I Can't Love You escrita por Mrscaskett


Capítulo 80
Capítulo 80 — Vamos nos casar.


Notas iniciais do capítulo

Oieeee

Quaaase que eu não apareço aqui hoje haushuash Foi corrido para mim, mas dei um jeito de postar o cap que deveria ter postado ontem. Bom, aqui vai a outra parte da festa de Castle. Uma surpresa no final, espero que gostem.

Quero aproveitar e pedir desculpa por nao ter respondido ainda os comentarios, mas responderei assim que possivel. Realmente está corrido e estou me desdobrando para escrever mais.

Boa leitura, pessoal ♥



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KATE.

Castle tinha acabado de participar da sua coletiva de imprensa. Ele mal desceu do palco improvisado e suas fãs, sim todas mulheres, correram até ele pedindo fotos e autógrafos. O lugar estava lotado, parecia realmente uma festa. Fiquei em um lugar reservado para amigos e família onde tinha mesas, cadeiras e poltronas onde eu pude me sentar e observar cada mulher que se aproximava do meu homem.

— Que cara é essa? – Lanie e Jenny se aproximam, sentando ao meu lado.

— Porque elas precisam ser tão atiradas? – aponto com o olhar para a morena de cabelos longos que quase se jogou nos braços de Castle. – aquele abraço não está demorando demais, não? – pergunto, visivelmente incomodada.

Escuto a risada das duas ao meu lado.

— Kate, você vai ter que se acostumar com isso. – Jenny fala. – eu tenho uma amiga que é muito fã dele, ela disse que viria hoje e olha... sem querer te chatear, mas está rolando conversa que vão pedir autógrafos nos seios e...

— Ah, isso não vai acontecer. – eu a interrompo. – o único seio que Castle vai assinar essa noite vai ser o meu. – pisco para as duas que riem.

— Olha só, Katherine Beckett possessiva. – Lanie provoca. – mas você está certa, amiga. Tem que marcar território e mostrar que ele tem dona.

Sorrio olhando para ela e vejo Josh se aproximar juntamente com Demming. Me levanto e vou até o encontro deles.

— Ainda bem que vocês chegaram. – abraço Josh forte. – preciso de um favor.

— Nossa, nós não nos vemos a quase um mês e você já vem logo pedindo favor?

— Ah, cala a boca, Josh. – dou um tapa no seu braço de leve e cumprimento Demming.

— Do que você precisa, gata?

— Que você vá até Castle cumprimenta-lo. – aponto para o lado onde ele ainda recebia fãs. – e o tire de lá, porque todas aquelas mulheres estão me deixando louca.

— Nossa, mas ele está ainda mais gato hoje. – Demming diz me provocando.

— Se você quiser eu vou até lá, mas eu fugirei com ele. – Josh entre no jogo e eu bufo.

— Vocês dois são os piores amigos, sabiam? – assim que me calo ouço a voz de Serena pedindo para os fãs fazerem um fila pois Castle logo começaria a autografar os livros, então eu o vejo se despedir de alguns fãs e seguir em nossa direção. – problema resolvido. – sorrio para os dois, que riem de minha cara.

— Pessoal, que bom que chegaram. – Castle aperta a mão dos dois. – eu não vou poder dar muita atenção para vocês agora, mas depois eu a gente pode sair para jantar no meu restaurante, que tal? Por minha conta.

— Será ótimo. Até lá a gente segura essa ferinha ciumenta. – Josh aponta para mim e Castle me olha com um sorriso debochado no rosto.

— Pensei que já tínhamos passado dessa fase. Você ainda está com ciúmes das minhas fãs?

— Você ainda tem ciúmes do Will? – rebato e ele fecha a cara. – é a mesma coisa, amor. – provoco e beijo rapidamente o canto de sua boca.

— Ok, casal, agora nós vamos falar com o restante do pessoal, até mais. Castle sua festa está ótima.

Castle agradece sorridente. Os dois se distanciam e ele me puxa para perto e deixa nossos rostos bem próximos.

— Você vai dar autógrafos agora e eu espero que esteja sendo claro quando digo que você dará autógrafos nos livros. Apenas, nos livros. Nada de seios, pernas, braços ou qualquer outra parte do corpo, ok?

Ele rir.

— Ok, minha mulher ciumenta.

— Ótimo. Você pode até dizer que tem uma mulher ciumenta, eu não ligo. O importante é não autografar partes de corpos de mulheres atiradas. – cerro meu olhar. – eu estava de olho em você, e suas fãs são muito atiradas.

— Nenhuma delas chegam aos seus pés, meu amor. Você é a minha fã mais linda e mais gostosa. – ele sussurra a última parte próxima ao meu ouvido, me fazendo arrepiar. – e eu não vejo a hora de poder matar a saudade que eu sinto de você.

Papai...— Alexis se aproxima e eu me afasto de Castle. Eu já estava com vontade de carrega-lo para qualquer lugar e tê-lo só para mim. Os hormônios da gravidez estão começando a fazer efeito. — quando nós vamos tirar mais fotos?

Castle me encara e rir.

— Nós já tiramos fotos quando chegamos, Alexis.

— Mas eu quero mais. – a menina insiste. Castle me encara pedindo ajuda, reviro os olhos e encaro a ruiva.

— Filha, hoje o dia é do seu pai. Já tiramos fotos quando chegamos...

— Mas nós vamos repetir um dia?

— Um dia. – eu confirmo acariciando seu rosto.

Paula chama por Castle e ele balança a cabeça confirmando algo que eu não tinha entendido.

— Meninas eu preciso ir. – ele se abaixa e beija a filha, depois faz o mesmo comigo. – Alexis obedece a sua mãe, e você... – ele me puxa para perto. – para ser ciumenta porque eu não tenho olhos para mais ninguém.

— Acho bom. – murmuro baixinho e ele rir.

— Nos vemos daqui a pouco. – ele me beija rápido e sai.

Pego Alexis pela mão e insisto para ela beber um suco ou comer algo, já que ela só tinha almoçado hoje. A menina bebe um gole do suco e sai atrás das amigas, que já tinham feito amizades com mais três crianças que estavam ali.

— E você? Já comeu alguma coisa? – Martha pergunta baixinho do meu lado.

— Comi meio sanduiche antes de sair de casa, mas a sua neta insiste que vai esperar a pizza mais tarde. – reviro os olhos e Martha rir.

— Igualzinha ao pai, adora uma besteira. Mas mesmo assim você vai comer... – Martha serve alguns frios para mim. – não quero ver você passando mal novamente e nem que meu neto fique com fome. – eu sorrio agradecida. – agora coma, eu quero te apresentar algumas pessoas.

 

CASTLE.

 

— EU NÃO ACREDITO, É O RICK CASTLE MESMOOOO. – ouço uma voz gritar animada e levanto o olhar. A jovem garota loira pula animada e eu rio. Alguns fãs tinham mesmo essa reação. Estendo a mão para alcançar seu livro. – eu não acredito que finalmente estou te conhecendo. É meu sonho. Eu sou sua fã. A maior fã de todas. Posso te dar um abraço?

Ela começa a falar sem parar.

— Claro que sim. – me levanto e dou a volta na mesa e abraço a garota. Ela não parecia ter mais do que vinte e cinco anos.

— Eu não acredito que isso está realmente acontecendo. – ela me aperta forte em seus braços. O abraço dura mais alguns longos segundos e começa a ser constrangedor. Eu rio sem graça e a afasto.

— É um prazer te conhecer também. Então.. para quem eu devo dedicar? – tento voltar para o meu lugar, mas a garota segura meu braço.

— Eu prefiro que você assine aqui. – ele joga os cabeços para trás e o decote aparece ainda mais. Minha nossa, Kate me mataria se visse uma cena dessas. Sorrio sem graça e olho para os lados, tendo certeza que não tem ninguém olhando, principalmente a Kate.

— Ok... – suspiro nervoso. – os autógrafos hoje são apenas nos livros.

— Ah, mas eu sou sua fã a tanto tempo... não pode fazer uma exceção?

— Desculpe. – forço um sorriso. – eu sou casado.

— Mas eu não tenho ciúmes. – ela insiste.

— Mas ela tem. – aviso e acabo rindo pensando na cena que Kate faria se visse isso. – então, qual o seu nome? – pergunto já voltando para o meu lugar na mesa e abrindo o livro.

— Bom, nesse caso você pode dedicar para Lily... – eu assino o livro e devolvo para ela. Esperta, ao mesmo tempo que ela pega o livro, deposita o cartão em minha mão. – para o caso de mudar de ideia e querer se divertir. – ela pisca e se afasta.

Olho o cartão e vejo o número de seu celular escrito. Balanço a cabeça negativamente, guardo o cartão no bolso e chamo a próxima fã.

 

 

 

 

— Nossa, estou acabado. – digo quando a última fã sai. – tudo o que eu quero agora é um belo Whisky.

Paula rir ao meu lado e chama o garçom. Pego um copo de Whisky em sua bandeja e bebo um grande gole.

— Você fez um ótimo trabalho, Rick. Agora vamos para o coquetel de recepção com seus convidados. – ela aponta área reservada para família e amigos.

Eles estavam animados, conversavam e bebiam. Suspirei ao pensar que teria que ficar ali por horas conversando bobeira com pessoas que eu não vejo a meses, ou anos.

— Ok, eu vou falar com todos rapidamente e depois vou me retirar. Preciso ir para casa e descansar. – digo e termino de beber meu Whisky.

Não espero Paula falar mais nada e vou em direção aos meus amigos. Falo com algumas pessoas no caminho, mas trato de me despedir logo ao ver Kate conversar animadamente com Will. Me aproximo e coloco a mão em sua cintura. Kate se assusta, mas sorrir ao me ver.

— Oi, meu amor. – ela beija meus lábios rapidamente. – já acabou?

— Sim. – sorrio e olho para Will, cumprimentando-o. – como está?

— Estou ótimo. – ele sorrir apertando a minha mão. – sua festa está ótima, Castle. Parabéns pelo retorno.

— Obrigada. Agora... posso roubar a Kate um momento?

— Claro. Eu vou falar com o restante do pessoal. – ele sai e eu fico de frente para Kate. Ela sorrir abertamente me encarando e me fazendo rir também.

— O quê?

— Gostei de ver... educado, gentil... escondeu o ciúme, muito bem. – ela zomba e eu reviro os olhos.

— Estou tentando. – jogo os ombros. – toma...

Pego o cartão do bolso do paletó e lhe entrego. Kate encara o objeto sem entender e me olha.

— O que é isso?

— É o número de uma fã. – digo calmo e ela arregala os olhos. – ganhei outros também, mas joguei fora. Guardei esse só para te dar.

— Lily? Nome de puta, não acha? – ela diz séria. – O que você espera que eu faça com isso?

— Não sei. – dou os ombros e seguro o riso. Ela estava visivelmente com ciúmes. – faça o quiser.

— Sabe o que eu deveria fazer? – pergunta encarando o papel. – eu deveria ligar para essa vaca e mostrar que você já tem mulher em casa e não precisa de mais ninguém.

Eu não me aguento e rio. Rio alto. Kate tinha muitas versões, mas a ciumenta era a melhor de todas. Seguro sua cintura firme e a puxo para perto.

— Eu adoro te ver assim, toda cheia de ciúmes. – beijo o canto de seus lábios.

— Hm... – ela murmura fazendo um bico e começa a rasgar o cartão. – eu espero que essas suas fãs não se acostumem a ficar te dando números e bilhetinhos.

— Fica tranquila que eu vou guardar todos para te dar, ok?

— Não, eu quero que você jogue todos no lixo. Se eu ver algum desses bilhetes quando não estiver tão calma, você pode ter certeza que eu vou ligar para cada uma e falar poucas e boas.

— E você está calma agora?

— Ah, pode apostar que sim. – eu rio e a beijo.

— Olha, eu tenho que ir falar com algumas pessoas, mas quando eu voltar a gente pode sair de fininho e ir jantar, o que acha?

— Acho ótimo. – ela sorrir.

— Você está bem? Não sentiu tontura ou enjoo?

— Eu estou ótima, Castle. Vai cuidar dos seus convidados que eu vou atrás da nossa filha que se meteu em algum lugar... – ela olha para os lados procurando a menina.

— Não demoro.

Eu a beijo rapidamente e saio, cumprimentando algumas pessoas próximas.

O pior dessas festas é conversar e sorrir como se tudo estivesse bem. Mas eu estou cansado de sorrir e tudo o que eu quero é jantar com meus amigos, conversar, beber e curtir a minha mulher. Paula me acompanha enquanto eu converso com outros editores e escritores.

 

KATE.

 

— Preciso de uma vodka. – digo me sentando ao lado de Lanie, que me olha estranho. – mas eu vou querer um suco. – me adianto e ela rir.

— Ótimo, vou pedir ao garçom. – ela se levanta, faz o pedido ao garçom que passava por ali e volta. – o que houve?

— Fãs taradas dando o telefone para o meu homem. Não sei se estou pronta para isso. – choramingo e ela rir.

— Eu já falei que você precisa marcar território, mostra que vocês estão juntos e se amam. As fãs passarão a gostar de vocês juntos e não vai mais ter esse tipo de problema.

— Você parece que tem experiência no assunto...

— Namorei um cara de uma banda uma vez, ele popular então eu tive que dar o meu jeito. – ela pisca e eu rio.

— Mamãe... – Alexis se aproxima e sobe em meu colo, encostando a cabeça no meu peito.

— Oi, meu amor, cansou? – ela balança a cabeça. – e está com fome?

— Um pouco, mas eu não gostei das comidas daqui. – ela inclina a cabeça um pouco fazendo careta. Eu rio e arrumo o laço em seus cabelos.

— Daqui a pouco nós vamos embora e você vai poder comer sua pizza, ok? – ela balança a cabeça de novo e se aconchega em meus braços. Esposito chama Lanie, que mesmo sem querer, vai até ele.

— Eu posso ficar aqui? Ou eu vou machucar o pontinho? – Alexis pergunta depois de um tempo e eu sinto sua mão tocar de leve minha barriga. Eu encaro seu contato e meus olhos se enchem de lágrimas. Isso com certeza também já é efeito dos hormônios! Nunca fui de chorar tão fácil.

— Você não está machucando ele, meu amor. Pode ficar. – eu a aperto em meus braços e fecho os olhos.

Eu estava com meus dois filhos ali, agarrados em mim, protegidos. Não tem coisa melhor. O cuidado que Alexis tinha comigo e com o pontinho me emocionava, nem toda criança reage tão bem a uma gravidez. Ela definitivamente era o meu presente de Deus, a luz que iluminou a minha vida e me fez querer ser mãe mais uma vez.

Quando abro os olhos novamente vejo Castle nos olhando de longe. Limpo o canto do meu olho por onde uma lágrima descia solitária.

— Mãe, nós não vamos chamar meu irmãozinho de pontinho, né? – pergunta inocente e eu rio.

— Não.

— Então eu posso escolher o nome? – ela me encara.

— Se você não tiver o gosto estranho para nomes igual ao seu pai, acho que sim.

— Eu quero que ela se chame Emma. – eu sorrio.

— Emma é um nome bonito. Mas e se for menino?

— Cosmo. – ela é rápida. Eu arregalo os olhos e a menina solta uma gargalhada. – o papai me deu dez dólares para dizer isso. – ela rir mais.

— Ah, é? Então a senhorita não vai mais poder escolher o nome do bebê. – digo fazendo cocegas nela que rir se contorcendo em meu colo.

— Mamãe, cuidado para não machucar o pontinho.

— Agora você pensa nele? Na hora de colocar um nome de cachorro no irmão, você não pensou né?

— Desculpa. – ela controla o riso. – eu só queria pegar dinheiro do meu pai, eu não quero que ele tenha nome de cachorro.

— Sei... – eu a encaro desconfiada e ela me abraça. – só te perdoo porque você é a coisa mais linda do mundo. – aperto suas bochechas. – e eu te amo muito, meu amor.

— Eu também te amo, mamãe. Muito, muito. – eu a aperto em meus braços.

Nós ficamos agarradinhas por um tempo até Josh se aproximar, sentando ao nosso lado e Alexis logo se endireitou para conversar com o seu tio.

— Tio Josh, você sabia que amanhã eu vou para o Haras com a minha mãe e o meu pai? Eu vou andar nos pôneis de novo. – ele diz feliz enquanto eu acaricio seus cabelos.

— Bom, nesse caso eu vou estar lá também. – ele sorrir. – você monta bem Alexis, deveria começar nas aulas de equitação.

Reviro os olhos e a menina me olha animada. Eu sabia o que viria em seguida.

— Eu posso mãe?

— Vamos ver. Se você montar bem amanhã eu posso ver alguns horários nas férias.

Josh começa a falar sobre como vai ensinar a ela a montar melhor que eu e vai fazer dela uma campeã no hipismo. É só questão de tempo para Alexis querer ser isso quando crescer. Campeã de hipismo, modelo e veterinária. Eu rio e puxo a ruiva para um beijo, praticamente amassando o seu rosto.

— Olha só quem eu encontrei... – Castle se aproxima acompanhado do pequeno David e seus pais.

— David. – Alexis diz animada e se levanta indo abraçar o garoto. Não nos deu tempo nem de falar com o garoto e já o puxou para se juntar as amigas e brincar.

— Hanna, que bom que vieram. – me levanto cumprimentando o casal e apresentando Josh.

— Nos desculpe chegar no fim, mas estávamos em outro compromisso. Passamos apenas para cumprimentar vocês. – Marco diz simpático. David era uma pequena cópia do seu pai. Eles se apreciam em tudo fisicamente. O cabelo, os olhos, o sorriso, os jeitos. Por um momento fiquei imaginando se o pontinho seria assim.

— Não se preocupem. – Castle se adianta. – eu vou conversar com mais algumas pessoas e estou liberado das minhas obrigações. Estávamos pensando em comer algo, que tal?

— É uma ótima ideia. – o loiro mais velho diz e Castle sorrir, pedindo licença em seguida.

— Kate você está linda. – Hanna se aproxima já me puxando para um abraço. – e parabéns... – ela sussurra em meu ouvido e eu a encaro sem entender.

— Porque?

— Alexis me contou. – ela abre um sorriso e continua. – ela me fez prometer guardar segredo, mas eu fiquei muito feliz. Vocês são uma família realmente bonita. Desejo felicidades a vocês e muita saúde para você e para o seu bebê. – ela olha para baixo e toca levemente minha barriga.

— Obrigada, Hanna. Nós não contamos para ninguém ainda, então...

— Oh, pode deixa. Minha boca é um túmulo. – ela pisca e eu sorrio agradecida.

Apresentei Hanna a todo o pessoal, e logo estávamos só nós mulheres conversando de um lado e os homens de outro enquanto as crianças corriam pelo lugar. De vez enquanto eu corria meus olhos pelo lugar e encontrava Castle olhando para mim. Ele conversava com as pessoas, mas seu olhar sempre me procurando. Sorrio com a forma apaixonada que ele me olha e volto minha atenção para minhas amigas.

Estava voltando do banheiro quando senti suas mãos agarrarem minha cintura e me puxarem para perto. Castle afasta meus cabelos e beija minha nuca fazendo meu corpo inteiro se arrepiar. Sorrio e me viro para ele, que tinha um sorriso lindo e satisfeito no rosto.

— Já podemos ir. Eu falei com quem eu tinha que falar, e agora eu sou todo seu. – murmura aproximando nossos lábios.

— Ótimo... estou com fome. – ele rir e me encara.

— Está cansada também?

— Não, só com fome. Preciso muito de um pedaço de carne bem gostoso. – fecho os olhos mordendo meu lábio ao me imaginar comendo aquilo.

— Ok, isso pode ser desejo de grávida, mas você mordendo o lábio assim... – ele segura meu queixo e desprende meu lábio. – é provocante...

— Agora eu quero outra coisa. – murmuro e ele rir, sabendo exatamente do que eu estou falando. Ou querendo.

Castle olha para o lado e de repente fica sério.

— Porque a minha mãe está beijando aquele cara?

Me viro e vejo Martha e Jackson em meio a um beijo apaixonado. Sorrio. Eles pareciam mesmo felizes juntos.

— Ele é o namorado da sua mãe.

— Mas isso não dá o direito de ele beijar ela assim... Kate, isso é nojento!

— É o que as pessoas apaixonadas fazem, Castle. Elas beijam. Assim... – seguro seu rosto com as duas mãos e o beijo.

— Kate! – ele protesta, mas logo para de falar me beijando de volta.

 

CASTLE.

 

— Se comporta, eles estão vindo. – Kate avisa e eu vejo minha mãe se aproximar com seu novo namorado.

Ela já teve outros namorados antes, mas esse era diferente. Ela fez mistério sobre ele durante meses, e só agora resolveu nos apresentar. Então tinha alguma coisa estranha nessa história.

— Richard. – minha mãe me chama sorridente quando se aproxima. – deixa eu te apresentar o Jackson... – ela aponta para o homem ao seu lado.

— Ah, então você é o vizinho que foi bater na minha porta mas nunca voltou para falar. – brinco e Kate me cutuca. – o quê? Foi assim que vocês se conheceram, não?

Jackson rir.

— Bom, sim. Mas na verdade eu não queria falar com você. Eu vi sua mãe de longe e achei ela muito bonita, então arrumei uma desculpa qualquer para vê-la. Sorte a minha que ela atendeu a porta naquele dia.

— Own, o encontro de vocês foi bonito. – Kate diz melosa e eu reviro os olhos, encarando o casal na minha frente. A forma como ele olhava para minha mãe era diferente. Os antigos namorados dela nunca olharam assim para ela.

— Então tudo foi um plano para conquistar a minha mãe. – Kate me cutuca mais uma vez.

— Se você quiser colocar assim... – ele diz com um sorriso no rosto.

— Jackson não liga para o Castle, ele é ciumento com a mãe, a filha e comigo. – ele rir.

— A Martha me alertou sobre isso, mas eu não me incomodo. Também tenho ciúmes do que é meu. – ele diz me encarando e forço um sorriso.

— Eu combinei com uns amigos de jantarmos depois daqui, venha também Jackson. Quero conhecer melhor o namorado da minha mãe.

— Claro que sim.

— Ótimo. Eu e Kate vamos saindo agora.. mãe você vem com a gente ou...

— Eu vou com Jackson. – ela se adianta.

— Certo.

Nós nos despedimos rapidamente deles e vamos até nossos amigos. Faço um aviso rápido de que já estávamos indo e saio na frente para pegar o carro, Kate fica para encontrar Alexis e me esperar na porta lateral da livraria. O motorista que veio nos deixar me entrega a chave do carro e eu o dispenso, eu mesmo iria dirigir daqui para frente. Espero alguns longos minutos sozinho quando vejo Kate sair do lugar segurando a mão de Alexis. A ruiva contava algo para Kate que sorria e concordava com ela.

Saio do carro e atravesso a rua, encontrando elas na calçada. Alexis diz algo sobre estar cansada e com os pés doendo e eu não vejo outra escolha a não ser segurar a menina no colo. Já estava ficando complicado andar com ela assim. Alexis cresceu desde que chegou e ficou mais pesada também. Kate caminha ao meu lado com a mão em meu ombro até chegarmos no carro. Coloco Alexis no chão e abro a porta para a ruiva e depois para Kate, mas antes dela entrar eu a seguro. Kate se vira sorrindo para mim.

— O quê? – ela pergunta quando eu não falo nada. Eu queria apenas olhar para ela. Eu tenho sorte de tê-la aqui.

— Foi muito bom te ter comigo hoje. Com certeza sem você eu não estaria aqui agora...

— Pode apostar que eu estarei em todas as suas festas e lançamentos de livros. Eu tenho muito orgulho de você, amor.

Eu a puxo para um beijo e ouço Alexis reclamar.

— Vocês vão ficar namorando? Eu quero pizza! – Kate rir e me dá um último beijo antes de entrar no carro.

Chegamos no restaurante quase no mesmo instante que Esposito, Lanie, Ryan, Jenny e as gêmeas. Olhei para trás e vi Alexis cochilando, Kate sorriu e disse que ia acorda-la. Assim que saí do carro fui atacada por dois furacões loiros. Me abaixei para abraçar Ana e Jolie, que pelo visto estavam com saudade de mim também. Logo nós entramos e ocupamos uma mesa perto de uma área onde as crianças estavam brincando.

Aos poucos o restante do pessoal foi chegando e a mesa foi aumentando. Minha mãe e o namorado, os pais de David, e Josh com Demming. Esse era nosso novo ciclo de amigos, pessoas que eu aprendi a confiar e admirar. Conversei bastante com Marco, pai do David, e ele era realmente um cara legal. O jantar todo foi regado a risadas e um ótimo vinho. A muito tempo não me sentia feliz como hoje. Em Nova Iorque meu ciclo de amigos se restringia apenas a um casal que eu e Gina saiamos as vezes, mas acabamos nos distanciando quando ela ficou doente. Mas agora eu estava aqui, com uma mulher incrível do meu lado, minha filha risonha enquanto brincava e amigos que eu levaria para sempre.

— Atenção... – minha mãe levanta segurando sua taça de vinho tinto. – eu queria dizer algumas palavras.

Ela olha para Jackson que balança a cabeça como se encorajasse a ruiva a falar alguma coisa.

— Não faz muito tempo que eu estou aqui, mas já descobri que essa cidade veio para prender toda a família aqui. Primeiro meu filho e depois eu. – ela brinca e nós rimos. – Sei que nem todos aqui me conhecem, mas eu estou feliz em dividir esse momento com vocês e anunciar que... – ela segura a mão do namorado, que levanta. – Jackson e eu vamos nos casar.

— O QUÊ?! – minha voz sai alta.

— Bom, não casar, casar. Mas nós vamos morar juntos.

— Mãe!

— Richard, os dramas familiares em casa, agora... – ela ergue a taça. – agora vamos comemorar.

Todos na mesa vibram e eu encaro Kate, que tinha um sorriso divertido no rosto. Ela rir e se aproxima, beijando minha bochecha.

— Sua mãe está feliz, fique feliz por ela também. – ela murmura antes de se afastar e eu coloco um sorriso no rosto.

Todos levantam e cumprimentam os dois desejando felicidades, mas eu não consigo sair do lugar. Ela conhece esse cara a tão pouco tempo e já querem casar? Nós acabamos de conhece-lo! Eu nem sei se gosto dele.

Kate cumprimenta minha mãe, mas eu fico no mesmo lugar. Sinto o olhar duro que ela lança para mim, mas não me incomodo. Eu não concordo com essa decisão, e com certeza não deixaria minha mãe ir morar na casa de um estranho.

Fiquei em silencio o restante da noite, respondendo apenas o que me perguntavam. Kate ainda me encarava feio, mas eu fingi que não era comigo. Me levanto dando uma desculpa qualquer de que iria ver as crianças, que não estavam tão longe assim da mesa, mas eu precisava andar um pouco.

Me sentei em um banco um pouco distante da nossa mesa e fiquei olhando o nada. Precisava de tempo para pensar em tudo isso. Minha mãe estava louca. Ela já namorou outras vezes, por anos, e nunca quis morar com nenhum namorado. Ela tinha sua própria casa e gostava da liberdade, porque mudar isso agora?

— Posso? – ouço a voz de Jackson e não me dou o trabalho de responder. Mesmo assim ele senta ao meu lado e respira fundo. – eu sei que você não gostou da ideia de sua mãe morar comigo...

— Isso não vai acontecer. – sou direto.

— Olha, eu sei que nós só nos conhecemos hoje, mas isso não foi escolha minha e sim da sua mãe. Ela não quis marcar um jantar como eu tanto pedi, não me deixou ir falar com vocês quando teve aquela apresentação da Alexis na escola e muito menos me deixava sair do carro quando eu ia busca-la em sua casa.

— Eu nunca entendi isso. Já conheci outros namorados dela antes, porque ela escondeu tanto você?

— Também não entendia, ela só sabia dizer que era diferente. – eu sorrio irônico. – Eu só quero que saiba que eu tenho um profundo sentimento por sua mãe. A muito tempo eu não encontro uma mulher tão interessante quanto ela... e eu a amo.

Por aquilo eu não esperava. Eles se amam? A quanto tempo eu não converso com minha mãe? Me perdi no tempo? Aquilo estava casa vez mais confuso, mas pela primeira vez eu percebi que estava tão preocupado com minha vida que não prestei atenção na minha mãe. Nós não conversamos mais como antes.

— Vocês se amam? – eu o encaro.

— Sim.

Fico em silencio por um tempo tentando assimilar tudo aquilo. Eles se amam e vão morar juntos. Eu não posso atrapalhar isso.

— Eu espero que você faça a minha mãe feliz. – me viro para ele e estendo a mão, como um sinal de paz.

Jackson rir e aperta minha mão.

— Richard sua mãe me deu a vida novamente, ela me faz feliz todos os dias e eu luto diariamente para fazê-la tão feliz quanto...

— Ótimo. – sorrio. – vamos voltar para a mesa? Kate deve estar querendo me matar.

— Sim, claro. Mas antes... – ele me impede de levantar. – eu queria dizer que sua mãe tentou recusar a ir morar comigo porque vocês iam precisar dela agora. Ela não me deu muita explicação mas... bom, eu quero que você saiba que a Martha vai estar lá quando vocês precisarem. E eu também vou.

— Muito obrigada, Jackson. Eu realmente vou precisar. – sorrio agradecido e ele se levanta, abrindo os braços para um abraça que eu retribuo.

Os olhares surpresos de minha mãe e Kate nos encontram, mas não falamos nada. Sento em meu lugar e sorrio para a minha mulher, que sorrir de volta satisfeita por eu ter me acertado com meu novo pai.


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Notas finais do capítulo

Até breve ♥



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