I Can't Love You escrita por Mrscaskett


Capítulo 34
Capítulo 34 - Eu tenho ciúmes de você.


Notas iniciais do capítulo

Oi genteee, o fim de semana chega rápido né? haha

Bom, aqui está mais um cap, e devo alertar, esse cap tem quatro erros. Leiam e achem. hahahaha

Boa leitura ♥

OBS: Obrigada Sandra por favoritar a fic *-* e a todos vocês que estão acompanhando I can't, por cada comentário, opinião e ideias. Vocês são essenciais ♥



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— Você promete que vai se comportar?

— Prometo. – Alexis diz impaciente.

Eu sabia que ela se comportaria, principalmente depois que as gêmeas disseram que seria uma noite de meninas. Alexis segurava seu urso de pelúcia nos braços, ela não o largava por nada.

Ela se põe nas pontas dos pés e eu me abaixo para sentir o beijo estalado que ela me dá. Ela acena e entra na casa de Jenny, arrastando sua mochila azul da frozen que compramos hoje à tarde.

— Boa noite. – digo, mas ela não me escuta.

Jenny sorrir ao meu lado.

— Ela vai ficar bem. – afirma.

— É, eu sei... obrigada Jenny. – a olho, sorrindo agradecido por ela ficar com Alexis hoje.

— Não precisa agradecer Senhor Castle. Alexis é um amor, e não vai dar trabalho.

— Mas da última vez ela chorou...

— É, mas era sua primeira noite aqui. Ela estava assustada.

Eu concordo silenciosamente, meio na dúvida de que isso poderia ser verdade. Alexis realmente é um amor, mas se tem alguma coisa que eu aprendi da minha filha nas últimas horas é que ela pode ser bem persistente quando quer. E eu aprendi isso da pior forma possível.

Hoje nós saímos para fazer compras e procurar uma escola para que ela pudesse começar o mais rápido possível. Ao contrário do que pensei ela se mostrou animada em voltar a estudar. Depois de acertar a parte burocrática em uma escola que, segundo ela, é a melhor escola dentre as opções. Fiquei meio em choque com a forma com que ela falou sobre a escola. Eu a olhei estranho e ela apenas disse “eu leio muito” com um sorriso orgulhoso no rosto, como se isso explicasse alguma coisa.

Em cada instituição que íamos ela fazia perguntas sobre as aulas, os livros, a biblioteca... coisas que eu não pensei em perguntar, o que me fez perceber o quanto ela é madura para sua idade.

Depois nós fomos fazer algumas compras. Roupas, sapatos, livros, brinquedos... tudo o que ela precisaria por enquanto. Depois voltaríamos a comprar mais coisas, mas por enquanto já estava de bom tamanho. A mala que Meredith deixou para a menina só tinham poucas roupas, nem um item pessoal além do seu macaquinho de pelúcia que ela carregava em suas mãos.

Antes de voltarmos para casa Alexis insistiu em parar em uma loja infantil, onde me fez comprar todo o seu material escolar de algo que se chamava frozen. Tudo azul. Eu sempre achei que azul fosse cor de menino e que as meninas não gostassem, mas segundo a Alexis “as coisas mudaram”.

Eu não entendi muito o que “frozen” significava, mas no caminho, enquanto folheava seu caderno de um boneco de gelo na capa, ela me explicou sobre o boneco de neve que falar, uma maldição, uma rainha boa e sua irmã maluquinha. E claro, quando chegamos em casa ela me fez assistir ao filme junto com ela.

— Você podia colocar o nome de um dos cavalos de Olaf, papai. É bonito.

— Olaf é nome de pônei. – falo meio no automático, pensando alto.

— Ah, então você podia comprar um pônei. – ela dá os ombros e fala naturalmente.

Eu rio. É incrível como tudo é bem mais simples na cabeça de uma criança.

Depois de assistir ao filme que ela elegeu ser o melhor filme do mundo, ela colocou na cabeça de que queria andar a cavalo. Não importa o quanto eu tentasse convencê-la do contrário, ela não era de desistir fácil. Ela ficou de careta por quarenta minutos, parada no mesmo lugar com os braços cruzados, me encarando até eu finalmente me dar por vencido e deixar.

Não que eu fosse fazer isso sempre, mas dessa vez não tive opção. Tenho que pensar em algo para a próxima vez. Quem sabe pegar umas aulas com a Jenny.

Espanto meus pensamentos e volto minha atenção para a loira em minha frente.

— Amanhã bem cedo eu volto para levá-la à escola.

— Tudo bem... eu posso arruma-la para adiantar. – sorrio concordando.

Nós nos despedimos rápido. Entro no meu carro e dou partida até a casa de Kate.

***

Paro em frente ao prédio de Kate. Pego a rosa vermelha que roubei do meu jardim antes de sair de casa e saio do carro. O porteiro já parecia me conhecer, pois sorrir ao me ver e libera minha entrada. Entro no elevador e sinto um frio na barriga. Nunca me senti assim antes. Eu costumava ser confiante e decidido sobre o que eu quero. Eu costumava dominar tudo ao meu redor. Mas desde que eu conheci a Kate eu não consigo mandar nem nos meus sentimentos, pensamentos ou desejos.

Quando as portas de metal se abrem eu respiro fundo antes de dar o primeiro passo. Esse era nosso primeiro encontro. Não importa o status do nosso relacionamento, esse continuaria sendo o nosso primeiro encontro.

— Só um minuto. – escuto sua voz abafada gritar de dentro do apartamento.

Sorrio imaginando uma Kate atrapalhada procurando sua bolsa ou algo assim pela casa.

Não demora muito ela abre a porta.

— Desculpa pela demora. – ela começa, dando mais uma desculpa por demorar um pouco. Confesso que não ouvi muita coisa depois de sua primeira frase. Meus olhos estavam presos na mulher a minha frente. Toda a minha capacidade de pensar se foi no momento em que bati meus olhos nela.

Eu só conseguia enxergar a bela mulher a minha frente, vestida em seu vestido preto curto de mangas longas, que iam até o seu pulso, e colado no corpo, realçando suas curvas. O colar em seu pescoço brilhava, mas não tanto quanto seus olhos.

Desço meus olhos mais uma vez pelo seu corpo. Eu nunca a vi tão linda como agora. O vestido acabava bem no meio de suas coxas, deixando à mostra a musculatura de suas pernas. A Pele exposta de suas pernas era a única coisas que eu conseguia me concentrar no momento.

— Aqui em cima Castle. – ela diz e eu a olho.

Não sei por quanto tempo estou com essa cara de bobo, olhando-a com desejo. Kate é minha namorada. Minha. Só minha. Abro um sorriso orgulhoso e lhe entrego a rosa vermelha.

— Para você. – ela sorrir olhando a rosa. – não é tão bonita quanto você, mas me deixa igualmente sem ação.

Ela rir e me olha, pegando a rosa em minhas mãos.

— É linda, Castle. – ela sorrir morrendo seu lábio.

Você está linda.

A vejo corar. Não entendo como ela ainda não se acostumou a receber elogios. Uma mulher como ela deveria ser elogiada todos os dias, todas as horas, todos os minutos.

— Só vou pegar minha bolsa e a gente pode ir, ok? – ela desconversa.

Kate ameaça entrar em sua casa novamente mas eu a seguro pela mão. Aproximando nossos corpos. Minha mão firme em sua cintura, sentindo a curva de seu corpo se formar na palma da minha mão.

Kate é dona das mais belas curvas que já vi em uma mulher. Seu corpo era um pecado para qualquer homem. Mas o mais importante de tudo, era o meu pecado particular. Seus olhos pesos nos meus. Suas mãos levemente sobre meus braços. Desejo sentir seu toque sem nossas roupas para atrapalhar.

Aproximo nossos rosto e a beijo apaixonadamente. Kate corresponde aos toque de meus lábios, abrindo espaço para que eu aprofunde o beijo. Seu primeiro erro. Nossas línguas de acariciam e eu me perco ali, sentindo seu gosto. Sua unha arranha levemente a pele de meu pescoço, prendendo meu rosto contra o seu. Seu segundo erro.

Pressiono nossos corpos, sentindo-a ficar pequena sob meus braços fortes. Subi minha não por suas costas, sentindo sua pele. Sorrio entre o beijo. O seu terceiro e mais perigoso erro foi usar um vestido de costas nua.

Kate me olha sorrindo, abrindo seus olhos lentamente. Meus dedos cravados em sua pele exposta.

— É melhor controlar essa mão aí. – ela diz com um sorriso pervertido no rosto.

— Você veste esse vestido e quer que eu me controle? – ela rir. Uma risada gosta que me faz ter vontade de beija-la mais. – você se viu no espelho? Você era maravilhosa, Kate.

Ela rir novamente e arruma seu vestido, que já subia por suas pernas. Ela se afasta e se move pelo apartamento, me dando a visão privilegiada enquanto ela rebolava pelo lugar.

— Já peguei minha bolsa, vamos?

— Por mim eu ficava. – ela revira os olhos. – mas acho que vai valer a pena esperar.

— Oh, você não faz ideia. – ela ergue a sobrancelha sugestivamente e passa por mim. Meu coração para por um segundo. Eu mal podia esperar.

Dou a volta enquanto ela sai do apartamento. A rosa que eu lhe dei em suas mãos.

— Não vai guardar a rosa?

— Não. – ela diz sorrindo. – quero ela comigo essa noite.

Kate tranca o apartamento e segura minha mão enquanto caminhamos até o elevador. Seus cabelos presos em um coque mal feito, deixando seu pescoço a mostra. Seu quarto erro. Aquilo era uma tentação. Seu perfume domina o pequeno elevador de seu prédio. Me sinto embriagado pelo seu cheiro.

— Segura por favor. – ouço uma mulher gritar e imediatamente coloco a mão no meio das portas, impedindo que o elevador feche. – Obrigada. – a mulher diz assim que chega até nós.

Loira, de cabelos ondulados e curtos, a mulher sorrir assim que nos ver. Agradecimento, nada além disso. Fico bem próximo a Kate, deixando a mulher um pouco mais confortável no lugar apertado. Minha mão na cintura da Kate e meu olhar preso nela. Sua beleza me fascina.

— Vocês moram aqui? – a mulher pergunta simpática. – eu acabei de me mudar. Serena. – ela estende a mão na minha direção. – Serena Kaye.

Olho para a mulher, sorrindo ao me olhar. Sorrio de volta.

— Prazer. Richard Castle. – seguro sua mão. – E essa é a...

— OMG. – ela me interrompe. – Richard Castle escritor?

Ela me olha ainda mais interessada.

— Sim. – sorrio sem graça. Não estava acostumado a ser reconhecido nessa cidade.

Ela continua segurando minha mão.

— Eu tenho todos os seus livros.

— Então você é uma fã. – sorrio simpático.

— Uma admiradora, talvez. – ela abre mais seu sorriso. Ela me olha de cima a baixo. – e se me permite dizer, você é ainda mais bonito do que na foto atrás do livro.

— Obrigada. – sorrio sem graça. Olho para Kate de relance e a vejo encarar a mulher com seu olhar mortal. – você também é muito bonita. – digo, mais uma vez, simpático.

As portas do elevador se abrem e ela sai.

— A gente se ver. – Ela diz e pisca, antes de seguir seu destino.

Olho para Kate e faço um sinal com a mão para que ela saia primeiro. Ela me olha séria e força um sorriso antes de sair do elevador. Ela não me espera abrir a porta do seu prédio, e sai andando na minha frente. Me apresso para acompanhá-la, e assim que a alcanço, coloco levemente minha mão em sua cintura e a guio até meu carro.

— Kate... – a chamo, mas ela não responde. – o que houve?

Abro a porta do carro para ela, mas não a deixo entrar.

— Nada. – ela dá os ombros séria.

Esse era um nada que de nada não tinha nada.

— Kate, se foi pelo o que houve lá em cima me desculpa. – desconverso sobre o momento estranho no elevador. – mas você está tão bonita que eu não resisti...

— Não foi isso. – ela me olha. – mas se você realmente não sabe porque eu estou assim então nem adianta a gente falar. – ela desvia seu olhar do meu, fazendo um bico em seus lábios. Sorrio.

— Foi por causa da Serena?

— Então você percebeu o que aconteceu no elevador? – ela volta seu olhar para mim.

— Não. – digo sinceramente. Eu não percebi nada demais. – mas eu vi como você olhou para ela.

— Castle, ela estava dando em cima de você. Na minha cara.

— Não, ela não estava. – sorrio. – ela é uma fã, só isso.

— Não, ela não é. – Kate debocha de mim.

— Você estava do meu lado. Ela percebeu que estávamos juntos.

— Mesmo? Porque eu acho que ela nem percebeu minha presença lá.

— Kate, ela não deu em cima de mim. – insisto.

— Oh, ela deu. Você nem chegou a me apresentar porque ela não deixou. Ela não tirou os olhos de você.

Olho para sua cara chateada e única coisa que eu consigo fazer é rir. Kate me olha ainda mais brava.

— Você está rindo?

— Estou. – digo e ela vira o rosto. – Kate está óbvio que você ficou com ciúmes daquela mulher.

— Eu não fiquei com ciúmes! – ela me olha como se eu tivesse falado algo absurdo.

— Está sim. – me aproximo dela, prendendo-a contra o carro com meus dois braços a cercando. – e você fica linda assim...

Kate revira os olhos e fecha a cara. Eu a encaro por um momento, em silêncio, até que ela explode de vez.

— Ok, eu estou com ciúmes sim. Ok? Eu assumo. – ela me olha nos olhos. Sua voz não é alta, mas é firme o suficiente para eu perceber que ela está falando a verdade. – aquela mulher seu em cima de você na minha frente e não se importou com isso. Você falou que ela era muito bonita e não era para eu estar com ciúmes?

— Não. – respondo rápido, sentindo seus olhos cravarem nos meus. – você não precisa ter ciúmes de mim porque eu estou com você e não com ela. – Kate bufa e desce seu olhar do meu. Seguro seu queixo e a obrigo a me olhar. – essa é a nossa noite. Não vamos estragar isso, ok? Eu posso te garantir que se tinha uma mulher pela qual eu estava olhando naquele elevador era você.

— Verdade? – sua voz sai mais manhosa do que ela gostaria. Sorrio.

— Verdade.

— Ok. Mas da próxima vez que eu encontrar com ela e você estiver junto eu vou deixar bem claro que você é meu namorado. – eu rio.

— Acho justo. – Kate sorrir e eu beijo seus lábios, desfazendo o bico que ainda estava presente. – agora vamos minha ciumenta?

— Ei! – ela protesta com um tapa em meu braço. Eu rio e a beijo novamente.

***

A melodia suave da música preenchia o silêncio do carro. Kate sentada ao meu lado. Seu rosto virado para mim e um sorriso preso em seus lábios. Sorrio. Sem tirar meus olhos da estrada eu procuro suas mãos e as seguro. Nossos dedos se enlaçam automaticamente. Kate desliza seu polegar pela minha mão, fazendo um carinho gostoso.

— Você não disse para onde vamos. – ela fala depois de um tempo. – já estamos dirigindo a um tempo...

— Porque é surpresa. – eu a olho um segundo e sorrio.

Kate me olha confusa, mas não fala mais nada.

A medida que nos aproximamos do nosso destino as luzes do lugar surge no horizonte no meio do nada. Kate desliza sua cabeça pelo banco e recosta sobre meu ombro. Sorrio com o gesto e beijo seus cabelos. Solto nossos dedos e fecho meu braço ao redor de seu rosto, acariciando seus cabelos com cuidado para não desfazer seu penteado. Quero ter o prazer de desfazê-lo mais tarde, quando estivermos apenas nós dois no quarto que eu reservei.

Não demora muito e nós chegamos ao lugar. Um restaurante rústico e aconchegante poucos quilômetros da cidade. O manobrista nos recebe na entrada do caminho de tochas que nos levava até o restaurante.

Kate me olha curiosa enquanto andamos pelo corredor de tochas.

— Eu nunca ouvi falar desse lugar. – sorrio. Algo sobre a cidade que eu sei e ela não.

— É novo...

— E como você sabe sobre ele e eu não?

— Eu tenho meus contatos. – dou os ombros e ela sorrir, balançando a cabeça.

Nós entramos no restaurante e somos recebidos pelo maitre.

— Richard Castle, eu tenho uma reserva.

— Claro. – o homem bem vestido sorrir. – sua mesa já está pronta.

Nós seguimos o homem de meia idade pelo lugar não muito lotado. A mesma melodia suave do carro preenche o lugar também, tornando o restaurante um lugar mais calmo e acolhedor.

Ao lado de Kate, eu atravesso o restaurante. Minha mão na base de sua coluna, tomando posse do que é meu enquanto os homens do local notavam sua beleza. O maitre nos guia até uma mesa discreta e privada ao luar. O céu hoje estava racialmente cheio de estrelas, e a lia cheia deixava o clima ainda mais romântico.

— Vinho? – o garçom nos oferece, segurando a garrafa do meu vindo preferido nas mãos.

— Por favor. – digo e ele começa a nos servir.

Kate olha para a paisagem. O brilho da lua refletia em seus olhos. Ao longe era possível ver as luzes da cidade. Era como se estivéssemos longe e perto ao mesmo tempo, com aquele mar de luzes a nossa frente. Kate sorrir encantada.

— Como achou esse lugar? – ela me olha.

— Um amigo... – ela encolhe as sobrancelhas. Sorrio. – o meu advogado, o cara que intermediou a compra do rancho, ele tinha esse restaurante aqui. Quando eu pedi por uma casa distante ele já tinha em mente essa cidade.

— Então não foi sorte do distinto você vir morar aqui.

— Foi... mas com um empurrãozinho de um amigo. – Kate rir.

— Eu nunca tinha ouvido falar desse lugar.

— Tem muitos lugares que você ainda não conhece... – seguro sua mão sobre a mesa. – mas pode ter certeza que você vai conhecer todos comigo.

Kate sorrir me olhando. Nossas mãos juntas, a rosa que eu lhe dei embaixo. Kate não a soltou por um segundo. Pego a taça de vinho e ergo, Kate faz o mesmo.

— Um brinde à nós.

— E ao futuro, que pelo o que vi, vai ser cercado de surpresas.

— Pode apostar.

Nós brindamos e bebemos um gole.

— Eu estava pensando... – Kate me olha interessada. – quando nós formos para Nova Iorque um dia você vai ter que controlar seu ciúme.

Ela franze o cenho para mim. Sorrio.

— Sim, porque lá eu tenho muitas fãs, e elas são um pouco... como eu posso dizer... ousadas. 

— Ousadas? – ela repete lentamente, me analisando.

— É. Elas aparecem do nada me abraçando, pedindo autógrafos em livros, fotos, peitos... até pedidos de casamentos eu já recebi.

— Espera, espera... – ela diz fechando os olhos e colocando as mãos na frente do rosto, pedindo que eu espere. – autografar peitos?

— Sim. – tento parecer sério. Ela me olha incrédula.

— E você faz mesmo isso?

— Bem, eu fazia. – dou os ombros

— Fazia. Não faz mais. Certo? – eu rio.

— Certo. – confirmo e pego sua mão, levando-a até a boca e beijando-a.

Kate me olha desconfiada mas acaba sorrindo. Kate se inclina sobre a mesa, eu faço o mesmo assim que percebo suas intenções e nós nos beijamos. Ela acaricia minha barba que começava a crescer. Um leve roçar de narizes quando o beijo acaba.

— Mas você sabe que fã ou não, ela estava dando em cima de você, certo? – ela sussurra.

Ergo meu olhar para encontrar o par de olhos verdes me encarando.

— Eu não ligo. – afirmo. – eu estou na companhia da mulher mais linda do mundo, não tenho olhos para mais ninguém.

Seus olhos brilham. Kate sorrir e acaricia novamente minha barba. Sempre que ela me olhava eu sentia algo diferente, mas não consigo explicar o que é. É algo que acontece sempre que ela me olha, como um aviso que eu não consigo entender.

Ontem ela descobriu meu segredo. E apesar de fazer tempos que eu não vou até aquele quarto, ele ainda está lá e ela o viu. Eu sei que no fundo ela espera que eu me desfaça dele, mas não é fácil. Não é simples. 

Kate é minha namorada agora e eu lhe devo respeito e carinho. Mas por mais que eu me sinta livre para amar novamente, para viver uma nova paixão, eu não me sinto preparado para esquecer e superar a morte da Gina.

Mas a mulher a minha frente, a mulher de olhos verdes profundos, essa mulher determinada e teimosa, é a mulher que me faz esquecer que um dia eu já amei de verdade. É ela quem me faz querer ser mais, fazer mais. Por ela. Por mim. Por nós.

Por ela eu sou capaz de seguir em frente.

— Vamos dançar? – digo me levantando e estendendo minha mão para ela.

Kate me olha relutante com o sorriso em seu rosto. Eu a encorajo com o olhar e ela deixar a bolsa e a rosa de lado, consentindo sua mão para mim. Meus braços envolvem seu corpo e os seus enlaçam meu pescoço. Um encaixe perfeito.

Com os seus saltos, Kate quase ficava da minha altura.

Nossos corpos se movem no ritmo da música que tocava baixinho pelo auto falante do lugar. Lentamente. Sem pressa. Kate fecha os olhos e encosta seu rosto no meu. Me permito fazer o mesmo e me deixar levar pela sensação de tê-la comigo.

Posso sentir sua respiração leve contra minha pele. Colo ainda mais nossos corpos, embriagando-me novamente com seu perfume. Meus dedos acariciam sua pele nua nas costas, sentindo-a se arrepiar.

Aos poucos sua mão desce pelo meu ombro. Sorrio, afastando nossos corpos e segurando sua mão. Com um sorriso no rosto eu a giro, colando suas costas em meu peito e abraçando seu corpo com nossos braços, formando um laço quase perfeito.

Seu perfume era doce, mas o cheiro de cereja ainda estava em seus fios morenos. De alguma forma seu cheiro me acalma. Kate deita sua cabeça em meu ombro, deixando seu pescoço exposto para mim. Um convite que eu não pretendia negar.

Inclino meu rosto ali e sinto o cheiro se sua pele misturado ao doce de seu perfume. Essa era única mulher que tinha mais um cheiro ao mesmo tempo, e todos eles eram uma espécie de droga para mim. Uma droga que eu não queria parar de me viciar.

Beijo sua pele e escuto um gemido baixo escapar de seus lábios. Ainda sob a melodia da música, nós nos movíamos pelo espaço. Éramos apenas nós dois.

Traço uma trilha de beijos suaves em seu pescoço até chegar ao seu rosto. O sorriso que ela tinha em seus lábios é quebrado com apenas um beijo.


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Notas finais do capítulo

Me perdoem os erros...

Até o próximo ♥



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