I Can't Love You escrita por Mrscaskett


Capítulo 37
Capítulo 37 - Noite da bagunça.


Notas iniciais do capítulo

Oláaaa

Como vocês estão? Pulando carnaval ou em casa como eu? hsauhasua
Bom, aos que estão como eu, aqui vai uma diversão... mais um cap.

Esse é um cap leve, cheio de amor e que eu amei escrever. Leiam esse cap como uma leve visão do futuro do nosso casal.

Apoveitem e boa leitura :)



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— Olha só quem resolveu quem está aqui. – Lanie entra na minha sala sem cerimônias. 

Levanto meu olhar para ela e sorrio, voltando minha atenção para os números na tela do computador. 

— Eu trabalho aqui, ou você esqueceu? – pergunto enquanto digito.  

— Eu? Não, não esqueci. Mas você parece que sim. – ela senta da cadeira a minha frente e fica me encarando enquanto trabalho. – como anda as coisas com o escritor gostosão?  

Reviro os olhos.  

— Lanie você não tem nenhum paciente agora? – ela rir.  

— Não. – responde rápido. – então? Como anda as coisas?  

Sorrio. Termino de digitar um último número e largo o computador, me encostando na minha cadeira e soltando um suspiro.  

— Ótimas. – digo com um sorriso largo. Eu a olho e Lanie está sorrindo também. – nós estamos oficialmente namorando.  

— Nossa... ainda existe isso? – ela encolhe seu rosto em uma leve careta. – hoje em dia se você está saindo com um cara, participa da vida dele e divide a cama, já é um namoro.   

Dou os ombros.  

— Ah, ele é meio à moda antiga. Gosta das coisas do jeito que elas têm que ser. Eu gosto disso, me faz sentir mais jovem. – Lanie rir.  

— E sem fazer uma plástica, isso é bom. – ela brinca e não consigo controlar a risada. 

— Boba. – jogo nela um clipe de metal que estava nas minhas mãos.  

— E a vida de mãe, como está? 

— Nem fala isso. – me sento ereta. – não quero confundir a cabeça da menina com isso. Ela sabe que tem uma mãe e que eu e o pai dela estamos apenas namorando. Eu sou apenas... 

— A madrasta dela. – Lanie completa.  

Dessa vez sou eu quem faz a careta.  

— Não tem um nome melhor?  

Boadrasta? – ela pergunta na dúvida. Eu rio.  

— Não. Vamos deixar essa opção em aberto. – Lanie rir e concorda. – Alexis é um amor de menina, eu adoro ela. Quero ser uma amiga para ela. Quero que ela confie em mim, goste de mim... mas não quero tirar o lugar da mãe dela. Nunca. 

— Mas é normal que ela te veja como uma figura materna. Você vai conviver com ela diariamente. Aposto que vai ser mais próxima dela do que a própria mãe.  

Concordo em silêncio. Eu sei disso desde o primeiro instante.  

— Você precisava ver... a mãe dela foi embora sem se despedir. E isso é normal para a menina. Ela não se abalou, ficou triste, mas parecia acostumada com esse tipo de situação.  

— Nossa... – Lanie  lamenta. – pelo menos agora ela tem amigos... as gêmeas devem ter adorado mais uma amiga.  

— Sim. – sorrio ao lembrar das três brincando juntas. – elas se deram super bem. Fizeram até festa do pijama ontem. – um sorriso bobo e ao mesmo tempo orgulhoso rasga meu rosto.  

Era importante que elas se dessem bem. Eu tinha duas filhas do coração, as gemas, e agora veio a Alexis para completar tudo. Em pouco tempo de convivo eu já me apaguei a fofura da menina. Eu não poderia estar mais feliz.  

— Hoje é o primeiro dia de aula dela, na mesma escola das meninas. – informo.  

— Nossa... falando assim... – Lanie aponta para mim. – com esse sorriso bobo aí, eu diria que você já se apegou a menina.  

— E já mesmo. – admito. – ela é inteligente, esperta, carinhosa... um pouco carente até. Mas ela é capaz de conquistar qualquer pessoa com sua inocência e beleza. 

— Nossa Kate você está muito apaixonada por essa família. O que os Castle fizeram com você? – eu rio.  

— Talvez aqueles olhos azuis de família sejam viciantes. Ou encantados... ou algo do tipo. – falo séria e Lanie rir.  

— Então você já pode começar a treinar para quando o escritor quiser aumentar a família. – ela solta sem querer.  

Curvo meus lábios em um sorriso fraco.  

— Você sabe que não é tão simples para mim. – ela me encara, pedindo desculpas pelo olhar.  

— Kate, desculpa... eu não queria tocar nesse assunto.  

— Não, tudo bem. – sorrio para tranquiliza-la. – nós estamos juntos a pouquíssimo tempo. Aconteceu tanta coisa, temos que superar algumas... então esse assunto fica para mais tarde. Bem mais tarde.  

— Você está certa. Mas... você sabe que existe mais de uma maneira para... 

— Eu sei, Lanie. E nós duas já conversamos sobre isso, certo? 

— Certo. – ela diz erguendo suas mãos para o ar, como em sinal de defesa.  

Meu celular toca. O nome dele surge na tela e, inevitavelmente, um sorriso brota em meus lábios.  

— É ele? – Lanie pergunta e  eu aceno. – vou deixar vocês a sós.  

Ela solta um beijo no ar para mim e sai da sala.  

— Oi Rick... – minha voz sai doce.  

— Oi, meu anjo... – ele responde alegre. Escutar sua voz faz meu coração disparar. A forma carinhosa como ele me chama faz meu corpo perder as forças. Me encosto na cadeira novamente. – Ainda está no trabalho?  

— Sim. – suspiro. – presa com um monte de números. Eu já disse o quanto eu odeio essa parte do meu trabalho?  – ele solta uma risada gostosa e eu fico imaginando seus olhos se encolhendo enquanto seus lábios se curvam num sorriso.  

— Sim, você já disse. E também comentou algo como contratar alguém para fazer essa parte para você. – ele debocha.  

— É, só não tive tempo para isso ainda. Alguém consumiu todo o meu tempo nessas últimas semanas.  

— É mesmo? Quem? 

— Um escritor aí... – falo fingindo desinteresse.  

— Então ele é um cara de sorte. – ele rebate e eu rio. – você vai demorar?  

— Não. Só falta lançar mais alguns números e eu termino por hoje.  

— Que bom, porque eu estou aqui fora.  

E eu também. — escuto a voz doce da ruiva ao fundo da ligação. Sorrio.  

— A Alexis está com você?  

— Está. – ele rir. – fui pegar ela na escola e ela insistiu em vir te ver.  

Abro ainda mais meu sorriso. Alexis tinha se tornado parte da nossa relação, e ao contrário de muita gente, eu não via problema nisso.  

Esse não é o começo certo para um relacionamento, mas para mim... bom, para mim era perfeito. De alguma forma aquela ruivinha me deixou ainda mais próxima do Castle.  

— Bom, é só o tempo de eu arrumar minhas coisas e desligar o computador, aí eu desço, ok?  

— Não, não precisa. Termina seu trabalho que a gente espera. Eu fico na praça aqui em frente com ela, termina tudo com calma e vem... 

— Tudo bem. – digo vencida. – eu não vou demorar.  

— Até daqui a pouco meu anjo. – ele diz antes de desligar o telefone.  

Meu anjo. Ele nunca me chamou dessa forma. É carinhosa e fofa. De alguma maneira esse apelido novo enche meu coração de esperança. Pra mim, essa era a forma de ele retribuir o que eu disse para ele ontem à noite.  

Desligo o celular e volto minha atenção para o computador. Os números já não faziam mais sentido para mim. Olho para a papelada a minha frente e não sinto interesse em mais nada ali.  

Hoje eu passei o dia inteiro olhando a parte de contabilidade da clínica. Essa é a pior parte do me trabalho. Números não me interessam. Castle e Alexis sim!  

Não é preciso pensar muito. Desligo o computador e arrumo minhas coisas o mais rápido que posso.  

— Já vai? – escuto a voz de Lanie no corredor de nossas salas.  

Olho para a morena parada a minha frente e sorrio.  

— Já. O Rick é a Alexis estão me esperando lá embaixo. – não é de se espantar o sorriso bobo é enorme em minha boca.  

— Ah, o Rick. – ela diz fazendo uma cara de deboche.  

Reviro os olhos. Fecho a porta da minha sala e solto um beijo para ela antes de seguir caminho.  

— Boa noite em família, boadrasta.— ela grita enquanto me afasto.  

Antes de virar o corredor eu viro para ela mostro a língua. Lance solta uma risada.  

O carro dele está parado em frente à clínica. Olho para o lado esquerdo e vejo a praça onde ele disse que estaria com a Alexis. Começo a andar até o local arborizado logo a minha frente.  

De longe eu podia ver algumas crianças correndo pelo lugar. Algumas pessoas caminhando com seus animais. Me aproximo do lugar e ouço gritos infantis e risadas. Sorrio ao ver Castle no meio de meia dúzia de crianças brincando como se fosse uma delas. É impossível não se apaixonar por ele.  

Me sento em um banco próximo e fico admirando a cena. Meu coração não cabe de tanto amor por ele. É algo que chega a me assustar. É um sentimento maior do que eu consigo compreender. Maior do que eu. Eu o amor e sinto medo. É confuso. Eu não quero que isso acabe nunca.  

Castle me ver e sorrir. Sorrio de volta. Ele dá os ombros como se não soubesse explicar aquela cena. Alexis estava em suas costas enquanto ele corria atrás das outras crianças como se fosse um monstro ou algo assim. Elas riam abertamente. Quando Castle conseguia pega-las ele fazia cócegas nelas, o que as fazia rir ainda mais.  

Castle é um pai maravilhoso para a Alexis. Ele podia não ter experiência. Podia não saber como ser um bom pai. Mas ele está fazendo um bom trabalho. Quando eles estão juntos é como ter duas crianças. Castle é uma criança adulta. E talvez seja por conhecer esse lado dele que eu me perdi completamente nele.  

Castle tenta sair no meio da brincadeira, mas as crianças não deixam. Ele me olha com uma cara sofrida e eu rio. Dessa vez sou eu quem dá os ombros. Eu não podia impedir isso. Na verde estava gostando. Mas assim que Alexis me ver, ela puxa das costas do pai e corre em minha direção.  

Seus cabelos ruivos soltos voando com o vento. Sorrio. A menina já estava com seus braços abertos e um sorriso largo no rosto. Sua saia rodada balançava de um lado para o outro. Sua meia alta já não estava tão alta assim.  

Deixo minha bolsa de lado e abro os braços  para recebê-la quando ela já está perto. Alexis se joga em mim, me abraçando forte seus bracinhos finos em meu pescoço.  

— Kate, eu estava morrendo de saudade. – elas só fazendo uma cara dramática que me lembra Castle.  

— Nossa, mas a gente se viu ontem.  

— Mas já faz muito tempo. – ela diz naturalmente e eu rio. Alexis se joga novamente em meus braços. – diz que você aceita.  

Eu a encaro sem entender. Seus olhos se súplica a fazem parecer ainda mais com o pai.  

— E eu posso saber o que eu tenho que aceitar? – pergunto rindo. 

Alexis me encara com seus olhos azuis quase transparente que são capazes de derreter qualquer um. Arrumo seu cabelo atrás da orelha.  

— Hoje é dia da noite da bagunça. – eu franzo Ainda mais o cenho. Não fazia ideia do que a menina estava falando. — nós vamos assistir filmes e comer besteiras. – ela diz empolgada.  

— É mesmo? – rio da empolgação da menina.  

— Sim. Vem com a gente, eu tenho tanta coisa para te contar. – ela fala como uma adulta e eu sorrio.  

— E o que você quer me contar? – pergunto um pouco curiosa.  

A menina sorrir e ameaça começar a falar, mas somos interrompidas pela voz do Castle.  

— O que minhas garotas tanto falam aí? – ele chega onde estamos.  

Eu o olho sorrindo, com meu rosto inclinado para cima dada a diferença de altura por estar sentada e ele em pé.  

Castle se inclina e beija meu rosto.  

— Está cansado? – digo o olhando. Sua camisa levemente suada e sua respiração pesada.  

— Não, tô bem. – ele diz tentando parecer bem, mas sua careta o entrega. Eu rio.  

— Ok.  

— Então, do que vocês tanto falam?  

Eu olho para Alexis que coloca um dedo entre os lábios, pedindo segredo. Pisco para ela e olho novamente para Castle.  

— Alexis estava me contando sobre a noite da bagunça.  

A ruiva se acomoda entre minhas pernas, encostando suas costas em meu peito. Um contato íntimo que ela fez parecer natural. O dom de me conquistar aos poucos é mesmo de família.  

— Oh, então você já fez o convite? – Alexis confirma. – achei que iríamos fazer como combinamos.  

Ergo as sobrancelhas sem entender o assunto, claramente, entre pai e filha.  

— Ela vai dormir lá em casa de qualquer jeito, pai. – Alexis solta.  

Olho para Castle e rio.  

— Crianças... – Castle diz tentando disfarçar. – Você me traiu. – ele sussurra para a menina.  

Alexis me olha e sorrir travessa.  

— Ela ainda não aceitou. – Alexis observa.  

Agora dois pares de olhos azuis cristais me encaram. Me sinto encurralada.  

— Tem como dizer não?  

— Você pode até tentar, mas não aceitamos um não como resposta. – Castle diz e olha para filha, como se fossem cúmplices eles bates as mãos.  

— Bom, nesse caso... eu aceito. – digo e a menina pula de meus braços comemorando.  

— Eu disse que ela ia aceitar. – a menina pula. – então vamos logo. Nós ainda temos que comprar o sorvete, a pipoca... o chocolate também, porque acabou.  

Alexis faz as contas nos dedos. Sorrio vendo a menina animada, mas ela tinha que saber que fazer uma “noite da bagunça” no meio da semana não era saudável. Aliás, Castle também tinha que começar a aprender isso.  

— Tudo bem, vamos. Mas antes vamos combinar uma coisa. – Alexis me olha atenta. Eu olho para Castle e depois para a menina. – hoje é a noite da bagunça mas as besteiras só começam depois da janta, ok?  

Alexis tira seu sorriso do rosto.  

— Não é justo. Vocês foram para a noite da bagunça ontem sozinhos e não jantaram antes. – a menina joga e eu olho para Castle, que rir.  

— Mas nós jantamos antes de fazer as besteiras... – ele solta baixinho, mas a menina escuta. Reviro os olhos.  

— Você podia ajudar, né? É a sua filha. 

— Ok. – Castle se senta ao meu lado e puxa a menina para o seu lado. – Alexis nós já tínhamos combinado de nada de besteiras antes do jantar.  

— Mas hoje é a noite da bagunça, papai.  

— Que só começa depois do jantar.  

Alexis encara o pai e depois volta seus olhos para mim.  

— Sem besteiras antes do jantar para o meu pai também?  

— Claro que sim. A regra vale para todos. – confirmo.  

— Ei, isso não é justo. – ele protesta. – eu sou um homem adulto. 

— E é exatamente por isso que vai dar exemplo para sua filha.  

— Kate... – ele protesta com sua voz chorosa.  

— Castle... – imito ele. Alexis rir.  

— Ok. Primeiro jantamos e depois comemos as besteiras. – ele olha para filha. – vamos nos entupir de sorvete.  

— É isso aí papai. – e mais uma vez eles fazem o movimento de cúmplices batendo suas mãos.  

Sorrio para ele. Não é fácil convencer duas crianças a se comportarem, mas eu posso me acostumar com isso.  

Castle levanta e estende sua mão para mim, que aceito de bom grado. Pego minha bolsa e nós seguimos em direção ao carro.  

Alexis andava em nossa frente, pulando uma amarelinha imaginaria. Castle passa seu braço pelos meus ombros e me puxa para mais perto dele. Olho p seu rosto de perfil e admiro o seu lindo sorriso.  

Eu podia admira-lo por mais tempo, mas sou pega por ele. Castle abre ainda mais seu sorriso e inclina seu rosto na direção do meu, tocando nossos lábios lentamente. Um beijo simples e cheio de saudades.  

*** 

— Castle, você pensou em comprar frutas, legumes... sei lá, qualquer coisa além de sorvete e chocolate? – digo olhando a quantidade de besteira dentro do carrinho.  

Ele olha na mesma direção que eu e depois me olha com uma cara culpada.  

— Eu nunca fui muito de fazer compras... essa parte ficava mais com a Gi... – ele para de falar. – eu só ficava com a parte boa. – ele dá os ombros.  

— Está na hora de aprender, certo?  

Eu indico com o olhar a menina toda animada entre tantas guloseimas. Ele olha para filha e suspira. 

— Eu acho que sim... mas eu não sei como fazer isso. A Jenny me falou isso pela manhã mas eu não sei como fazer.  

Sorrio vendo sua expressão totalmente culpada olhando para o carrinho.  

— Ok, calma. Você pode diminuir um pouco essas compras, outro dia a gente vem fazer compras para sua casa. – ele sorrir.  

— Você faria isso?  

— Claro. – respondo rindo. – não quero que a menina vire diabética aos oito anos de idade. – digo enquanto tiro duas das quatro barras de chocolates do carrinho.  

— Também não exagera, Kate.  

Sorrio e olho para a menina que vinha com duas caixas de cereal nas mãos.  

— Qual vamos comprar? – ela pergunta na dúvida.  

— Os dois. – Castle diz com simplicidade. Eu o encaro. – ou talvez você possa levar só o de chocolate. Depois argente comprar o outro.  

A menina da os ombros feliz.  

— É o meu preferido também. – ela joga o cereal escolhido entro do carrinho e volta para devolver o outro.  

— Viu? Não é tão difícil assim. 

— Fale por você. Eu sou péssimo nessa parte. – ele fala culpado e eu me aproximo dele, envolvendo meus braços em seu pescoço.  

— Eu te ajudo amor... – ele sorrir.  

— Ainda bem que eu tenho você, sabia? Não sei se conseguiria fazer isso sem você. – ele olha na direção da filha.  

— E você não precisa. – olho para a menina e depois volto meu olhar para ele. – eu estou aqui para vocês.  

Castle sorrir e me beija.  

— Qual o seu sorvete favorito, Kate? – A menina pergunta quando entrando em outro corredor.  

Castle levava o carrinho enquanto ela se apoiava nas barras de metal do carrinho.  

— Chocolate. Tudo o que tiver chocolate eu gosto. – a menina me olha com um sorriso enorme.  

— Eu também. – ela diz e coloca dois potes de sorvete de chocolate no carrinho. – minha mãe não come essas coisas porque diz que engorda.  

Me aproximo da menina e sussurro em seu ouvido. — Ela não sabe o que está perdendo.  

Alexis concorda em meio a uma risada gostosa. Eu a seguro pela cintura e beijo seu rosto enquanto a tiro de cima do carrinho.  

— Você pode cair meu amor. – explico quando a coloco no chão. A menina me olha e solta um sorrio gentil.  

— Papai, o meu avô sempre me obrigava a comer salada. Ainda bem que você não é assim. – ela diz naturalmente.  

Eu o olho convencida para ele e ele revira os olhos. Castle se aproxima da menina.  

— Olha só, nós precisamos combinar uma coisa. Domingo vai ser o dia oficial das besteiras, mas durante a semana a senhorita vai comer saladas sim. Combinado?  

— Estava demorando. – ela diz fazendo uma cara emburrada.  

— Combinado Alexis? 

— Combinado. 

— Ótimo. – ele diz tocando a ponta do nariz da menina, que rir. Alexis começa a empurrar o carrinho até o caixa.  

Castle olha para o carrinho e depois para mim, parada ao seu lado.  

— Exageramos? – eu rio da cara que ele faz.  

Me aproximo e passo a mão por seus cabelos grandes, deixando meus dedos se afundarem ali.  

— Você é quase uma criança, meu amor. Exagero deveria ser seu sobrenome. 

Ele estreita os olhos para mim e sorrir, se inclinando para me dar um beijo. 

*** 

— Alexis, vai tomando um banho entornado esse uniforme enquanto eu prepara tudo aqui embaixo. – Castle diz quando entramos na casa dele.  

— Tudo bem, a Kate pode vir comigo? – Alexis segura minha mão e Castle me olha. – eu quero mostrar meu quarto para ela.  

— O que tem seu quarto? – pergunto me virando para a ruiva.  

— Está todo mudado, vem ver.  

Sem me dar a chance dizer mais uma palavra, a menina me carrega para o andar de cima. Sorrio para Castle antes de desaparecer na escada.  

Assim que entramos no quarto da pequena eu vejo um cômodo totalmente diferente. A cama tinha uma colcha rosa e branca, e estava cheia de almofadas rosas em cima dela. Nas prateleiras, antes vazias, agora tinham alguns ursos de pelúcia é um porta-retratos com uma foto da Alexis com um senhor de idade, que eu suspeito ser o avô dela. No guarda-roupa de portas transparentes tinha suas roupas perfeitamente arrumadas.  

O quarto Ainda tinha um ar adulto, mas os poucos ficava com a cara dela. A escrivaninha tinha virado sua mais nova mesa de estudo, cheias de livros e porta-lápis.  

— Gostou? – a menina tinha um sorriso enorme e orgulhoso em seu rosto.  

— Está tudo lindo, meu bem.  

— Olha só as minhas coisas da frozen.. – ela abre a mochila de rocinhas e tira seu caderno azul com um boneco de neve na capa.  

— Nossa, como é lindo. – pego o objeto em minhas mãos e folheio, vendo a letra da menina perfeitamente desenhada. 

Tudo era tão delicado quanto a dona.  

Alexis me puxa até a cama e senta ao meu lado. Desde cedo ela disse que queria me contar alguma coisa. A forma adulta e madura como ela falou me deixou curiosa, e algo me dizia que seria agora.  

— Kate eu quero te contar uma coisa.  

— O que? – demonstro interesse e ela cora. É fofo vê-la assim. – Alexis você pode me contar tudo o que você quiser. Nós somos amigas, não somos?  

— Sim. – ela sorri. – Hoje meu pai foi me deixar na escola.. – ela começa. – mas não tinha nenhum outro pai por lá. Só as mães deixando os filhos.  

— Ah, é normal. Normalmente os pais trabalham...  

— É, mas todas ficaram falando com meu pai quando eu entrei. Você não pode deixar. – ela fala como se fosse algo absurdo. Me esforço para não rir da sua cara de preocupação.  

— Meu bem, elas só estavam tentando conhecer ele. – começo. – ele é novo na cidade, novo na escola também... 

— Não, Kate. Eu escutei elas falarem que ele era bonito. E elas não podem falar assim dele, só você pode. Porque você é a namorada dele. – ela fala rápido e eu rio. A inocência da menina era adorável.  

— Elas falaram que ele era bonito? – começo a demonstrar interesse.  

— Sim. Elas falaram que ele é um tipão. — ela diz imitando uma das mulheres.  

— Então eu acho que temos que dar um jeito nisso. – Ela concordada.  

— Você pode ir me deixar na escola amanhã com meu pai. Assim ele não vai ficar conversando com as outras mães. – sorrio.  

— Falamos sobre isso depois. Agora vai tomar seu banho antes que seu pai venha atrás de nós duas. – ela assente e anda até o banheiro. – vou deixar uma roupa limpa para você aqui na cama. – aviso e ela grita do banheiro.  

— Tá bom.  

Levanto e vou até seu guarda-roupa. As roupas cheiravam a roupa nova, mas ao mesmo tempo tinham o cheiro doce da Alexis.  

Passo minhas mãos pelas roupas penduradas vendo cada uma delas. Abro uma gaveta e vejo as roupas de dormir perfeitamente dobradas. Alexis provavelmente dormiria na metade do filme, deve estar cansada depois de um dia inteiro na escola.  

Pego seu pijama azul que combinada perfeitamente com seu material escolar, e deixo em cima da cama. Escuto a água do chuveiro cair e a voz fina da Alexis cantarolar uma canção. Sorriso tentando imaginar a menina cantando.  

Guardo seu material escolar perto da mesinha e pego seu uniforme jogado no chão perto da porta do banheiro. Arrumo tudo, mas antes de sair eu vejo a menina sair do banheiro vestindo seu roupão conde rosa. A ruiva sorrir e anda em minha direção.  

— Já? – me aproximo dela.  

— A água estava fria. – ela encolhe seu corpo em janto pega o pijama em cima da cama.  

— Deixa eu ver se você está cheirosa. – eu acolho ela em meus braços e cheiro seu pescoço, que cheira a chiclete. Ela rir. – nossa, mas você está muito cheirosa.  

— E você está molhada. – ela aponta minha blusa molhada. Eu rio também.  

— Meu pai comprou meu shampoo favorito. – ela diz começando a se vestir.  

— Nossa, eu quero emprestado depois. – ajudo-a quando ela se complica vestindo a blusa do pijama.  

— Eu te empresto. Tem cheiro de chiclete. – ela abre um sorriso.  

— Vem cá. – me sento na cama e pego a escova de sua mão. Alexis senta entre minhas pernas enquanto eu penteio seus cabelos. – me conta como foi na escola hoje. O que você fez? 

— A professora me apresentou a classe. Depois tivemos aula de matemática e ciências.  

— E você gostou?  

— Sim. A professora é muito legal.  

— E seus colegas? São legais também?  

— Sim. Mas não conversei muito com eles. – ele abre a boca num bocejo. – eu brinquei com as gemas no recreio.  

— Pronto. – digo e ela se vira para mim. Seja cabelos ruivos molhados quase parecem de outra cor.  

— Obrigada, Kate. – ela se vira para mim. – eu gosto quando você mexe em meu cabelo.  

Sorrio. Alexis tinha uma pureza nas suas palavras. Seus sentimentos era tão frágeis que ela se apegou a mim com facilidade. E eu também me apaguei a ela. O mesmo carinho que eu sinto pelas gêmeas eu sigo pela Alexis. Foi rápido e inexplicável.  

— Vocês estão demorando demais. A pipoca já está feita. – Castle chega no quarto de repente.  

— Já colocou o filme? – Alexis se vira para o pai.  

— Não, você vai escolher.  

— Então vamos. – a menina fiz e sai correndo.  

— Cuidado. – Castle tenta, mas a menina já descia as escadas.  

Pego o roupão molhado em cima da cama e deixo no aparador ali perto. Castle me observa atentamente. Eu me aproximo dele e ele me abraça pela cintura.  

— Eu escutei... – ele diz. – você está sendo maravilhosa com ela. Uma verdadeira mãe... – sorrio sem graça.  

— Também não é assim.. ela tem uma mãe, eu sou só... 

— Você age mais como mãe do que a própria mãe dela. – ele me interrompe.  

— Mas eu sou só sua namorada.  

— Não. Você é mais que isso. – ele beija o canto dos meus lábios. – bem mais que isso. – sussurra antes de me beijar. – agora vamos. Tem uma pestinha lá embaixo e ela já deve ter comido todos os doces.  

Eu rio. Nós descemos e Alexis já estava muito bem acomodada no meio do sofá. Ela me chama para estar ao seu lado e Castle senta do outro. Ela já tinha o balde de pipoca entre suas pernas. 

— Sem jantar? - Castle pergunta olhando a menina. 

— Só hoje, por favor. 

Eu imagino os olhos pidões que a ruiva oferece para o pai. Castle baixa a armadura e aceita silenciosamente. 

O filme começa e a sala se enche de risadas e sua voz cantando baixinho as músicas do filme. Aos poucos ela vai se acomodando entre Castle e eu. Sua cabeça em meu colo e suas pernas jogadas sobre as de Castle. Eu acaricio seus cabelos longos, agora secos.  

O filme acabou e eu olho para Alexis. Ela dormia serenamente. Eu suspeitei disso quando ela começou a não acompanhar mais as canções. Castle tira as pernas da filha com cuidado de cima das dele.  

— Deixa, eu levo ela. – Castle diz num sussurro. 

Castle pega ela no colo. Alexis afunda a cabeça no pescoço do pai e se agarra nele.  

— Não papai... – ela resmunga de olhos fechados. – a Kate vai dormir aqui?  

Castle me olha sem entender. Eu levanto e acaricio seus cabelos, falando baixo em sai orelha.  

— Eu vou estar aqui, meu bem.... – dou um beijo e Castle a leva para o quarto.


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Notas finais do capítulo

Bom carnaval para todos vocês ♥



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