I Can't Love You escrita por Mrscaskett


Capítulo 58
Capítulo 58 - Ciúmes.


Notas iniciais do capítulo

Hellooo pessoas *-*

Eu sei que estou demorando a postar os cap, e é sobre isso que eu vou falar. Eu sempre postava uma vez por semana e as vezes até mais, mas infelizmente isso está sendo impossível agora. Eu ando mt ocupada com alguns projetos da minha vida pessoal, e realmente estou sem tempo para muita coisa. sempre que eu posso eu estou escrevendo, mas não tenho o mesmo tempo de antes, então, me desculpem, mas eu não posso mais afirmar que vou postar todas as semanas como antes.
Não é por falta de inspiração, que fique bem claro. Esse história eu já tenho começo, meio e fim desde o dia que resolvi escrever, mas infelizmente não tenho a mesma disponibilidade de antes para escrever. Não posso me comprometer em postar toda semana porque eu sei que nao vou cumprir. Venho fazendo planos de terminar e postar esse cap há alguns dias, mas só hoje conseguir.

Eu espero que entendam e não fiquem chateados. Não estou abandonando a fic ou com falta de inspiração, é um questão de tempo, apenas isso. Está muito corrido.

Agora... curtam o cap ♥ Boa Leitura :)



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#ANTERIORMENTE

— Meu amor, você pode me esperar lá na minha sala enquanto eu converso com seu pai? – Alexis me encara preocupada.

— Vocês não vão brigar, vão? – sorrio.

— Não, meu amor. Nós vamos apenas conversar. – coloco uma mecha de seu cabelo ruivo atrás da orelha. – o computador está ligado, você pode jogar...

— Ok. – ela sorrir e me beija antes de sair. Alexis já veio tantas vezes a clínica que aposto que ela já sabe onde é cada sala desse lugar melhor do que eu. Assim que ela dobra o corredor eu me viro para Castle, que agora me encarava.

— Vamos conversar lá fora?

#AGORA

CASTLE.

Segui Kate até a calçada. Ela passou por mim séria e nem esperou eu responder, apenas abriu a porta e saiu. Esperei mais alguns segundo até sair também. Eu sabia que nós iriamos discutir e estava tentando me acalmar, mas foi em vão. Segui seus passos duros até um lugar calmo, mas ainda perto da clínica. Kate parou e virou, me encarando com seu olhar mais mortal. Não disse nada. Me aproximei e me encostei em um carro parado ali.

Ficamos em silencio. Nos encarando.

Confesso que ver Kate abraçando qualquer outro homem que não seja eu me tira completamente do sério. Fiquei com ciúmes por outro homem poder abraça-la e eu não. Não pensei eu isso me doeria tanto. Mesmo chateado eu consegui me controlar. Mas quando ela se afastou e eu pude ver o rosto dele uma raiva surgiu de repente. Eu só o vi uma vez, mas nunca esqueceria seu rosto. Não sei seu nome e nada a seu respeito, mas ele está presente nos meus piores pesadelos. Ele beijou a Kate e agora os dois estavam aqui, abraçados.

Eu olhei para Kate e a vi conversando com a Alexis como se nada demais tivesse acontecido. A minha vontade era de socar a cara desse sujeito, mas não posso fazer isso na frente da minha filha. Cerrei firme os pulsos e tentei me controlar, mas ficou quase impossível quando Kate nos apresentou. Eu não apertaria a mão dele, e não estava acreditando que ela teve a coragem de nos apresentar como se fosse algo natural. Encarei ele firme, sem medo de deixar transparecer todo o ódio que estava sentindo.

— Você não vai falar nada? – Kate se manifesta depois de longos minutos em silencio.

— O que você quer que eu diga? – cruzo os braços. Ela me encara mais alguns segundos em silencio.

— O que deu em você? – ela tem um sorriso irônico no rosto. – eu entendo que você sinta ciúmes, mas...

— Eu não estou com ciúmes... – a interrompo e minto. Estava me roendo de ciúmes por dentro.

— Castle eu vi o jeito como você olhava para Will. Se pudesse você o matava. – eu bufo e viro meu rosto para o lado, evitando olha-la. – Will é um amigo.

Não consigo conter o riso irônico que sai de mim e Kate me olha sem entender.

— Ele é um amigo. – ela repete firme. – o que você viu foi um abraçado entre dois amigos. E é melhor você parar com essa cisma com ele porque agora ele vai trabalhar comigo e...

— Eu só quero que você me responda uma coisa. – eu a interrompo.

— O que?

— Ele é o cara que te beijou? – sou direto. Por mais que eu soubesse, queria ouvir dela.

Kate me encara por algum tempo e respira fundo. Ela parecia surpresa em me ouvir perguntando aquilo. Ela não sabe que eu vi o beijo, muito menos que eu sei quem é seu mais novo “amigo” e quais suas intenções. Está na cara que ele está aqui para tentar mais alguma coisa com ela, e isso eu não vou deixar.

— Do que isso importa agora, Castle? – sua voz muda totalmente de tom. – Nós já conversamos sobre isso.

— Importa para mim, Kate. Importa porque, se esse for o cara que te beijou, eu não quero ele trabalhando aqui, não quero ele perto de você. – digo, sem me importar com a possessão em minhas palavras. – Importa porque eu não suportaria esse cara perto de vocês todos os dias. Importa porque é por causa dele que não estamos juntos.

— Não é ele, ok. – ela fala alto e rápido enquanto desvia seu olhar do meu e mexe em seu cabelo. Eu não precisava saber toda a verdade para saber que ela estava mentindo. Continuo em silencio enquanto a encaro. Aos poucos os olhos verdes vão ficando cada vez mais molhados. – tudo bem... – murmura. – foi ele, mas isso não significa que existe ou vá existir alguma coisa entre nós. Não é ele que eu amo.

Ouvir ela admitir fez tudo aquilo parecer ainda mais real. Antes tudo era um sonho ruim, um pesadelo que eu queria esquecer, até o dia que ela me contou e tudo se tornou real. Mas no fundo, eu ainda tinha esperança de acordar e ver que tudo era um sonho ruim. Então eu a vejo abraçando ele e a escuto admitir quem realmente ele era. A única coisa que eu conseguia sentir agora era uma forte pontada em meu peito.

— Você ia me contar isso? – ela balança a cabeça. – porque?

— Porque você ia reagir exatamente assim. – ela aponta para mim. – não queria complicar ainda mais as coisas entre nós.

— Então você ia mentir?

— Não... – ela murmura e fecha os olhos momentaneamente. – eu ia te contar em algum momento, mas não agora. Eu não queria atrapalhar ainda mais a nossa relação...

— Mentindo para mim?

— Castle, por favor...

— E ele vai trabalhar com você agora? – não a deixo responder e continuo. – vocês estavam se abraçando na frente de todo mundo como se não fosse nada demais.

— Porque não foi nada demais. – me desencosto do carro e me aproximo dela.

— Foi demais, sim. E isso só me faz ter certeza que existe algo entre vocês, que não foi só um...

— Cala a boca. – ela fala alto demais. Me calo. Kate olha de um lado para o outro, mas a rua estava praticamente vazia. Ela respira fundo e continua. – Castle você precisa confiar em mim. – sua voz mais baixa agora. Pude ver o esforço que ela fez para não chorar ali e isso me doeu ainda mais. – Não existe nada entre eu e Will. Nunca existiu. Mas nos dias que eu passei em Nova Iorque nós fomos amigos, nós confiamos um no outro. Eu falei coisas de você para ele que eu só falaria com a Lanie... – ele me olha nos olhos. – eu não posso virar as costas para um amigo. Não se trata de um capricho ou provocações, ele está precisando de um emprego e eu não posso ignorar isso.

— Kate eu não vou permitir que...

—Você não permite? – ela me interrompe. – Eu não preciso da sua permissão.

— Eu não suporto a ideia de...

— Nós estamos dando um tempo. – ela me interrompe novamente. – e ao contrário do que você falou, não é por causa do Will que estamos separados. É por nossa causa. Não confiamos um no outro o bastante para estarmos juntos.

— Você não confia em mim? – ela balança a cabeça.

— No momento eu não tenho certeza de nada. A confiança que eu tinha se foi quando eu te vi sentado chorando por outra.

— Kate eu já te expliquei isso.

— Mas não significa que eu perdoei ou esqueci. Ainda dói sempre que eu lembro.

— Eu confio em você.

— Confia? Confia mesmo? – ela cerra os olhos na minha direção. – porque a discussão que a gente acabou de ter me diz ao contrário.

— Eu confio em você, eu não confio é naquele cara... – ela solta um risada irônica.

— Não, Castle. Você não confia em mim e não quer assumir, por isso está colocando a culpa no Will.

— Não acredito que você está defendendo esse cara. – me encosto no carro novamente.

— Eu não estou defendendo ninguém porque ninguém precisa ser defendido aqui. Quando você parar com esse ciúme bobo e encarar o que realmente nos separou, talvez a gente ainda dê certo. – ela me encara um última vez e sai.

Me apresso e seguro firme seu braço e a viro para mim.

— O que você quer dizer com isso?

— Que eu já provei que te amo demais para você ficar com ciúmes de coisas idiotas. Castle eu fiquei com você mesmo sem saber se um dia você ia retribuir o amor que eu sentia. Eu fiquei porque te amava.

— Amava? – seus olhos param no meu, mas ela não responde. E nem precisa. Estava escrito ali que ela ainda me ama. A puxo mais para perto e a beijo. Não estava aguentando mais. Kate resiste no começo, mas logo suas mãos estão acariciando meu pescoço.

— Castle, não faz isso... – ela murmura próximo ao meu rosto quando o beijo acaba.

— Porque? – roço meus lábios no rosto dela.

— Porque nós estamos dando um tempo. – ela se afasta de mim.

— Mas foi bom, não foi? – um leve sorriso surge no lindo rosto dela. Eu a puxo novamente para meus braços, colando nossos corpos. – você não sabe o quanto eu fiquei com inveja quando vi vocês dois abraçados.

— Inveja ou ciúmes? – ela provoca e morde o lábio inferior.

— Inveja. – afirmo. – eu sei que a gente combinou dar um tempo, mas... eu queria estar com você em todos os momentos. Queria te abraçar na frente de todo mundo. Te beijar... – aproximo nossas bocas, mas Kate vira o rosto.

— Castle...

— Ok... – suspiro e a solto. Kate respira fundo e ajeita os cabelos. – eu só quero fazer mais uma pergunta.

— Pode fazer... – ela diz enquanto arruma a roupa.

— Onde você vai com esse tal de Will hoje? – ela me olha sem entender.

— Como assim?

— Quando ele saiu ele disse “a gente ver mais tarde”. Onde vocês vão? – meu tom fica mais sério. Kate me encara e sorrir.

— Aniversário da Lanie. – ela explica e eu continuo encarando-a. Eles iam juntos?— nós não vamos juntos se é o que você quer saber.

— Sei... – ela rir.

— Você é ciumento mesmo, sabia?

— Kate, não é porque nós estamos dando um tempo que você pode sair com outros homens, ok? – ela me olha com um sorriso torto no rosto.

— Ah, não? Eu pensei que esse “tempo” deixasse em aberto todas as alternativas. – ela provoca e eu a puxo para meus braços novamente.

— Da próxima vez que eu te ver de abraço com qualquer outro homem, eu quebro a cara dele.

— Isso é um ameaça?

— É um aviso. – mais uma vez ela desvia nossas bocas.

— Espero que isso valha pra você também. – ela diz com um sorriso nos lábios. Seguro seu rosto com minha mão e junto nossas bocas novamente. Dessa vez Kate não resiste e se entrega totalmente ao beijo.

 

♦♦♦

 

— Alexis, está na hora. – digo assim que chegamos na sala de Kate. Foi difícil larga-la e voltar para a realidade em que não estamos juntos, mas pelo menos eu deixei claro para ela que esse tempo que nós estamos dando não significa que nós devemos sair com outras pessoas. Eu não posso nem imaginar Kate com outro homem.

— Mas já? Está cedo ainda pai... – Alexia estava sentada na cadeira de Kate, mexendo no computador como se fosse dela.

— Mas já está de noite filha. Temos que ir. – Kate rir da careta da menina e se aproxima.

— Eu adoraria ficar mais por aqui com minha pequena assistente, mas eu também tenho que ir...

— Você vai com a gente Kate? – ela se vira para Kate.

— Não, meu anjo... – Kate acaricia os cabelos ruivos. – eu realmente tenho um compromisso hoje, mas a gente pode marcar um jantar depois... ou um daqueles almoços, que tal?

— Vai ser demais. – a menina responde animada. – o papai pode ir?

— Claro que sim. – Kate responde sorridente.

— Então a gente vai marcar logo, não é pai?

— É, filha. – confirmo, já imaginando como seria esse almoço entre nós três. – Mas agora vamos porque você ainda vai fazer o dever quando chegarmos em casa.

— Tudo bem. – ela responde triste e abraça Kate. – não vai se despedir do meu pai? Só um beijinho...

Kate me olha sem graça enquanto nos leva até a porta de sua sala.

— Alexis você sabe que seu pai e eu...

— Eu fecho os olhos... – a menina tapa os olhos com suas duas mãos e Kate me encara.

— Não! – ela gesticula com a boca e eu reviro os olhos.

— Pronto, Alexia. Agora vamos. – a menina destapa os olhos e varre seu olhar por nós dois.

— Você beijou?

— Alexis, vai com o seu pai... – Kate estreita os olhos para a menina e diz sem jeito. – tchau... – ela dá um beijo rápido na menina. – amo vocês.

 

KATE.

 

Eu quase não consigo acreditar em tudo que aconteceu hoje. Era um turbilhão de sensações e sentimentos, e eu não sei como administrar tudo isso. O ciúme. A briga. O beijo. A possessão em suas palavras. Castle sabe mesmo como fazer minha cabeça girar, completamente. Primeiro ele diz que nós dois precisamos deum tempo, e quando eu finalmente acho que ele está certo, ele me beija e diz que queria estar comigo na frente de todo mundo, que sentiu inveja de me ver abraçada com outro.

Esse homem vai me deixar louca. Mais louca.

Não posso mentir e dizer que não gostei do beijo, eu gostei muito. Sempre que ele me beija eu esqueço do mundo e tudo parece tão simples. Mas tem tanto entre nós. Tantas desconfianças, mágoas, lembranças ruins. Eu não posso esquecer de tudo isso assim, do nada. Nós precisamos desse tempo!

“Não é porque nós estamos dando um tempo que você pode sair com outros homens”. As palavras dele me vem na memória e eu não consigo conter o sorriso em meu rosto. Apesar de tudo era bom saber que ele não pretendia sair com outras mulheres e desistir de mim. Mesmo magoado e com desconfianças, ele ainda queria lutar por mim. Ele ainda me queria. Esse pode ser o primeiro, e pequeno, passo para nossa reconciliação.

Estaciono o carro em frente ao prédio da Lanie. Já estava uma hora atrasada e sei que ela vai querer me matar, mas demorei para escolher a roupa que usar. Não estava em clima de festa, mas não podia faltar ao aniversário da minha melhor amiga. E já que eu estava aqui, iria me divertir. Toco a campainha e a morena de vestido colado me atende.

— Olha só quem chegou, pensei que não viria mais. – ela abre a porta de vez e me puxa para um abraço.

— Desculpe o atraso, mas sabia o que usar. – faço uma careta e Lanie me olha da cabeça aos pés. Um vestido colado e um par de botas caia bem em qualquer ocasião. Eu amo botas.

— Você vai matar seus dois bonitões. – ela abre um sorriso.

— Meus o que? – antes que ela possa responder eu passo meu olhar pelo resto do apartamento e avisto Castle conversando com Demming de um lado, e do outro lado, sozinho, Will.

— Você convidou o Will e depois o Castle? – fuzilo Lanie com o olhar.

— Não. Eu convidei o Castle, depois eu convidei o Will. – ela bebe um gole de sua bebida. – porque? Algum problema?

— Lanie, você chamou o meu namorado e o cara que me beijou para sua festa. Então sim, eu acho que tem um problemão aqui.

— Ah, eles não vão brigar aqui. Relaxa. Você anda muito estressada com essa história. Vamos beber um pouco. – ela me puxa para entro do apartamento e me serve uma bebida.

Quando falei sobre a festa com Castle, ele não mencionou que também viria. Com certeza ele queria ver minha reação quando o visse aqui. Eu o olho por um instante e vejo que ele também está me olhando. Um sorriso sacana em seu rosto. Ele ergue o copo e pisca para mim. Ele está se divertindo com isso? Sorrio sem graça e tomo um grande e longo gole da minha cerveja.

— Eu estou tão ferrada. – penso alto.

— Porque? – Lanie me encara.

— Will e Castle aqui. – digo o obvio. – você não imagina a cena que foi quando eles se encontraram na clínica.

— Ok, dessa parte eu não sabia. Eles brigaram?

— Não. – bebo mais um gole da minha bebida. – mas eu e ele sim. E depois nos beijamos. – faço uma careta.

— O quê? – ela fala alto demais e eu aperto seu braço. – ok, mas me conta tudo...

— Nós brigamos e nos beijamos. Ele ficou com ciúmes... e agora eu não sei o que fazer.

— Vocês voltaram? – fico calada, sem saber o que responder. Sim não seria resposta correta, e não também. Eu não tenho certeza de nada.

— É complicado...

— Ok, não vamos conversar sobre isso agora. Vamos curtir a festa e esquecer essa loucura toda. – ela ergue o copo em sua mão e nós brindamos. – porque você não fica ali do lado da Jenny? Assim você não fala com nenhum dos dois, e quando eles vierem falar com você, você corre para o banheiro. Pronto, resolvido.

— Eu vou passar a noite inteira fugindo?

— Sim. – ela afirma séria e eu não consigo segurar o riso. – Sua vida virou uma novela mexicana, então agora você tem que lidar com isso. – Lanie zomba de mim e sai dançando até onde Esposito estava.

Me sirvo de uma dose de tequila e viro tudo de uma vez. Sem sal. Sem limão. Sem ao menos me preparar. Eu só precisava de álcool. Muito álcool. Pego mais uma cerveja e vou até onde a Jenny e Ryan estão. Decido ignorar os olhares de Castle e Will. Isso me deixava confortável. Não queria ignorar nenhum dos dois, mas não via outra solução.

— Que bom que você chegou. – tenho um susto quando Will se aproxima por trás e fala próximo ao meu ouvido por causa da música alta. Fecho os olhos rapidamente e me viro para ele.

— Will. – sorrio. – está gostando da festa?

— Bom, está animada. – ele fala alto. – mas eu não conheço ninguém, então... – ele encolhe os ombros.

— Lanie não te apresentou?

— Ela me apresentou uns caras, mas aí seu namorado chegou e eles preferiram conversar com ele. – ele aponta com a cabeça para Castle conversando com Josh e Demming. Castle não desgrudava seus olhos de mim. Agora ele estava sério. Seu sorriso charmoso já era e eu sei que ele está pensando besteiras.

— Bom, então deixa eu te apresentar o Ryan e a esposa dele, Jenny. – eles se cumprimentam e Ryan começa a puxar assunto com Will. Agradeço mentalmente por isso. Não queria me sentir responsável por fazer companhia para Will, então tinha que apresenta-lo a todos que eu conhecido. Alguns amigos da clínica vieram falar comigo e eu fiz questão de apresenta-lo como o novo funcionário da clínica.

Will se saiu bem fazendo novas amizades. Logo as risadas entre ele, Ryan e outro pessoal surgiram e eu me senti aliviada em poder sair dali. Não estava ouvindo uma palavra do que eles diziam, não porque a música estivesse alta o bastante, mas sim porque minha atenção estava inteiramente em Castle, que agora conversava com uma loira qualquer. Ele rir de algo que ela fala e isso me incomoda. Fui até a mesa de bebidas e peguei mais uma cerveja. Meu olhar sempre preso em Castle. Agora ele estava de costas para Josh, com quem conversava antes, e dava total atenção a mulher loira. Bebo um longo gole e respiro fundo, ele estava se afastando dela e vindo na minha direção.

Disfarço. Não queria que ele percebesse o quanto aquilo me incomodou.

— Gostou da sua nova amiga? – falo quando sinto seu corpo próximo ao meu.

Ele me olha e sorrir.

— Ela é bem legal. – ele a olha um instante. – e não é uma amiga, é uma fã.

— Hmm... – me viro para ele. – e você costuma pegar cerveja para suas fãs?

— Bom... – ele encolhe os ombros pensativo. – teve uma época que eu pagava bem mais que uma cerveja.

Num impulso, aperto sua barriga com meus dedos, forte.

— Ai! – ele me olha com uma cara sofrida. – isso dói.

— Castle, não brinca comigo. – aviso. – quem é a loira?

— É uma fã, já falei. – ele esfrega o lugar onde eu o belisquei.

— Sobre o que vocês estão conversando?

— Ela está me contando o quanto ela gosta dos meus livros... – novamente ele tem um sorriso sacana no rosto.

— Ah, eu aposto que sim. – respondo irônica. – Especialmente se você for fazer uma leitura particular para ela das cenas quentes.

— Kate, ela é uma fã. – ele tenta agir naturalmente. – não tem nada demais.

— Olha só Castle, vai lá dar atenção a sua fã, vai...

— Você está chateada?

— Eu? Não. – balanço a cabeça. – eu estou ótima. – pego minha cerveja e saio.

Passo por ele e falo com algumas pessoas até finamente me aproximar de Josh e Demming. Eles pareciam estar em um clima romântico, mas eu não ligo. Eles eram os únicos que estavam perto o bastante de Castle para que eu pudesse escutar o que ele e a loira estavam conversando.

— Olha só... – Josh me abraça. – pensei que não vinha falar com a gente. – sorrio.

— Eu não queria atrapalhar o papo que vocês estavam tendo com o escritor. – reviro os olhos encarar Castle rir mais uma vez das gracinhas daquela mulher.

— Querida, é melhor você assumir de vez que está com ciúmes. Porque ficar encarando os dois assim não resolve nada.

— Josh cala a boca. – ele rir. – aliás, eu não sabia que você e Castle eram tão amigos assim. Desde quando?

— Desde que você viajou e deixou o pobre coitado aqui, depressivo.

— Ah, claro. – zombo. – tenho certeza que ele estava ocupado demais com alguma fã para sentir minha falta.

— Kate não fala assim. – Demming se manifesta. – ele foi jogar pôquer lá em casa e estava realmente devastado.

Castle rir alto mais uma vez.

— Mas já está bem melhor, não ver? – aponto para ele antes de dar mais um gole na cerveja.

— Ele pediu minha ajuda para voltar com você. – Josh fala e eu o encaro surpresa. – ele me contou tudo...

— Tudo?

— Tudo. – reafirma. – e hoje me atualizou do caso Caskett.

— Caskett? – o encaro sem entender.

— É. Junta o nome de vocês e dá Caskett. – reviro os olhos e ele rir.

— Deixa de graça e me conta tudo o que ele te contou.

— Não sei... ele confiou em mim... – provoca.

— Josh!

— Ok. – Damming rir do amado. – ele me contou do beijo e que vocês estão dando um tempo.

— E o que mais? – por algum motivo eu estou nervosa.

— Não tem mais. – ele me olha sério. – e pelo o que eu entendi, vocês ainda precisam conversar muito. E foi isso que eu o aconselhei. Esse negócio de tempo é bobagem, Kate.

— Talvez não seja. – meu olhar cai sobre os dois conversando animadamente. – olha como ele está dando corda para a conversinha daquela mulher.

Rick, você pode me dá um autografo?— ouço a loira pedir. Agora mais do que nunca me concentro nos dois.

Claro. Tem uma caneta e um papel?

Não precisa de papel.— ela lhe entrega a caneta e tira os longos cabelos loiros da frente de seus seios. O decote dela era incrivelmente grande. Castle rir sem graça e encara loira. Eu não esperaria para ver a cena seguinte.

— Já chega. – digo ao me aproximar. A loira me olha confusa e eu dou um sorriso forçado. – já chega. – repito séria olhando para Castle e o puxo pelo braço.

Eu o arrasto em direção a um dos corredores do apartamento da Lanie. A porta no fim do corredor se abre e um mulher sai do banheiro. Me apresso e entro, trancando a porta atrás de nós dois.


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Notas finais do capítulo

Até logo ♥



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