayato e Aoi estavam preocupadas com ele. Apesar de ligarem para ele, o celular de Tanaka sempre dava caixa postal. Hayato já chegou ir vê-lo, mas a recepcionista acabou avisando que ele não aparecia em casa há dias...
“Olha, não tenho nada contra você permanecer aqui, mas não acha que já deveria manter contatos com seus parentes? ” A bela mulher de cabelos loiros longos até o meio das suas costas e olhos verde falou ao ver Tanaka sentando no canto do quarto todo encolhido.
“Não precisa disso.” Tanaka encolhido comentou.
Ele usava uma roupa social, provavelmente não tomava banho há dias, pois estava suja.
“Tem certeza? Já vai fazer 20 dias que está aqui, isso de certa forma me preocupa. ” Ayazawa Inori cruzou suas belas pernas ao sentar-se na beira da cama. A mulher tinha acabado de sair do banho, então enxugava seus lindos cabelos loiros com uma toalha. Olhava com os cantos dos olhos para o garoto que parecia ser um “morto” em casa.
“Apesar dos meus pais “quererem” estar comigo, eles nunca sequer vieram me visitar depois da separação. Fora eles, eu não tenho nenhum outro parente na cidade. Tudo o que preciso fazer é permanecer aqui por uns tempos até chegar o dia que irei embora. ”
A mulher que estava de lingerie preta de alça fina apenas suspirou com aquilo que ele disse.
“E seus amigos? Você tem, certo? ” Ela caminhou para o guarda-roupa e procurou algo para vestir.
“Deixe eles... No início eles podem ficar ligando direito, mas com o tempo eles se casam. Quando se cansam, começam a esquecer. ” Fechou seus punhos e mordeu os lábios.
Inori começou a vestir sua saia longa laranja, depois uma camisa de mangas longas vermelhas. Olhava no espelho pendurado na parede enquanto penteava seus longos cabelos.
“Caso queira que eu fique com você, me diga, pois será isso que farei. De certo modo seus pensamentos me assustam. Poderia pelo menos me dizer o que aconteceu? Desde que você chegou aqui, a única coisa que fez foi me pedir para ficar...”
O garoto permaneceu calado.
Olhando a própria aparência no espelho, a roupa que ela usava a deixava parecendo uma mulher mais velha, em torno de 30 ou mais, então suspirou.
“Desteto me vestir assim... Só porque sou linda tenho que tomar certos cuidados.... Até onde eu saiba eu trabalho com crianças! Tudo por causa de uma maldita reclamação que recebi sobre minhas vestimentas “provocante”... Que vão a merda!” Incomodada.
“Acabei que ataquei uma amiga minha no meu apartamento...” Tanaka falou cabisbaixo.
“E qual o problema? Lembro que você me atacou também, mas não lembro que você ficou assim depois do ocorrido...” Se virando para ele, observou que ele ficou mais encolhido ainda no canto direito do quarto. “Ah,e mais. Foi nossa primeira noite juntos, certo? ” Caminhou se aproximando dele.

“Mas existe uma pequena diferença entre você e ela. ” Tanaka comentou observando ela se aproximando.
“E qual seria? Nós duas somos mulheres, certo!? O que tem de diferente para causar um efeito tão grande assim, Tanaka? ” Ela se irritou com o que ele tinha dito antes.
“Realmente, vocês duas são mulheres, mas... Enquanto uma é mais aberto para uma relação que envolva sexo, a outra nem sequer passa algo sobre isso. Principalmente ela que estava em um momento mais vulnerável quando levou um fora! ” Tanaka cuspiu aquelas palavras enquanto olhava a bela mulher parada em sua frente.
“Hãm? Se ela levou um fora significa que estava querendo entrar em um relacionamento, se ela estava querendo entrar em um relacionamento significa que ela iria ter que toca-lo e vice-versa. Você acha que o relacionamento deles iria durar muito tempo sem sexo? Sinto em lhe informa, mas sexo é fundamente em uma relação, pois demonstra: afeto, aproximação, união, acima de tudo amor. Embora você possa ignorar algumas etapas e sentimentos, no fundo seria apenas “sexo vazio”, o mesmo que você pode achar nas esquinas. Amar significa está preparado para si entregar de corpo e alma! Agora eu lhe pergunto: Qual a diferença entre eu e ela?”
Escutando aquilo, Tanaka ficou em pe.
“.!?” Segurando firmemente o pulso de Inori, a jogou na cama com lençol vermelho. Ela não demonstrou nenhum tipo de reação para tentar impedi-lo, apenas o olhava nos olhos a atitude de Tanaka. Ela que estava com a metade do corpo em cima da cama teve seus dois braços segurados pelo os pulsos.
“Eu sei disso. Mas...”Tanaka deglutiu após comentar aquilo.
A mulher de cabelos loiros percebeu que ele evitava de olha-la nos olhos, apesar de tudo. Inori tentou mexer seu braço direito, mas não teve chance alguma.
“Qual o seu medo? O que realmente te assombra? ” Ela perguntou seriamente olhando o rosto dele. Ele mordia os próprios lábios, após abaixar a cabeça e colocar no ombro direito dela sussurrou:
“Tenho medo de magoa-la. Medo de perde-la. Medo de dizer adeus e nunca mais poder vê-la... É melhor que ela esteja com alguém que pudesse corresponder os sentimentos dela estando ao lado dela, pois eu não seria esse tipo de cara...” Tanaka relaxou o corpo sobre ela ao tempo que dizia aquelas palavras. O garoto de cabelos curto fechou seus olhos tentando impedir algo, mas não adiantou. Suas lagrimas molhavam os lençóis do quarto de Inori.
“A única pessoa que pode dizer quem realmente merece está com ela, é a própria pessoa. ” Enquanto olhava o teto de onde morava, ela abraçou fortemente o garoto que estava chorando pela a primeira vez depois de bastante tempo... Apesar disso, continuou. “ É impossível não magoar a pessoa que ama... Ambos são feitos de sentimentos e sentimentos é algo bastante sensível. Se só em pensar em dizer adeus te machuca e querer está com ela te causa medo, então por que não diz a verdade...? Pare de fugir... Não tenha medo da resposta... Ela é especial por algum motivo, certo? Diga para ela o que você esconde. ” Falou suavemente para o garoto.
Tanaka saiu de cima dela e ficou olhando para o teto com sua parte superior na cama. Com a manga longa da camisa social passou em seus olhos para enxugar seu rosto que estava molhado de lagrimas. Depois disso, Ayazawa deixou o quarto.

Parte 2

Depois de uma semana de falta, Shinki foi para a escola. O garoto que usava blazer preto chegou atrasado para que pudesse evitar perguntas, mas sabia que no intervalo as coisas não seriam tão fáceis. Hayato percebeu que ele ficou a aula toda com os dois braços apoiado na mesa e de cabeça baixa, sempre evitando contato visual.
“O que aconteceu para que você faltasse as aulas? ” Hayato perguntou sentando no lado direito de Shinki. Já estava no intervalo, no momento eles estavam no terraço da escola.
Tanaka olhava para cima com a cabeça escorada no pequeno muro onde tinha as grades de ferros, ele olhava para o céu, apesar de ter percebido a aproximação de Hayato permaneceu em silencio. Hayato encolheu a perna esquerda e apoio seu braço esquerdo sobre ela, enquanto sentia a sensação da leve brisa no momento. Kazumi olhava para Tanaka com os cantos dos olhos.

“Eu...sou um idiota...” Tanaka comentou.
“He~~?” Kazumi franziu as sobrancelhas com esse comentário repentino.
Shinki suspirou.
“Da onde veio isso? O que aconteceu? ” Hayato ficou surpreso com aquilo.
“Eu ataquei a Sakura! ” Tanaka simplesmente falou sem delongas.
“Como? Hã? Por que? Ela está bem? Ficou ferida? ” Kazumi perguntava assustado com o “atacar” de Tanaka.
Observando que o garoto havia entendido errado, apenas suspirou e respondeu às perguntas de Kazumi.
“Não é essa forma de atacar, idiota! Em outras palavras, eu quais que abuso dela, imbecil! ”
Kazumi ficou em choque. Deglutindo, Hayato olhou em volta, procurava algo para falar. Puxando ar para os pulmões, comentou.
“Fujiwara pareceu estranho nos dois primeiros dias de aulas, mas repente começou a faltar. Acho que agora entendo o motivo. O que pensa em fazer? ”
Em silencio, Tanaka ficou em pé e caminhou. Colocando as duas mãos no bolso da calça, respondeu: “ Enfrentarei esse problema de frente. ”
Kazumi permaneceu sentado ao tempo que olhava seu amigo indo para as escadarias. Escorando a cabeça no pequeno muro, olhou para o céu, desejava que tudo terminasse bem. Apesar de ainda terem tempo no intervalo, Hayato preferiu não seguir Tanaka, pois nesse momento ele poderia está procurando força. Com o vento gelado, o garoto de cabelos longos que encobria as orelhas percebeu que o inverno estava chegando e as mudanças de uniforme se aproximava.

Parte 3

Tanaka estava parando em frente ao portão de grades na porta de Sakura. Antigamente ele entrava sem avisar, mas no momento hesitava até mesmo em tocar a campainha. Olhando para o duplex, procurava coragem em suas ações. Puxando ar para seus pulmões, entrou sem aviso. Na sala não havia ninguém. No local silencioso, Shinki se perguntava onde ela estaria. Colocando sua bolsa masculina que continha seu material escolar em cima do sofá, chamou por Fujiwara Sakura, mas ninguém atendeu. Caminhando em rumo ao segundo andar, ficou de frente a porta do quarto de Sakura. Após bater avisando que estava entrando, abriu lentamente a porta...
Sakura estava dormindo profundamente no fundo do quarto. Pelo menos, uma última vez, Tanaka sentou na beira da cama enquanto observava a expressão serena da garota que dormia. Mesmo que seja a última vez, o garoto com sua mão esquerda acariciava o rosto dela que estava dormindo.
“Pelo menos soube se encobrir direito, sua idiota...” Falando para si mesmo, Tanaka comentou ao vê-la totalmente coberta com o lençol branco. Segurando na borda da cama, sorriu em alivio por saber que ela estava bem. Depois de olhar pela última vez o quarto da garota, olhou para o teto do quarto e pensou. Olhando para o relógio digital na escrevinha próxima a cama já faltava 30 minutos para seis da noite. Coçando a cabeça, suspirou.
“ Isso é um adeus...” comentou baixinho.
Estando preste a se levantar, uma força acabou o puxando de novo para cama, assim sentou-se de novo. Olhando para suas costas a mão da garota segurava a borda do blazer o deixando surpreso. Direcionando seus olhos para o rosto dela, ela ainda estava com os olhos fechados.
“Se estava acordada por que não disse antes? ” Ele perguntou olhando para ela.
“Você fala demais e eu não consigo dormi. ” Ela murmurou ainda com os olhos fechados. Ainda deitada, com a cabeça no travesseiro, continuou: “Onde estava? Eu apareci no outro dia, mas você não estava. Para onde está indo? ” Ainda com os olhos fechados, Sakura lentamente foi soltando o blazer dele.
Nesse instante, o garoto de cabelos curtos e olhos negros voltou a segurar na borda da cama, puxando ar para seus pulmões, lentamente começou a falar.
“Vim aqui me desculpar pelo o ocorrido... Eu sou o pior, então vim também me despedir de você.” Tanaka olhava para a porta do quarto que tinha deixado aberta.
“Eu não estou com raiva, Tanacchin! ” Ela que estava deitada de lado, abriu os olhos e continuou. “Aquilo me deixou surpresa, ao mesmo tempo, curiosa. Me fez questionar se eu realmente te conhecia! Se aquela é sua força normal, então significa que você sempre conteve sua força me deixando ganhar. Você realmente é o pior por isso! Agora...” Ela foi sentando no canto esquerdo da cama, ao tempo que olhava para ele encobriu o corpo com o lençol, após isso deu continuidade a fala. “...Aquele Tanaka é o mesmo Tanacchin que eu conheço? ”
O garoto apenas desviou o olhar e passou a olhar mais para baixo ao tempo que escutava o que ela dizia. Na hora da pergunta, Shinki olhou para ela que estava com o corpo coberto e assentiu.
“Aquilo foi só uma brincadeira? ”
Tanaka cerrou os punhos e mordeu suavemente o lábio inferior. Sakura encolheu as pernas esperando pela a resposta.
“Foi...” Ele respondeu. Desviou o olhar.
Ela percebeu.
“Então, você me ver como mulher ou como amiga de infância? ” Ela abaixou a cabeça.
Shinki deglutiu e depois suspirou fundo. Olhando para a garota com uma expressão melancólica no rosto, coçou a cabeça ao tempo que respondia o que ela queria saber.
“Das duas formas. Você é minha amiga, mas ainda não deixou de ser uma mulher. ” Calmamente falou, embora tivesse com a garganta seca.
O garoto de blazer olhou novamente para a garota, nesse momento pensou... O silencio reinou no quarto, Sakura inclinou um pouco a cabeça ao ver seu amigo distante, até por demais.
“Alguma coisa aconteceu? ” Sakura perguntou achando estranho aquela atitude.
Desviando o olhar para o relógio digital na escrivaninha pensou. A janela do quarto aberta, nesse momento o vento da noite balançava as cortinas azuis. Nesse estante ele passou a si pergunta se esse seria o momento para contar seus sentimentos ou o que iria acontecer com ele daqui há alguns dias a frente.
“Não é nada. ”
A força que ele buscava, não achou. Seus medos ainda era algo que o amedrontava. Se no futuro ele não vai poder está ao lado dela, para quer fazer uma declaração? É impossível não magoar a pessoa que ama, mas podemos evitar certas dores.
Shinki sentando na beira da cama se virou para ela, com a mão direita colocou sobre a cabeça dela e afagou. Mesmo não tendo vontade de colocar um sorriso no rosto, o garoto esticou seus lábios e impôs seu sorriso simples. Com aquela resposta, Fujiwara deixou suas bochechas cheia de ar, ela sabia que ele estava mentindo.
“M-e-n-t-i-r-o-s-o.” Ela falou letra por letra a palavra. Em resultado a isso, Tanaka demonstrou esta espantando.
“He~~?” O coração dele bateu agitadamente surpreso.
“Mentiroso. Mentiroso. Mentiroso. Mentiroso. Mentiroso. Mentiroso. Mentiroso. ”
Sakura pegou o travesseiro que estava próximo a ela e saindo das cobertas, assim, então consecutivamente, a garota acertava ele com o travesseiro enquanto repetia a palavra várias e várias vezes. Embora não doesse, Tanaka se encolheu para se proteger. A garota que usava um pijama de mangas longas com estampa de ovelhas da cor branca só parou quando se cansou. De joelhos na cama segurando o travesseiro com as duas mãos olhava para ele que estava se protegendo das pancadas. Tanaka olhou a garota que ficou despenteada por causa disso.
“E se...” Tanaka sussurrou de cabeça baixa se protegendo dos impactos. Fujiwara inclina um pouco a cabeça, mas não demorar a vim a continuação. “E se eu estivesse fazendo a mesma coisa que você fez com a Satsuki? ” Sua garganta doeu.
“O que está querendo dizer? ” Ela sentou sobre as pernas e colocou o travesseiro que segurava sobre o colo.
“No fundo eu estava te empurrando para o Kazuo. No fundo estava repetido o mesmo gesto que você...” Ele olhou com os cantos dos olhos para a garota de cabelos longos pretos.
“P-Por que? ” Olhou intrigada com ele. Segurou fortemente o travesseiro em seu colo esperando a resposta. Seu peito doeu com aquilo, um grande desconforto eminente surgiu daquilo.
Sua garganta secou no momento da pergunta. Engolindo a seco fechou os próprios punhos, então... Mordendo os próprios lábios desviou o olhar novamente.
“ Eu...eu queria que você se separasse de mim...” Fechou os olhos e refletia no que tinha dito.
“Tanacchin, você me odeia? ” Ela segurou na borda da camisa dele, olhou cabisbaixa para ele.
Tanaka balançou a cabeça negando.
“Não... Não é isso...” Shinki apertou fortemente sua calça com as duas mãos, parecia até que iria rasgar pela forma que segurava. “...é que...”
Havia tantas coisas para serem ditas, havia tantos sentimentos que não foram passados que era difícil tiras as palavras que estavam presa na garganta. As palavras que não foram ditas, de certo modo, deixava Shinki Tanaka indefeso. O garoto que usava blazer abaixou a cabeça, coçando fortemente a cabeça procurava a melhor forma para descrever o que queria dizer...
“Desculpa... Existe tantas coisas que passa por minha cabeça que procuro o caminho mais simples para evitar mais dores... ” Ele segurou as próprias lagrimas...
Ainda de pijama, a garota ficou de joelhos em cima da cama, enquanto olhava para ele que demonstrava uma expressão dolorosa no rosto, olhou para as duas mãos deles que estavam juntas...
“Então...quais são suas dores? ” Fujiwara perguntou.
Tanaka puxou ar para os pulmões. Sua boca lentamente começa a se mover. Naquele quarto, já estando de noite, estaria na hora de dizer algo que o deixava...triste.
“Desde da separação dos meus pais, acabei indo morar em um apartamento, mas... Sempre pensei que seria provisório, tinha esperança que tudo iria acabar bem. A cada dia que passava fui percebendo que minha ingenuidade era grande. Com o tempo eles passaram a se evitar, a esperança que eu tinha sobre a relação deles morreu quando fui chamado para o tribunal.... Preciso escolher entre um! Preciso escolher qual eu gosto mais! Que tipo de pegadinha de mal gosto é essa? Éramos uma família, por que tenho que escolher um agora? ” Abaixou sua cabeça e, enquanto falava a primeira lagrima escorreu pelo o seu rosto e pingou em sua mão direita. “Eles vivem trabalhando, nem me lembro da última vez que falaram comigo pessoalmente! De acordo com eles, tudo é para o meu bem, mas quando foi que me perguntaram o que EU realmente queria? Não fode! Se eles querem tanto assim está comigo, eles sabem onde eu moro, sabe onde eu estudo, não precisa de um tribunal, não preciso escolher com quem eu quero ficar. Até faz parecer que se eu escolher entre um será a derrota para o outro. Então…” A segunda lagrima se tornou inevitável.... Embora mordesse os lábios para tentar não chorar, a cada palavra se tornava mais difícil. As palavras que estava preso na garganta uma por uma estava saindo. Os sentimentos ocultos estavam vindo à tona. Mas... “Quando abro meus olhos e me vejo naquele local vazio que deveria ser provisório...o silencio me diz que essa é a minha realidade... Há quanto tempo estou lá? Já me perguntei. Por quanto tempo tenho que aguenta até essa realidade se desintegre? Já questionei...” Lagrimas após lagrimas escorria pelo o rosto de Tanaka. As duas mãos de Shinki que estavam juntas estava sendo molhadas pelas as próprias lagrimas que escorria pelo o rosto e pingava do queixo dele. A expressão de dor era visível.
Sakura que estava de joelhos, ao perceber as lágrimas que parecia que nunca mais iria parar, o abraçou. A garota de pijama nunca imaginou algo como aquilo. De fato, ela sabia da separação dos pais dele, porem Tanaka continuou o “mesmo” de sempre em sua frente. Ao perceber que foi abraçado, Tanaka reagiu ficando em pé. O coração dele estava agitado por tudo o que disse.
“Você é a única pessoa que quero que não me veja chorar...” O garoto enxugava os olhos com a manga do blazer preto. Observando a garota que ficou espantado pelo o que escutou, fechou seus punhos. Embora ele pudesse aproveitar essa chance para dizer seus sentimentos, não era a hora para isso. Caso a resposta viesse, ela seria algo como “compaixão” ou “pena”, então o melhor era esperar para que houvesse uma outra oportunidade.
“Por que..?” Ela estendeu a mão direita para alcanço.
Desviando o olhar, Shinki mordeu os lábios, ao tempo que puxava folego, olhou para a garota novamente.
“ Por você ser uma idiota...” Cerrou o próprio punho direito.
Ao escutar aquilo, foi um choque. Ela abaixou lentamente sua mão direita que estava estendida. Olhando para si próprio, Sakura colocou as duas mãos sobre o colo. A garota de cabelos negros longos que usava um pijama, pisou delicadamente com a ponta dos pés no chão do quarto. Andando suavemente pelo o chão frio, chegou até o garoto.
“.!?”
A garota de pijama encostou a cabeça no peito de Tanaka, segurando na borda camisa com a mão direita fechou os olhos...
“Eu sei quanto menti, Tanacchin...” Suavemente falou.
“Hé~~~” O garoto arregalou os olhos...
“...por que se esforça em mentir? ” Delicadamente dizia aquelas palavras vagarosamente.
Puxando a maior quantidade de ar, o garoto com aquela surpresa olhou para cima.
“Para protege seu mundo... Para que você pudesse continuar sorrido sem ter nada para se preocupar... Para que você não se sinta atingida por minha causa... É para isso que tenho me esforçado. ” Novamente suas lagrimas ameaçaram em voltar.
A garota que estava com a cabeça encostada sobre o peito direito dele, mordeu os lábios ao escutar aquilo. Ela estava surpresa, mas também reinava outros sentimentos no momento também.
“Você está fazendo seus sentimentos uma mentira para mim proteger?! Saiba, Tanacchin, eu não sou mais nenhuma criança! Talvez aquela que você queira protege seja mais forte do que você imagina...” Dessa vez a primeira lagrima escorrida veio de Sakura. Ela se deu conta do sofrimento que estava causando ao seu amigo. Não seria exagero se ela si culpasse por todo o medo dele. A garota de pijama de mangas longas com estampa de ovelhas da cor branca com uma calça 100% algodão ao pensar nisso envolveu Tanaka com os seus braços. Apertando fortemente ele, ela percebeu que suas costas eram largas, fechando os olhos deglutiu.
“Por que se preocupa tanto ao ponto de fazer isso? ” Ela perguntou baixinho.
Tanaka abaixou a cabeça e viu as lagrimas que molhava o rosto da garota, lentamente ele foi se soltando do abraço recebido por ela. Ficando de costas para ela, o garoto de cabelos curtos começou a andar.
“Esperam, Tanacchin! ” Ela estendeu a mão direita, mas ele sem se importa continuou andando. Descendo os degraus da escada, rapidamente pegou sua bolsa e deixou o local.
Embora quisesse dizer o motivo, a sensação desagradável em sua garganta era pior do que imaginava.


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Notas finais do capítulo

Já escrevi até o capítulo 19, embora não postarei tudo de uma vez...
Ainda estou pelo o celular...



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