I Can't Love You escrita por Mrscaskett


Capítulo 81
Capítulo 81 — Nós estamos apenas começando.




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CASTLE.

Finalmente em casa.

O dia hoje foi corrido. Começou com Kate passando mal durante boa parte da manhã, Alexis elétrica por causa da festa, eu querendo desistir de tudo para cuidar da minha mulher até ela me convencer que estava bem o suficiente para me acompanhar. Então teve fotos, entrevistas, autógrafos e jantar. Há muito tempo eu não tinha um dia como esse.

Para completar tudo ainda tive que aceitar o fato da minha mãe estar indo morar com o novo namorado. Ela não veio para casa com a gente, resolveu dormir com o Jackson, mas isso não significa que eu e ela não teremos uma boa conversa depois.

Estava deitado na cama mexendo no celular quando Kate voltou para o quarto e foi direto para o banheiro tomar banho. Deixei uma Alexis adormecida na cama e Kate ficou arrumando algumas roupas dela que estavam espalhadas pelo quarto mesmo eu dizendo que não precisava se preocupar com isso.

Estava respondendo alguns e-mails pelo celular quando Kate saiu do banheiro perguntando algo sobre eu ter trancado a porta. Respondi que não sem tirar o olho da tela e vi seus movimentos andarem até o outro lado do quarto e trancar a porta. Ergui meu olhar e a vi andar em minha direção completamente nua.

Uma visão do paraíso.

Meu Deus como ela é linda.

— Kate o que você está fazendo? – engulo seco e bloqueio o celular.

Ela sorrir e dá a volta na cama, parando exatamente do meu lado. Sem aviso nenhum ela senta em cima de mim. Fecho meus olhos tentando buscar algum controle. Minha respiração já estava irregular. Ter ela completamente nua assim, tão próximo, é capaz de me deixar maluco.

Abro meus olhos e a vejo com um sorriso vitorioso no rosto. Me deixar sem ação era exatamente o que ela queria.

— Você anda fugindo de mim esses dias, mas acontece que eu estou morrendo de saudade de você. De fazer amor com você. De sentir seu corpo junto ao meu...

— Kate eu não estou fugindo de você...

— Então porque você não me toca? – ela me encara com o olhar desafiador.

Kate pega o celular de minhas mãos e o coloca na mesa ao lado. Ela segura minhas mãos e me faz tocar seu corpo nu sem pressa. Aquilo acabaria comigo.

— Nós temos que pegar leve, lembra? – ela assente mexendo a cabeça lentamente.

— Mas nós vamos pegar leve. – ela puxa meu lábio com o dente. – nós vamos fazer amor lentamente, até eu matar essa vontade que eu estou de ter você dentro de mim.

Aquilo com certeza foi o meu fim. Começo a me sentir desconfortável já que meu membro estava apertado dentro da minha calça de moletom. Céus, ela sabia exatamente o que fazer para me provocar e me excitar. E Kate sabia disso, já que o sorriso em seu rosto cresceu quando me sentiu, e ela rebolou, me provocando ainda mais.

Cravo meus dedos em sua pele quente.

— Kate eu nunca fiquei com uma mulher grávida antes. – confesso fechando meus olhos por um instante. – e se eu te machucar? E se...

— Shii... – ela coloca o dedo em meus lábios. – você não vai me machucar. E sou eu quem vai fazer tudo, você só precisa aproveitar.

Sua respiração quente estava bem próxima ao meu rosto. Kate pisca e me beija, provando minha boca sem pressa até sua língua me invadir e me deixar completamente perdido. O que estava acontecendo? Nós estávamos a tanto tempo assim sem sexo que qualquer ato nosso seria o bastante para me fazer explodir? Não tinha me dado conta do quanto eu sinto sua falta até esse momento.

Subo minhas mãos por suas costas firme e possessivamente. A sensação da sua pele molhada e ao mesmo tempo quente era tão boa que eu não queria parar. Nossas bocas se provavam com desejo e só se afastam quando Kate sobe minha blusa. Meu olhar cai diretamente em seus seios. Eles não eram os mesmos seios que eu provei da última vez, mas ainda assim eram lindos.

Arrasto meus dedos delicadamente por sua pele até alcança-los. Diferente da última vez, eles já não se encaixavam perfeitamente em minhas mãos. Estavam maiores. Deliciosamente maiores. Seus mamilos duros e pontudos tocando a palma da minha mão era ainda mais excitante, mas nada como vê-la me observar minhas mãos a tocando. Massageio seus seios com minhas mãos, devagar, sem pressa, mas apenas esse simples ato faz Kate gemer alto e jogar a cabeça para trás.

Não paro. Continho com meus movimentos até ela voltar a me olhar. Seus olhos num tom mais escuro que o normal. O desejo estampado ali. Volto a encarar seus seios que recheavam as minhas mãos.

— Eles estão maiores... – murmuro sentindo minha boca salivar com a vontade de prova-los.

— E mais sensíveis também. – ela diz baixo quando sente minha boca beijar o vão entre eles.

— Gosto disso. – sussurro contra sua pele e abocanho seu seio esquerdo, chupando e arranhando com os dentes devagar, quase como uma tortura para ela. Sugo sua pele para dentro da minha boca ignorando seu mamilo, que ficava cada vez mais sensível e pontudo, clamando por atenção.

— Por favor, Castle... – ela implora e segura meus cabelos, pressionando meu rosto contra seu seio. Dessa vez eu não a deixo na vontade se chupo seu mamilo para dentro da minha boca.

Kate segura o gemido e pressiona seu centro contra meu membro, se movendo cada vez mais intenso. Minha mão massageava seu outro seio enquanto eu me deliciava com o esquerdo. Não sei se foi a saudade ou gravidez, mas eles estão ainda mais apetitosos. Troco de seio e ela não consegue mais se segurar. Kate geme alto e seu corpo treme contra o meu. Ela acabou de ter um orgasmo.

Espero seu corpo se controlar e subo meus beijos até sua boca. Sua respiração ainda estava acelerada, e quando nossas testas se tocaram ela sorriu.

— O que aconteceu com “nós vamos devagar”? – ela rir abrindo seus olhos preguiçosamente.

— Esse foi apenas o primeiro da noite, meu amor. Nós estamos apenas começando.

Kate se levanta o suficiente para ficar de joelhos na cama e começa a descer minha calça. Eu a ajudo e quando finalmente conseguimos nos livrar dela, Kate sorrir e beija meus lábios. Sinto sua mão tocar meu membro de um jeito firme, me fazendo gemer entre o beijo. Ela murmura algo sobre eu estar grande e duro que me faz sorrir.

Sem olhar, Kate me guia até seu centro quente e molhado. Ou melhor, encharcado. Ele desliza facilmente para dentro dela. Kate geme escondendo seu rosto em meu pescoço. Sua respiração irregular.

— Está tudo bem? – pergunto preocupado.

— Está, é só que... – ela me encara. – eu tinha me esquecido de como isso é bom. – Kate rir e me beija. Suas mãos sobem pelo meu peito até meu ombro e então ela desce, fazendo meu membro deslizar completamente para dentro dela.

Ela tinha razão. Isso aqui é bom demais.

Kate segura meus cabelos e começa a se mover, descendo e subindo sem pressa. Jogo minha cabeça para trás ao senti toda a sensação eu isso me causa. Está tudo diferente. Eu podia sentir cada parte dela deslizar pelo meu membro. Podia sentir seus músculos me apertando dentro dela.

Seguro sua cintura ajudando ela a se mover nesse mesmo ritmo. Além de torturante isso era excitante. Kate desce até o fim e começa a se mover para frente e para trás, me estimulando mais ao mesmo tempo que seu ponto mais rígido era estimulado contra a minha virilha. Seus gemidos começaram a ser mais forte, seus músculos se contraíram e eu sabia o que iria acontecer. Segurei ainda mais firme sua cintura intensificando seus movimentos. Não queria que ela se segurasse, queria que ela apenas se libertasse para mim.

O gemido preso em sua garganta escapa e seu corpo fica inteiramente tenso. Seus movimentos começam a ser firmes. Murmuro palavras sujas em seu ouvido, porque eu sei que isso a excita. Minhas mãos trabalhavam em sua cintura para continuar os movimentos e então ela explode mais uma vez.

Sinto seu liquido escorrer pelo meu membro que ainda lhe preenchia. Kate respirava pesado, mas não parou de se mover. Ela rebolava devagar sobre meu membro sem ter a menor ideia do que aquilo em causava. Kate ainda se recuperava se seu orgasmo, mas seu corpo já se preparava para outro. Ela me beija sugando minha língua para dentro da sua e rebola cada vez mais firme. Desço os beijos por seu pescoço até o meu alvo. Seus seios.

Mia suma vez eu os provo. Tenho certeza que nunca vou abusar do gosto que eles têm. Por estarem sensíveis eles causam ainda mais sensações na minha mulher que se remexia sem parar em cima de mim. Eu sabia que logo ela gozaria novamente e queria ter o prazer de sentir o seu gosto e minha boca. Kate segura meus cabelos com força e começa a se mover mais rápido, ela estava tão perto.

Seguro a base de suas coxas e a levanto o suficiente para sair de dentro dela. Kate me olha sem entender e resmunga. Podia ver a frustração em seus olhos, mas eu tinha meus planos agora. Peço para ela ficar de joelhos e escorrego por suas penas até meu rosto ficar embaixo dela. Kate entende perfeitamente o que eu quero fazer e sorrir quando eu puxo seus quadris para mim.

O cheiro dela é viciante, e o gosto nem se fala. Passo minha língua entre seus lábios sensíveis e ela se segura na cabeceira da cama, gemendo. Ela estrava incrivelmente molhada, o que era excitante até demais. Povo seu liquido me deliciando com seu sabor incomparável. Minha língua explora todas as partes de sensíveis, exceto uma, fazendo-a implorar para que eu a toque.

Seu nervo rígido estava inchado de tanto tesão. Passei apenas a ponta do dedo nele e Kate gemeu mais alto que o comum. Sorri, ela não era tão sensível assim antes. Decido acabar com sua tortura e a minha. Eu chupo sem parar até seu corpo tremer descontroladamente em cima de mim. E mais uma vez ela tinha chegado lá.

Ver o sorriso satisfeito no rosto da minha mulher não tinha preço. Eu a deitei de costas na cama e beijei o vão de seus seios. Sua pele suada tinha um gosto delicioso. Kate era deliciosa. Suas mãos seguram forte meus cabelos e me puxam para cima, beijando meus lábios.

— Amor, eu sei que era para mim estar satisfeita, mas... – eu rio e ela morde meu lábio.

— Você ainda não está satisfeita? – ela balança a cabeça.

— Pode apostar que não.

— Então deixa comigo.

Eu inicio um beijo apaixonado e afasto suas pernas, me posicionando no meio delas. Tão fácil quanto antes eu deslizo para dentro dela e começo a me mover devagar, sem pressa, assim como ela disse que seria a noite.

Afinal, nossa noite estava apenas começando.

 

KATE.

 

Acordei me sentindo estranha. Castle me abraçava por trás. Nossos corpos nus colados. Isso deveria ser um bom motivo para acordar bem, mas por algum motivo me sinto estranha. Tiro seu braço da minha cintura devagar e levanto, pegando sua camisa do chão e vestindo. Me apresso para fechar as cortinas para ele não acordar, já que é domingo e ontem nós fomos dormir super tarde.

Verifico no celular as horas e vejo que já passava das nove horas da manhã. Vou até o banheiro e me apoio na pia. Será que os enjoos voltariam? Fecho os olhos e respiro fundo, tentando controlar a ânsia que começava a crescer. Eu odeio vomitar. Essa com certeza era a pior parte da gravidez. Quando isso vai acabar?

Corro até o vaso e despejo tudo para fora.

Isso nunca vai acabar!

— Kate? – ouço Castle entrar no banheiro e logo ele está atrás de mim, massageando minhas costas.

— Posso te pedir um favor? – murmuro abaixando a tampa da priva e dando descarga.

— Claro que sim. O que é?

— Volta para o quarto. – passo a mão em meus cabelos e me sento no vaso.

— Não. – ele diz firme.

— Nós tivemos uma noite maravilhosa juntos... acho que isso não é uma coisa legal de se ver na manhã seguinte.

— Eu não ligo, já disse. – Castle acaricia meu rosto me fazendo sorrir. – você está bem? Passou o enjoo?

— Sim. Ontem foi pior...

— Tomou seu remédio. – balanço a cabeça.

— Depois do café. Aliás, estou morrendo de fome. – faço uma cara dramática e ele rir.

— Certo. Vou descer e ver o que tem para comer, estamos sem a Jenny hoje, então vai ser por minha conta.

— Então vai ser ótimo. Você cozinha super bem amor. – pisco para ele que sorrir convencido. – sabe o que você deveria fazer? Aquela chocolete que você inventou.

— Você querendo comer chocolete? – ele me olha sem entender, quase rindo.

— Eu não, seu filho. Sabe o que isso quer dizer? Que ele vai ser viciado em doces e nessas gororobas, igualzinho a você.

— Então já decidimos que ele vai ter um gosto especial. – ele pisca e eu sorrio batendo em seu braço.

— Vai logo.

Castle beija meu rosto e se levanta, saindo do banheiro. Respiro fundo e ouço a porta do quarto bater, só então eu levando e levanto a tampa da privada rapidamente. Outro enjoo.

 

♦♦♦

 

Depois de tomar um bom banho eu estava me sentindo melhor. Vesti uma blusa folgada de Castle e um short qualquer e fui até o quarto de Alexis. Já eram quase dez horas e ela ainda estava dormindo, sei que ela está cansada pois dormiu tarde ontem, mas no dia seguinte ela teria aula e tinha que dormir cedo.

Abri as cortinas de seu quarto, mas a ruiva nem se mexeu. Sorrio e me aproximo de sua cama. Como sempre Cosmo dormia ali perto, cuidando da menina. Sentei na beira da cama e puxei o cobertor, mais uma vez ela não se mexeu. Alexis estava dormindo tão gostoso, que pensei em deixa-la dormir um pouco mais, mas eu sei que ela vai dar trabalho na hora de dormir e só de pensar nisso eu já estou cansada. Mecho em seus cabelos e acaricio seu rosto, ela começa a resmungar, mas não acordar.

— Alexis, acorda. – beijo seu rosto. – vamos filha... já está tarde.

— Estou com sono. – ele resmunga mais uma vez sem abrir os olhos.

Puxo seu cobertor de cima dela e faço cocegas. A ruiva arregala os olhos e começa a choramingar implorando para que eu pare. Continuo minha ação até a menina gargalhar e dizer que já estava acordada e que já ia levantar.

Saio do quarto deixando uma Alexis de mal humor. É engraçado ver a ruiva chateada, já que ela quase nunca fica, exceto quando é acordada. Assim que chego no andar de baixo a mesa está quase pronta. Frutas, torradas, geleias, sucos, e um Castle sorridente com uma xícara de café nas mãos.

— Sua filha está de mal humor. – aviso sentando no meu lugar.

— Você acordou ela, não foi? – balanço a cabeça e ele chega por trás, beijando o lado do meu pescoço.

— Bom dia, meu amor. – ele murmura antes de morder minha pele exposta.

— Ótimo dia. – toco seu braço que rodeava minha barriga. Jogo um pouco minha cabeça para o lado, dando mais acesso ao meu pescoço. – eu já disse que amei nossa noite?

Castle rir contra a minha pele e eu me arrepio.

— Várias vezes. Inclusive até me agradeceu.

— Pode apostar que eu ainda vou agradecer muitas e muitas vezes. – sorrio provocante. Castle segura meu pescoço com sua enorme mão e puxa meu rosto para ele, invadindo minha boca com sua língua com gosto de café. – hmmmm... agora sim é um bom dia.

— Eca. – vejo a ruiva descer as escadas e se aproximar da gente.

— Bom dia para você também filha. – Castle debocha me fazendo rir e vai até a filha beijando as bochechas rosadas da menina.

— Não podemos passar o dia em casa dormindo? – ela pergunta com seus olhos pequenos de sono.

— Podemos, mas aí nós perderíamos um dia lindo. E nós temos que ir ao haras, esqueceu? Ou não quer mais ir?

— Quero. – ela se alerta e abre um sorriso. – tinha me esquecido que era hoje.

— Então toma seu café que eu vou preparar uma cesta para a gente fazer piquenique no fim do dia. O que acha? – Castle me encara animado.

— Eu acho ótimo.

Castle vai direto atrás de uma cesta me deixando sozinha com Alexis. Ela ainda tinha o rosto inchado de sono e comia silenciosa, provavelmente também pelo sono. Ainda era cedo para começar a se arrumar, então eu coloquei o meu plano em prática. Ontem minha noite com Castle foi maravilhosa, eu não pensei que podia ter tantos orgasmos em uma única noite. Só de lembrar disso, eu rio. Alexis me olha sem entender e eu peço licença, levantando da mesa com meu copo de suco numa mão e na outra o meu celular. Eu tinha planos para outra noite especial e só uma pessoa podia me ajudar.

Troquei mensagens com Lanie que prometeu fazer tudo do jeito que eu pedi. Nunca fui capaz de fazer algo assim para nenhum namorado, mas Castle valia a pena. E só de pensar o que ele diria de tudo isso, eu começo a ficar nervosa. Então eu decido começar a arrumar a mochila de Alexis com uma roupa extra porque eu sei que ela vai se sujar toda e aproveito para ligar para Jenny lembrando que eu levaria as meninas comigo.

 

♦♦♦

 

O dia hoje foi cansativo, bem mais cansativo que ontem. Tive que lidar com três crianças elétricas e mais uma que não era tão criança assim. Castle brincou com as meninas por todos os lugares. Eles corriam e riam como se esse fosse o melhor dia de todas as suas vidas, e eu tenho certeza que era. Alexis não estava mais de mal humor e de vez enquanto vinha até mim perguntar se eu e o pontinho estávamos bem. Eu amo esse lado cuidadoso dela, com certeza puxou do pai.

Enquanto eles corriam pelo gramado, eu fiquei sentada em cima da toalha do piquenique apenas observando eles. Josh logo chegou para me fazer companhia e me carregou para ver alguns cavalos que tinham chegado. Dia de laser, mas também de trabalho. Depois que almoçamos na churrascaria do lugar, Alexis começou a perguntar sem parar que horas iria andar a cavalo. Nós seguimos até a aérea coberta onde dois professores já nos esperavam. As gêmeas já sabiam andar a cavalo, mas era sempre bom ter alguém para ficar de olho nelas, então eu me ofereci.

Cada professor ficou com uma das gêmeas e eu fiquei com Alexis, relembrando novamente tudo o que ela tinha aprendido na primeira aula. Já faz tempo, mas a menina lembrava de tudo direitinho. Ela já não tinha medo dos cavalos maiores e queria correr, obviamente eu não deixei. Castle nos observava de longe gritando que Alexis estava indo bem e que ela era ótima. A menina sorria toda orgulhosa.

Quando finalmente chegamos em casa já estava anoitecendo. As gemes dormiram no caminho de volta e Alexis também estava lutando contra o sono. Mandei ela para o banho antes que ela dormisse de vez e coloquei sua roupa suja no roupeiro. Eu tinha razão. Ela se sujou inteira! Quando ela saiu do banho, mal deu tempo de vestir seu pijama e já caiu na cama dormindo. Ela estava realmente cansada. Esse fim de semana foi puxado para ela.

 

CASTLE.

 

— Olha só quem está em casa. – provoco minha mãe quando chego na cozinha.

Tudo o que eu queria era deitar em minha cama e assistir um filme junto com a Kate, mas decidi descer para pegar água e preparar a pipoca.

— Estou aqui a bastante tempo, mas vocês decidiram passar o dia fora de casa. – eu me aproximo e beijo seus cabelos ruivos.

— Achei que estava fugindo de mim. – brinco. – e nós fomos para o Haras. Alexis estava doida para andar nos cavalos e ainda me fez quase comprar um pônei. Se não fosse pela Kate...

— Alexis as vezes é tão exagerada quanto você. – minha mãe rir.

— Então... – pego meu copo de água e me encosto na ilha da cozinha, de frente para ela. – como estão as coisas com o Jackson?

— Estava demorando...

— O quê? Eu só perguntei como estão as coisas. Afinal, conheci ele ontem e ontem mesmo descobri que vocês estão apaixonados e vão morar juntos.

— Richard, você não está pronto para essa conversa. – ela ameaça se levantar e eu seguro sua mão por cima da ilha.

— Não, tudo bem. Me desculpe. Eu não queria falar essas coisas, mas... é tudo muito novo para mim. Não sabia que você queria recomeçar com alguém...

— Nem eu! Mas o Jackson apareceu e nós nos damos bem.

— Você o ama? – sou direto.

— Sim. – eu pude ver no fundo de seus olhos quase cintilantes que ela dizia a verdade.

— Então eu estou feliz por você. – abro um sorriso e rodeio a ilha para puxa-la para um abraço. – desculpa por ontem, eu só fiquei surpreso. Principalmente agora, eu contava com você para cuidar da Kate.

— Você não precisa se preocupar. – ela se afasta e me encara. – quando eu aceitei morar com ele eu disse que estaria aqui por vocês sempre que precisasse. Não vou deixar vocês na mão.

— Eu sei, mãe. Mas agora eu vou começar a viajar... os contratos estão assinados e eu não posso voltar atrás, mas eu também tenho que cuidar da Kate. Agora ela está bem, mas isso vai mudar....

— Vou estar aqui com ela sempre que você viajar, Jackson também estará por aqui e nós cuidaremos da Kate. Além disso tem a Jenny, os rapazes... ela vai ficar bem.

— Eu espero que sim... não aguentaria se algo acontecesse com ela.

— Nada vai acontecer. – minha mãe me abraça e eu escuto alguém descendo as escadas.

O que não vai acontecer?

Olho para trás e vejo Kate mexendo distraída na sua bolsa. Ela estava arrumada demais para alguém que ia dormir.

— Para onde você vai? – me aproximo.

— Ah, vou até o meu apartamento. Já estou aqui tempo demais e minhas coisas estão lá, então tenho que pegar algumas coisas e começar a embalar outras. – ela encontra a chave do carro e sorrir para mim. – você fica de olho na Alexis? Ela está dormindo feito uma pedra.

— Kate, deixa isso para amanhã. Estou cansado, você está cansada... não tem necessidade disso.

— Eu preciso muito pegar algumas coisas lá, amor.

Suspiro.

— Ok, então eu vou com você.

— Mas e a Alexis? – olho para trás, encarando minha mãe.

— Eu fico de olho nela, podem ir. – a ruiva pisca e Kate sorrir abertamente. Ela está feliz demais para alguém que conseguiu a minha companhia.

— Vou trocar de roupa. Mas fique sabendo que nós vamos só pegar o que você precisa e voltamos, amanhã nós começamos a embalar as suas coisas. – aviso e subo as escadas.

Só a Kate para me fazer ir até a cidade quando estou tão cansado. Essa mulher não cansa, não? Ela está gravida e nem assim ela para. Kate era um verdadeiro furacão. Subimos direto para o seu andar e esbarramos em Lanie. A morena estava nervosa e não quis parar para conversar, apenas deu um beijo em Kate e entrou no elevador.

Até pensei que tinha acontecido algo, mas Kate disse que ela veio só deixar a chave de seu apartamento que estava com ela. Eu não entendi o porquê disso, mulheres são estranhas, então apenas concordei e entrei no apartamento junto com Kate. Estava parcialmente iluminado por uma luz amarela que eu não conseguia ver, mas parecia ser de velas. Tentei acender a luz, mas Kate me impediu, me puxando até a sala.

Eu tinha razão, eram velas.

— Kate... – perco a fala ao ver tudo.

A sala estava coberta de velas que faziam um caminho até o seu quarto. Não sabia o que me esperava lá, mas eu já estava com vontade de chorar. Ela preparou tudo isso para mim? Não deveria ser ao contrário?

Kate sorrir e puxa minha mão, andando lentamente pelo caminho iluminado pelas velas.

— Eu sei que nós estamos cansados, mas eu queria fazer algo especial e não podia mais esperar. – ela para na porta do quarto e empurra a porta para que nós entrássemos.

O lugar estava todo coberto de pétalas de rosas, quase não lembrava o quarto dela. Como ela fez isso? Como teve tempo para isso? Lanie... sorrio ao imaginar a morena preparando tudo. Na cama as pétalas formavam uma palavra. Na verdade, uma pergunta.

QUER CASAR COMIGO?

Eu olhei aquela pergunta quase sem acreditar. Ela estava mesmo me perguntando isso? Ela queria mesmo casar comigo? Olhei para o lado e vi uma Kate sorridente. Seus olhos marejados e brilhosos. Ela estava quase chorando.

— Richard Edgar Alexander Rodgers Castle, casa comigo?


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