I Can't Love You escrita por Mrscaskett


Capítulo 51
Capítulo 51 - Eu nunca vou estar imune a isso.


Notas iniciais do capítulo

Hello my friends, como estão?

Sim, olha eu aqui de novo o/
Bom, tive um tempo livre essa tarde e resolvi escrever. Um cap rápido, mas espero que gostem ♥

Boa Leitura ♥



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— Kate? – minha tia bate duas vezes na porta antes de entrar em meu quarto. Sorrio quando a vejo através do espelho. Coloco meu brinco e vejo ela andar cautelosa até onde estou. Ela para atrás de mim e, como anos atrás, ela fica me olhando terminar de me arrumar. Por um momento, me senti de volta no tempo.

— Já vai sair? – ela pergunta carinhosa, se oferecendo para fechar meu colar.

— Vou. – sorrio. – tenho um almoço de negócios hoje. – arrumo meus cabelos e me viro para ela. – e já estou atrasada.

Me desvio dela e começa a colocar meus objetos pessoais dentro da bolsa. Precisava me apressar se não quisesse realmente me atrasar.

— E esse almoço tem alguma coisa a ver com um certo homem... – reviro meus olhos e a encaro. Claro que ela já sabia. Peter sempre me entregou, não pararia agora. — você sabe... – ela joga os ombros como quem não quer nada. – moreno... educado... charmoso... olhos claros.

Tia Thereza me encara, provocando-me.

— Eu realmente pensei que Peter tinha deixado essa mania de dizer com quem eu chego. Você sabe... – jogo os ombros, imitando-a. – eu já cresci.

Ela rir e se aproxima, sentando na cama.

— Ele não me falou nada. Eu vi quando você chegou. Esperei você entrar e me contar quem era, mas você não entrou. – não falo nada. Não queria que ela pensasse que existia coisa onde não existe.

— Tia, ele vai me ajudar acompanhar a negociação para o Hospital Veterinários, só isso. Esse almoço é apenas negócios.

— E o que exatamente ele vai fazer?

— Bom, ele vai me ajudar na contabilidade da Clínica e ver qual o melhor negócios para nós no momento.

— Hm. – ela balança a cabeça, pensativa. – ele já está lá embaixo...

— Está? – a encaro novamente.

— Sim, por isso vim te chamar. – ela rir. – não precisa ficar nervosa, Katie. Não é um encontro. – ela zomba.

— Eu não... eu... Arrg... – reviro os olhos e pego minha bolsa. – eu não estou nervosa. Só achei que era cedo ainda, mas pelo visto eu estou realmente atrasada. – pego minha bolsa. – melhor eu ir.

Minha tia me acompanha. Fecho a porta do quarto atrás de mim e nós caminhamos pelo corredor até as escadas.

— Como você está? – ela pergunta com cuidado. Paro. Aquela pergunta, naquele momento, me pegou de surpresa. Por mais que eu não estivesse mal, bem eu não estava, e isso estava estampado em minha cara. Eu sabia que ela podia ver isso, mas eu não diria nada. Já chorei em seus braços logo quando cheguei, não preciso fazer isso novamente. Eu quero esquecer tudo por algum tempo, mergulhar no trabalho e voltar a ser a Kate que eu sempre fui.

Dou os ombros e um sorriso forçado.

— Estou.

— Você chegou tarde ontem, se trancou no quarto... – ela comenta. – nem jantou.

— Estava cansada, precisava dormir. Nada demais. – tento, mas eu sei que ela não acreditou.

— Então você não andou chorando? – mas uma vez, aquela pergunta me pega de surpresa. Ela me escutou chorar a noite passada?

— Não. – minto. Eu passei a noite inteira relembrando cada momento especial que tive com Castle, e isso me fez chorar. Não consegui me conter – nem queria. – Tia, eu preciso ir. O Will está me estrando, então...

— Ah, então o nome do bonitão é Will... – ela me interrompe. Reviso os olhos e continuo o caminho até o andar de baixo.

— Sim, o nome do bonitão é Will. Agora será que dá para tirar esse sorriso do rosto?

— Eu não consigo. – ela dá os ombros. – bom, se você me permite compartilhar experiências...

— Não permito. – digo, sabendo que vou ser ignorada.

— Só se cura um amor com outro. – ela comenta e eu a encaro feio. – você sabe muito bem como eu fiquei com o tio. – ela comenta sobre sua história com tio Robert.

Eu conhecia bem a história dos meus tios. Eles eram colegas na faculdade, mas nunca tinham se falado. Minha tia era completamente apaixonada por seu namorado na época, mas ele não dava a mínima para ela e, segundo a própria, saia com a metade da faculdade enquanto estavam juntos. Então ela conheceu o tio Robert. Ela estava sozinha numa lanchonete e, como a simplicidade da época, os dois dividiram uma mesa e nunca mais pararam de se ver. Eles era, e ainda são, completamente apaixonados um pelo outro.

Essa é realmente uma história bonita de se contar. Uma história de amor quase incomum nos dias de hoje. Mas eu espero, sinceramente, que a minha história não termine assim. Não quero, e não vou, me envolver com ninguém. Principalmente com o Will como minha tia já planeja. Não vou conseguir me apaixonar por ninguém. Nunca. Meu coração sempre será do Castle, mesmo que não seja reciproco.

— É diferente...

— Claro que não. – ela continua, insistente. - Eu também era loucamente apaixonada por outro cara quando conheci o Robert. E agora não me vejo mais sem ele. – tinha amor naquelas palavras. Por mais casuais que fossem, tinha amor ali.

— Por falar em tio Robert, quando ele volta de viagem para você me deixar um pouco em paz? – brinco e ela rir.

— Para sua alegria, amanhã. Mas eu não vou te deixar em paz. – reviro meus olhos e começo a descer as escadas. Tia Thereza me segue risonha. Sua risada era contagiante. Ela é tão divertida e bem humorada que me fazia esquecer dos problemas em segundos. Eu amava isso quando era mais nova.

Assim que chego na sala, vejo Will sentado no sofá. Sua pose totalmente elegante me faz sorrir. Nunca conheci um homem tão elegante quanto ele. Me aproximo e ele me olha, sorrindo. Will se levanto e vem ao meu encontro.

— Kate... – ele se aproxima e beija os dois lados do meu rosto, sem qualquer aviso.

Me sinto corar na mesma hora. Eu podia até ver o sorriso se alargando no rosto da minha tia. Esse seria mais um motivo para ela imaginar coisas que não existe.

— Desculpe pelo atraso. – sorrio, ainda envergonhada. – não sabia que você subiria, achei que você me esperaria lá embaixo.

— Mudanças de planos. – ele sorrir com seu jeito charmoso de sempre. Não desviando seu olhar do meu nenhum segundo. Me sinto corar ainda mais. — espero que não se importe.

— Não. – coloco uma mecha de meu cabelos atrás da orelha e me afasto, ganhando um pouco de espaço. Estávamos próximos demais. – Podemos ir?

— Claro. – ele sai da minha frente, ficando ao meu lado, e estende o braço, me deixando passar. Sorrio agradecida e, antes de seguir em frente, olho para minha tia e sussurro um tchau.

— Venha jantar conosco amanhã, Will. – ela diz, se aproximando de nós no elevador. – o meu marido chegará de viagem e vamos fazer um jantar para Kate.

Gentil, ele sorrir e me olha indeciso. Ele poderia aceitar de imediato, mas preferiu pedir, silenciosamente, a minha opinião. Sorrio também, mas de nervosismo. Não queria que ele aceitasse. Na verdade eu não queria nem esse jantar. Eu vou matar minha tia.

— Você se importa? – ele pergunta, já que eu preferi me calar ao seu pedido. Abro a boca para responder, mas minha tia toma a frente.

— Imagina. – ela diz animada. – Kate quase não tem amigos aqui. Você será muito bem-vindo.

Will sorrir olhando minha tia e depois me olha. Seus olhos claros como mar me encaravam. Neles, existia algum tipo de mistério. Eu sempre gostei de mistérios. Tento falar outra vez. Estava pronta para dizer que aquele jantar não era necessário e que eu não queira, mas, dessa vez, as palavras decidem não sair. Os olhos azuis sempre tem o poder de me desarmar.

— Eu aceito. – ele diz por fim. – virei com todo o prazer. – ele encara minha tia, que não podia estar mais contente. Seu plano, seja lá qual fosse, estava dando certo. Minha tia sorrir animada, e minha única reação no momento é sorrir também.

As portas do elevador se abrem. Aquilo mais estava para um plano de fuga. Caso eu ficasse mais tempo ali, ela chamaria Will para almoçar no dia seguinte, e no outro dia, e no outro, e no outro, até eu ir embora. Cavalheiro como sempre, Will me deixa passar primeiro. Isso, por algum motivo, me faz pensar em Castle. Ele foi um dos poucos homens que me tratou assim. Sempre abrindo a porta do carro, me deixando passar primeiro, puxando a cadeira para mim.

Respiro fundo e deixo esses pensamentos saírem de mim. Agora não era a hora.

Nós caminhas até o carro de Will, que nos esperava um pouco distante da entrada do meu prédio. Seu motorista abre a porta de trás do carro preto e nós entramos. Me sinto desconfortável ali. Por mais que eu soubesse que nós estávamos indo almoçar para discutir negócios, esse tratamento de gentileza e cavalheirismo deixa tudo isso com um clima diferente. Ele me olha e sorrir simpático. Diz o endereço ao motorista e logo nós nos juntamos a multidão de carro nas ruas de Nova Iorque.

Will é o tipo de homem inteligente e charmoso. Durante o caminho, ele quebra o silencio falando sobre sua vida. Não me surpreendeu quando ele me disse que era filho do dono do Grupo Sorenson. O que me surpreendeu foi ele estar me acompanhando a fabricas e discutindo comigo todas as partes do negócio.

— Eu quero ver esses papeis. – ele diz firme, quando eu menciono que não descobri o que estava acontecendo com os números da Clínica.

— O que você entende de contabilidade? – pergunto brincando, mas ele me olha sério e solta um sorriso de canto.

— Eu sou contador profissional, só não estou trabalhando na área ainda.

— Jura? – me viro para ele. – olha, eu juro que se você encontrar o problema nesses números eu te dou o emprego. – digo, sem me importar de parecer desesperada. Ele rir e balança a cabeça.

— Apenas mande os papeis para mim, ok? – não discuto e concordo.

Jovem, bonito, inteligente e dono de um grande império. Não me admiraria se as mulheres se atirassem aos pés dele, tendo em vista que no caminho do restaurante ele recebeu diversos telefonemas de uma tal de Emilly, mas que ele fez questão de ignorar todas as chamadas.

— Então... – começo quando nos sentamos na mesa do restaurante. – porque o filho do dono do Grupo Sorenson está gastando seu tempo me acompanhando a fabricas se podia estar cuidado do seu próprio império? – não resisto e pergunto. Queria entender porque ele estava comigo.

Will rir enquanto abaixa a cabeça. Podia jurar que ele ficou envergonhado nesse momento. Mas todo o seu movimento, junto a sua risada, o deixou ainda mais charmoso. Esse é o defeito dos homens bonitos. Não importa o que faça, sempre faz tudo parecer mais sexy.

— Eu trabalho como consultor de investimentos na empresa. – ele começa e bebe um pouco de sua agua. – e você quer investir em um hospital, então eu tenho que te ajudar nisso. Saber qual a melhor maneira de fazer isso... – ele me encara. Mais uma vez seus olhos azuis me chamam atenção. – e seria um erro eu deixar você sozinha quando eu posso muito bem te acompanhar.

Mais do que nunca, suas palavras me deixam envergonhada. Seus olhos não recuam, me encaram firme, como se me desafiassem. Will não era homem que desiste fácil. Ele é do tipo que mira em um alvo e só sossega quando o acerta. E eu era seu alvo agora. Desvio de seu olhar e bebo um gole de minha agua. Daria tudo para um buraco se abrir em meus pés agora.

— Bom... – começo, tentando quebrar o clima entre nós. – obrigada por me acompanhar então... – sorrio.

— Você é uma mulher realmente encantadora, Kate. – ele se encosta na cadeira e me analisa. – nunca conheci uma mulher como você.

— Encantadora? Eu? – rio. – você não me conhece ainda, por isso acha isso.

— Eu te conheço o suficiente. – ele joga os olhos e apoia os antebraços na mesa, se inclinando levemente para mim. Eu o olho interessada e ele continua. – eu sei que você estudou aqui, mas voltou para o interior quando se formou. Você assumiu a clínica dos seus pais. É inteligente, dedicada, ama a profissão, e é incrivelmente bonita. – um sorriso malicioso se forma em seus lábios quando acaba.

— E isso é o suficiente? – as palavras pulam de minha boca.

— Bom, para o começo sim. – ele joga os ombros e me encara. – eu também sei que você é bastante teimosa, e digo isso pela forma que negociamos a forma de abordagem ontem. Você me convenceu a aceitar todas as suas propostas e não colocar nenhuma minha, então isso me diz mais uma coisa... você também é persistente e sabe negociar. – eu rio e abaixo a cabeça. – e você fia vermelha quando é elogiada... – ele continua. – parece se delicada, mas pode virar uma fera quando está com raiva... – eu o encaro. Ele nunca me viu com raiva!— eu conheço esse tipo de pessoa... – se explica. – e sabe outra coisa que eu percebi em você? – não consigo dizer nada, apenas o encaro interessada. – você não consegue esconder seus sentimentos muito bem... e eu sei que, por mais que eu tente, eu não tenho chance porque tem outro cara na jogada.

Ele joga a realidade sobre mim. O sorriso triste em meu rosto se desfaz aos poucos. Não sei o que dizer. Nós apenas nos encaramos agora. Ele estava certo e eu aposto que ele sempre soube disso. Afinal, ele me viu com Castle no cinema. Volto minha atenção para o copo de agua sobre a mesa. Eu realmente não queria ter entrado nesse assunto agora. Ele tem razão, eu não consigo esconder meus sentimentos, e agora, esse dia que seria um dia para eu esquecer meus sentimentos por Castle, acabou.

— E eu aposto que é o cara do cinema. – ele continua. – vocês tem filhas lindas.

— O que te faz pensar que elas são minhas filhas? – eu o encaro.

— Bom, o jeito que você falava com elas. – ele responde naturalmente. – seu... marido? Namorado? O que ele é seu afinal?

— Nada. – forço um sorriso. – ele não é nada meu e... aquelas não são minhas filhas. São minhas afilhadas e a outra, a maior, é filha do meu... – procuro a palavra certa, mas não acho. – amigo.

Aquelas palavras pareciam distantes da minha realidade. Não sabia o que Castle e eu éramos agora. Amigos? Ex namorados amigos? Ex namorados que se odeia? Estamos apenas dando um tempo? Eu não sei. Só sei que não estamos mais juntos.

— Amigo? – ele rir. Claro que não ia acreditar que Castle e eu éramos só amigos.— Ok. Você pode não estar preparada para contar... mas nós dois sabemos que ele não era somente um amigo. Então... quando você estiver pronta para conversar sobre isso, pode confiar em mim.

— Posso mesmo? – minha voz saiu cheia de dúvidas. Will sorrir e se inclina sobre a mesa.

— Kate eu não sou só mais um riquinho que procura uma conquista. – ele para e pensa um pouco. – tá, tudo bem. Naquela noite no cinema eu sentei ao seu lado porque me interessei por você, que apenas uma conquista, e quando eu te vi na empresa eu pensei que essa seria minha chance. Mas depois que conversamos, eu percebi que eu não queria mais isso. Eu realmente me interessei por você. Você é linda e inteligente. Você é o tipo de mulher que chama a atenção dos homens por onde passa... comigo não seria diferente.

Um sorriso triste escapa dos meus lábios. Chamo a atenção de todos menos de um...

— Parece que você sabe muito sobre mim. – bebo mais um gole de água, tentando desviar a atenção dos olhos dele.

— Sou um bom observador. – ele pisca e volta para sua posição normal. Um charme.

— Bom, já que você já teve tempo de perceber todas essas coisas de mim, e eu aparentemente não tive... me conte algo sobre você.

— Mas eu já contei várias coisas sobre mim. – ele rir.

— Algo que eu ainda não saiba. – ele me olha e sorrir pensativo. O silencio nada constrangedor no momento é quebrado pelo toque do seu celular. A foto da mulher morena surge novamente na tela. Era a tal de Emily de novo.

— Bom, eu tenho um perseguidora. – ele aponta o celular divertido e eu rio. – preciso atender, você me dá licença?

— Claro.

Will se levanta e segue até o lado de fora do restaurante. Sigo ele com meu olhar e, quando menos espero, tenho um sorriso bobo preso no rosto. O que isso significa? Respiro fundo e pego meu celular. Não tinha checado minhas mensagens desde ontem à noite. Paro a tela no nome de Castle. Várias mensagens em áudios. Meu coração por alguns segundos. Eu não posso ouvir isso agora. Estava realmente tentada a excluir, mas o faço. Ele me ligou várias vezes durante a manhã e eu não atendi. Pode ter acontecido alguma coisa. Aperto no botão de play e, para minha surpresa, a voz de Alexis surge.

Kate a agente está morrendo de saudade de você. A gente te ligou, mas você está dormindo, então a gente resolveu mandar mensagem... sorrio com o tom de voz da garota. Eu já estou morrendo de saudade dela. Deles. você vai voltar logo, não é? O papai também está com saudade. Ele passou o dia triste quando você viajou...— sinto meus olhos arderem e meu coração se apertar quando ela diz isso. A inocência em suas palavras me deixam ainda mais triste, o que ela vai pensar quando souber que eu e Castle terminamos? – fala que você está com saudades papai. — um silencio perturbador começa. O nervosismo e a ansiedade de ouvir a voz dele me pega de surpresa. Eu não sabia o quanto eu estava frágil quando se trata dele. – Anda pai... – a menina força. Sorrio. Ela sempre foi nosso maior cupido.

Eu estou morrendo de saudades. – sua voz triste faz meu coração se apertar ainda mais. Me controlo para não deixar as lagrimas caírem. Sim, ele ainda causa o mesmo efeito de sempre em mim. Não posso deixar de sentir o efeito daquelas palavras em mim. Eu também estava com saudade dele, por mais que não gostasse de admitir.

— Hoje eu não vou para a aula. Vou ficar com o meu pai e minha avó, ela vai me ensinar a fazer bolo.— a menina começa a contar como vai passar seu dia com sua avó. Não posso deixar de rir do seu jeito de falar. Ela realmente me faz falta. Seu sorriso lindo todos os dias, seus beijos e abraços carinhosos. Faço uma nota mental para comprar algo para ela antes de voltar.

— Filha... – escuto a voz dele no fundo do áudio. – já está bom, não acha? – me sinto incomodada por ele repreender a filha. Eu ficaria escutando suas histórias o dia inteiro.

Não, eu quero contar mais coisas para a Kate. – sorrio. Eu também queria que ela me contasse mais coisas.

Então espera ela te retornar... assim você pode conversar com ela melhor.  

Tá... — mesmo contrariada e ruivinha concorda. – Kate, vou entregar o celular para o meu pai, quando acorda me liga, por favor. Eu quero te contar um montão de coisas. – sorrio. Alexis realmente adora me contar sobre suas coisas, desde o seu dia divertido até os segredos que ela guarda de seu pai. Não penso duas vezes antes de retornar sua ligação. Mas ao invés de ligar para o celular dele, eu ligo para o número da casa, não quero correr risco de que ele atenda a ligação. O telefone chama sem parar. Começo a me sentir incomodada com isso, será que eles estão em casa?

Alô? – a voz dele surge e eu não consigo falar nada. Não esperava por isso. Fico totalmente paralisada diante sua voz. Sim, Castle me deixava desarmada melhor do que ninguém. Eu nunca vou estar imune a isso, a ele.Kate?

Ouvir meu nome sair de sua boca me deixa ainda mais mexida. Sinto borboletas no estômago, como se eu fosse uma adolescente maluca. Limpo uma lagrima que escorria pelo meu rosto e respiro fundo.

— Oi... – minha voz sai embargada. Me controlo. – eu... eu ouvi a mensagem da Alexis... por isso... por isso eu liguei. – eu não sabia o que dizer. Não esperava que ele atendesse. Não estava pronta para falar com ele agora.

Ela acabou de sair com a minha mãe...

— Então eu ligo mais tarde. – respondo rápido, não querendo prolongar aquele momento. Não sei se aguentaria.  

Espera.— ele praticamente grita. Medo que eu desligue? Longe disso. Por mais que eu quisesse evitar, eu queria continuar assim, com ele do outro lado da linha. Nós dois em silencio, mas sabendo que ele estaria ali. – como... como estão as coisas aí? – ele começa depois de um tempo.

— Estão bem. – solto um sorriso fraco. – e por aí?  

Não tão bem...— a tristeza em suas palavras me pegam desprevenida. – eu sinto sua falta.  – ele repete as palavras do áudio e o efeito em mim é ainda maior.

Afasto o celular do meu rosto para que ele não escute o soluço que eu venho tentando prender. Não sei porque estou chorando, mas eu não consigo me conter. De longe vejo Will voltar para a mesa. Levanto-me e ando apressada até o banheiro. Agradeço quando vejo que não tem ninguém no lugar. Me tranco no boxe e me forço a controlar o choro. Castle ainda estava na linha.

— Eu preciso desligar. – falo depois de um tempo.  

Kate, me escuta... – meu coração se aperta, mas eu não posso. Não agora.  

— Castle, quando eu voltar a gente conversa. Mas agora não. Por enquanto não... – tento parecer firme, afinal, eu sempre fui boa em fingir sentimentos.

Mas com Castle, eu nunca consegui fingir nada.  

Ok...— ele solta triste.

— Certo, agora eu vou desligar. – minha voz sai firme, mas estou controlando para não cair no choro. Eu realmente precisava desligar...

Espera...— solto um suspiro pesado. Ele não pode me torturar tanto assim, principalmente de longe! – Liga mais tarde. A Alexis está morrendo de saudade. 

— Eu vou ligar. – digo firme. – agora eu preciso desligar... tchau.  

Não espero sua resposta. Desligo a ligação, e no momento em que aperto aquele botão vermelho, um choro corta minha garganta e eu não consigo mais controlar. As lagrimas banham meu rosto sem pena e eu choro por ele...


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Notas finais do capítulo

Tia Thereza, hein? rsrsrs

See you... ♥



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