I Can't Love You escrita por Mrscaskett


Capítulo 66
Capítulo 66 - Mamãe.


Notas iniciais do capítulo

Olá, como estão? Espero que bem.

Estão todos preparados para o cap de hoje? Pelo nome do cap acho que vocês já sabem do que ele vai falar, então preparem o coraçãozinho de vocês *----*
Estou ansiosa para que vocês leiam e me digam o que acham. É um cap importante em todos os sentidos, então espero que gostem.

Boa leitura ♥



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KATE.

Já era madrugada e eu ainda não tinha dormido. Minha ideia de irmos para cama cedo e descansarmos não tinha dado certo, mas eu não tenho do que reclamar. Passar a noite fazendo amor com Castle era maravilhoso. Quase uma hora da manhã e eu estava saindo do banho. Tive que expulsar Castle do chuveiro ou nós faríamos amor novamente ali.

Sorrio ao lembrar de todos os cantos que fizemos amor essa noite. Começou na cama, paramos para o sofá do quarto, rolamos pelas paredes até entrarmos no banheiro, onde ele me levou ao limite infinitas vezes. Ainda sinto minhas pernas meio bambas e meu estomago protestava. Eu realmente estava com fome.

Saio do banheiro enxugando meu cabelos e encontro Castle na cama mexendo em seu computador. Ele já havia trocado os lençóis e me esperava. A luz principal do quarto não estava acesa, apenas um abajur. Passo por ele e noto quando seus olhos sobem diretamente para mim.

— Resolveu colocar uma lingerie, meu amor? –ele provoca. – você sabe que eu prefiro você sem.

— Não provoca que eu não penso em outra coisa a não ser dormir... e comer. – ele rir e eu ando até o closet.

— Está cansada? – ele pergunta e vejo seu sorriso vitorioso. Reviro os olhos e entro no armário procurando uma roupa confortável. – Kate você tem dezenas de roupas suas no meu armário, por que você insiste em usar as minhas? – ele diz quando eu saio vestindo uma calça de moletom sua e outra camisa.

— Mas as suas são mais macias... – digo e ele abre o sorriso. – e tem seu cheiro, e eu gosto do seu cheiro.

— Bom, nesse caso você pode usar todas as minhas roupas. – sorrio e subo na cama. Antes que eu possa ver o que ele está fazendo no computador, ele o fecha. Estreito meus olhos para ele.

— Rick, o que está me escondendo?

— Nada. – ele se faz de desentendido. – eu só estava reescrevendo a última cena de um capítulo... só isso. – estreito ainda mais meus olhos e ele me puxa para perto. – não faz essa cara...

— Você vai me deixar ler?

— Sim.

— Jura? – eu o encaro surpresa.

— Claro. No dia que o livro for lançado eu terei o prazer de te dar uma cópia autografada. – eu aperto sua barriga e ele se contorce rindo.

— Castle! Eu sou uma de suas maiores fãs... não pode me deixar na curiosidade.

— Você nunca tinha lido um livro meu até a gente se conhecer, Kate.

— Mas me tornei fã no segundo em que li a primeira frase. – ele rir e concorda.

— Eu lembro que você passou a noite inteira lendo e veio aqui me dizer... você já estava apaixonada, não é?

— Perdidamente. – digo antes de puxa-lo para um beijo calmo.

Castle me envolve em seus braços e eu suspiro. Eu não precisava mais de nada, só desse abraço. Ficamos em silencio por um instante até uma batida fraca na porta nos chamar a atenção.

— Estão batendo? – ele pergunta com dúvidas.

Papai... — a voz fraca de Alexis veio acompanhada com outra batida.

— É a Alexis. – aviso já levantando. Castle me acompanha até a porta e destranca. A menina estava parada na porta agarrada com seu novo urso favorito e um lençol. – Alexis, o que houve meu amor?

Me abaixo e a puxo para um abraço quando vejo seus olhos assustados. A menina me agarra forte e eu a seguro nos meus braços a trazendo para dentro do quarto. Castle fecha a porta e me encara sem entender também. Eu sento na cama e Alexis permanece em meu colo, agarrada a meu pescoço. Sussurro que estava tudo bem em seu ouvido e aos poucos ela vai se acalmando, soltando o abraço. Quando finalmente vejo seus olhos, eu noto que ela derramou algumas lágrimas.

— Filha, o que houve? – Castle pergunta assustado ao meu lado.

— Eu estava no quarto com a minha mãe, ela me deixou dormir lá. – ela explica com a voz baixa. - mas eu tive um sonho ruim. Eu chamei a mamãe, mas ela disse que era só eu fechar os olhos de novo para voltar a dormir, mas eu não consegui. – eu limpo seu rosto molhado e ela continua. – eu queria vocês mas a mamãe não quis acordar, então eu vim sozinha. O quarto ela é longe e é escuro no corredor, eu tive medo.

— Vem cá meu amor... – eu a puxo para perto de novo. – não precisa mais ter medo porque nós estamos aqui agora... você está bem.

— Mas eu não quero dormir. – ela protesta e me encara. – eu tenho medo de sonhar ruim novamente.

— Então a gente vai rezar para seu anjo da guarda te proteger, que tal? – ela balança a cabeça.

— Eu posso dormir aqui?

— Claro que sim. – confirmo sem nem olhar para Castle porque eu sabia que ele não se negaria. Eu olho para Castle. - e porque enquanto a gente reza o papai não pegar um suco para mim. – dou um sorriso e ele suspira.

— Eu também quero. – Alexis sorrir e ele concorda.

— Dois sucos. – ele diz e sorrir beijando os cabelos da filha, mas antes que saia eu seguro.

— Não demora, ok? A gente está te esperando. – ele suspira novamente e balança a cabeça.

Eu sabia que ele estava chateado com a Meredith agora e que precisava se acalmar. Assim que ele saiu eu puxei Alexis para o meio da cama e nós deitamos uma de frente para outra.

— Pronta para espantar de vez esse sonho ruim?

— Sim. – ela sorrir e eu não consigo pensar em um sorriso mais doce que o dela.

— Então repete comigo... Santo anjo do senhor, meu zeloso guardador...— espero que ela repita e continuo. – já que a ti me confiou a piedade divina... — ela repete e eu sorrio a vendo de olhos fechados e mãos unidas rezando. – sempre me rege, guarda, governa e ilumina... – ela repete. – Amém.

— Amém. – Alexis abre os olhos e sorrir.

— Está melhor?

— Sim.

— Aprendeu a reza? – ela balança a cabeça. – então você vai rezar todas as noites antes de dormir e sempre que acordar com um sonho ruim, ok?

— Ok. – ela abre o sorriso e me abraça. – obrigada, Kate.

— De nada, meu amor. – beijo seus cabelos. – minha mãe me ensinou quando eu era pequenininha, agora você também já sabe...

— Eu não conheço a sua mãe, Kate. – ela pergunta naturalmente e eu sorrio.

— É porque ela já se foi... agora ela e meu pai moram no céu, assim como seu avô, lembra? – a menina balança a cabeça. Assim que chegou aqui, ela tinha acabado de perdeu um avô, e ficou triste ao lembrar. – ei, mas não fica assim, eles estão em um lugar melhor.

— Você sente saudade deles?

— Todos os dias. – sorrio. – eles se foram a muitos anos, mas eu tenho saudade até hoje.

— Kate... – ela chama e se cala. Eu a encaro e podia ver o quando ela estava envergonhada.

— Pode falar, Alexis.

— Você acha que sua mãe ia gosta de mim? – ela me olha quando termina de falar e eu sorrio.

— Como alguém pode não gostar de você? Você é a menina mais doce do mundo. – ela sorrir abertamente. Eu acaricio seus cabelos ruivos e coloco atrás da orelha. – ela amaria você, meu bem. Quando eu era adolescente ela costumava dizer que queria a casa cheia de netos, que só pôde ter uma filha, mas que eu deveria dar vários netos a ela. – eu rio da lembrança. – e pode apostar que ela te consideraria neta dela desde a primeira vez que te visse.

Alexis suspira e fecha os olhos, se agarrando a mim. Seu rosto colado em meu peito subindo e descendo à medida que eu respirava. Seus braços envolvendo minha cintura e suas pernas entrelaçadas nas minhas.

— Sabe, Kate, eu queria que você fosse minha mãe. – sua voz sai triste e eu sinto meu coração acelerar. O que eu diria agora? Eu sabia que um dia nós conversaríamos sobre isso e esperava ansiosa por esse dia, mas agora eu não estava preparada. A mãe dela está a poucos metros dali e ainda assim ela estava aqui, comigo, no meio da noite com medo de um sonho ruim e desejando que eu fosse sua mãe. Eu nunca tive tanta certeza de uma coisa como eu tenho do meu sentimento por essa menina, mas eu esperava que quando tivéssemos essa conversa Castle estivesse presente.

Olho para a porta esperando ele entrar, mas ele não entra. Olho a menina e era como se eu olhasse para o mundo. O meu mundo. Ela era como o meu mundo. Como uma filha é o mundo de uma mãe, e Alexis era minha filha.

— Mas eu sou sua mãe. – digo e a menina abre os olhos, se afastando o suficiente para me encarar. O grande mar azul cristalino estava a minha frente. – eu sou sua mãe do coração. Eu te amo como se você fosse minha filha e, acredite, isso pode ser mais forte e mais real do que qualquer outra coisa.

A menina me encara séria por longos segundos antes de abrir um sorriso encantador. Sorrio aliviada e a puxo para meus braços de novo, apertando forte contra meu corpo. Eu a amo tanto que sentia vontade de protege-la da própria mãe.

— Kate... – ela me chama baixinho ainda agarrada a mim.

— Oi, meu amor... – eu me afasto o suficiente para encara-la e sorrio.

— Então eu posso te chamar de mãe? – sinto meu coração acelerar novamente e dessa vez eu tinha certeza que ele sairia pela boca. Não por medo ou nervosismo. Mas de alegria. – posso? – ela pergunta mais uma vez.

— Claro que pode Alexis, você não imagina o quando isso me deixaria feliz... – sinto meus olhos começarem a arder, mas eu não queria chorar. Não da frente dela.

— Sempre que eu quiser?

— Sempre que você quiser. – repito, mas a menina não parecia satisfeita.

— Até na frente de seus amigos? – eu rio.

— Na frente de quem você quiser, meu amor. Eu me sinto sortuda de ter você como minha filha, e ter você chamando de mãe será a melhor coisa do mundo...

— A minha mãe não gosta quando eu a chamo de mãe na frente dos amigos dela. Ela diz que é para eu chamar pelo seu nome... – eu podia sentir uma leve tristeza na voz da menina, apesar de ela falar com naturalidade. Aquela era mais uma forma da Meredith rejeitar a filha e isso me doía.

— Alexis, olhe para mim... – ela me encara e eu seguro seu queixo. – você é uma menina linda e especial. Você chegou para acrescentar nossas vidas e eu me sinto grata a sua mãe por ter trago você para cá... eu amo você muito mais que os limites do céu. – brinco e a menina rir. – você pode me chamar como você quiser, de Kate, ou de mãe... como você quiser. Eu vou amar você do mesmo jeito.

A menina sorrir abertamente e antes que possa dizer alguma coisa Castle entra no quarto carregando uma bandeja cheia de comida. Nós sentamos na cama e ele se aproxima, colocando a bandeja nossa frente.

— Amor, era só um suco. – brinco rindo.

— Kate, eu te conheço, você estava com fome antes da nossa maratona de... – ele para quando eu obelisco.

— Vocês fizeram maratona de filmes? Sem mim? – Alexis nos olha feio. – isso não é justo.

— Nós não fizemos maratona de nada meu amor... – digo fazendo careta para Castle que me pede desculpas num gesto com os lábios.

— Mas o papai disse que... – eu a interrompo.

— Nós conversamos até a hora que você bateu na porta... perdemos um pouco a noção do tempo, foi. – sorrio para a menina que parecia satisfeita com a resposta.

— Quem está com fome? – Castle pergunta animado e a menina grita feliz. Alexis ataca um dos sanduiches que Castle preparou e ele me encara. – e eu conheço minha filha... ela come muito.

Olho para Alexis e rio. Ataco a comida também e Castle começa a falar dos planos que ele tinha para o feriado. Era como se fossemos mesmo uma família, programando um passei em um dia de folga. Alexis pede para gente ir ver os pôneis que ela viu comigo e eu achei uma boa ideia, Castle concordou e disse que nós poderíamos fazer um piquenique depois.

Quando acabamos nosso pequeno lanche Castle desceu com a bandeja e eu tive que convencer Alexis a escovar os dentes novamente. Castle voltou e nós já estávamos deitadas na cama. Os olhos da pequena quase pregando. Ele se deitou no outro lado da cama deixando Alexis no meio e eu o encarei.

Ficamos em silencio nos olhando por incontáveis minutos. Se me contassem que eu estaria assim algum dia, eu não acreditaria. Na verdade, eu iria rir. Eu nunca imaginei estar assim um dia, e eu amo que isso esteja acontecendo. Alexis dormia profundamente e quando eu a olho, lembro da nossa conversa e deixo algumas lágrimas escaparem. Enxugo meu rosto na esperança de Castle não ver, mas não adianta. Ele sempre nota tudo. Ele me conhece tão bem.

— O que foi, meu amor? – ele murmura baixinho. Balanço minha cabeça.

— Nada, eu só lembrei de uma coisa que Alexis me perguntou... – minha voz sai fraca e denuncia que eu estava mesmo chorando.

— E o que foi? – ele estica o braço e toca meu rosto.

— Ela perguntou se pode me chamar de mãe. – ao pronunciar aquelas palavras novamente eu rompo em um choro sem sentido, mas eu precisava chorar. Os soluços escapam do fundo da minha garganta e eu não consigo me controlar.

Sinto Castle se aproximar atrás de mim e me abraçar. Eu não notei quando ele levantou e muito menos quando ele afastou Alexis para o canto da cama. Ele pede para eu afastar eu um sussurro rouco no meu ouvido e eu só obedeço. Sentir seus braços ao meu redor só faz tudo parecer mais real e aos poucos o choro vai diminuindo e eu adormeço.

 

♦♦♦

 

O quarto continuava escuro, mas algo me incomodava. Não era dor ou algo que eu pudesse sentir fisicamente. Algo simplesmente me incomodava. Me mexo na cama e sinto alguém eu meu lado. Sorrio. Eu sabia que era Castle e só o fato dele estar aqui ainda faz meu dia mais feliz. E de repente eu sei o que me incomodava. Agora eu podia sentir o peso de seus olhos sobre mim. Ele tinha essa mania estranha de me encarar dormindo.

— Castle, um dia você vai parar com isso? – pergunto antes de abrir os olhos e ver ele me encarando sorrindo.

— Eu nunca vou cansar de admirar minha garota. – ele fala e se inclina para me dar um beijo.

— Nossa, me senti na faculdade agora com você falando assim. – ele solta uma risada gostosa e eu o puxo para mais um beijo. – sua boca tem um gosto gostoso de café. – falo soltando um pequeno gemido.

— Deve ser porque eu já desci e tomei meu café. – eu arregalo os olhos e o encaro, notando que ele já estava vestido. Me sento na cama e procuro o meu celular, mas não encontro.

— Castle, que horas são?

— Sete. – ele responde. – e sim, você está atrasada e Alexis também, então é melhor você se apressar aqui que eu vou apressar a ruiva, não duvido nada ela está dormindo debaixo do chuveiro. – ele rir, mas eu não consigo. Eu realmente tenho estado distante da clínica desde que voltei, e eu não podia. Não com a obra se aproximando.

Me levanto e tomo um banho rápido. Peguei a primeira roupa que vi no armário e fiz uma maquiagem de leve. Vinte minutos depois eu estava pronta. Tempo recorde. Castle entra no quarto e assovia. Sorrio e reviro os olhos.

— Me diz que você viu meu celular, amor. – imploro jogando os travesseiros no chão procurando pelo aparelho, mas não acho.

— Está aqui. – ele segurava o aparelho na mão.

— Onde estava? – pego e vou direto mandar uma mensagem para Lanie, dizendo que me atrasaria.

— Ele estava tocando e eu não queria te acordar, então levei ele lá para fora.

— O quê? Quem era? Que horas ligaram?

— Era aquele mané. Aliás, o que ele queria te ligando às seis da manhã?

— Era o Will? – ele confirma com a cabeça. – Ok, Castle, primeiro que eu não sei o que ele queria porque uma certa pessoa não me acordou... – ele revira os olhos. – e segundo que você tem que parar com esse ciúme, pensei que já tínhamos resolvido esse assunto.

— E resolvemos. Mas o jeito que ele te olha... o fato dele ter vindo para cá... nada disso me convenceu, e se ele estar pensando em tentar alguma coisa, é melhor eu dar um jeito nisso, não acha?

— Não. – falo séria e guardo meu celular na bolsa. – vamos?

— Vamos, Alexis já está lá embaixo tomando café.

— Eu não tenho tempo para café, eu tenho que correr para a clínica... – começo a sair do quarto na frente dele e paro de repente.

— De jeito nenhum você sair sem... – ele para de falar quando esbarra em mim. – está tudo bem? – ele olha na mesmo direção que eu.

Desde que cheguei eu não tinha notado que a porta do quarto ao lado do de Castle agora estava aberta. Não era muito, mas dava para ver a luz natural vindo da janela. Sinto meu coração se apertar ao pensar na última que entrei nesse quarto. Nós não nos falamos mais sobre o conteúdo do quarto, não sei se está ou se ele guardou em outro lugar, mas nesse momento minha cabeça estava cheia de dúvidas.

— Está tudo bem, Kate? – ele pergunta novamente.

— Sim. – minto e forço um sorriso. – é só que eu não tinha prestado muita atenção nesse quarto até agora.

— Você quer entrar?

— Não! – respondo rápido. – eu nunca mais quero entrar nesse quarto.

Escuto uma risada baixa dele e me viro.

— Não seja boba. – ele empurra a porta e me puxa para dentro do quarto. O lugar estava vazio, nada além dos móveis habituais. Olho ao redor a procura de algo, mas não acho. – naquele dia eu estava separando as coisas da Gina, mandei tudo para a casa dos pais dela, fiquei apenas com algumas fotos e recordações que eram importantes para mim. Eu realmente queria virar esse capitulo de minha vida e começar outro com você.

— Rick você não precisava fazer isso... aquelas coisas não era o que me incomodava, e sim o fato de eu achar que você ainda não tinha superado a morte dela, de você ainda ser apaixonado por ela.

— Kate eu amei a Gina e ela sempre vai ter um lugar especial... – eu o interrompo.

— E isso não me incomoda, nunca me incomodou. Eu sei respeitar esse sentimento e até entendo que você sinta saudade dela, vocês viveram muitos anos juntos...

— Então você não se incomoda mesmo?

— Claro que não, Rick. Ela foi importante para você. – eu o abraço rápido. – eu quero que você possa falar comigo sobre ela, sobre algo que aconteceu com vocês no passado, e isso não vai me incomodar... mas saber que esse quarto era um espécie de santuário seu para ela me incomodava. Me dizia que você não tinha superado e ainda a amava, e o pior, que você não me amava.

— Mas eu amo, muito. – ele segura meu rosto.

— Eu sei. – sorrio. – e é exatamente por isso que não incomoda você falar sobre ela.

— Então você não vai se incomodar se esse for o quarto do nosso filho. – ele diz com um sorriso e isso me pega de surpresa. Não era a primeira vez que Castle falava sobre filho comigo e eu sabia que não podia fugir por muito tempo.

Eu olho em volta e dou uma bela examinada no lugar.

— Bom, depois de uma bela reforma... eu acho que sim. – pisco e ele rir.

Nos beijamos rapidamente eu o puxo para o andar de baixo. Se não saíssemos em dez minutos eu estaria bem mais que atrasada. Alexis já estava terminando o lanche quando chegamos. Me sirvo apenas de uma xicara de café e como uma torrada e escuto Alexis reclamar de sono, apesar de estar ansiosa para voltar a escola.

Termino meu lanche e levo minha xicara até a pia, aproveitando para cumprimentar Jenny. Castle já tinha informado que tínhamos visita na casa, e que ela podia deixar a mesa posta esperando por Meredith. Ele insistiu em ir nos deixar, mas eu estava de carro e podia muito bem deixar a Alexis na escola antes de ir para o trabalho. Sabia que Castle tinha coisas da Editora para resolver, e queria ajuda-lo de alguma forma.

Estou pronta para sair quando vejo Meredith descer as escadas bocejando e usando uma blusa quase transparente e calcinha. Nada além disso.

— Bom dia. – ela diz preguiçosa e eu encaro Castle com os olhos arregalados.

Meredith passa pela filha ao meu lado e faz um carinho rápido no rosto da menina. Nada de beijo ou "tenha um bom dia", ela simplesmente sentou-se folgada na cadeira. Castle continuava encarando a mulher.

— Rick. – o chamo e ele finalmente desvia seu olhar. – eu acho que vou aceitar sua carona, estou com um dor de cabeça terrível.

— Claro, eu só vou pegar minhas chaves...

— Não precisa. – me adianto. – vamos no meu carro.

— Mas... – eu o interrompo.

— Sem discussão, Castle. – digo andando de mãos dadas com Alexis para fora e escuto seus passos atrás de mim.

Assim que nos aproximamos do carro Alexis se apressa em se acomodar no banco de trás. Guardei sua mochila no porta-malas e Castle veio ao meu encontro.

— Você está bem? – ele tinha uma cara preocupada e isso quase me fez sorrir.

— Estou ótima.

— Então porquê... – eu fecho o porta-malas e o interrompo.

— De jeito nenhum que você vai ficar em casa com essa mulher andando nua por aí. Eu confio em você, mas tudo tem um limite.

Dou a volta no carro e abro a porta no motorista e vejo Castle rindo sozinho.

— Amor, você sabe que uma hora eu vou ter que voltar, certo?

— Não se eu não estiver ao seu lado meu amor. – digo entrando no carro.

Dou partida e Castle permanecia em silencio, mas com um sorriso satisfeito no rosto. Ele adorava me ver com ciúme.

— Quando você diz...

— Você só vai voltar quando meu expediente acabar. – completo antes que ele termine.

— Kate, eu tenho um monte de coisa para fazer, não posso simplesmente ficar longe...

— Não tem problema, você ia resolver praticamente tudo pelo telefone, não é? – ele assente. – você fica em minha sala e faz tudo o que precisa fazer. Mas para casa você não volta.

— Você fica linda assim. – ele aproveita que paramos no sinal e me puxa para um beijo.

— O David vai me beijar assim um dia? – Alexis se manifesta depois de passar o caminho quase todo calada.

Não.— Castle e eu respondemos juntos. Por mais que eu ache que Castle exagera na maioria das vezes, eu não queria pensar na minha menininha beijando alguém agora. Um namoro de mãos dadas era suficiente por agora, eu só queria me preocupar com isso depois.

— Meu dia acabou de ficar péssimo. – ele resmunga sozinho e eu rio.

Procuro sua mão e aperto firme.

Agora estávamos juntos nessa.


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Notas finais do capítulo

Encerramos aqui a questão da Gina? Não, ainda tem uma coisa muito importante que vai acontecer em breve.
O momento que Alexis vai chamar Kate de mãe ainda vai acontecer, então preparem os corações.
O real motivo para Meredith voltar ainda vai ser revelado, então... PREPAREM-SE.

Até o próximo cap, beijossss ♥



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