I Can't Love You escrita por Mrscaskett


Capítulo 82
Capítulo 82 — Richard Edgar Alexander Rodgers Castle, você quer casar comigo?


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, desculpem a demora mas realmente tudo está muito corrido.
Juro que estou apressando as coisas para postar mais rápido antes do natal, pois teremos um ep especial de natal que eu planejo postar na noite do dia 23 ou (se realmente não der certo) no dia 24.

Então curtam esse cap e bom fim de semana ♥



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KATE.

 

Castle estava calado e eu cada vez mais nervosa. Ao mesmo tempo que ele tinha um singelo sorriso no rosto, seus olhos também brilhavam e me davam a resposta que eu tanto queria, mas mesmo assim eu queria ouvir ele dizer. Queria ver um sim se formar em meus lábios e ouvir o som da sua voz ao dizer. Essa será uma das lembranças que eu nunca vou esquecer.

Pedi ajuda a Lanie para montar tudo isso, e confesso que me surpreendi. Não pedi nada além do que pétalas sobre a cama e velas no quarto para deixar tudo mais romântico, mas ela foi além. Eu amei. As velas, as pétalas, os corações... estava tudo perfeito.

— Você aceita? – minha voz sai fina e nervosa. Limpo minha garganta e ele sorrir ainda mais, me encarando com seus olhos azuis brilhantes.

— Não.

— Não? – pergunto sem entender.

— Sim.

— Então é um sim.

— Não, não. – ele balança a cabeça nervoso e eu tenho vontade de rir.

— Castle, você sabe como isso funciona, né? – zombo e ele respira fundo.

— Sim, eu disse não. – ele abre os olhos devagar. – e sim, eu sei como isso funciona, e é exatamente por isso que eu disse não. Eu quem deveria te pedir em casamento e fazer uma surpresa dessa... – ele olha pelo quarto mais uma vez e o brilho em seus olhos só aumenta.

— Isso não importa, meu amor. O que importa é que eu estou aqui te pedindo em casamento, e você acabou de me dizer não. – estreito meus olhos para ele e tenho que me segurar para não rir de sua cara.

— Eu não estou dizendo não.

— Então você está dizendo sim. – tento, o deixando cada vez mais confuso e dessa vez eu rio.

— Kate, eu só...

— Castle, cala a boca. – eu o interrompo. – eu vou te perguntar só mais uma vez, e seja lá qual for a sua resposta, eu vou aceitar. – ele balança a cabeça e eu seguro suas duas mãos. – Então... se isso é certo ou errado, eu não sei. Se é estranho eu estar te pedindo em casamento? Talvez um pouco, mas ainda assim eu estou fazendo isso de todo o meu coração porque eu te amo e não me imagino passando um dia sequer longe de você, meu amor. Eu já sou sua e um papel não muda isso porque eu sempre vou ser sua. Mas você quer isso e me fez querer isso também. Eu quero dizer sim para você diante a um altar com nossos amigos ao nosso redor. Quero ver nossa filha entregando nossas alianças e quero repetir meus votos em voz alta e dizer que aceito ser sua, mas para isso... Richard Edgar Alexander Rodgers Castle, você quer casar comigo?

— Sim. – ele mal espera eu terminar de falar para responder.

A próxima coisa que sinto são seus lábios cobrindo os meus em um beijo apaixonado.

— Sim, eu aceito casar com você. – ele murmura contra minha boca. Nossas testas coladas e nossa respiração acelerada. – você é a mulher da minha vida, Kate. Eu te amo.

— Eu também te amo. – sorrio. – e tem mais, eu não quero esperar para me casar, no máximo um mês. – Castle não responde, apenas sorrir e mais uma vez ele me puxa para um beijo que, dessa vez, se torna longo e acaba apenas para começar outro.

Nós andamos lentamente pelo quarto sem saber onde pisamos até eu sentir a cama atrás de mim e meu corpo ser deitado nela e Castle sobre mim. Subo minhas mãos até seus cabelos prendendo seu rosto contra o meu. Seu beijo era gosto e molhado, e eu só queria provar mais de seus lábios. Nossas línguas dançam juntas num ritmo só nosso, diferente de todas as outras vezes.

Castle se afasta apenas para tirar nossas blusas. Em questão de segundos não temos mais nenhuma roupa no corpo. Apenas pele com pele, calor, arrepio, desejo e sentimento. Tudo era diferente. Nós estávamos experimentando algo novo que não sabíamos o que era, mas era maravilhoso. Nossos corpos nunca precisaram tanto um do outro, nossas mãos nunca procuraram tanto um pelo outro. Nossas bocas nunca se encaixaram tão perfeitamente.

Nós nunca fomos tão perfeitos um para o outro como agora.

Castle beijou cada parte do meu corpo e fez cada musculo se contrair diante seus lábios e dentes. Seus dedos varriam minhas pernas deixando pequenas marcas que logo desapareciam. Era como se ele quisesse me sentir inteira, sentir cada pequena parte minha como se fosse a primeira vez. Seus lábios desceram entre meus seios e beijaram toda a minha barriga. Acariciei seus cabelos e rezei para que ele continuasse ali, a sensação era maravilhosa e nesse momento eu sentir vontade de chorar.

Como se adivinhasse o que estava acontecendo comigo, Castle subiu colando nossas testas e eu percebi seus olhos tão molhados quanto os meus. O beijo veio em seguida. Não era preciso palavras. A sensação de tudo estar diferente é porque tudo está mesmo diferente. Ele desliza para dentro de mim com tanta facilidade que me faz gemer de prazer entre o beijo. Sem pressa, Castle se move aproveitando cada pequeno momento, nos sentindo cada vez mais unidos.

 

♦♦♦

 

Acordei com meu celular vibrando pelo chão do quarto. Tirei a mão de Castle da minha cintura, puxei um lençol e me levantei procurando o aparelho que estava debaixo de nossas roupas. Eram exatamente 21:00h e as mensagens de minha tia não paravam de chegar. Ela ligou mais cedo e eu fiquei de retornar, como não retornei ela ficou preocupada. Cliquei no seu contato e comecei logo uma ligação.

— Finalmente deu um sinal de vida. – ela diz debochada assim que atende o telefone.

Eu sorrio e apago as últimas duas velas acenas no quarto e saio, encostando um pouco a porta para Castle não acordar.

— Desculpe não responder antes, mas eu estou bem ocupada.

— E não teve tempo nem de falar com sua tia? – ela começa com a chantagem emocional e eu reviro os olhos.

— Antes que a senhora comece a dizer que eu deveria te dar mais valor, eu quero dizer que eu te amo e eu realmente esqueci de mandar mensagem quando cheguei em casa.

— Unhum... – ela murmura e eu sei que está tudo bem. – liguei para saber como você estava já que você me disse que estava sentindo muita dor de cabeça e cansaço. Não quer ir ao médico?

— Eu já fui, e ele disse que eu estou ótima. – me sento no sofá me segurando para não contar sobre tudo.

— E não quer ir a outro?

— Tia, eu estou bem, pode ficar tranquila.

— Certo, não vou mais insistir. Mas eu não liguei só para isso... liguei porque o natal está chegando, que tal a gente passar o natal juntas?

— Seria ótimo. – me animo com a possibilidade de ter toda a minha família junta.

— Vocês podiam vir para Nova Iorque e nós poderíamos finalmente conhecer Alexis e Castle. Aposto que Alexis vai adorar passar o natal aqui.

Permaneço em silencio tentando organizar todos os meus pensamentos. E se meus tios viessem? E se nós oferecêssemos um jantar de natal e contássemos a todos sobre a gravidez? Seria melhor do que contar aos poucos...

— Eu tive uma ideia melhor... – digo sorridente.

Não demorou muito para convencer minha tia a vir passar o natal com a gente. Contei algo sobre ter uma coisa importante para falar, mas nem em um milhão de anos ela vai adivinhar a minha surpresa. Conversamos um pouco mais até eu finalmente encerrar a ligação. Andei de volta para o quarto no escuro, já que as velas no corredor tinham acabado.

Castle ainda estava dormindo quando entrei no quarto. Ele tomava de conta de toda a minha cama com os braços e pernas jogados sem preocupação. Sorri ao vê-lo assim, como um menino despreocupado dormindo. Deixei o lençol de lado e vesti uma roupa rápido e voltei para a sala.

O principal motivo de eu querer vir até meu apartamento hoje era a surpresa que eu tinha planejado, mas não era só isso. Já estava a bastante tempo na casa de Castle e eu precisava levar algumas coisas para a aquela casa também ser minha, queria deixa-la um pouco mais no meu estilo, levar meus objetos, livros, quadros, tudo o que fosse de mais importante.

Sentei olhando alguns CD’s e filmes. Logo passei para a caixa de fotos, depois meu computador de mesa e alguns objetos pessoais. Não vi o tempo passar até Castle chegar me abraçando por trás. Sorri ao sentir seus lábios em minha nuca e seus braços me abraçarem. Castle segura minha mão e fica observando.

— Está faltando um anel aqui... – ele segura meu dedo anelar.

— Não ligo para anel... – jogo minha cabeça para trás para olha-lo. – eu só ligo para ter você.

Ele sorrir.

— Mas eu ligo. – ele se inclina e beija meu dedo. – mas não vai faltar mais nada.

Castle abre sua outra mão revelando um anel de brilhantes com uma pedra enorme no meio. Ele segura minha mão e desliza o anel delicadamente por meu dedo. Aquele momento demorou cerca de cinco segundos, mas parecia uma eternidade. Eu vi o anel deslizando em câmera lenta ao mesmo tempo que meu coração disparava.

— Castle! – me viro para ele e encaro o anel em meu dedos. – Castle, essa coisa é enorme.

— Sim, e foi bastante caro. – ele faz um caretas que me faz rir. – mas ficou lindo no seu dedo pequenininho.

— Como? Quando?

— Eu venho pensando em te pedir em casamento a muito tempo. Andei com esse anel para todos os cantos esperando criar coragem para pedir, é por isso que para mim foi fácil falar que iriamos nos casar quando descobrimos a gravidez. Eu já queria isso a bastante tempo, Kate.

— Rick... – me atiro em seus braços beijado todo o seu rosto até chegar em seus lábios e lhe dar um beijo demorado. – eu te amo tanto.

— Eu também te amo, Kate. Amo você, amo nosso pontinho, amo nossa filha... amo a família que somos e que vamos continuar sendo para o resto de nossas vidas.

Era fácil se apaixonar todos os dias por esse homem encantador a minha frente, ainda mais quando ele faz uma declaração tão linda quanto essa. Seguro seu rosto com minhas duas mãos e o beijo demoradamente, expressando todo o meu amor em um simples gesto.

 

CASTLE.

 

— Kate porque você precisa fazer isso hoje? – pergunto bebendo meu café vendo ela embalar panelas na cozinha.

— Não precisa, mas eu quero levar algumas coisas para sua casa e...

— Nossa casa. – eu a corrijo.

— Vai ser nossa quando tiver algo a mais que apenas minhas roupas e um secador. – ela pisca e eu me aproximo.

— Ok, então vou te ajudar. – me aproximo da mesa de centro da sala e vejo vários cd’s embalados. – você ainda é da época do CD? – zombo e me viro para ela. – Kate celular existe para isso, você não precisa mais de CD... tem iPod, computador...

— São dos meus pais. – ela sorrir melancólica e se aproxima. – a gente escutava sempre algum desses CD’s no fim de tarde de um domingo chuvoso. Eu adorava... aliás, foi meu pai quem me ensinou a tocar violão.

— Você toca violão? – eu a encaro surpreso.

— Tão bem quanto meu pai... e nós éramos péssimos. – ela explode em uma risada e me leva junto.

— Daria tudo para te ver tocando...

— Eu ainda tenho o violão velho do meu pai... deve estar em algum lugar no fundo do meu armário. E antes que você peça, eu não vou tocar.

— Droga... – Kate rir e me entrega uma caixa.

— Guarda tudo aqui dentro, amanhã eu peço para o caminhão de mudanças vir pegar.

— Sim, senhora.

Nós voltamos a nossas tarefas de embalar as coisas. Era pouco mais das 22:00h da noite, mas Kate não parecia cansada, pelo contrário, ela estava muito bem disposta fazendo tudo isso. Kate lembra de momentos especiais da sua infância com seus pais e avós, do seu tempo de colégio e até de alguns namorados que eu não quis saber e tratei de mudar de assunto.

Assim que acabei de embalar o computador que ela insistia em querer levar, mesmo eu tendo um no escritório, fui em direção a estante de livros.

— Não, pode deixar que eu mesmo arrumo os livros. – eu a encaro. – tenho ciúmes...

— Kate, eu sou escritor. Eu coleciono livros raríssimos, eu vou ter cuidado, acredite. – pego alguns livros e logo vejo alguns de meus livros. – você não disse algo sobre nunca ter lido meus livros? – eu a encaro sorrindo. – você tem uma verdadeira coleção de Richard Castle, aqui.

— Comprei todos depois que eu li o primeiro. Me viciei, você é muito melhor do que eu pensava.

— Eu sei disso. – digo convencido e olho os restantes dos livros que ela tem. Alguns clássicos, outros romances, até que eu paro em livro especial. – você tem Flowers For Your Grave?

— Tenho. Você conhece? É o meu favorito... – ela pega o livro de minha mão e passa os dedos pela capa, delicadamente. – ele me ajudou muito quando eu perdi meus pais. Já li ele umas mil vezes. – ela sorrir sem jeito. – pena que ele é de autor desconhecido, adoraria ler outros livros dele. Aliás, a sua escrita se parece um pouco com a dele, por isso eu gostei tanto dos seus livros.

— Sou eu. – solto baixinho, ainda meio atordoado por ela ter lido esse livro num momento difícil. – eu sou o autor desconhecido.

Kate me encara sem palavras.

— Eu escrevi a muito tempo, não achei que estava bom... então eu publiquei num site de histórias e virou sucesso. Uma editora entrou em contato comigo e Gina e cuidou de tudo, mas meu nome nunca foi revelado. Depois desse livro eu escrevi outro e a editora gostou também, foi assim que comecei como escritor...

— Você está falando sério? – balanço a cabeça.

— Kate eu nunca acreditei nessas coisas, mas eu acho que nós iriamos nos encontrar de um jeito ou de outro. Você leu esse livro num momento difícil e mesmo sem saber, mesmo sem te conhecer, sem ao menos sonhar que você existia, eu te ajudei... e você não tem noção do quanto isso faz eu me sentir bem. – eu a puxo para meus braços e aperto com força. – depois que você me contou sobre o acidente e seu medo de chuva e trovões, eu não parei de pensar no quanto você sofreu na época por estar sozinha e o quanto eu queria ter te conhecido antes para poder cuidar de você...

— Pelo visto você cuidou... – sua voz falha e ela se afasta o suficiente para me olhar. – você me tirou de um poço sem fim. Você, através desse livro... – ela aponta o livro em sua mão. – me fez ver a luz no fim do túnel. Rick você costumava dizer que eu te trouxe de volta a vida, então agora eu digo... você também me trouxe de volta a vida.

— Parece que nosso destino estava cruzado, não é mesmo?

— Com certeza. – ela sorrir e fica na ponta dos pés para me beijar.

Kate deita a cabeça em meu peito e eu acaricio seus cabelos. Ficamos em silencio um tempo e eu senti minha camisa ficar molhada por suas lágrimas. Não era tristeza, mas saudade. Eu sei o quanto ela queria que seus pais estivessem aqui para ela agora, toda mulher quer sua mãe por perto quando tem o primeiro filho. Mas eu faria o papel de amigo, namorado, marido, pai, mãe e qualquer outro papel se precisasse. Não quero que ela pense que está sozinha, porque ela não está. Eu vou estar sempre com ela. Sempre.

Não demorou muito Kate levantou o rosto, enxugou as lagrimas e sorriu, avisando que já estava tarde e precisávamos ir para casa. Concordei e apenas guardei os livros na caixa enquanto ela trocava de roupa. Essa caixa nós levaríamos hoje e deixaríamos os livros dela em um lugar especial.

Nós já estamos indo, Martha. – ela volta para a sala falando no celular.

— Aconteceu alguma coisa? – me aproximo e ela balança a cabeça.

— Está bem, Martha. Tchau. – Kate desliga a chama e sorrir. – sua filha acordou e parece estar mais elétrica que nunca e não para de perguntar da gente.

— Mas já está tarde. – olho no meu relógio e são quase 23:00h.

— Alexis é uma pilha, né amor. Dorme dez minutos e está pronta para outra. – eu rio, isso era a mais pura verdade.

— Ok, eu vou calçar meu sapato e nós vamos.

A beijo rápido e corro até o quarto. Kate diz algo sobre pedir para a faxineira vir dá uma geral no apartamento, concordo com tudo e pego alguns porta-retratos no quarto dela, onde tinham seus pais, ela quando era pequena, uma foto nossa e outra da Alexis. Ela queria se sentir em casa no rancho, então nada mais justo do que ela levar as lembranças dela.

Volto para sala e coloco os porta-retratos dentro da caixa junto com os livros e seguro, Kate me olha sem entender porque de eu estar segurando aquilo, mas eu não digo nada, apenas digo para ela pegar as chaves. Coloquei a caixa no banco de trás do carro e abri a porta para Kate, como eu sempre gosto de fazer.

— Minha tia me ligou chamando para a gente ir passar o natal com eles em Nova Iorque... – ela vira o rosto para mim. – mas eu disse que era melhor ela vir, e talvez a gente possa contar para todo mundo sobre a gravidez, que tal?

— Eu acho uma boa. – sorrio e acaricio sua perna quando paramos em um sinal. – você quer mesmo contar agora?

— Bom, ainda está cedo, mas depois da nossa consulta eu vou me sentir mais segura para contar. E o natal é uma ótima época para celebrar um nova vida, não acha?

— Acho. – eu a puxo para um beijo rápido antes do sinal abrir.

Não demorou muito e chegamos em casa. As luzes estavam todas acesas e eu me preparei para o furação ruivo quando entrássemos em casa. Mal abrimos a porta e Alexis já correu em nossa direção, pulando em cima de Kate que abriu os braços e riu o entusiasmo da menina.

— Alexis, o que nós conversamos sobre pular em cima da sua mãe? – coloco a caixa pesada num canto da sala e beijo os fios ruivos.

— Tá bem, desculpe. Onde vocês estavam?

— A gente foi no apartamento embalar algumas coisas para trazer. – Kate explica puxando a menina para sentar em seu colo no sofá.

— E não foi só isso... – minha mãe se aproxima de Kate e segura sua mão. – que anel maravilhoso.

— Eu tive que dar depois que ela me pediu em casamento. – me aproximo sorridente e minha mãe nos olha sem entender. – eu também achei estranho, mas foi a coisa mais romântica que já fizeram por mim.

Pisco para Kate que sorrir.

— Vocês vão se casar? – Alexis pergunta animada e Kate balança a cabeça.

— Vamos, e você vai ser a minha daminha. Você vai levar as nossas alianças.

— Eu posso ter um vestido bem lindo? Rodado e cheio de pedras? – Alexis falava fazendo expressões expansivas com os braços, exatamente como minha mãe.

— Pode. – Kate responde rindo. Alexis era vaidosa assim como as duas mães dela. – mas agora eu quero saber porque a senhorita ainda está acordada? Já está bastante tarde, sabia?

— Eu sei, mas eu acordei e perdi o sono. – ela me olha. – podemos ver um filme até eu dormir?

— Não, mas eu posso contar uma história para você. – sugiro.

— Mas eu quero dormir com vocês... – ela choraminga. – não é justo o pontinho dormir com a mamãe e eu não. – ela apela e Kate me olha.

Respiro fundo e me aproximo das duas.

Será que ela já está começando a sentir ciúmes do pontinho?

— Alexis, você sabe que não é assim... o pontinho está guardadinho dentro da barriga da Kate.

— Por favor, papai... só hoje. – ela me lança seu olhar pidão que é quase impossível de dizer não.

— Só hoje, amor. – Kate me olha.

— Ok, só hoje.

A ruiva abre um sorriso e comemora. Kate rir da empolgação da menina e avisa que vai subir para tomar um banho rápido. Alexis acompanha Kate saltitante, e apesar de parecer elétrica eu sei que ela não vai demorar muito a dormir já que não resiste ao cafuné que Kate faz em seus cabelos. Mas também sei que vai dar trabalho para acordar amanhã, já que ela tem aula.

— Eu acho que vocês vão ter um pouquinho de trabalho com Alexis... – minha mãe avisa com um sorriso no rosto.

— Você acha que é ciúmes? – ela balança a cabeça.

— Não. Mas ela é esperta para saber com que armas jogar para conseguir o que quer.

— Não tenho dúvidas que isso ela herdou de você. – minha mãe rir concordando. – ela vai sentir sua falta aqui todos os dias...

— Richard, não é como se eu fosse embora para Nova Iorque. A casa do Jackson é aqui do lado.

— Ah, mas vai ser diferente.

— Eu estarei aqui todos os dias, pode apostar. Principalmente quando você estiver viajando... vou cuidar bem delas, pode ter certeza.

— Eu sei. – sorrio. – nós vamos fazer uma grande festa de natal, os tios da Kate vem passar uns dias com a gente e nós vamos anunciar a gravidez.

— Isso é bom, é difícil não ficar falando. Sou péssima com segredos. – eu rio. Era verdade.

— Outra coisa que Alexis herdou de você.

— E você também. – rebate, e eu não posso falar nada porque também não sou muito bom com segredos.

— Bom, eu vou subir. – me aproximo e beijo os cabelos ruivos. – boa noite.

— Durma bem, querido.

 

 

 

Quando chego no quarto as duas mulheres da minha vida já estão deitadas na cama. Alexis estava deitada espaçosamente no meio, enquanto Kate deitava de lado, de frente para a menina. As duas conversavam e riam animadamente, mas encerram o assunto assim que eu meu aproximo. Desconfio um pouco, mas eu aprendi a aceitar que elas também tinham segredos de mãe e filha. Beijo as duas rapidamente e sigo até o banheiro.

Deixo a água cair pelo meu corpo tirando toda aquela sensação quente que eu sentia desde o apartamento de Kate. Um sorriso bobo me escapa ao lembrar de tudo o que aconteceu lá. Chega a ser difícil acreditar que Kate me pediu em casamento. Naquele momento, nós dois frente a frente e ela esperando uma resposta, eu só pensava em pegar o anel no meu bolso e propor a mesma coisa para ela. Mas dizer sim para Kate foi a melhor coisa que eu fiz na vida.

 

 

 

— Tem espaço para mim? – me aproximo da cama e Alexis balança a cabeça. Ela já não estava tão esperta quanto antes e seus olhos já começavam a pesar.

— Você ainda vai contar uma história, papai?

— Vou. – olho para Kate que começava a cochilar. – mas sua mãe já dormiu.

— É o pontinho. Ele deixa ela com muito sono. – a menina explica naturalmente. Sorrio e me deito ao seu lado, puxando ela para perto.

— Olha só, você sabe que a gente adora ficar com você, né? Eu adoro quando você vem dormir aqui com a gente, e a Kate também, mas isso não pode acontecer sempre.

— Mas o pontinho fica sempre com vocês, e eu tenho que ir à escola. Quero ficar em casa também.

— Filha, mas você precisa estudar. – falo rindo. – e quando o pontinho nascer e ficar maior, ele também vai para escola. Você não pode ficar usando a desculpa de que ele está na barriga da sua mãe para dormir aqui, ok? E nem para ficar mais tempo com a gente, até porque nosso tempo livre é todo com você.

— Mas e quando ele nascer?

Quando o pontinho nascer não vai mudar em nada. — a voz rouca de Kate chama nossa atenção. Alexis vira o rosto encarando a mãe que parecia está escutando nossa conversa. – nosso tempo vai ser todo de vocês, ok?

— Mas se ele vier dormir aqui, eu também venho. – Kate sorrir.

— E nós vamos dormir todos assim... – passo meu braço por cima das duas agarrando elas e apertando forte. – todos agarradinhos.

Alexis solta uma risada gostosa.

— Agora conta sua história, papai. – ela diz se aconchegando mais entre Kate e eu.

— Vamos lá, era uma vez...


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Notas finais do capítulo

Até o próximo ♥



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