I Can't Love You escrita por Mrscaskett


Capítulo 44
Capítulo 44 - Sempre.




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POV CASTLE.

Saio do banheiro e a luz amarela dentro dele reluz a linda mulher deitada sobre a cama. Seu corpo nu jogado sobre os lençóis. Me permito admirar sua beleza enquanto volto para a cama a passos lentos. A vejo sorrir e cravar seus dentes na carne macia de seus lábios. Seus olhos brilhantes me guiando no meio da escuridão. As cortinas abertas deixavam a luz da noite e o clarão dos relâmpagos entrarem para que eu admirasse ainda mais ela.

O relógio na cabeceira da cama começa a apitar, afirmando que já eram meia noite. Sento-me na cama e olho para Kate. Ela se aproxima de mim devagar e deixa sua cabeça em minhas pernas. Seus braços envolvem minha cintura enquanto ela passa suas unhas finas em minha pele. Acaricio seus cabelos jogados em meu colo e sorrio vendo-a roçar seu rosto na minha barriga, dando um leve beijo em seguida. Seus olhos fechados, o pensamento longo.

Kate me aperta um pouco forte e depois me encara. Seus braços eram calorosos, mas não tanto quanto seus olhos nesse momento.

— Vou sentir saudade... – ela assume e fecha os olhos novamente.

— Eu também vou. – murmuro e beijo seu ombro nu.

— Eu sei...

— Você tem mesmo que ir? – tento. Kate solta um respiração pesada.

— Se não fosse tão importante eu não iria. – ela me encara. Seus olhos cansados. – mas você não tem com o que se preocupar... deixou claro suas regras. – ela se aconchega em meu colo e deixo um sorriso escapar.

Eu a encaro por meio segundo e nós dois caímos na risada. Não era preciso troca de olhares nesse momento. Nossa intimidade já é tão grande, que eu acho que sou capaz de saber o que ela está pensando.

— Ok, mas só para lembrar... – começo. – quais são mesmo?

— Ninguém além de você pode me tocar ou me dar prazer... – ela diz e arranha minha barriga com os dentes. – e a principal de todas... – ela me encara. – que eu volte logo.

Eu me inclino, aproximando nossos rostos.

— Essa com certeza é a mais importante. – Kate vem ao meu encontro e me beija. Com vontade, ela suga meus lábios para ela. Suas mãos sobem por minhas costas e se acomodam em meus cabelos. Eu a seguro contra meu corpo, fazendo esse contato durar mais.

Tenho vontade de prende-la em meus braços e não soltar nunca mais. Eu não queria que ela fosse nessa viagem. Não é medo de que ela se envolva com alguém, eu confio nela, mas eu também não sei explicar. Mas desde que ela falou nessa viagem, eu senti algo estranho. E com a data se aproximando, o medo que eu sento só aumento.

Medo de que? Eu não sei!

— Eu tenho que ir. – murmuro após o beijo.

Kate me encara com o cenho franzido. Outro relâmpago ilumina o quarto, deixando ainda mais claro sua expressão confusa.

— Não, você não vai! – sua voz é firme e ao mesmo tempo assustada.

Kate se senta na cama e passa a mão no cabelo. Ela estava de costas para mim, mas podia imaginar a expressão séria em seu rosto. Falo seu nome baixinho e toco seu ombro, mas ela se afasta, se levantando apressada e procurando por algo para vestir pelo chão. Acompanho seus movimentos confusos, tentando entender essa reação dela.

Depois de vestir uma camisa qualquer, ela começa a andar de um lado para o outro. Uma mão tapando sua boca e a outra na cintura. Claramente apavorada e nervosa com alguma coisa. Me aproximo.

— Kate. – eu a chamo. Ela me encara com seus olhos arregalados e assustados.

— Você não vai embora. – ela avisa novamente. Eu me aproximo ainda mais dela e seguro seu rosto entre as mãos. Suas mãos tremiam. – você vai ficar aqui... pelo menos até a chuva passar. Está forte e... não é bom. Se acontecer...

— Kate. – eu a corto. Ela começou a falar mais rápido do que eu podia entender.

Kate me encara. Sua respiração cada vez mais pesada.

— Eu não posso ficar a noite toda... – falo devagar, para ela perceber o meu motivo de querer ir para casa.

— Não, por favor. – mais um clarão invade o quarto e eu vejo seus olhos brilhosos e uma lagrima escorrer no canto se seu rosto. Seus corpo inteiro se estremece quando um trovão ecoa forte pelo lugar. Kate se prende em meu corpo e me abraça com toda a sua força, como se nos meus braços ela se sentisse mais segura.

Envolvo seu corpo com meus braços e a aperto. Kate tremia. Seus olhos fechados com força enquanto ela murmurava alguma oração. Não a solto. Deixo-a protegida em meus braços. Enquanto ela estivesse ali, nada aconteceria com ela. Isso eu posso garantir.

Aos poucos seu corpo se acalma e seu abraço vai ficando menos forte. Eu beijo seus cabelos e sussurro que tudo vai ficar bem. Kate assente silenciosamente e esconde seu rosto no vão de meu pescoço, chorando baixinho. Eu não entendia a reação dela, mas foi inevitável não lembrar de quando estávamos passeando e ela resolveu visitar uma pequena casa no meio do nada onde brincava quando criança. A chuva começou e Kate se apavorou com os trovoes. Ela também se protegeu em meus braços, e naquela ocasião não tínhamos nem metade dos sentimentos que temos agora.

Kate sempre esteve protegida em meus braços.

— Eu tenho medo da chuva. – ela começa devagar. Kate tira seu rosto de onde estava escondido e o encosta em meu peito. – meus pais morreram durante uma madrugada chuvosa... – ela fala e eu sinto meu coração apertar. Passo minhas mãos em seus cabelos, acariciando-os. – então eu não vou deixar você ir com essa chuva. – ela me encara. – você vai ficar. Não é?

Ela sabia que eu ficaria, mas também sabia dos meus motivos para ir. No fundo ela tinha medo de ficar sozinha. Kate tem traumas que nunca foram superados. A morte de seus pais foi tão trágica e ela presenciou tudo por horas, sem saber o que fazer para salva-los. A chuva lhe trazia medo, principalmente as chuvas grossas e os trovoes.

Eu a puxo para a cama e aconchego ela em meus braços. Seu corpo ainda estava tenso e tremia a cada sinal de um novo trovão. Minhas mãos passeiam por suas costas e braços, tentando tranquiliza-la de alguma forma, tentando faze-la perceber que somos só nós dois ali e estamos bem. Estamos seguros. Mas Kate estava perdida em seus próprios pensamentos e medos. Ela estava aqui em meus braços, mas ao mesmo tempo não estava.

Outro trovão ecoa alto pelo quarto e seu corpo, um poucos mais relaxado, se alarma. Automaticamente ela me aperta em seus braços. A seguro forte, sussurrando que tudo estava bem, mas ela parecia perdida demais para escutar o que eu estava dizendo. Seus olhos estavam fechados com tanta força que eu pude imaginar a menina perdida e com medo no meio de uma estrada. Sozinha. Sentindo tanta dor quanto seus pais.

Senti uma pontada no meu peito. Não queria que ela sofresse nunca mais.

— Obrigada. – ela murmura baixinho depois de horas em silencio.

Finalmente Kate parecia ter consciência de si. A chuva tinha diminuído, mas ela ainda se prendia em meu corpo.

— Pelo o quê?

— Por estar comigo... – ela ergue seu rosto e me encara. – eu te assustei? Odeio quando isso acontece.

Me afasto dela o suficiente para olha-la melhor. Seus olhos ainda marejados de lagrimas e cheios de medo.

— Isso acontece toda vez que chove? – ela assente. – e o que você faz quando está sozinha?

Kate dá um sorriso fraco e joga os ombros.

— Tomo um calmante e espero fazer efeito. – ela solta um sorriso triste e envergonhado. – então eu durmo... ou as vezes eu sou obrigada a passar por isso sozinha, então eu me encolho aqui nessa cama e relembro aquela cena até dormir de tanto chorar.

Sinto meu coração se desmanchar no meu peito. Eu nunca a vi falar tão triste e machucada assim. Nem quanto me contou sobre seus pais eu senti tanta dor quanto eu sinto agora. Eu queria protege-la disso. Protege-la da dor. Queria senti dor em seu lugar. Queria pegar seus traumas e transforma-los em meus. Mas como eu não posso trocar de lugar com ela, eu faço a única coisa que está ao meu alcance.

Eu a puxo para meus braços novamente. Abraço-a com força, protegendo-a de qualquer sentimento ruim que ela possa estar sentindo agora.

— Você nunca mais vai passar por isso sozinha. – afirmo. Kate me encara. – eu vou estar com você. Sempre. – digo olhando-a nos olhos.

Kate balança a cabeça, concordando comigo. Beijo sua testa e ela deixa sobre meu peito novamente.

***

A luz invadia o quarto com tamanha intensidade que eu fui forçado a abrir os olhos, apenas para fecha-los com força em seguida. As cortinas do quarto estavam abertas, deixando aquela claridade nos acordar. Quer dizer, me acordar. Kate ainda dormia profundamente em meus braços, na mesma posição que adormecemos de madrugada.

Escuto um som abafado começar. Olho pelo lugar procurando pelo meu celular, mas não acho. Com cuidado eu saio da cama e vejo Kate agarrar meu travesseiro. Sorrio. Fecho as cortinas e pego minha calça, tirando meu celular do bolso.

— Alô. – digo andando até a cozinha de Kate.

— Richard! – minha mãe praticamente grita. – onde você está?

— Na casa da Kate. Eu te avisei ontem... – amasso a cara ao encarar a geladeira vazia de Kate. Ergo a tapa da caixa de pizza, que para minha surpresa, estava vazia.

Tiro a caixa da geladeira e deixo no lixo.

— Mas eu pensei que voltaria para dormir em casa. Ou pelo menos chegaria cedo em casa.

— Relaxa, mãe. O dia acabou de começar. – coloco o celular no viva voz e começo a preparar o café.

— Para você, querido. – ela rir. – já passa das dez da manhã.

Meu corpo inteiro congela com aquela afirmação. Olho para o relógio de parede na cozinha de Kate e percebo que ela falava a verdade.

— Eu acho que dormimos demais. – assumo, mais para mim do que para minha mãe. – Alexis já acordou? Acho que dá tempo de leva-la para as aulas da tarde. – começo a falar rápido, vestindo minha calça com urgência.

— Calma, Richard. Pedi para o Ryan levar a menina para a escola.

Paro meus movimentos e me aproximo do telefone.

— Ela perguntou por mim?

— Sim. E está chateada porque você foi dormir na Kate e não a levou. – eu rio.

— Mãe, eu chego antes do almoço. Vamos todos almoçar ai hoje.

— Katherine também?

— Sim.

— Ótimo. – minha mãe diz em bom humor. – Vou mandar a Jenny preparar algo especial.

— Mãe, não vá exagerar com a Jenny.

— Ora, Richard. Quando eu já exagerei alguma vez na vida?

— Preciso mesmo dizer?

— Não. – ela diz e eu rio. – relaxe. E venham logo. Esse cachorro não sai do meu pé.

— Dê comida a ele. – digo e escuto ela resmungar algo, mas deligo o telefone antes que isso se tornasse uma guerra. Eu rio imaginando minha mãe cuidando de Cosmo, ela nunca foi fã de animais.

A máquina do café apita e eu me sirvo um pouco do liquido preto. Não tinha mais nada além de café na casa de Kate, e eu queria preparar um bom café da manhã para ela depois da noite difícil de ontem.

Visto minha camisa, pego as chaves na porta e saio.

POV KATE.

Sento na cama rápido. Assustada, sem saber direito onde eu estava. Olho para os lados com a respiração acelerada sem reconhecer meu próprio quarto, mas assim que faço, me sinto aliviada. O quarto ainda estava escuro, mas não tinha ninguém ao meu lado. Uma angustia surge em meu peito.

Lembro-me da noite passada. A chuva. O medo. Os pesadelos. A angustia.

Sempre que chovia era assim. Por sorte ontem eu não estava sozinha.

Passo a mão no lado que ele dormia. Estava gelado, o que significa que faz tempo que ele saiu. Olho pelo quarto e não vejo nenhum sinal de suas roupas. Luto contra a vontade de ficar na cama e vou até a sala. Meus olhos são invadidos por uma claridade inexplicável. As janelas estavam abertas e o sol saiu com tudo hoje.

Forço meus olhos a se acostumarem com a luz e observo o lugar. Tudo calmo e silencioso. E silencio não combinava com Castle. Minhas suspeitas se confirmaram. Ele foi embora. Castle sempre me acorda com beijos e caricias, mas dessa vez não teve nada disso.

Sento-me no balcão da cozinha e vejo a xicara de café deixada lá. Ainda estava quente. Ele fez café antes de sair. Sorrio. Pego a xicara com minhas duas mãos sentindo o calor da porcelana e o cheiro do café me aquecerem. Bebo um grande gole do liquido preto, fazendo uma careta em seguida. Odeio café puro!

Levanto para buscar leite, mas paro assim que vejo a maçaneta ser forçada. Encaro a porta até ela se abrir e revelar um Castle cheio de sacolas.

— Oi. – ele abre um sorriso enorme ao me ver. – Já acordou?

Observo ele se esforçando para carregar as sacolas e colocar a chave na fechadura por dentro.

— Já. E pelo visto você acordou bem empenhado hoje. – me aproximo e ajudo-o com as sacolas.

— Obrigada. – seus olhos tinham um brilho diferente.

— Castle, o que é isso tudo? – pergunto colocando as sacolas na bancada da cozinha e analisando o conteúdo dentro delas.

— Bom, eu queria preparar um café da manhã para você, mas não tinha em sua geladeira. Ou armários. – ele amassa o rosto em uma careta enquanto começava a guardar suas compras. – então eu fui comprar algumas coisas na loja da esquina para preparar algo para você.

Eu observo ele tomar conta da minha cozinha como se fosse sua. Ele escolhe onde guardar tudo. Não posso deixar de rir com isso. Roubo uma uva antes dele guarda-las.

— Não precisava, Castle.

— Eu sei que não. – ele jogas os ombros. – mas isso aqui estava pior do que minha primeira casa. Isso porque eu era apenas um jovem na faculdade.

— Ah, claro. Você mantinha cerveja na geladeira e acha que isso era o suficiente. – reviro os olhos.

— Dá licença? – ele se finge de magoado. – tinha cerveja e pizza na minha geladeira. – protesta. – na sua tinha apenas uma caixa de pizza vazia.

Eu rio. Não tinha como contestar isso.

— Não tive muito tempo para fazer compras na últimas semanas. – justifico, mesmo sabendo que não era o suficiente.

— Então eu acho que você me deve. – ele me olha e pisca.

— Claro que sim. – levanto e pego minha carteira sobre a mesa ao lado do sofá. – quanto deu tudo?

— Não, você não entendeu. – ele se aproxima. – esse não é o pagamento que eu quero. – Castle impressa meu corpo entre o dele o balcão.

Cerro meu olhar para ele, imaginando que o tipo de pagamento que ele queria, e teria, envolvia nós dois e nenhuma roupa.

— Pode ter certeza que pagarei por tudo da melhor força. – pisco de volta. Castle sorrir e morde meu lábio, provocando-me.

— Mas sério, Rick. Quando deu tudo? Eu faço questão de pagar.

— Não. – ele fala sério e se afasta, continuando seu trabalho. – eu não quero seu dinheiro.

— Castle! – protesto, mas ele não me dá atenção. – eu já ia fazer compras, então já que você adiantou essa parte... só me diz quanto deu.

— Kate, não me custa nada alimentar você uma vez na vida. – ele me encara. – então para com isso, ok?

— Mas...

— Você gosta de ovos mexidos? – ele me corta, colocando a bandeja de ovos na bancada.

— Gosto...

— Então será ovos mexidos para o café da manhã. – ele sorrir satisfeito.

Seria inútil tentar devolver esse dinheiro a ele agora, mas eu encontraria uma forma melhor de fazer isso.

— Que horas são? Não posso me atrasar hoje.

Castle me lança um sorriso torto.

— O quê? – pergunto sem entender. Ele dá os ombros e eu pego seu celular em cima da bancada. – QUASE ONZE HORAS? – minha voz sai mais alta do que eu gostaria. – Castle porque você não me acordou?

— Porque eu me acordei tarde também. – se defende. – e você já perdeu a manhã de trabalho mesmo, então deixei você dormir. Você parecia cansa depois de ontem. – ele me olha de canto de olho.

— Não. Eu tenho que ir para a clínica. – me levanto exaltada e ando em direção ao quarto, mas sou parada por ele quando ainda estou na sala. Seu braço forço envolvendo minha cintura. Não precisava de força, apenas esse seu toque me desarmava.

— Você está de folga hoje. – ele afirma.

— Quem disse? – deixo um pequeno riso escapar de meus lábios.

— Eu estou dizendo. – ele fala de um jeito tão firme e decidido que eu quase aceitei esse sua decisão. – você dormiu tarde ontem, e não dormiu bem. Então vamos tirar o resto do dia para descansar. Ok?

— Eu estou bem. – tento parecer firme, mas não consigo.

— Não, não está.

— Eu não posso, Rick. – minha voz sai suave, tentando fazê-lo compreender que eu precisava ir trabalhar, mas ele apenas balança a cabeça.

— Pode. Claro que pode. – ele fala sério, mas logo sorrir. – vamos fazer assim. Nós passamos na clínica, você olha se tem alguma coisa urgente e, em no máximo trinta minutos, nós saímos e vamos pegar a Alexis na escola. – ele beija um lado do meu rosto. – Depois nós vamos para minha casa. – beija o outro lado. – Já falei com minha mãe que íamos almoçar lá. – finalmente ele sela nossos lábios em um selinho simples e sorrir vitorioso para mim.

— Isso é golpe baixo, você sabe né?

— E quem se importa? – ele dá os ombros e rir, me beijando em seguida. – agora vem. – ele me puxa pela mão. – me deixa ter o prazer de preparar seu café da manhã.

Me deixo ser levada por ele. Sento-me em um dos bancos enquanto ele prepara nossos ovos e depois panquecas. Castle me conta seus planos com a Alexis enquanto eu estiver fora, o que era bom, daria mais tempo de pai e filha para eles. Assim que termina de preparar o café e nos servir, ele se senta ao meu lado e fazemos a refeição juntos.

***

— Eu sei, demorou mais do que eu queria. – me justifico assim que o vejo parado no lado de fora da clínica. – mas o que importa que eu estou livre para seguir com seus planos para hoje.

— Nossos planos. Você concordou, então o plano é nosso. – ele sorrir convencido. – Lanie vai ficar em seu lugar hoje?

— Eles dão conta da clínica sozinhos um único dia.

— Ótimo. – Castle segura minha mão e me guia até seu carro. – Vamos pegar nossa garota agora. – diz ao abrir a porta do carro para mim.

Sorrio ao ouvir aquelas palavras. Nossa garota. Algo em mim desperta e um pensamento passa por minha cabeça. Nossa garota. Eu gostaria de ter um filho com o Rick. De considerar Alexis como minha. Como nossa.

Será que chegaríamos a ter uma menininha sendo nossa de verdade?

Será que, um dia, daríamos um irmão, ou irmã, para Alexis?

Será que um dia poderíamos ser um família de verdade?

 

— Está tudo bem? – ele diz ao entrar no carro.

— Está. – sorrio.

— Bom. – ele diz antes de dar partida no carro.

 

Eu espero que sim.


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