I Can't Love You escrita por Mrscaskett


Capítulo 52
Capítulo 52


Notas iniciais do capítulo

Olá amoreees. Eu tive um tempinho e corri para postar, aproveitando que hoje é sexta. Mas preciso dizer a vocês que não sei quando isso vai acontecer novamente. Como sempre, fim de semestre, correria total. Espero que entendam. Mas sempre que tiver um tempo, eu estarei por aqui *-*

Bom, o cap de hoje é dividido entre Kate e Castle. Espero que gostem. Boa leitura ♥



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CASTLE.

— Meu, Deus, mas que tanta caixa é essa? – escuto a voz irritada da minha mãe e sorrio. Podia até imaginar sua cara. – Richard?! – ela me chama ainda mais irritada.

— Estou aqui... – apareço no fim da escada e coloco a última caixa no chão. Estava satisfeito. Tinha conseguido, finalmente, tirar tudo de dentro daquele quarto.

— Você está de mudança por algum acaso? – ela encara as últimas caixas soltas na sala.

— Não. – respondo rápido e me volto para Alexis. – oi filha, como foi o passeio? – me aproximo da ruiva mais nova e a seguro em meus braços. Estava com saudade. Ela passa seus bracinhos em meu pescoço e beija meu rosto. Sempre carinhosa. Eu a levo até a cozinha enquanto ela me contava o que tinha achado do seu dia. Como era de se suspeitar, ela tinha adorado. Eu a coloco sobre a bancada da cozinha enquanto preparo um sanduiche para nós. Minha mãe, claro, me segue até a cozinha. Seu olhar suspeito sempre no rosto, mas eu ignoro. Estava concentrado nas histórias de Alexis.

— A casa do tio Jackson é enorme, pai. – ela me diz, usando o tom dramático que herdou da minha mãe. – o Louis é muito legal, eu gostei dele.

— Você correu muito pelo sol? Porque você está vermelha. – brinco pegando em seu nariz e ela rir marota.

— Só um pouco. – ela junta o dedo indicador e o polegar, tentando mostrar que não tinha sido muito. Eu rio. Sei que é mentira. – é porque eu sou muito branca. – explica enquanto come. – a vovó disse que também fica assim. Me forçou a usar protetor... – ela faz uma careta na última parte e eu rio ainda mais. Eu também odeio usar protetor.

— Então... – me volto para minha mãe, que ainda me encarava. – me contém mais sobre o dia de vocês.

— Lá no tio Jackson tem um cavalo também, mas não é tão bonito quanto os daqui. – a menina comenta com simplicidade e eu volto minha atenção para ela. – eu acho que é porque a Kate não cuida deles...

Sorrio. Ela ainda não sabia que a Kate tinha ligado para ela.

— Falando em Kate... – fiz um suspense e vi o brilho em seus olhos. – ela ligou longo depois de vocês saírem. Disse que ligaria mais tarde.

Não pude conter a felicidade que sentia em dizer aquelas palavras. Tudo o que eu conseguia pensar era a esperança que Kate tinha me dado. Nós conversaríamos depois e nos acertaríamos. Ela entenderia que tudo foi um verdadeiro mal-entendido e que eu não estava preso ao passado como ela claramente pesava.

— Vamos ligar para ela agora? – Alexis começou a ficar eufórica. – ela não sabe que eu já cheguei...

— Ela disse que ligaria mais tarde. Porque não espera?

— Porque eu quero falar com ela... – a menina insiste. – por favor.

Não consigo resistir a carinha que ela faz. Ninguém resistiria.

— Tudo bem, mas antes você tem que tomar um banho porquê... – me aproximo dela e cheiro seu pescoço. – você está fedendo... – faço uma careta e ela rir.

— Tá bom. Depois a gente liga?

— Depois a gente liga. – repito e a menina sai da cozinha animada. – o que você vai querer para o jantar? – pergunto alto antes que ela suba as escadas.

— Hambúrguer. – ela é direto.

— Por isso ela é minha filha. – comento olhando para minha mãe e sorrio. Mas ela não sorrir de volta. Respiro fundo e desfaço o sorriso em meu rosto. Não era preciso muito para adivinhar o que viria.

— Então... – ela começa. Bingo.— você vai me contar o que são aquelas caixas ou vai me deixar aqui sem entender?

— São coisas velhas... coisas que eu não preciso mais. – falo firme. Ela ainda me encarava, como se quisesse bem mais que aquilo. – Eu preciso seguir em frente. Aquelas coisas não me pertencem... estou mandando tudo para os pais dela. – não precisava citar nomes, minha mãe sabia muito bem do que eu estava falando.

— Você tem certeza disso? Os pais dela estão...

— Eu sei... – não preciso que ela continue.

— E mesmo assim, você...

— Sim. – a corto novamente. – eles precisam seguir em frente também. A Gina não voltará mais. E essas coisas pertencem a eles... se isso fará bem ou mal eu não sei. Mas espero que faça bem...

Os pais da Gina ainda não superaram a morte da filha. Vivem fazendo reuniões com amigos seus e da filha para lembrarem dela. Homenagens são feitas por eles todos os fins de semana. Criaram uma página na internet para Gina ser lembrada por todos. Mas ela não precisava disso. Gina era inesquecível sozinha. Não precisava de ajuda de ninguém. Eu ignorei todas as chamadas e e-mails que eles me mandaram convidando para homenagens a ela. Não que eu não quisesse, mas Gina era homenageada todos os dias em minhas orações.

— Eles podem fazer um santuário como eu fiz... – digo triste. – podem doar, rasgar, jogar fora... eu não ligo. Isso não me pertence mais, mãe. Eu preciso fazer isso para seguir em diante. – a ruiva me encarava calada. – eu já levei várias caixas para o correio e mandei entregar no endereço deles. Só falta essas ai... – apontei com a cabeça para a sala.

— Você tem certeza disso?

— Sim. – respondo firme. – essa história já durou demais... amanhã eu jogarei as cinzas dela pelo rancho... ela ia gostar de passar a eternidade em um lugar como esse. – sorrio triste. – mas depois disso é página virada. Eu quero me dedicar totalmente a Kate. Quero reconquista-la. Quero mostrar que eu a amo... melhor, quero dizer que eu a amo...

— Tenho certeza que quando ela voltar vocês vão se entender.

— Eu também. – respondo confiante e minha mãe não entende. – quando ela ligou ela disse que quando voltasse a gente poderia conversar...

— Isso é bom. – agora ela sorrir.

— Sim. E eu vou fazer de tudo para Kate ser minha novamente. – falo sério. – de tudo. – reafirmo.

Minha mãe concorda com um sorriso enorme no rosto. Eu sei que ela gosta da Kate, e isso me deixa ainda mais feliz. Caso minha mãe implicasse com ela, como ameaçou fazer no início, nós teríamos um problema. No começo ela não era a favor de eu estar me relacionando com outra pessoa tão cedo, mas depois que conheceu a Kate ela mudou de opinião. Não só por Kate ser uma pessoa maravilhosa, mas por perceber que o que tínhamos era único. Forte. Não era baseado em tempo ou momento certo. Na verdade, foi tudo erra. Momento errado. Tempo errado. Mas mesmo assim nós nos apaixonamos.

— Papai, quem é essa com você? – Alexis chega na cozinha com uma foto em suas mãos. Os cabelos molhados soltos e vestindo seu pijama.  Olho a foto que ela segurava e sorrio. Eu e Gina estávamos abraçados na praia em uma de nossas últimas viagens.

— Essa é uma pessoa muito especial para mim. – digo e a puxo para meu colo. – mas ela já se foi...

— Igual ao vovô. – ela conclui e eu concordo.

— Isso. Nós éramos casados. – a menina arregala os olhos.

— A Kate sabe disso? – eu rio.

— Claro que sabe. Mas isso já é passado. Foi antes de eu conhecer a Kate... – digo e a menina começa a entender. – agora eu estou com a Kate e eu gostou muito dela.

Alexis abre um sorriso. Ela olha para a foto e depois me encara.

— Vocês podiam se casar, né? – ela pergunta animada. – assim a gente seria logo uma família. – eu rio e arrumo seu cabelo molhado.

— Vamos deixar essa história de casamento para mais tarde? – eu rio. Ela parecia contrariada em deixar aquele assunto passar, mas acaba aceitando.

— Nós podemos ligar agora?

— Podemos. Vai lá pegar o telefone.

A menina saiu correndo pela casa e pegou o telefone a casa. Disquei o número de Kate e entreguei para ela. Por mais que estivesse tentado em escutar a voz dela novamente, eu não podia abusar. Decidi dar o tempo que ela precisava para pensar. Não demorou muito para Kate atender dessa vez. Alexis começou a contar como tinha sido seu dia com tanta animação, que eu não me importei em ouvir tudo de novo. Eu estava ao lado da minha ruivinha e podia escutar perfeitamente a voz de Kate. Meu coração disparou. Kate soltou uma risada que fez meu coração parar em questão de segundos. Eu amava aquela risada. Acabaria tento um infarto com essa história de tempo.

KATE.

— Boa noite... – escuto a voz já conhecida minha e olho na direção a porta. Will entregava seu casaco a um dos empregados de minha tia e olha em volta. A casa está cheia, o que era para ser um jantar íntimo, virou uma verdadeira festa. Amigos íntimos de meus tios estavam todos aqui. Tia Thereza não sabe dar uma festa se for pequena. A imprensa estava presente, e dessa vez eu não podia manter distância. Apesar da festa ser da minha tia, eu era a anfitriã da noite.

Vejo minha tia se aproximar de seu convidado e não me dou o trabalho de ir até ele. Sim, seu convidado. Eu não queria esse jantar, muito mesmo Will como convidado. Com um sorriso quase rasgando o seu rosto, ela aponta minha direção. Will direciona seu olhar para mim e sorrir. Eu aceno gentil e peço licença a algumas amigas da minha tia e vou na direção deles. Passei o dia inteiro me preparando para passar essa noite escutando as investidas do Will. De alguma maneira, depois da nossa conversa no restaurante, aquelas investidas começaram a me incomodar. Ou talvez seja porque eu falei com Castle. Eu não sei. Will é bonito, charmoso, inteligente e está me ajudando bastante, mas isso não passaria de amizade. Ele me chamou atenção no início, como qualquer homem bonito, mas eu nunca tive interesse nele.

Quando eu chego perto deles, o vejo entregar um pequeno buque de rosas para minha tia. Ela se derreteu ainda mais por ele. Típico dela. Sorrio e me aproximo mais.

— Kate. – ele sorrir me cumprimentando. – você está linda. – abro um sorriso gentil e sinto uma mão rodear minha cintura. Não era Will. A única pessoa capaz de fazer isso na festa era meu tio, Robert.

— Querida, quem é esse? – tio Robert pergunta interessado, já sabendo quem seria. Minha tia fez questão de informa-lo sobre tudo o que aconteceu quando ele estava fora, inclusive sobre Will.

— Essa é Will Sorenson, amigo da Kate. – ela o apresenta com segundas intenções em sua voz.

— Isso aqui é para o senhor. – Will entrega uma caixa preta para meu tio, que recebe e abre um sorriso assim que ver o que tem dentro.

— Whisky. – ele puxa a garrafa e admira a bebida. – como sabia que era o meu favorito?

Will rir e joga os ombros. Charmoso como sempre.

— É o melhor no mercado. Quem não gosta? – meu tio concorda sorridente. Ele acabou de conquistar meu tio também.

— Venha. Vamos tomar uma dose enquanto conversamos.

Will faz um pedido de licença silencioso e segue meu tio até o bar particular dele, no meio da sala. Observo tio Robert servir dois copos e entregar um para Will. Minha tia ainda estava ao meu lado, sorrindo satisfeita por ter conseguido um acompanhe para mim essa noite. Não me admiraria se ela tivesse dado a dica do Whisky para Will. Meu tio realmente apreciava um bom whisky.

— Ele é tão gentil e educado, Kate. – ela diz cheirando suas rosas. – eu acho mesmo que poderia investir nesse rapaz. – reviro os olhos e bebo o resto do meu champanhe na taça.

— Não comece... – aviso e me viro para pegar uma nova taça com o garçom que passava ali.

— Não estou. – ela se defende e pede para que o garçom guarde suas rosas. – só estou falando que isso... – ela aponta discretamente para Will. – pode ser como eu e seu tio.

— Eu realmente não estou interessada. Não quero nada com ninguém agora... tenho que resolver minha situação com Castle.

— Pensei que já tinha resolvido isso. – ela me olha confusa. – vocês não terminaram?

— E terminamos. – afirmo. – mas precisamos conversar ainda. Eu disse que conversaríamos.

— Ok. – ela se rende. – mas na hora que estiver pronta, aposto que ele vai estar esperando por você. – ela indica Will com o olhar e eu o olho. A cada duas palavras que falava para meu tio, ele olhava para mim com um sorriso satisfeito em seu rosto. Isso quase me incomodava. Sorri de volta e comecei a circular pela festa.

Quando eu vi Will pela primeira vez, senti algo estranho. Ele era um homem atraente, normal eu me sentir assim. Nada comparado ao que eu sentia quando estava com Castle. A primeira sensação foi de mistério. Eu não sabia porque ele mexia comigo já que eu não estava nem um pouco a fim de me relacionar com alguém agora. Mas agora eu entendo o porquê de eu me sentir assim. Eu estava frágil. Tinha acabo de terminar um relacionamento. Agora que os dias passaram. E eu sobrevivi. Agora que eu sei que entre Castle e eu ainda existia alguma coisa. Agora eu me sinto incomodada com os sorrisos e as insinuações de Will. Eu queria ser olhada e admirada por outra pessoa, não por ele.

Will sentou ao meu lado no jantar. Seu lado charmoso foi capaz de conquistar a todos, inclusive meu tio, que sempre foi protetor demais para não gostar de qualquer homem que se aproximava de mim. Confesso que gostei das histórias que ele contou na mesa. O tornava uma pessoa ainda mais admirável. Will era uma boa pessoa. Mas eu tinha que ser sincera com ele. Não importa o quanto meus tios gostem dele. Não importa o quanto ele é adorável e um bom pretendente. Eu não estava disponível para ele, nem para ninguém.

No fundo, era isso que me incomodava. Não era suas investias. Não era seus sorrisos e olhares. Era as conclusões que ele poderia tirar depois de uma noite como essa.

♢♢♢

— Kate? – olho para o lado e vejo meu tio se aproximar. Mesmo com a pouca luz, eu podia ver o sorriso tímido em seu rosto. Ele se senta ao meu lado com seu velho copo de whisky na mão. Sorrio também. Ele se aproxima, beija minha testa e me encara. Ele sempre fazia isso quando eu era mais nova e ele queria conversar sobre algo sério.

— Você não deveria estar com seus amigos? – brinco, tentando quebrar o silencio.

Eu sabia, e ele também, que apesar de eu ser oficialmente anfitriã, todos ali eram amigos dele.

— Eu deveria estar bem aqui. – ele fala com seu tom autoritário e ao mesmo tempo acolhedor. Sorrio e abaixo a cabeça. Meu tio me entendia apenas com um olhar. – sua tia me falou que você estava com alguém... pensei que ele viria com você. – ele começa, fingindo que não sabe o que realmente estava acontecendo.

— Você já sabe porque ele não veio. – o encaro, mas ele não estava esperando que eu lhe conte nada. – nós terminamos. – esclareço.

— Por isso você se isolou aqui? – ele pergunta olhando pelo lugar. – a festa está tão chata assim que você precisou se esconder na varanda sozinha?

— Não... – sorrio. – mas eu não estou com clima para festa. – confesso. – queria ficar um pouco sozinha. – ele balança a cabeça e encara a vista da sua varanda. Daqui, dava para ver a maior parte de Nova Iorque acesa. A cidade que nunca dorme. A cidade que todos querem conhecer. A cidade que só me trouxe alegrias, mas que agora não me traz tanta alegria assim...

— Kate eu sei o que sua tia está tentando fazer. – ele começa. – Thereza acha que todo mundo pode ser como nós dois. Mas eu vi a forma como ela empurrou você para o rapaz a noite inteira e não concordo com isso.

— Tio, esquece. – tento. – eu já falei com ela e disse que não pretendo ter nada com ninguém agora, então... – suspiro. – eu amo o Castle e estou tentando pensar em uma forma de resolvermos as coisas quando eu voltar. Eu só preciso de um tempo... – assumo, quase sem forças para sair a voz. O nó começa a se formar em minha garganta de novo.

Meu tio abre um sorriso enorme enquanto me encara.

— O que? – pergunto confusa.

— Você está mesmo apaixonada. – ela diz me provocando e eu sorrio.

— Estou. – admitir isso era a melhor coisa que eu podia fazer agora. Mas, ao mesmo tempo, aquilo me causa uma pontada no peito. E se essa paixão só me causar dor?

— Vem. – ele levanta e estende a mão. – vamos voltar para festa. O rapaz quer se despedir.

Ele me dá um sorriso encorajador e eu me levanto. De braços dados, nós voltamos para a festa que parecia mais animada do que quando eu saí.

CASTLE.

Com um copo de whisky na mão e um charuto na outra, eu estava sentado na carandá curtindo o silencio da noite. Mais uma noite. Eu não fumava, mas hoje senti vontade e acender um charuto. Bebo um gole da minha bebida e começo a escutar vozes animadas.

— Senhor Castle. – Ryan me cumprimenta e anda na minha direção, juntamente com Esposito.

— Pode me chamar só de Castle, Ryan. – sorrio ao notar a animação dos dois.

— Estamos indo jogar pôquer com uns amigos. Quer vir junto? – me surpreendo com o convite. Podia dizer não, mas fazia séculos que eu não jogava uma partida. Seria bom para passar o tempo e fazer novas amizades.

— Pôquer? – encaro os dois. – e vocês são bons.

Ryan e Esposito se olham e riem.

— Somos os melhores. – o latino diz e eu rio.

— Ok. Quero ver se vocês são bons mesmo. – apago o charuto e me levanto. – eu já volto.

Entro em casa e vejo minha mãe na sala, foleando alguma revista. Aviso que vou sair e peço para ela olhar a Alexis. Assim que saio, nós seguimos no meu carro para um condomínio na cidade. Uma parte da cidade que eu ainda não conhecia. Entramos no apartamento luxuosos e eu vejo o amigo de Kate, Josh. Não demorou muito para eu perceber que aquela era sua casa. Sua e de seu companheiro, Demming.

— Olha só quem está aqui, o bonitão da Kate. – Josh diz e aperta em minha mão. Eu rio.

— Bonitão da Kate, é? Bom saber que ainda sou o bonitão dela. – falo a última parte mais alto do que eu queria.

— E porque não seria? Brigaram? – ele pergunta interessado.

— Não. – minto e sorrio, tentando disfarçar. Se ela não contou para os amigos, eu também não contaria.

— Ótimo. – ele sorrir. – vamos, a primeira rodada de cervejas está pronta. – Josh me guia por sua casa até a sala, onde a mesa de pôquer já está pronta. – bonitão, esse aqui é Demming, meu bonitão. – ele brinca e Demming rir.

— Prazer, bonitão. – Demming aperta minha mão. – Kate realmente tem bom gosto. – comenta com o companheiro.

Pela primeira vez, aqueles elogios me deixaram sem graça.

— Vamos jogar? – Esposito se manifesta, e eu agradeço por isso.

Sentamos todos na mesa e Josh distribui as cartas.

♢♢♢

— Passo. – Ryan joga as cartas na mesa e faz uma careta. Era a terceira rodada seguida que ele perdia. Eu rio. Ele não era tão bom quanto dizia.

— Passo. – Esposito faz o mesmo que o amigo.

— Agora somos só eu e o bonitão da Kate. – Josh fala convencido. Ele se referiu a mim assim a noite inteira. Josh é um cara legal, e amigo da Kate (muito amigo), talvez se ele soubesse que terminamos, ele poderia me ajudar de alguma forma.

— Quem dera eu ainda fosse... – comento enquanto analiso minhas cartas. Colo todas as minhas fichas na mesa e Josh me olha interessado.

— Tudo? – Esposito se surpreende. Eu assinto, encarando o meu desafiante.

— Vocês terminaram? – Josh pergunta enquanto parecia pensativo olhando suas cartas.

— Mais ou menos. – faço uma careta. Queria ter uma definição melhor para aquilo.

— Não se termina mais ou menos. – Demmig comenta, servindo mais cerveja para o grupo. – ou vocês terminaram ou não.

— Ela terminou comigo. – confesso e Josh me encara no mesmo segundo.

— Impossível. – ele coloca todas as suas fichas na mesa também. – Kate é apaixonada por você, ela não ia terminar. Não sem um bom motivo.

— Mas terminou. – mostro minhas cartas e Josh mostra as suas. – Merda. – xingo quando ele começa a recolher as fichas sobre a mesa com um sorriso no rosto. – estou fora da próxima. – digo e me levanto, pegando a minha cerveja.

Escutei Ryan e Esposito tirarem sarro de minha cara enquanto eu levantava, mas não me dei ao trabalho de responder. Segui até a varanda do apartamento e, um tempo depois, escuto passos atrás de mim. Josh.

— O que você fez? – ele é direto.

— Pisei na bola com ela...

— Você a traiu? – ele parecia chateado. Eu o encarei e joguei os ombros.

— É complicado. Mas ela acha que sim.

— Então você não a traiu? – ele pergunta novamente, para ter certeza.

— Não. – respondo firme. – mas ela não quis me ouvir...

— Ela já viajou? – balanço a cabeça. – então dê esse tempo a ela.

— Já estou dando. Mas é difícil... e se mesmo assim ela não me quiser mais.

Josh rir.

— Deixa eu te explicar uma coisa, bonitão. Não existe alguém mais apaixonado por você do que Katherine Beckett. Ela pode estar com raiva, mas quando isso passar, ela vai te ouvir. – balanço a cabeça e agradeço. – amanhã eu vou ligar para Kate. Vou conversar com ela... vou te dar uma força, mas... – ele para e torce os lábios.

— Mas?

— Se você aprontar com ela, vai se ver comigo.

— Ok. – ergo minhas mãos em sinal de redenção. – Kate tem tantos defensores. – brinco.

— E você vai ver cada um deles. – ele usa seu tom mais ameaçador e depois sorrir. – agora vamos jogar. A noite está só começando.

Ele bate em meu ombro e entra no apartamento. Josh me ajudaria. Sorrio satisfeito e entro em seguida. Dessa vez eu sinto que estou com sorte.


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Notas finais do capítulo

Até mais... ♥



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