I Can't Love You escrita por Mrscaskett


Capítulo 70
Capítulo 70 — Uma veterinária e um bombeiro.


Notas iniciais do capítulo

Olá crianças, como estão? Em comemoração ao dia de vocês eu vim trazer um presente...

AHUHASUHASUASU

Gente aqui está mais um cap e espero que vocês gostem. Bom, antes que leiam eu vou logo avisando que a conversa entre Kate e Meredith vai ser apenas no proximo. o cap saiu maior do que eu planejava e eu nao gosto muito de postar cap longo demais.

Então o presente é; hoje tem cap e no fim de semana também. o/o/o/

Felizes?

Aproveitem e boa leitura ♥



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CASTLE.

A vida dá voltas.

As vezes nós não entendemos porque, mas sempre tem um motivo.

E eu descobri isso quando conheci a Kate.

Hoje podia ser facilmente considerado o dia mais feliz da minha vida, mas eu não vou intitula-lo assim. Esse foi um dia importante, um dos mais importantes da minha vida. Não planejei nada, assim como tudo o que aconteceu comigo até agora. Esse foi mais um dia sem planos, mas que tinha tudo para ser perfeito.

Depois de todos esses meses, eu descobri que tudo o que aconteceu comigo até agora tinha que acontecer. Eu tinha que sair de Nova Iorque. Eu tinha que vir morar em uma cidade estranha. Eu tinha que conhecer a Kate. E, principalmente, eu tinha que me apaixonar por ela. Mas infelizmente, para tudo isso acontecer, a Gina teve que ir. Antes eu não sabia, eu não entendia, ou talvez eu não quisesse entender. Mas tudo tinha que acontecer exatamente como aconteceu até agora.

Era o meu destino.

E eu não sou o tipo de pessoa que contraria o destino!

Não pensei que fosse me sentir tão bem jogando as cinzas da Gina pelo rancho. Mas esse era o passo que faltava para eu superar de vez o que tinha acontecido e seguir em frente com minha vida.

Achei essa pequena trilha enquanto andava pelo rancho. Sempre fui curioso, então não parei até ver onde aquilo dava. Kate ainda estava em Nova Iorque e eu precisava fazer algo que me fizesse gastar energia ou eu enlouqueceria, então eu caminhei. Caminhei sem destino até encontrar o lugar lindo que ninguém sabia que existia. No momento em que subi naquela pedra alta e vi a paisagem, me senti relaxado. Senti como se nada mais importasse. Fechei os olhos e apenas senti o vento, e naquele momento decidi que seria ali onde as cinzas da Gina seriam jogadas.

O vento se encarregaria de espalha-la por todo lugar.

Quando tudo acabou eu me senti leve. Livre. Como se um grande peso tivesse saído de minhas costas. A culpa que eu sentia por não poder ajuda-la se foi. Consegui sentir a emoção tomar conta de todo o meu corpo até meus olhos marejarem, mas eu não chorei. Senti os braços de minha filha me agarrarem com força e a peguei no colo. Fiquei feliz de ela estar aqui. Feliz de ela querer estar aqui. Sem dúvidas esse momento não seria perfeito sem elas.

Abracei Alexis e quase me senti completo. Olhei para trás e vi Kate. O sorriso em seu rosto fez meu coração disparar como todas as vezes que eu a vejo. Seus olhos brilhavam e o verde ficou cada vez mais evidente. Estiquei meu braço e a chamei para perto. Assim que eu a abracei eu me senti completo. Não faltava mais nada para eu ser feliz. Agora eu sinto como se eu fosse capaz de tudo, só por ter as duas ao meu lado. Há muito tempo eu não me sinto assim, capaz de fazer o impossível.

Agora eu me sinto pronto para tudo o que vai acontecer daqui para frente.

— Boa tarde. – cumprimento a ruiva que fica na recepção da clínica. – a Kate está?

Ela abre um sorriso e pega o telefone.

— Sim, Senhor Castle. Ela pediu para eu avisar quando o senhor chegasse.

Antes que eu possa agradecer a voz de Lanie se faz presente.

Hoje também é dia de acompanhar a esposa ao trabalho?— olho para o lado e vejo a morena se aproximar. Sorrio e a cumprimento.

— Não brinca assim que ela fica louca.

— Eu sei. – ela pisca e eu rio. – Maggie não precisa ligar para a sala de Kate, eu vou acompanhar o Castle até lá.

A ruiva desliga o telefone e nós começamos a andar para dentro da clínica.

— Será que ela está atendendo algum paciente? Eu posso esperar lá fora...

— Não, ela está na sala de descanso... Kate disse que não estava se sentindo bem, então ia deitar um pouco.

— O que ela tem? – paro de repente e faço a morena me encarar.

— Acho que uma dor de cabeça... não tivemos muito tempo para conversar hoje. – ela começa a andar novamente e eu acompanho. – ela mudou todos os pacientes dela para atender agora pela manhã, disse que tinha uma coisa importante da Alexis que não podia perder.

Sorrio.

— É uma apresentação na escola, mas a Kate não perderia por nada... e nem eu. – confesso e Lanie rir.

— Ela está se saindo uma boa mãe, não acha? – a morena me encara e meu sorriso só aumenta.

— A melhor. – admito. – não sei quando ela aprendeu a ser mãe, mas ela também me faz ser um pai melhor.

— Uma mulher sabe ser mãe no momento em que se torna uma. – Lanie para de frente a porta e sorrir. – ela está ai dentro... não façam besteiras. Aqui não é nenhum hospital onde as pessoas fazem coisas no quarto de descanso. – ela sai e eu rio.

Abro a porta devagar, sem bater. Kate está deitada com o braço cobrindo os olhos. Parecia estar dormindo. Observo ela por alguns segundos com receio de acorda-la. Se ela estava mesmo com dor de cabeça, a última coisa que eu quero é incomoda-la. Lentamente eu me aproximo e sento na ponta da cama. Toco sua mão que estava em cima da barriga e a chamo.

— Kate? – murmuro baixo e ela sorrir.

— Oi. – ela diz tirando o braço do seu rosto e pisca alguma vezes até firmar seu olhar no meu. – que horas são?

Sua voz sonolenta e arrastada me faz rir.

— O que foi? – ela me encara sem entender.

— Nada. – digo e me deito na cama apertada junto com ela. Kate deita de lado e eu colo meu peito em suas costas, agarrando sua cintura. – não é nada... você está bem? – murmuro em seu ouvido.

— Só uma dor de cabeça. Já tomei remédio... – fico em silencio e ela continua. – nós não vamos almoçar?

— Não. – digo e ela levanta a cabeça, me encarando por cima do ombro.

— Não? Mas eu estou com fome... – ela protesta e eu sorrio.

— Fica tranquila que eu vou ligar para o restaurante para mandar alguma coisa... você tem alguma preferência? – ela balança a cabeça negando. – ótimo, então descansa.

— Nós temos que ir à escola da Alexis...

— Eu sei, e nós vamos. Agora descansa... quando a comida chegar eu te chamo e nós vamos, ok? – ela balança a cabeça e voltar a deitar, se aconchegando ainda mais em meus braços.

 

♦♦♦

 

A vantagem de ser um dos donos de um restaurante é que eu sempre tenho preferência nos pedidos. O restaurante nem faz entregas, mas eu pedi que mandassem assim mesmo. Não demorou para que a comida chegasse. Saí da cama deixando uma Kate completamente adormecida. Ainda faltava uma hora para começar o evento na escola da Alexis, então iria deixar ela dormir por mais alguns minutos.

Arrumei a comida na pequena mesa que tinha no quarto e deixei próximo a cama. Não era um lugar apropriado para nós comermos, mas eu não ligava. O cheiro da comida incendiou o quarto, e isso deve ter acordado Kate. Senti quando ela tocou meu braço e beijou minha nuca. Eu estava sentado na beira da cama terminando de arrumar tudo. Olhei por cima do ombro e a vi sorrindo atrás de mim.

— Nossa, isso tudo para um almoço? – ela fala com a voz rouca.

— Não um simples almoço. – me viro e a puxo para meu lado. – um almoço com minha garota. – digo e ela rir encostando a testa no meu peito.

— É ridículo quando você fala assim.

— Porque? – ela me encara.

— Porque parece que nós estamos no colegial.

— Mas você é a minha garota... – aproximo nossas bocas. – você prefere que eu te chame de minha mulher? – provoco e encosto nossos lábios.

— Por enquanto minha garota é está de bom tamanho. – eu rio e a beijo. – não vamos acelerar as coisas ok? – ela sussurra em meus lábios ente o beijo.

Kate captura meus lábios em um beijo calmo e apaixonado. Sua mão segura os cabelos de minha nuca e eu a puxo para perto. Era o que faltava para Kate invadir minha boca com sua língua. Senti uma corrente elétrica atravessar meu corpo e apertei ainda mais ela contra meu corpo. Qualquer centímetro longe era muito.

Nossas respirações começaram a ficar pesadas. Kate arfava entre o beijo que eu fazia questão de aprofundar cada vez mais. Ela segura meus cabelos com força e puxa meu lábio. Abro meus olhos e vejo um sorriso malicioso em seus lábios.

— Vamos almoçar. – ela sussurra e morde meu queixo. – depois terminamos isso. – ela diz e se afasta.

— Isso é maldade, Kate! – resmungo e escuto sua risada gostosa.

— Não. Maldade seria eu dizer que não vou dormir em sua casa hoje. – eu a encaro, mas ela continua servindo seu prato.

— Você está brincando, não é? – ela balança a cabeça.

— Não. – Kate me olha um instante e sorrir fraco. – tenho uma cirurgia amanhã e preciso estudar.

— Você pode fazer isso lá em casa.

— Não, não posso. E você sabe disso.

— E aquele papo de depois terminamos isso. – tento imitar a voz dela, mas não dá certo. Kate rir.

— É exatamente por isso que eu não posso ir. Eu sei que nós acabaríamos na cama e eu realmente preciso estudar hoje. E eu acho que você pode sobreviver a uma noite sem sexo.

— Mas não é só o sexo. – ela coloca o prato em cima da mesinha e se vira para mim. – é você do meu lado... seu cheiro... seu abraço... eu vou sentir falta do carinho que você faz em meu braço enquanto conversamos... – suspiro. – vai ser uma longa noite.

Kate sorrir e segura meu rosto.

— Também vou sentir falta de tudo isso... mas eu realmente preciso... – eu a interrompo.

— Eu sei... mas depois você vai me recompensar.

— Tudo bem, depois nós falamos das recompensas. Agora vamos comer?

 

KATE.

 

Assim que Castle chegou e me abraçou eu senti minha dor de cabeça ir embora. A manhã corrida de trabalho tinha acabado comigo. Há muito tempo eu não trabalhava tanto quanto eu trabalhei hoje. Não posso reclamar, amo meu trabalho, mas era cansativo. A cada dia que passa eu tenho mais certeza que preciso contratar mais profissionais para trabalhar aqui e no hospital veterinário.

Nós almoçamos e jogamos conversa por quase uma hora. É incrível como o tempo passa rápido quando estamos juntos. Castle me faz rir com suas maluquices e suas histórias de quando era mais jovem. A internet não mentia quando eu li o quanto ele era mulherengo antes de encontrar a Gina. Eu li várias entrevistas e ele admite abertamente que era mulherengo e mudou pela mulher que amava, então obrigado Gina por fazer dele uma pessoa melhor.

Ele segura a minha mão assim que descemos do carro.

— Ainda com medo das mães taradas da escola? – provoco quando eu vejo a expressão assustada em seu rosto enquanto caminhamos em direção a escola.

— Não. – ela bufa fazendo careta e me encara. – talvez.

Eu rio e paro, ficando em sua frente.

— Você não precisa se preocupar porque nós vamos ficar o tempo todos juntos e nenhuma delas vai ser louca de dar em cima de você comigo do seu lado. – pisco e ele sorri.

— Que bom que você me protege dessas malucas. – eu rio e o beijo. – eu nunca vou me acostumar com isso.

— Sei... – provoco e ele cerra os olhos para mim. – vamos?

— Vamos.

Castle solta minha mão e coloca o braço em minha cintura, me deixando o mais próximo possível. Sorrio e continuo andando. O lugar estava cheio de pais, professores e alunos. Avisto Martha de longe e não é muito difícil perceber que ela discutia com Meredith, que estava ao seu lado. Castle e eu nos olhamos e ele respira fundo quando estamos próximos a elas.

— Mãe... – Castle chama e as ruivas se viram para ele. – está tudo bem?

— Tudo ótimo. – Martha força um sorriso. – que bom que chegaram. Alexis já perguntou mil vezes por vocês.

— E onde ela está? – pergunto olhando para os lados, mas não a vejo.

— Está na sala. As apresentações já vão começar e ela é a primeira. Vamos?

— Sim. – digo, mas antes que eu pudesse me mover, Meredith segura meu braço. Me viro e a encaro.

— Kate, posso falar com você? – ergo minha sobrancelha e, automaticamente, olho para Castle. – em particular. – ela avisa.

— Meredith eu não acho que... – Castle tenta, mas é interrompido pela a ruiva.

— Será rápido. – ela diz e me encara. Respiro fundo.

— Amor vai na frente... eu já te encontro. – sorrio quando Castle me olha desconfiado. – está tudo bem. – sorrio para ele, que respira fundo e beija o canto de minha boca antes de seguir.

Me viro para Meredith e a encaro.

— Então... – cruzo os braços na frente do corpo. – estamos a sós agora.

— Na verdade o que eu tenho para falar não é fácil e com certeza não é rápido. Então eu só queria perguntar se podemos nos encontrar quando isso aqui acabar... talvez um jantar ou alguns drinks, você escolhe.

— E sobre o que seria esse assunto?

— Alexis. – ela é direta. Por algum motivo eu já previa que esse seria o assunto. Balanço a cabeça em silencio olhando para o chão.

— Ok, eu acho que a gente pode conversar quando acabar aqui. – eu a olho e forço um sorriso. – eu só preciso passar na clínica antes, mas a gente se encontra no restaurante.

— Ótimo. Obrigada. – ela diz séria e passa por mim, seguindo até a sala de Alexis.

Fico parada alguns segundos antes de sentir a mão de Castle em minha cintura.

— O que ela queria? – ele me pergunta preocupado.

— Nós vamos nos encontrar quando sair daqui... – eu o encaro. – ela quer falar sobre a Alexis.

— Kate eu já sei o que ela vai falar. Você não precisa ir a esse encontro...

— Preciso. – corto. – preciso e vou. E você não precisa se preocupar, assim que eu sair eu te ligo, ok?

— Kate..

— Amor, vamos? – o interrompo de novo tentando não prolongar aquele assunto. – Alexis já vai se apresentar e eu quero que ela nos veja.

— Tudo bem. – ele diz sério e eu seguro seu rosto, colando nossos lábios por alguns segundos e finalmente ele sorrir.

Seguro sua mão e nós seguimos até a sala da menina. O lugar estava cheio, então ficamos em pé na porta da sala, que estava cheia de pais e mães orgulhosos de seus filhos. As crianças estavam em fila no canto da sala e esperavam a sua vez de se apresentar. Cada um tinha que dizer a profissão que queria seguir quando crescesse e porquê. Todas estavam fantasiadas. Bombeiros, policiais, médicos e, claro, minha linda pequena veterinária.

Alexis estava vestida no seu pequeno jaleco e carregando uma maleta e um cachorrinho de pelúcia. Ela nos ver na porta da sala e sorrir. Seus olhos brilham e eu sinto meu coração disparar. Acho que estou mais nervosa que ela, sussurro para Castle, que segura firme a minha mão. A professora agradece a presença de todos e começa a falar sobre a feira de profissões antes de apresentar a primeira criança.

Um garoto loiro todo paramentado como um pequeno bombeiro sai do final da fila e corre até Alexis. Ele diz algo bem rápido e beija seu rosto. Sinto o corpo de Castle ficar tenso. Sorrio e o olho. Ele era mesmo um pai ciumento e Alexis sofreria quando fosse mais velha. Além disso, David era um verdadeiro cavalheiro e isso deixava Castle ainda mais ciumento. Beijo seu ombro e encosto meu rosto ali. A professora apresenta a menina e, junto com os aplausos, os gritos de um pai babão quase me deixa surda.

— Boa tarde, meu nome é Alexis Castle...

— Uhuuuul. – Castle grita animado interrompendo a menina e eu rio.

— Hoje eu sou uma veterinária igual a minha mãe Kate. – ela diz e olha na nossa direção. Meu sorriso se abre ainda mais. – antes eu queria ser uma atriz, como a minha mãe Meredith, mas ser veterinária é muito melhor. – ela fala sincera e todos riem. – a minha mãe me ensinou algumas coisas enquanto cuidava dos cavalos do meu pai. Ela me ensinou a como tratar um animal, como se aproximar dos cavalos, e me deixou ficar junto enquanto ela cuidava deles, mas ela não me deixou aplicar a seringa neles porque disse que eu ainda sou pequena. – ela explica inocente. – então quando eu vou na clínica a tia Lanie me deixa examinar alguns gatinhos com ela. A tia Lanie diz que eu levo jeito e me deu algumas coisas para mostrar a vocês.

A menina coloca a maleta na mesa e abre, tirando tudo de dentro.

— Isso é uma seringa para dar remédio quando o cachorro está doente... e esse é um esteto... – ela para e pensa. – esteto alguma coisa...

— Estetoscópio, amor... – eu falo alto e ela sorrir agradecida.

— Isso. Estetoscópio... é para escutar o coração. – ela coloca o aparelho e finge escutar o coração do cachorro de pelúcia que trouxe para demonstrar. – Esse aqui é o termômetro para saber quando está com febre. E esse é um otos... – ela me olha. – mamãe?

— Otoscópio.

— Otoscópio. – ela repete. – você coloca assim no ouvido do cachorro e ver se ele está doente. – ela coloca o objeto na orelha do cachorro. – por enquanto eu só sei isso.. mas quando eu crescer e me formar eu vou trabalhar na Clínica Veterinária Houghton Beckett e vou saber muito mais, igual a minha mãe. Eu vou ser tão boa quanto ela.

A menina abre um enorme sorriso encantador e agradece. As palmas começam e eu não consigo fazer outra coisa a não ser chorar. Castle me olha de lado e passa o braço em meu ombro rindo. Eu estou bem mais emotiva do que eu me lembrava. Mas a forma como ela se espelhava em mim para o seu futuro me emocionou. E quando ela falou o nome da clínica, pronunciando perfeitamente o sobrenome da minha família, eu não aguentei e deixei as lagrimas caírem.

 

♦♦♦

 

Depois das apresentações Alexis pediu para brincar um pouco. Ainda era cedo, então eu deixei. Castle foi guardas as coisas dela no carro e logo voltou. Nós ficamos conversando com Martha enquanto a menina brincava. Meredith deu uma desculpa qualquer e saiu, dizendo que me encontraria em um restaurante perto da clínica. Apenas concordei. Apesar de não ser uma boa ideia esse encontro, eu precisava ir e saber o que ela queria.

— Katherine, querida. – ouço a voz de Martha e me viro. – já conhece a Hannah? – ela aponta a mulher loira ao seu lado. – Hannah é mãe do David, estava louca para conhecer a mãe da Alexis.

Eu abro um sorriso para a mulher simpática que abre os braços e me puxa para um abraço.

— Muito prazer, Hannah. Você já conhece o Castle, certo? – aponto para o belo moreno ao meu lado que sorrir.

— Ah, sim. – ela sorrir e estende a mão. – nos conhecemos no hospital. Como vai Castle?

— Muito bem. – ele aperta a mão da mulher.

— Eu estava ansiosa para ver vocês dois e dizer o quanto a filha de vocês é linda. Não é de se admirar que meu filho goste tanto dela.

— Obrigada. Alexis é incrível, e seu filho também...

— Você já imaginou, um bombeiro e uma veterinária? Eu apoio. – ela brinca e Castle bufa ao meu lado. Rio e encaro a loira.

— Não liga, isso tudo é ciúmes da filha.

— Richard você tem que superar esse ciúme. Se Alexis puxar a avó... – Martha começa, mas é interrompida.

— Ela vai puxa a mãe dela. – ele pensa um pouco. – a outra mãe dela. – ele diz e me encara. – por favor diz que você não saía de casa e só foi namorar depois dos trinta. – ele me implora fazendo todas nós rirmos.

— Vai sonhando, Castle. – digo e passo meu olhar pelo pátio da escola, onde Alexis estava brincando. – bom, eu acho que nós não vamos demorar muito para saber como seria um bombeiro e uma veterinária juntos... – digo sorrindo e todos olham na mesma direção que eu.

David entregava uma rosa para Alexis no meio do pátio. A menina sorriu tímida e aceitou. O loiro disse alguma coisa e ela abriu o sorriso abalançando a cabeça. David segurou a mão dela e beijou seu rosto. Os dois voltaram a correr segundos depois, mas dessa vez de mãos dadas.

Martha rir ao meu lado e eu me seguro para não rir também. Castle passa seu olhar entre eu e sua mãe.

— Ok, eu estou atrasada. – Hannah se adiante e se despede com um abraço. – depois eu quero saber a reação dele... – ela sussurra antes de nos afastar e eu concordo.

— Pode deixar... – pisco para ela e rio.

— Bom, eu deixo essa batata quente para você. Jack está me esperando, eu vou chamar a Alexis, ele quer falar com ela. – Martha me abraça rápido e sai na direção da neta.

Me viro para Castle e ele ainda estava me encarando.

— Esse namoro da sua mãe está ficando sério... – tento mudar o foco, mas não funciona.

— Nem muda de assunto. – ele me interrompe. – o que eu não entendi em relação a Alexis?

— Uma vez ela me disse que quando alguém namora, eles andam de mãos dadas. E eu acho que foi isso que aconteceu. E foi fofo.

— Não tem nada de fofo nisso. Alexis está namorando, é isso? – eu balanço a cabeça. – então eu vou acabar com isso. – ele ameaça sair, mas eu seguro seu braço.

— Para... você sabe que não pode fazer nada. Deixa ela se divertir. – sorrio. – Rick isso não passa de uma brincadeira para eles. E eu tenho certeza que ela vai te contar.

— Kate você não pode vir com esse seu bom senso toda vez que eu tento ser um pai. –ela revira os olhos e eu rio.

— Ser um pai durão, você quis dizer.

— Que seja. – ele joga os ombros. – você vai me deixar ser durão quando?

— Quando ela for maior e aparecer em casa com um cara todo tatuado. – falo séria e ele fecha a cara.

— Minha filha não vai namorar um tatuado!

— Se puxar a mãe, ela vai. – digo e começo a andar em direção a Alexis, que voltava com a avó.

— Como assim? – Castle pergunta me seguindo. – Você já namorou um tatuado? Eu não conhecia esse seu lado.

— Oi, princesa... – me abaixo beijando seu rosto. – falou com o tio Jack?

— Falei. Ele disse que queria me levar para tomar sorvete com a vovó, eu posso?

— Por mim tudo bem, mas você precisa perguntar a seu pai. – a menina olha para o lado, mas não diz nada.

— Claro que sim, filha. - ele diz e a filha comemora.

— Martha, eu acho injusto Alexis ser a única a conhecer o Jackson.

— Vou marcar um jantar para apresenta-lo a vocês.

— Ótimo. – sorrio e me abaixo para olhar a menina. – Alexis hoje eu não vou dormir em sua casa, então...

— Porque? – ela me interrompe.

— Porque eu preciso estudar algumas coisas. Mas seu pai vai estar lá e a Meredith também.

— Mas não é a mesma coisa. – ela cruza os braços e fecha a cara.

— Ok, mini Castle... – olho Rick de lado e me abaixo de frente a menina. Alexis era uma cópia exata do pai quando estava emburrada. – desfaz essa cara porque hoje é dia de semana e mesmo assim você vai tomar um sorvete enorme que eu sei... – brinco e ela sorrir.

— Mas eu tenho uma coisa para te contar. – ela fala baixinho.

— Então porque antes de você dormir a gente não faz uma chamada de vídeo? Você pode me contar tudo...

— Só se você ficar até eu dormir.

— Eu prometo. – abro um sorriso e a menina me agarra forte pelo pescoço.

— Vamos? – Martha chama e a menina me solta.

— Tchau, meu amor. – beijo seu rosto. – até amanhã.

— Tchau, mãe. Eu te amo.

Ela puxa meu rosto para um beijo forte e sai com a avó. Eu fico na mesma posição simplesmente olhando ela ir. Quando eu vou me acostumar com isso? Quando ela me chamar de mãe ou dizer que me ama vai virar algo comum?

Eu acho que nunca.


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Notas finais do capítulo

Como lidar com uma mini castle namorando? hahaha
Cap que vem a coisa pega fogo, preparem-se



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