I Can't Love You escrita por Mrscaskett


Capítulo 64
Capítulo 64 - Minha família.


Notas iniciais do capítulo

Oláa, como está o feriado de você?

O cap veio rápido dessa vez o/ mas o feriado me inspirou. Espero que curtam o cap. E para quem espera muito pelo momento em que Alexis vai chamar a Kate de mãe, aguardem, esse momento vai chegar logo *-*
Fico muito feliz que estejam gostando da história. Vieram me perguntar se já estava perto do fim, mas eu tenho que dizer que eu não sei. Muita coisa vai acontecer ainda, e eu não sei quantos capítulos vai durar. Mas quando estiver perto do fim, eu vou dizer com antecedência para vocês se prepararem.

Por enquanto, curtam o cap que está cheio de amor ♥

Boa leitura :)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/700343/chapter/64

KATE.

A porta do quarto já estava aberta e eu podia ouvir alguns sussurros. Era cedo. Meu despertador mal tinha tocado e eu já estava pronta para sair. São seis horas da manhã e eu já estou de volta ao hospital. Rick tinha razão, eu precisava descansar. Assim que cheguei em casa tomei um longo banho e cai na cama. Não me lembro de mais nada até acordar às cinco horas da manhã completamente revigorada e louca para voltar. Queria estar lá quando Alexis acordasse já que eu não pude estar ontem, antes dela dormir.

— Bom dia. – apareço na porta do quarto e a menina sorrir.

Alexis estava deitada na cama enquanto a enfermeira trocava seu soro. Castle estava deitado na mesma poltrona que eu o encontrei ontem e parecia dormir. Martha não estava no quarto. Deixo minha bolsa num canto e me aproximo da menina e dou vários beijinhos em seu rosto, fazendo-a rir.

— Como você está princesa?

— SHIII. – ela me interrompe colocando os dedos entre os lábios. – meu pai está dormindo, vamos falar baixo. – a enfermeira ao seu lado rir e eu arqueio as sobrancelhas encarando ruiva desperta.

— Ela fez a mesma coisa comigo quando entrei no quarto. – a mulher asiática diz. – pronto Alexis, troquei seu soro. O doutor Demming vai começar as visitas daqui a pouco e ele vem te ver.

A menina sorrir e eu agradeço a mulher antes que ela saia do quarto, fechando a porta.

— Então... – pergunto baixinho. – como você está?

— Cansada. – ela se deita na cama puxando as cobertas. – eu quero ir para casa. Não aguento mais ficar aqui.

Passos a mão nos cabelos ruivos bagunçados e sorrio.

— Só um pouquinho mais de paciência, ok? O Demming está vindo e a gente pergunta quando você pode ir, pode ser? – ela balança a cabeça e sorrir. – você viu o livro que eu trouxe ontem?

— Sim. – ela balança a cabeça animada e estica a mão pegando o livro ao lado da cama. – eu abri, mas ainda não li... – ela passa mão na capa do livro.

— A história é linda... eu li quando eu era criança. Pollyana era meu livro favorito.

— A gente pode ler juntas... – ela diz meio tímida e eu em aproximo ainda mais da cama.

— Eu acho uma ótima ideia. Olha só... – começo meio sem jeito. – desculpa por não ter chegado cedo ontem... tive um problema no trabalho e saí tarde, mas eu prometo que hoje eu vou estar com você antes de dormir e a gente pode ler o livro juntas.

— Eu sonhei com você. – ela sorrir. – que você estava aqui e dizia que me amava.

— Mesmo? – ela balança a cabeça. – ah então não foi um sonho... eu estava aqui ontem quando você já estava dormindo e disse que te amava antes de sair.

— Mas eu não acordei...

— Mas você sonhou e isso aconteceu no seu sonho. Foi quase a mesma coisa de acordar e me ver aqui. – a menina abre um sorriso de ponta a ponta.

— Eu também te amo, Kate. – ela diz e eu sinto meu coração se desmanchar dentro do peito. Acaricio seus cabelos e puxo seu rosto para perto, beijando sua testa por longos segundos.

— Fiquei sabendo que você recebeu a visita de um certo amiguinho ontem... quem era? – ela abre ainda mais o sorriso e move o corpo para a ponta da cama.

— Dei aqui comigo. – sorrio e aceito o convite. Tiro meus sapatos e me deito de lado e a vejo puxar um urso debaixo da coberta. – ele trouxe isso aqui para mim.

Era um urso pequeno, de pelos marrom e segurava um coração com os dizeres: fique boa logo.

— Nossa, é lindo. Ele aparece gostar de você.

— Ele gosta... – ela fala olhando para o urso e eu podia ver seus olhos brilharem. Castle estava tão ferrado.

— Você quer me contar sobre ele? – Alexis me olha.

— O nome dele é David, ele é da minha sala. – sua voz é tão baixa que eu mal posso escutar.

— E como vocês se tornaram amigos?

— Ele é novo na escola... chegou logo depois de mim. Estava sozinho no intervalo e eu fui falar com ele, e nós começamos a ficar juntos na sala. – eu a vejo ficar um pouco vermelha. – ele senta ao meu lado agora...

— E você gosta dele? – ela balança a cabeça meio tímida.

— Posso te contar um segredo? – ela fala ainda mais baixo.

— Claro que sim. Somos amigas, você pode me contar tudo. – Alexis concorda e aproxima seu rosto do meu.

— Ele falou para Mandy que queria que eu fosse sua namorada. – ela fala tão baixo que eu quase não escuto. Tenho vontade de sorrir, mas ela estava séria e isso era importante para ela.

— E o que isso significa? – ela não fala nada, claramente envergonhada. – se vocês namorarem as coisas vão mudar... – ela fica ainda mais vermelha.

— Eu sei, a gente vai ficar de mãos dadas. – ela fala tímida e eu me apaixonei ainda mais por ela. Alexis era uma menina encantadora, mas tímida ela era ainda mais. A inocência em sua definição de namoro era admirável.

— E você quer segurar a mão dele? – sento um pouco de medo da resposta. Por mais que eu achasse lindo e inocente essa fase da vida dela, ela era muito novinha.

— Eu não sei... ele não me perguntou nada, mas eu gosto dele. Ele me divide o lanche comigo quando eu não gosto do meu e brinca comigo no intervalo. Os outros meninos da sala não brincam com meninas. – ela diz e eu sorrio aliviada. – mas você não pode falar nada para o meu porque ele vai brigar comigo. – ela me olha assustada.

— Alexis é claro que seu pai não vai brigar com você.

— Vai sim. Eu prometi que não namoraria até ter trinta anos. – ela diz firme e eu rio. Castle tinha mesmo feito a cabeça da menina e eu tinha que trabalhar para que ele desistisse disso e para que ela não caísse mais nas armadilhas do pai.

— Olha só... isso vai ser um segredo só nosso. – pisco e ela concorda sorrindo. – mas eu quero saber de tudo, ok?

Ela concorda e eu ouço a porta do quarto se abrir.

— Oh, bom dia querida. – Martha se aproxima e me cumprimenta.

— Bom dia, Martha. Cheguei cedo, né? Mas eu estava morrendo de vontade de ver essa coisinha linda. – abraço a ruiva ao meu lado e encho ela de beijo.

— Assim você vai acordar meu pai, Kate! – ela reclama e eu rio. Olho para trás e vejo Castle dormir tranquilamente na cadeira totalmente desconfortável, mas ele não parecia se importar.

— Seu pai está dormindo feito pedra. O que deu nele?

— Ele passou a noite acordado. – Martha se adianta. – trouxe um café para ele, mas já que você está acordada e ele não... – ela junta os ombros e estica o café para mim. Rio e aceito.

— Posso beber um pouco? – Alexis pede e eu a encaro.

— Mas é claro que não. – ela resmunga e faz bico. Exatamente como o pai.

— Mas eu estou com fome e meu lanche só vai chegar mais tarde...

— Então vamos chamar a enfermeira e pedir que ela traga um lanche reforçado para você.

Alexis fecha a cara e a porta do quarto se abre novamente.

— Bom dia. – Demming diz sorridente e Alexis faz o mesmo gesto de quando eu cheguei, pedindo silencio.

— O meu pai está dormindo. – sorrio pelo cuidado que ela estava tendo com Castle por ele ter passado a noite trabalhando.

— Mas não vai estar mais daqui a vinte segundos. – informo e levanto da cama. Dou uma ajeitada rápida na minha roupa, calço meus saltos e me aproximo de Castle.

Toco seus cabelos suavemente e ele nem se mexe. Virar a noite inteira escrevendo deve ter deixado ele bastante cansado, mas agora ele precisava acordar.

— Castle... – chamo, mas ele não acorda. – Castle. – chamo um pouco mais alto. Dessa vez ele abre os olhos preguiçosamente. – Castle acorda, o Demming está aqui. – ele me encara e pisca algumas vezes antes de sentar-se ereto.

— Que horas são? – sorrio de sua cara. Ele parecia atordoado e sonolento.

— Ainda é cedo. Agora levanta... – ofereço minha mão e ele segura, levantando.

Demming estava ao lado de Alexis. Os dois tinham um sorriso sugestivo no rosto que me faz corar.

— Alguma novidade? – Castle pergunta coçando os olhos.

— Bom, sim. – Demming começa. – os exames da Alexis já melhoraram e ela não teve febre essa noite, então... – ele olha para a menina fazendo um suspense. – até o final da manhã você vai receber alta. – ele pisca e a menina vibra, gritando.

Eu rio e me aproximo.

— Ei, mocinha, cuidado que você está em um hospital e ainda é muito cedo.

— Eu sabia, eu sabia. Não aguentava mais ficar aqui. – ela suspira, mas não tira o sorriso do rosto.

— Mas ela está bem mesmo? Não é melhor ela ficar aqui por mais tempo... – Castle se aproxima de Demming.

— Pai!

— Alexis eu estou querendo me certificar que você está bem. – o médico rir.

— Ela está ótima. Mas ainda vai precisar tomar alguns cuidados quando voltar para casa, se alimentar bem e tomar os remédios na hora certa.

— Eu vou poder tirar isso do meu braço? – ela ergue o braço e mostra o acesso venoso. – isso incomoda.

— Vai, mas só quando a enfermeira vier tirar, ok? – a menina concorda e Demming se despede dizendo que tinha outras visitas para fazer, mas voltava para dar alta na Alexis assim que possível.

Castle vai até o banheiro lavar o rosto e Alexis volta a me puxar para me deitar na cama com ela. A menina fazia planos do que queria fazer quando chegasse em casa e dizia o quanto estava com saudade de Cosmo. Quando Castle volta seu rosto ainda está amassado e isso me faz rir. Ele parecia realmente cansado. Castle se aproxima de mim e, sem pensar, se inclina me beijando. Nós ainda não tínhamos falado nada para a menina que no mesmo instante, grita de alegria.

— Eu não acredito. – eu viro meu rosto para ela e sorrio. – isso é nojento... – ela aponta falando do beijo. – mas quer dizer que vocês estão juntos de novo.

Castle rir e se inclina por cima de mim, beijando o rosto da filha.

— Bom dia filha. – ele diz e volta sua atenção para mim, beijando meus lábios demoradamente mais um vez. – bom dia meu amor. – sussurra baixinho em meus lábios.

— Voltaram. – a menina afirma e eu ouço a risada de Martha.

Olho para Alexis novamente.

— Voltamos sim, está feliz?

— Muito. – ela agarra meu pescoço e o de Castle de uma só vez e depois reclama. – ai... esse negócio dói. – ela faz um careta mostrando o acesso venoso. Ela ficou tão empolgada que esqueceu que não podia mexer esse braço.

— Cuidado, meu amor. – digo olhando o braço para ver se estava tudo bem. – porque nós não vamos tomar banho para quando o Demming vier te dar alta você já está pronta? – ela balança a cabeça concordando. – ótimo, então vai indo ao banheiro que eu já vou te ajudar.

Martha ajuda a neta a descer da cama e leva-la até o banheiro. Sento na cama e puxo Castle para perto. Ele boceja preguiçosamente e eu rio.

— Está cansado, não é? – ele balança a cabeça. – porque você não dorme mais um pouco?

— Não, está tudo bem. Eu já estou acostumado a virar noites escrevendo.

— Eu sei, mas você não tem dormido direito desde que Alexis foi internada... deve estar duplamente cansado.

— Eu estou bem, Kate. – ele sorrir e acaricia meu braço. – e eu sei me cuidar, sabia?

— Ah, mais eu gosto de cuidar de você. – murmuro. Castle sorrir e aproxima nossos lábios.

Querido, eu estou pensando em ir para casa preparar tudo para a chegada Alexis. – Martha volta e nós nos afastamos.

— Eu acho ótimo. Pode ir no meu carro, eu peço um táxi...

— Não precisa pedir táxi, Castle. Eu vou estar aqui e levo vocês. – ele me encara.

— Você não vai trabalhar? – balanço a cabeça.

— Não. A Lanie vai me cobrir hoje, então vou passar o dia com vocês. – sorrio e ganho o mais lindo dos sorrisos de volta.

— Bom, nesse caso eu vou indo. – Martha diz pegando as chaves do carro de Castle.

— Eu te acompanho até a saída.

Os dois saem juntos e vou até o banheiro ajudar Alexis no banho. A menina estava ainda mais feliz depois que soube que Castle e eu voltamos. Eu programava fazer uma surpresa para ela, mas Castle se adiantou. O que foi bom, ver o sorriso no rosto da minha pequena ruivinha é a melhor coisa do mundo.

Quando nós voltamos para o quarto encontramos Castle arrumando as coisas da menina. Dois dias e ela já tinha duas pequenas malas com roupas, brinquedos e produtos de higiene. Algumas coisas Alexis sequer tinha usado, mas tanto Castle quanto Martha eram exagerados em tudo. Amarrei o cabelo da menina em um rabo de cabelo e deixei sua franja solta, ela adora esse penteado e adorava quando mexia em seu cabelo.

Não demora muito para Demming voltar e assinar a alta de Alexis. Enquanto ela observava atentamente a enfermeira retirar seu acesso venoso, Castle e eu prestávamos atenção nas recomendações do médico. Seria difícil manter a menina quieta por mais alguns dias para que ela não voltasse a piorar e se curasse totalmente, ela estava animada em poder correr novamente pelo rancho com as gêmeas.

Castle a pegou no colo quando saíamos. Eles andavam logo na minha frente enquanto eu levava uma das bolsas dela. Olho os dois conversando e rindo e meu coração se enche de amor. Eles são minha família, e eu não podia ter escolhido uma família melhor. Assim que chegamos em meu carro Castle arruma Alexis no banco de trás e vem ao meu encontro, que guardava as duas bolsas no porta-malas do carro.

— Pedi para minha mãe organizar uma festa de boas-vindas para ela. – ele fala baixinho.

— Mesmo? Isso vai ser bom, ela passou muito tempo longe... Cosmo vai avançar nela assim que a ver. – rio e Castle concorda.

— Vai ser bom ela saber que fez falta na casa... será que ela vai gostar?

Fecho o porta-malas e me viro para ele.

— Ela vai amar, meu amor. – sorrio e o beijo. – agora vamos? Porque até eu estou louca para sair de vez desse hospital. – Castle sorrir e concorda.

Durante todo o caminho Alexis não parou de falar. Sorrio com a empolgação da menina e do quanto Castle pode ser tão criança quando ela. Fiquei apenas calada ouvindo os planos dela. Ela queria brincar, correr, ver os cavalos, agarrar Cosmo. Estava morrendo de saudade de tudo, e eu posso imaginar o quanto, mas me dói o coração ter que dizer que ela vai ter que pegar leve por enquanto. Então prefiro me calar por enquanto do que ter que destruir os planos dela.

— Chegamos. – anuncio assim que estaciono o carro.

— Graças a Deus. – me viro e vejo ela erguer as mãos, a gradecendo. – eu estava morrendo de saudade da minha casinha.

Os olhos de Castle brilham ao ouvir a menina dizer isso. Aqui era a casa da Alexis agora, e seria para sempre.

— Então, vamos descer? Ou prefere ficar no carro? – ele pergunta encarando Alexis no banco de trás do carro. Ela nega com a cabeça e tira o cinto de segurança.

Castle abre a porta e deixa a menina passar. Um silencio estranho na casa, mas assim que adentramos na sala as pessoas saltam de trás dos moveis e paredes gritando surpresa. Estavam todos aqui. Martha, Jenny, as gêmeas, Ryan, Espo, Lanie e até mesmo a um certo garotinho loiro da mesma idade da Alexis que eu não conheço, mas aposto que esse é o tal David. Alexis rir empolgada com os gritos de todos e uma bola de pelo dourada late e corre na direção da menina. Alexis se abaixa e agarra o cão, que lambe e pula em cima dela fazendo-a cair no chão.

— Seja bem-vinda de volta minha netinha. – Martha se aproxima e agarra a menina.

— Vovó a senhora está me apertando. – ela diz fazendo uma cara dramática e Martha a solta.

Alexis se aproxima do restante do pessoal que a recebem com um abraço apertado. Ela se dava bem com todo mundo, como alguém podia não amar essa coisinha ruiva e fofo? Fico observando ela terminar de falar com Lanie e depois se vira para o David. Castle, que estava ao meu lado, ameaça se mexer e eu coloco a mão no peito dele, que me olha sem entender.

— Segura esse ciúme, ok? – não podia esconder o sorriso provocante em meus lábios.

— Kate você se diverte com tudo isso, não?

— Não. – balanço a cabeça. – mas você está sendo bobo.

— Você vai dizer que aquilo é bobo? – ele aponta e eu vejo o menino beijando o rosto da Alexis e segurando a mão dela. – isso não pode acontecer, Kate! – ele fala indignado e eu rio.

— Ok, precisamos conversar a sós. – eu o empurro até o escritório dele em meio aos resmungos. Assim que fecho a porta ele se afasta e me encara feio. – pode desmanchar essa cara?

— Não. Eu não sei porque estamos aqui ao invés de estarmos lá fora tomando conta daquele conquistador barato. – ele fala do menino e eu rio.

— Rick você está se escutando? Você chamou uma criança de conquistador barato.

— E não é isso que ele é? Com aqueles olhos verdes e aquele sorriso bonito. Além de tudo ele é galanteador, Alexis não pode cair nas garras dele, eu sei bem o que esses meninos fazem, eu já fui um deles ok? O bonitinho de olhos claros que roubava os corações das meninas. – ele fala rápido sem parar para respirar. Apenas observo. – e antes que você diga, isso não é ciúmes, é cuidado. Não quero minha filha sofrendo depois...

— Acabou? Eu posso falar agora? – ele balança a cabeça e eu me seguro para não rir, apesar de ser engraçado um Castle com ciúmes, o assunto era sério. – eu vou te fazer uma pergunta. Você quer que sua filha confie em você? Quer que ela te conte tudo e não minta?

— Claro que eu quero. Que tipo de pergunta é essa?

— Então você precisa parar com isso. – ele me olha sem entender. – Rick a Alexis gosta desse menino e ele me parece ser um cavalheiro. Eles se conheceram na escola, ele é novo aqui, e se tornaram amigos por causa disso... ela te contou isso?

— Não. – ele fala baixo e se aproxima. – ela te contou mais alguma coisa?

— Sim. Que você a fez prometer que só namoraria quando tivesse trinta anos, e é exatamente por isso que ela não te contou nada.

— Mas ela prometeu, tem que cumprir.

— Rick! – repreendo e ele joga as mãos para o alto, em sinal de redenção.

— Tudo bem, me desculpe.

— Você fala que sabe o que esses meninos querem... – digo me referindo ao que ele já falou mais de uma vez, mas eu não entendi. – o que eles querem?

— Se aproveitar de garotas inocentes, exatamente como a Alexis. E eu não quero que minha menininha se magoe.

— Ok, eu acho lindo esse seu lado protetor, mas você não pode usar isso para Alexis não namorar nunca. Ela gosta desse menino, você não acha melhor você conversar com ela e saber das coisas do que ela esconder e você não saber de nada?

Ele suspira e cruza os braços na frente do corpo.

— Tudo bem, eu errei. Mas ela não é muito nova para gostar dele? – rio e me aproximo, passando meus braços em seu pescoço. Castle descruza os braços e abraça minha cintura.

— Ela está na idade de se apaixonar... é tudo tão inocente que você não precisa se preocupar. – mesmo contrariado ele concorda, e eu rio de sua cara amarrada. – agora vamos voltar?

— Vamos. – ele concorda.

— Você vai se comportar? – ele balança a cabeça. – certeza?

— Prometo. – ele cruza os dedos e beija. Uma criança. Sorrio e seguro sua mão enquanto voltamos para a sala.

Jenny servia um lanche para as crianças quando nós saímos. Eu me aproximo delas e cumprimento as gêmeas com um beijo e um abraço e conheço, oficialmente, o David. Ele realmente tinha belos olhos e um sorriso bonito. Podia facilmente partir o coração de todas as meninas da escola, eu só espero que ele não faça isso com a minha menina.

Quando volto ao encontro dos adultos encontro Martha explicando a Castle como tinha encontrado o David e a mãe na porta do hospital. Parece que o menino tinha insistido em visitar Alexis antes de ir à escola, mas Martha disse que ela receberia alta e que ele podia vê-la em casa e que eles dariam uma festa de boas-vindas. O menino então tirou o juízo da mãe para que ela deixasse ele vir a essa festa, então ele veio com Martha, que também estava encantada pela criança. Era notável a cara de ciúmes do Castle enquanto sua mãe lhe contava toda a história.

A pequena festa não demorou muito. Os adultos voltaram a seus a fazeres, mas as crianças continuaram brincando na sala. As risadas preenchiam o lugar. Castle observava as crianças atentamente encostado numa parede perto. Um leve sorriso em seu rosto. Não tinha ciúmes, como antes, tinha um brilho diferente. Me aproximo e abraço sua cintura. Ele passa o braço por cima dos meus ombros e beija meus cabelos antes de voltar a atenção para as quatro crianças no chão da sala.

— Está pensando em que? – murmuro.

— No quanto eu gosto de ter essa folia aqui em casa. – ele vira o rosto para mim. – as crianças brincando, bagunçando tudo, as risadas...

— Você quer uma família grande?

— Enorme. – ele fala arregalando os olhos e eu rio. – sabe, eu já tenho uma família aqui. Tenho você, Alexis, minha mãe... tenho o Ryan e a Jenny que eu já os considero como parte da família, e claro, tenho as gêmeas, a Lanie, o Esposito... nós ficamos mais próximos depois de algumas partidas de pôquer... – ele esclarece e eu sorrio. Era importante que Castle se desse bem com todos os meus amigos. – mas eu não paro de pensar em nós... se nós vamos ter filhos ou não...

— Castle...

— Eu sei, Kate. Você tem problemas para engravidar, mas eu não ligo. – ele se vira totalmente para mim. – eu não estou falando que seria agora, mas a gente pode começar a pensar sobre isso. Sobre adoção...

— A gente pode deixar esse assunto mais para frente? Nós acabamos de voltar, então vamos curtir isso...

— Claro. – ele sorrir. – só não vamos deixar esse assunto morrer. Eu quero muito isso.

— Não vamos. Eu só preciso de um tempo, ok?

— Ok. – ele diz e me puxa de volta para seus braços.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gostaram? Rick pensando em aumentar a família adotando... será?

Até o próximo ♥



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "I Can't Love You" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.