I Can't Love You escrita por Mrscaskett


Capítulo 55
Capítulo 55 - Recaídas.


Notas iniciais do capítulo

Oláaa

Levando em conta que já passou da meia noite, então hoje já é sexta. E sexta é dia de cap novo o/ Eu vi todos os comentarios de voces, mas nao tive tempo de responder. Hoje passei o dia de boa na lagoa e, ao invés de responder, achei melhor escrever. Então aqui está um cap fresquinho para vocês. Espero que gostem ♥

Boa leitura ♥



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KATE.

 

Assim que entramos na clínica, Alexis corre até Lanie e a abraça forte. Fiquei surpresa ao ver que a menina estava apegada a Lanie também. Na última semana antes de eu voltar de Nova Iorque, pedi para Lanie ir fazer o checape semanal com os cavalos e ver como Alexis estava. Aparentemente a ruiva pediu para Lanie assistir um filme com ela e agora as duas viraram amiga. Sorri ao ver o carinho que minha melhor amiga sentia pela menina. Alexis já tinha cativado Lanie também. Quem resistia àqueles olhos azuis? Ninguém! Está no sangue da família ter aqueles olhos azuis com o mar.

— Tia Lanie, agora eu tenho um jaleco igual ao seu. Sou quase uma veterinária. – a ruiva diz orgulhosa pegando no jaleco que Lanie usava. A morena me olha de relance e sorrir ao me ver de sobrancelhas arqueadas, surpresa pela forma como a menina a chamou. Tia Lanie... Alexis deve ter mesmo gostado dela. Lanie demonstra interesse no assunto da menina e as duas começam a conversar. Deixo as duas no meio da recepção e me aproximo da minha recepcionista.

— Alguma coisa para mim? – tiro meus óculos escuros e encaro a outra ruiva, Maggie.

— O senhor Sorenson ligou hoje cedo, disse que a senhora estava viajando. Mas eu não sabia que já estava de volta. – ela foleia o bloco de notas azul e depois volta a me olhar. – ele disse apenas que a senhora ligasse para ele assim que chegasse.

— Serenson? Will Sorenson? – pergunto e ela confirma com a cabeça. Respirei fundo e assenti. – se ele ligar novamente diga que eu ainda não apareci por aqui. – a ruiva assente e eu saio dali, pegando algumas correspondências que ela acaba de me entregar.

Will tentou me ligar depois daquele beijo no bar, mas eu não queria falar com ele sobre aquele momento. Nossos encontros depois daquele dia foram apenas para tratar de negócios, e eu estava sempre acompanhada do meu tio. Não tínhamos porque falar de um beijo que não deveria ter acontecido. Eu já estava me sentindo culpada o bastante.  A sensação de ter traído Castle não passou, e acho que nunca vai passar. Mesmo não estando juntos, meu coração sempre foi dele. eu traí meu próprio coração. Bloqueei Will de qualquer meio de comunicação que ele tentasse, mas eu queria que ele parasse de tentar falar comigo.

Alexis e Lanie me encaram quando eu me aproximo delas. As duas estavam rindo de algo e eu sorrio também. A ruivinha parecia bem melhor depois que soube que Castle e eu terminamos. Durante o almoço ela tentou falar algo sobre esse assunto mas eu a cortei. Não queria que aquilo atrapalhasse aquele momento. Ali era só eu e a Alexis. Precisávamos aproveitar, e foi o que fizemos. Almoçamos, tomamos sorvete, fomos ao cinema e assistimos um filme. Estava pronta para leva-la até o rancho quando decidi parar na clínica para ver se estava tudo certo. Eu só voltaria a trabalhar amanhã, mas queria saber como as coisas estavam indo sem mim.

— Pensei que só chegaria amanhã. – Lanie se aproxima e me abraça apertado. Ela também não sabia que eu estava chegando hoje.

— Decidi vir antes. – sorrio quando o abraço se quebra. – fui logo matar a saudade dessa garotinha. – olho para Alexis e a puxo para meu lado. A menina abre um sorriso orgulhoso e eu sinto vontade de aperta-la.

— Pois é, ela estava me contando que vocês já se divertiram muito hoje.

— A gente podia levar a tia Lanie para tomar um sorvete... eu queria outra bola gigante de chocolate. – a menina faz uma cara dramática e eu rio.

— Nem pensar. Eu disse ao seu pai que levaria você para casa ainda hoje. – digo rindo. Estava quase no fim da tarde, e por mais que eu quisesse ficar com Alexis, tinha que leva-la para casa. – e a Lanie vive de dieta então...

— Ah, mas eu adoraria uma bola gigante de sorvete de chocolate. – Lanie começa a dar bola para a ideia de Alexis. Reviso os olhos. Parece que todo mundo se junta com a Alexis contra mim. Isso acontece toda hora com o Castle, e agora a Lanie é a mais nova cumplice da menina.

— Lanie não começa. – ela me olha e rir. – Alexis por hoje nós já nos divertimos demais. Mas porque você não vai com a Maggie olhar os cachorros? Vou conversar com a Lanie e já te pego lá para gente ir.

— Tá bom. – a menina segue até a mesa da recepção. Peço a Maggie acompanha-la até a sala onde os cachorros ficam hospedados quando vem tomar banho ou ficar hospedados por alguns dias. Alexis adora visitar os cachorros e gatos que ficam aqui. Assim que a vejo dobrar o corredor, eu começo a andar na direção a minha sala com Lanie.

— Como foi a viagem? Você e Castle já se acertaram? – ela pergunta curiosa enquanto caminhamos.

— Não. E nem vamos. – comento séria ao lembrar de como ele estava sério e diferente comigo. Abro a porta da minha sala e entro de uma vez. Lanie entra logo atrás e a fecha. Respiro fundo, tentando controlar a agonia crescente em meu peito. Quando eu saí daqui e fui para Nova Iorque eu tinha motivos para terminar, mas no fundo nunca deixei de pensar que nos acertaríamos. Agora estou encarando as consequências da minha atitude naquele momento, e como se isso não bastasse, ainda tem culpa que insiste em me perturbar.

— O que houve? – ela pergunta depois de um tempo em silencio.

— Eu fui a escola da Alexis vê-la e nós nos encontramos. – sorrio ao lembrar dele. – ele estava tão mudado... cabelo acordado, barba feita... – lindo. – as roupas também estavam diferentes. Ele estava diferente. – começo a ficar séria ao lembrar o quanto ele estava estranho comigo. – ele foi frio comigo... estava sério. Ele nunca foi assim.

— Então vocês não conversaram?

— Não... e não tenho motivos para acreditar que isso vá acontecer.

— Porque? – uma simples perguntas com tantas respostas possíveis. Mas a principal delas é: ele não me ama e não quer ficar comigo. Doía muito ter que admitir isso, mas era o que as atitudes dele demonstravam, e eu tinha que aceitar. Não posso ama-lo sozinha. Eu quero amar e ser amada.

— Ele contou a Alexis que terminamos. – falo de uma vez. – e eu acho que é definitivo. – sinto meu peito se apertar quando as palavras saem da minha boca. Demoraria até eu me acostumar a dizer isso sem sentir nada.

— Kate... – ela tenta, mas eu a interrompo.

— Por favor, Lanie... – peço. Quase imploro. – não me diz que estou errada ou que isso é passageiro porque eu sei que não é. E ficar acreditando numa mentira só vai me fazer mal. Então... vamos mudar de assunto.

— E você vai simplesmente desistir? – um sorriso irônico escapa de mim. Desistir... não tinha do que desistir. Não tinha luta nessa história, apenas derrotas.

— Fui eu quem terminou tudo. E depois do que eu vi, não sei porque fiquei chateada ao descobrir que ele estava bem com isso... – suspiro. – acabou. Relacionamentos são assim, acabam. Eu vou ficar bem.

— E a Alexis? – eu a encaro em silencio. – Kate quando eu vi vocês chegando agora na clínica foi como ver uma mãe e uma filha juntas. Eu vi você trazendo sua filha para o trabalho, e não a filha do seu namorado.

Ex. – a corrijo. – ex namorado.

— Que seja. – ela revira os olhos e me encara, como se pedisse uma resposta para sua pergunta. Mas eu não tenho uma resposta. – vocês estavam formando uma família sem nem perceber... quer mesmo acabar com isso?

— Castle disse que não ia me proibir de ver a menina.

— Eu sei que não. – ela afirma. – ele jamais faria isso com a filha. Mas você o ama. E você vai vê-lo com frequência por causa da Alexis. Mas... E se com um tempo vocês se distanciarem? E se um dia ele começar a sair com outra? Quanto tempo você vai aguentar?

Um tiro não doeria tanto quanto ouvir aquelas palavras. Lanie imaginou hipóteses que eu jamais imaginaria. Eu não conseguia imaginar Castle com outra mulher e muito menos Alexis convivendo com outra pessoa. Mas, e se isso acontecesse? E se Alexis se apegasse a outra mulher? E se Castle se apaixonasse de verdade por outra? Senti meus olhos arderem e a agonia em meu peito aumentar. A vontade de chorar cresce e eu tenho que me controlar para não deixar as lagrimas rolarem soltas. Me sento em minha cadeira escondo meu rosto entre minhas mãos. Perdida em sentimentos e emoções. Como minha vida foi chegar a isso? Estava tudo tão perfeito antes...

— Kate eu não queria te deixar mal com isso, mas... você precisa pensar no futuro. – Lanie começa, com sua voz calma. – Você quer que tudo o que eu falei seja uma opção ou você vai parar e conversar com Castle sobre tudo isso? Porque, querida, vocês estão no meio de um mal-entendido.

— Como assim? – eu a encaro. – o que você quer dizer com mal-entendido?

— Eu quero dizer que vocês precisam conversar.

— Não. – me levanto. – Lanie eu te conheço e sei que você sabe de alguma coisa. – ela sorrir. Aquele sorriso cheio de malicia de quem realmente sabe de alguma coisa.

— Eu preciso ir. – ela começa a mudar de assunto. – Eu ia até o rancho avaliar os animais, mas já que você está aqui, imagino que queira ir. Quem sabe aproveitar e conversar com um certo escritor?

— Você ia ao rancho hoje? – pergunto confusa. – você já foi ontem... o que tem de errado? – sim, o plano da Lanie para mudar de assunto tinha funcionado.

— Nada, Kate. O Mike estava com um escorrimento nasal, mas nós já começamos o tratamento.

— E você não pensou em me avisar?

— Kate, está tudo sob controle. Se você for lá, vai ver que ele já está quase completamente bom.

— Tem certeza? – ela estreita o olhos para mim.

— Kate, eu acho que sei como avaliar um cavalo.

— Eu sei, desculpe... mas é que aqueles cavalos tem um valor sentimental para mim. – me sento novamente em minha cadeira.

— E foi exatamente por isso que fiz questão de cuidar deles enquanto você estava fora. – ela sorrir. – agora eu já vou. Estou encerrando meu dia por aqui...

— Lanie... – a chamo antes que ela saia. – você pode fazer um favor para mim?

— Claro. – ela volta, me encarando com um sorriso que eu tenho certeza que vai se desfazer.

— Vocês pode levar a Alexis para casa? Eu não queria ter que ir e ter encontrar o Castle... não hoje.

— Kate, você não escutou nada do que eu acabei de te dizer não é? Você está fugindo.

— Eu não estou fugindo! – me defendo. – Eu só preciso pensar... só isso.

— Você sabe que eu não dizer a não a isso, mas... você tem certeza? Kate você pode acabar com todas as suas dúvidas hoje. Basta você querer.

— Eu preciso pensar Lanie. Aconteceram coisas que... – paro, pensando se devo ou não falar. – que eu quero esquecer... que eu tenho que saber como lidar. – continuo. – e ver o Castle agora não vai ajudar nisso. Mas eu prometo que vou tentar conversar com ele depois.

— Você quem sabe. – ela joga os ombros e sorrir. – vamos atrás da Alexis, então? – eu assinto nós saímos da minha sala. Assim que chegamos onde Alexis estava, um sorriso se abre em meu rosto. A menina estava rodeada de gatos, conversando como se eles fossem seus amigos de verdade. Alexis tinha mesmo um amor pelos animais, e se ela decidisse seguir essa carreira, ela seria uma ótima profissional.

— Nós já vamos? – ela desvia seu olhar para mim e eu concordo. – mas eu queria ficar mais. – ela choramingo, se aproximando de mim.

— Eu disse a seu pai que te levaria para casa depois do almoço e olha só... – olho a hora em meu relógio. – já está quase anoitecendo.

— Mas eu queria ficar mais com você Kate. – ela protesta.

— Amanhã eu vou te ver, meu amor.

— De manhã? – por algum motivo seus olhos começam a brilhar. – bem cedinho?

— Não pode ser a tarde? – tento. Tinha planos de dormir até mais tarde amanhã.

— Não. Eu preciso te mostrar uma coisa. Uma coisa muito importante.

— Nossa... agora eu fiquei curiosa.

— Até eu fiquei. – Lanie entra na conversa. – que coisa é essa tão importante?

— É uma surpresa. – a menina sorrir.

— Ok, então amanhã bem cedinho eu estarei em sua casa para ver essa surpresa. – me dou por vencida. Não era o que eu esperava quando pensei em tirar um tempo para pensar, mas eu não queria dar motivos para a menina acreditar de que tudo iria mudar em sua vida de novo. Querendo ou não eu tinha que arrumar um jeito de conviver com Castle até eu conseguir administrar meus conflitos. – agora... – me abaixo em sua frente. – a Lanie está indo ao rancho ver os cavalos, então ela vai te levar, está bem?

— Porque você não vem junto? – sua voz agora estava triste.

— Porque eu estou cansada, meu bem. Eu cheguei de viagem e fui direto te ver...

— Pensei que você ia jantar na minha casa. Meu pai vai estar lá e...

— Alexis... – eu a interrompo. – nós já conversamos sobre seu pai e eu. Nós não estamos mais juntos.

— Mas vocês são amigos. E amigos jantam juntos, não é tia Lanie? – a ruiva olha para Lanie ao meu lado.

— Sim. Eu janto com meus amigos. – encaro Lanie feio, quer ergue as mãos em sinal de redenção.

— Tá vendo. – a ruiva aponta para Lanie, como se ela estivesse certa.

— Ok, mas vamos deixar esse jantar para outro dia. Hoje eu realmente estou cansada.

— Você podia ir e ficar até a hora de eu dormir. – ela insiste. – só hoje.

— Minha linda... – me abaixo na sua frente. – amanhã bem cedinho eu vou estar em sua casa. Não vai dar tempo nem de você sentir saudade.

— Então você pode ir e ficar até amanhã. – ela diz sorridente e arranca uma risada da Lanie. – você dorme comigo se quiser.

— Eu já disse que amo essa menina? – olho entre as duas e estreito os olhos.

— Eu sei o que vocês estão tentando fazer, mas não vai dar certo, ok? – aponto para elas. Alexis tinha apenas oito anos, mas era muito esperta. Não sei exatamente o que a cabecinha dela está planejando, mas a Lanie com certeza vai ajudar. – Agora você vai com a Lanie antes que seu pai ligue desesperado querendo saber cadê a filha. – começo a puxa a menina para fora da clínica.

— Você promete que vai estar lá em casa amanhã? – ela pergunta enquanto caminhamos,

— Prometo.

— O Cosmo está com saudade. E a vovó também.

— Eu também estou morrendo de saudade deles. – me viro para a ruiva quando saímos da clínica. – agora me dá mais um abraço. – abro meus braços e a menina pula em mim. Seu abraço apertado já parecia cheio de saudade. Beijos seus capelos e sinto seu cheirinho mais uma vez. Eu também já estava com saudade.— você se divertiu hoje? – pergunto olhando para ela, que balança a cabeça e abre um sorriso lindo. – que bom... eu também me diverti muito.

— Vamos fazer isso sempre? – eu rio.

— Vamos deixar essas farras mais para o fim de semana, ok?

— Meu pai pode ir na próxima vez... ele vai gostar.

— Sim, ele vai gostar... – sorrio. – agora vai com a Lanie, tá? Vou ligar para sua avó dizendo que você está indo. – a menina assente e me abraça de novo. – eu te amo.

— Também te amo, Kate. – ela beija meu rosto e entra no carro junto com Lanie.

 

ALEXIS.

 

Estava a caminho de casa com a tia Lanie. Ela me deixou escolher a rápido que eu quisesse mas não tinha nenhuma música boa tocando agora, então deixei em qualquer estação de rádio. Era a Kate quem deveria estar me levando para casa, mas ela não queria ver meu pai. Ela pensa que eu não sei, todos pensam que eu não noto nada, mas eu sei de tudo. Desde que eles me contaram que não estavam mais namorando, eu venho pensando em uma maneira de juntar os dois novamente. E eu já tinha um plano. Chamei a Kate para tomar café em minha casa amanhã. Eu e meu pai preparamos uma surpresa para ela. A casa de brinquedos que era dela quando criança estava pronta, toda reformada e segura novamente. Eu estava ansiosa para mostrar casa para ela. Espero que quando ela souber que eu e o meu pai fizemos isso para ela, ela mude de ideia e volte a namorar meu pai. Ele foi até Nova Iorque atrás dela, mas eles brigaram. Eu sei disso porque meu pai ficou estranho depois que voltou.

Todas as noites na última semana, eu conversei com a Kate pelo celular do meu pai, mas não quis falar com ela em nenhuma das vezes. Eu estranhei mas nunca imaginei que eles tinham terminado tudo. Amanhã quando a Kate chegar, eu tenho que pensar em como deixar os dois sozinhos. Talvez trancar os dois dentro do quarto igual no filme que assisti hoje com a Kate. A menina trancava a mãe e o pai dentro do quarto e só soltou quando eles se entenderam. Amanhã de manhã era o meu primeiro café da manhã na casa de brinquedos, e Kate e meu pai eram meus primeiros convidados. Talvez eu possa trancar os dois lá...

Olho para tia Lanie, que cantava enquanto dirigia. Será que ela sabia que meu pai e a Kate não estavam mais juntos? Será que ela me ajudaria a aproximar os dois?

— Tia Lanie, você pode me ajudar em uma coisa?

— Claro. O que é? – ela me olha um instante e logo volta sua atenção para a escada.

— Eu tenho um plano para juntar meu pai e a Kate de novo.

— Um plano? – ela pergunta rindo.

— É. Você vai em ajudar? – aos poucos ela para o carro no meio da estada e se vira para mim

— No que você está pensando? – sorrio e começo a contar meu plano para ela.

 

CASTLE

 

Olha quem chegou...— ouço minha mãe falar animada e logo os passos rápidos da Alexis soam. Podia imaginar ela correndo para ir abraçar a minha mãe. Ela passou o dia com a Kate, e agora Kate a trouxe de volta. – se divertiu?

Muito. – Alexis responde. – a Kate me levou para almoçar, depois a gente viu um filme. Foi muito legal. – minha mãe rir com a história da menina.

E depois de um dia cheio desse, aposto que você está com fome.

Morrendo. – sorrio. Podia imaginar a cara dramática da Alexis nesse momento.

Então vamos que eu vou preparar um lanche para você. Lanie aceita também?— Lanie? O que a Lanie estava fazendo aqui? Onde está a Kate? me levanto da cadeira e fico atrás da porta, escutando melhor o que as três conversam na sala.

Não, Martha, obrigada. Só vim mesmo deixar essa mocinha e vou olhar como os cavalos estão. — Lanie explica e eu ouço seus passos se distanciar. Algo dentro de mim começa a ganhar vida. Kate não veio deixar minha filha, mandou a Lanie. Não que eu não confiasse nela, eu confio, mas isso quer dizer de que a Kate está me evitando. Está deixando os cuidados dos animais nas mãos de outras pessoas. Quanto tempo demoraria para ela não aparecer mais por aqui?

Abro a porta de uma vez e saio do escritório a ponto de ver Lanie sair pela porta de trás da casa. Alexis e minha mãe estão na cozinha preparando algo para comer. Olho em volta para ter certeza de quem não havia mais ninguém ali, e que o carro de Kate não estava do lado de fora. Ao constatar que estava certo, Kate não veio, a raiva que eu sentia começa a crescer feito bola de neve. Nunca pensei em me sentir assim, muito menos em relação a mulher que eu amo.

— Onde está a Kate? – pergunto entrando na cozinha.

— Não veio. – Alexis me olha um segundo e depois volta a montar seu sanduiche. – ela estava cansada. – sim, isso poderia ser verdade, mas eu sei que no fundo ela quer me evita. Isso me deixa ainda mais furioso.

— Ela me ligou avisando que a Lanie viria avaliar os cavalos e a Alexis viria com ela. Não achei que tivesse problema. – minha mãe me olha.

— E não tem. – me viro e pego minhas chaves no balcão. – eu vou sair, já volto. – beijo Alexis e saio, sem dar mais nenhuma explicação.

Acelero o carro em direção a cidade. Eu precisava encontrar Kate. Ela tinha que me explicar porque mandou a Lanie em seu lugar. Nós íamos resolver esse assunto de uma vez. Não queria que ela ficasse nesse jogo me evitando, assim como eu não queria evita-la. Temos que encontrar um meio de nos darmos bem. Na verdade, a ideia de está-la perdendo me assusta. Ver a Lanie ali, cuidando do cavalos, me lembrou o dia que ela trouxe outro veterinário para cuidar deles e eu surtei. Eu a queria por perto. Não era preciso estarmos juntos. Eu só a queria por perto.

Paro o carro em frente ao seu prédio e desço. Aperto algumas vezes a sua campainha, mas não tenho resposta. Ela ainda não está em casa. Me encosto na parede e fico esperando. Esperaria a noite inteira se fosse preciso, mas de hoje a minha conversa com Kate não passaria. Não demora muito e eu vejo seu carro estacionar atrás do meu. Mesmo dentro do carro, ela me encara. Endireito minha postura e a encaro de volta. Ela demora a sair do carro, e assim que sai, anda em minha direção.

— Castle. – ela me cumprimenta com um sorriso simples. – estou surpresa...

— Precisamos conversar.

— Castle, eu estou cansada... Não pode deixar essa conversa para outro dia?

— Não. Não posso. – falo firme. Mesmo relutante Kate aceita. Ela passa por mim e abre o portão, me deixando passar.

O elevador demorou mais do que o de costume para subir até o andar da Kate. Aquela caixa de metal parecia pesar três vezes mais. Kate em conflito com seus pensamentos e eu com os meus. Queria poder parar aquele elevador e conversar ali mesmo. Cada segundo que se passavam era tempo que eu perdia, mas eu precisava esperar até estarmos na casa dela. Assim que Kate abriu a porta e nós entramos, me lembrei de todas as vezes em que eu vim busca-la para sairmos.

— Seja rápido, Castle. – ela joga a bolsa no sofá e suspira antes de me olhar.

— Até quando você acha que pode me evitar? – sou direto.

— Não sei do que você está falando. – ela diz séria.

— Você mandou a Lanie levar a Alexis em casa para não me ver. – digo e vejo suas pupilas dilatarem. Eu sabia que era esse o motivo!— nós terminamos Kate, mas isso não significa que eu não queira você em minha vida. Acima de tudo nós sempre fomos amigos.

— Nós terminamos. Achei que estava no manual de fim de relacionamento: evitar o ex. – ela joga os ombros. – é o que os casais normais fazem, Castle.

— Nós nunca fomos um casal normal. – rebato e me aproximo dela. – porque agora seria diferente?

— Castle, se você veio aqui para falar que eu não preciso te evitar, você já deu o seu recado... agora eu realmente estou cansada. – ela me olha com seus olhos verdes penetrantes. Naquele momento eu esqueci qualquer raiva que eu sentia. A cena que eu vi no bar do hotel sumiu da minha mente. Nada mais me importava. Aos poucos eu fui me aproximando dela. Kate não se mexeu. Seus olhos não desviaram no meu. – o que você está fazendo? – ela pergunta com a voz tremula.

Eu não sabia responder àquela pergunta. Eu só queria ficar próximo a ela e tentar controlar a vontade de tê-la em meus braços novamente. Sentir seu cheiro. Seu gosto. Sua pele macia.

— Nós somos amigos, Kate. Podemos ficar a sós e conversar... podemos sair com a Alexis como antes, nada vai mudar. – ela suspira e olha para minha boca. Aquilo mexeu ainda mais comigo.

— Não vai mudar? – nossos corpos estavam perto. As pernas dela estavam presas contra a parte de trás do sofá. Não tinha como sair. Eu podia sentir seu corpo tremendo próximo ao meu.

— Você quer que mude? – pergunto e meu coração se aperta com medo da resposta. Mas Kate não diz nada. Mais uma vez ela olha para minha boca e eu não resisto. Tomo seus lábios para mim em um beijo urgente. Kate envolve meu pescoço com seus braços e eu asseguro pela cintura. Seu corpo ainda parecia tremulo e o beijo ansioso. Assim que sua língua toca a minha me sinto fraquejar e um gemido saí do fundo da minha garganta. Estava com saudade daquele beijo. Kate toca meus cabelos e eu mordo seu lábio. Aquilo era muito bom.

Puxo Kate para um beijo ainda mais profundo e urgente. Queria matar toda a saudade que eu sentia dela. Kate se encosta de vez no sofá e, me surpreendendo totalmente, ela enlaça meu corpo com suas pernas. Não pude negar o quanto gostei daquela atitude. Era o sinal que eu queria para saber que ela não me afastaria. Desço minhas mãos por suas penas e aperto firme, me encaixando ainda mais entre elas. Dessa vez Kate geme em minha boca e eu não consigo pensar em nada mais excitante que isso.

Ela segura firme meus cabelos e morde meu lábio. Abro meus olhos o suficiente para ver seus dentes cravados na minha pele e, imediatamente, tenho vontade de morde-la inteira. Tento beija-la novamente, mas ela não deixa. Um sorriso malicioso surge em seus lábios e eu varro seu rosto com meu olhar. Kate suspira ainda de olhos fechados e eu queria parar no tempo apenas para admira-la. Ela nunca esteve tão linda como agora. Segurando um pouco a urgente que eu sentia de tê-la por inteiro para mim, começo a beijar lentamente seu pescoço, deixando rastros de beijos molhados por ali. O gosto da pele dela era incomparável. Ninguém tem um gosto tão bom assim. Isso é um pecado. Ouço um gemido baixo dela e sorrio. Ela estava gostando. Não estava tentando me impedir. Chego em sua orelha e não economizo nos beijos cada vez mais olhados. Kate aperta forte os meus braços e geme mais uma vez. Ali era seu ponto fraco e eu sabia disso.

— É um pecado ter um gosto tão bom assim. – sussurro em sua orelha. – você é um pecado. – seguro firme os cabelos de sua nuca e a obrigo a olhar para mim. – O meu pecado. – Kate me encara, mas não fala nada. Sua respiração pesada. Sua boca entreaberta pedindo para ser beijada. Recomeço uma trilha de beijos por sua mandíbula e a vejo fechar os olhos, suspirando.

— Castle... – ela me chama entre um gemido. Eu a encaro e, lentamente, ela vai abrindo os olhos. – o que estamos fazendo?

— Você só precisa me pedir para parar. – Kate me encara em silencio, mas em seus olhos eu já tinha a minha resposta. Ela queria aquilo tanto quando eu. Kate segura meu rosto com suas mãos e me puxa para um beijo.

O beijo começa lento, mas uma batalha de línguas começa e àquela urgência de antes volta. Seus braços me envolvem em um abraço apertado enquanto eu me inclino e a deito no sofá. Minha excitação evidente a pressiona e, com um sorriso sacana, ela geme entre o beijo. Os gemidos de Kate eram cada vez mais estimulantes, principalmente quando ela geme em meu ouvido só para me provocar. Começo a provoca-la também, fazendo movimentos de vai e vem sobre ela. As roupas ainda estavam aqui, mas não atrapalhavam. Kate joga a cabeça para trás e, como se estivesse fazendo um esforço para segurar, deixa um gemido alto sair.

Sorrio satisfeito. Nunca fomos bons em fazer silencio.

Não demorou muito para nossas roupas estarem jogadas no chão e nossos corpos nus unidos. Entro e saio dela lentamente enquanto morde meu lábio e geme baixinho. Aquilo só me faz ficar ainda mais excitado. Nossas respirações começam a ficar mais pesadas e os movimentos mais rápidos. Kate crava suas unhas em meus ombros e eu sei que ela estar perto de se entregar ao prazer. Paro os movimentos e escuto um resmungo que me faz rir. Puxo seus lábios para um beijo intenso enquanto seu corpo se acalma e eu recomeço os movimentos, dessa vez, mais rápido e mais forte. Kate arqueia seu corpo contra o meu e separa nossas bocas, gemendo alto sem se importar se os vizinhos nos escutariam ou não. Seu corpo começa a tremer e eu sei o que isso significa. Acelero ainda mais meus movimentos até ela gritar desesperadamente meu nome.

Desço meus beijos por seu colo até alcançar seu seio, acariciando com minha língua. Kate segura firme meus cabelos, mantendo-me preso ali enchendo-a de prazer. Kate arqueia seu corpo novamente quando puxo seu mamilo entre os dentes. Eu a olho e a vejo cheia de desejo, isso me excita ainda mais. Desço meus beijos por seu abdômen até chegar a sua intimidade. Seu cheiro intenso faz um sentimento primitivo surgir dentro de mim e eu avanço nela, fazendo-a ter mais um orgasmo intenso enquanto a saboreio.

Eu adoro vê-la sentindo prazer.

Adoro vê-la gritar meu nome enquanto pede que eu não pare.

Kate me puxa para ela até alcançar minha boca, beijando-me loucamente e me deixando perdido. Em um segundo de descuido ela inverte nossas posições, ficando por cima. Seguro sua cintura e a beijo, enquanto ela começa a se movimentar, sem pressa. Kate aumenta e diminui o ritmo, sem nunca parar de me beijar. Isso me deixa louco. Sua língua sugando a minha para dentro de sua boca enquanto ela arranha minha pele com suas unhas finas. Seguro-a firme e me sento, prendendo seu corpo suado no meu e ela acelera seus movimentos.

Nossas respirações cada vez mais pesadas.

Nossos gemidos abafados pelo beijo.

Kate solta minha boca e joga a cabeça para trás, me prendendo dentro dela enquanto outro gemido alto escapa. Estou tão perto, e ela também. Seguro sua cintura e ajudo nos movimentos. Kate apoia seus braços em meus ombros e abraça meu rosto, acariciando meus cabelos. Volto a experimentar sua pele molhada, arranhando-a com meus dentes cada vez que me sinto mais próximo do limite. Os movimentos acelerados se misturam com os tremores no corpo dela, e mais uma vez ela chegou ao prazer. Não demora muito e eu me libero também, prendendo-a contra meu corpo enquanto preencho-a por inteiro.

Sinto o peso do seu corpo cair sobre o meu quando nossos corpos se acalmam. Kate esconde a cabeça no vão do meu pescoço e eu sinto sua respiração quente aquecer minha pele. Apenas nossas respirações pesadas preenchiam o silencio do ambiente. Carinhosamente, eu subo e desço meus dedos por suas costas, sentindo a pele macia se arrepiar com meu toque. Não existia mais o meu cheiro ou o cheiro dela. Agora era o nosso cheiro. E eu adoro quando eles se misturam.

— Eu te amo, Kate. – as palavras pulam da minha boca. Seu corpo fica tenso e ela não fala nada. Não se move. Não respira. Eu não planejava dizer isso depois de tudo o que aconteceu, mas não pude evitar. Eu não precisava de respostas, eu só precisava dizer. Precisava que ela soubesse o que eu sentia por ela. Eu a amo. Nada mudaria isso.

Quando nossos corpos se acalmam e nossas respirações voltam ao normal, ela se mexe, e um medo súbito dela se afastar de mim surge. Espalmo minhas mãos em suas costas, sentindo sua pele nua fria. Kate soltar o ar preso em seus pulmões e roça seu nariz em meu rosto. De olhos fechados, lentamente ela aproxima nossos lábios e me beija. Um beijo doce e suave. Na mesma posição em que estamos, eu me inclino sobre ela até que ela se deite de costas no sofá. Seio de dentro dela devagar, e posso jurar que a ouvi gemer em protesto. Isso me faz sorrir.

Me deito ao seu lado e envolvo meus braços em sua cintura. Kate aconchega seu corpo no meu, colando suas costas em meu peito e puxando meus braços para si. A noite estava começando a esfriar, então puxo a mantar sobre o sofá e cubro nossos corpos nus. Ficamos assim por incontáveis minutos. Não precisávamos mais de nada. Eu tinha medo de abrir os olhos e descobrir que isso era apenas um sonho.

Eu já não sinto mais meu braço, mas Kate parecia estar muito confortável assim e isso bastava para mim. De olhos fechados, expressão serena no rosto e a respiração suave, confirmava minhas suspeitas de que Kate estava mesmo dormindo. Era uma pena eu ter que ir embora agora, não queria deixa-la e muito menos acorda-la. Tento tirar meu braço debaixo dela e, mesmo com um movimento mínimo, Kate se manifesta.

— Você já vai? – sua voz sai rouca e seu olhar parece pesado. Sorrio.

— Pensei que estivesse dormindo. – sorrio e me inclino sobre ela, beijando o canto dos seus lábios.

— Não consegui dormir. – ela fecha os olhos, sentindo meu beijo, mas logo me encara. – você ia embora sem se despedir?

— Eu não queria te acordar... – murmuro. – mas eu ia deixar um bilhete e ligaria no dia seguinte. – brinco, mas ela não rir.

— Você precisa mesmo ir? – balanço minha cabeça.

— Infelizmente sim... eu deixei a Alexis com minha mãe, mas ultimamente ela tem dormido todas as noites com o namorado, então...

— Eu entendo... – ela sorrir e acaricia meu braço. Beijo seus lábios mais uma vez e me levanto, começando a vestir minha roupa. Kate fica me observando por um tempo, mas logo veste a blusa que estava antes. Eu sentia o peso de seus olhos em mim. Nenhum dos dois tinha coragem de falar sobre o que acabou de acontecer. – Castle eu preciso falar com você.

Me viro para ela e vejo o conflito em seus olhos. Ela estava séria e tensa.

— O que foi? – me sento ao seu lado novamente. Conheço Kate o bastante para saber que tem algo errado.

— Você vai me odiar tanto por isso... – ela murmura e esconde o rosto entre as mãos. Meu coração começa a acelerar só de imaginar o que ela iria falar. – você disse que me ama... – ela gira a cabeça de lado para me olhar. – eu não posso esconder isso de você.

— O que você está escondendo de mim, Kate? – pergunto, mesmo sabendo o que viria a seguir.

— Eu fiquei com outra pessoa enquanto estive em Nova Iorque. – ela é direta. – eu não queria, mas aconteceu... e eu me sinto péssima por isso.

A raiva que eu senti quando vi aquela cena volta e eu preciso respirar fundo para não perder o controle. Encarar Kate e ver que os olhos dela pareciam tão sinceros e arrependidos não diminuía a raiva que eu sentia. Enquanto nos amávamos eu esqueci completamente de qualquer problema que nos mantinha separados. Mas agora que ela tocou no assunto, eu não conseguia parar de lembrar daquele cara a beijando. Não esperava que ela me contasse. Na verdade eu queria acreditar que aquilo tinha sido uma mentira. Que não era ela ali, e eu me enganei.

— Castle eu não queria... – ela toca meu braço, mas por impulso, eu me afasto e me levanto. – Castle, por favor não faz assim. Vamos conversar.

— Nós terminamos. – digo com minha voz carregada. – você pode ficar com quem você quiser, mas... eu preciso saber. – respiro fundo e fecho os olhos, criando coragem de fazer a pergunta. E com medo da resposta. – foi só um beijo?

— Claro que foi só um beijo. – ela responde rápido e levanta, se aproximando de mim. – claro que foi só um beijo. – ela repete. – um beijo sem importância nenhuma para mim. – mais uma vez seus olhos pareciam sinceros, mas a raiva dentro de mim me impedia acreditar. – eu sei que estávamos terminados, mas mesmo assim eu não queria beijar outro homem que não fosse você. – um riso irônico escapa de mim. – por favor, acredita em mim...

— Quem é ele?

— O quê? Porque você quer saber? – ela parece surpresa.

— Porque eu preciso saber, Kate. Quem é ele?

— Eu não vou dizer. – ela diz firme.

— Não vai?

— Não. – eu a encaro e concordo com um balançar de cabeça. – onde você está indo? – ela pergunta quando seguro minha camisa e meus sapatos nas mãos.

— Embora.

— Castle, não vai... vamos conversar. – ouço ela pedir enquanto saio pela porta e bato com força.

Aperto o botão do elevador inúmeras vezes, como se aquilo fosse fazer ele chegar mais rápido. Impaciente de ficar ali parado, resolvo descer as escadas. Eu não sabia se o que eu estava fazendo era certo ou errado. Não sabia se eu estava fazendo a mesma coisa que ela fez comigo, fugindo sem deixa-la se explicar. Sem ao menos conversarmos. Mas eu precisava sair dali. A sua recusa de me dizer o nome do cara foi apenas um motivo.

A verdade é que ver aquele beijo me fez sentir traído por ela. Não importa o que ela pensa que viu naquele quarto, eu nunca a trai. Eu amo. Mas eu não sei se eu vou ser capaz de perdoar essa traição. Por mais insignificante que seja, ela beijou outro e eu nunca vou esquecer isso.


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