I Can't Love You escrita por Mrscaskett


Capítulo 28
Capítulo 28 - Você é o pai.


Notas iniciais do capítulo

Oláaaa

Bom, depois de pedidos insistentes (e mal-acostumados) para que eu postasse mais um cap logo, aqui está.
Espero que gostem.

Bom, aproveitando que estou aqui, quero dar um aviso: guardei segredo por muito tempo, mas como sofre de ansiedade eu nao aguentei mais. Hoje eu postei um video no youtube, e em alguns grupos no whats, sobre a minha nova fic.
Eu nao ainda nao postei a fic, mas vai ser logo. Para dar um provinha do que a fic vai falar eu preparei um video (https://www.youtube.com/watch?v=SHQkL-ZquP4) assistam e me digam o que acharam.

EM BREVE TEM FIC NOVA O/

obs: antes que me perguntem, nao, I can't nao vai acabar por causa da fic nova.

Boa leitura.



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— Um cachorrooo. – escuto os gritos das crianças.

Sorrio e olho para trás, apenas para ver as duas loirinhas correndo em nossa direção. Cosmo pulou para fora do carro antes mesmo de Kate abrir a porta. Olho para Kate, que sorrir vendo as meninas brincarem com o pelo do cão. Dava para ver o brilho em seus olhos toda vez que ela estava com as meninas. Ela tinha um carinho especial pelas duas.

Me aproximo, tocando sua cintura. Ela me olha e abre mais o sorriso. O vento fazendo seus cabelos voarem pelo seu rosto. Sorrio e beijo seu rosto. Nós seguimos até as meninas, que paparicavam Cosmo. Ele deita no chão de barriga para cima, dando um sinal para as meninas o acariciarem ali.

— Esse cachorro é seu, tia Kate?

— Não. Ele é do tio Castle, meu amor. – ela responde com delicadeza e carinho. Sua voz era quase maternal quando se tratava das gêmeas. – ele adotou o Cosmo lá na clínica.

— Ele é muito lindo, tio Castle.

— O papai nunca deixou a gente ter um cachorro. – Jolie comenta, mas sem tristeza em sua voz.

— Bom, eu vou precisar de ajuda para cuidar dele. Que tal vocês me ajudarem? – elas me olham interessadas. – ele tem cara de quem vai dar muito trabalho. – faço uma careta e escuto uma risada de Kate.

— Eu posso ajudar!  - Ana é a primeira a se manifestar, com uma alegria indescritível no rosto.

— Eu também quero ajudar, tio Castle. Eu vou amar brincar com ele. – Jolie diz abraçando animal peludo.

— A gente pode brincar com ele todo dia quando chegar da escola.

— Depois do dever de casa. – Kate diz.

— Sim, claro. – Ana fala como se fosse um absurdo esquecer do dever de casa. – depois do dever a gente brinca com ele. Assim você não precisa corre, tio Castle.

Olho para Kate franzindo minha testa.

— Ela me chamou de velho? – Kate rir.

— Eu acho que sim.

— Vamos ver quem é o velho aqui. – pego a menina nos braços e a seguro bem no alto, fingindo que vou deixa-la cair. – quem é o velho aqui?

— O meu papai. – ela diz rindo. – É o meu papai.

Eu a coloco no chão e ela arruma os cabelos.

— Só não vai contar para ele. – Ana pede baixinho.

— Ok, nosso segredo. – dou a mão fechada num soco para ela que retribui da mesma forma.

— Tio Castle, nós vamos escolher os cavalos hoje? – Jolie fica de pé em minha frente.

Os cavalos. Eu já tinha até me esquecido disso. Por mais que elas estivessem animadas com o novo habitante do rancho, ela não esqueceriam dos cavalos.

— Claro. Quem ir agora?

— SIMMMM. – elas respondem num grito alto. Kate tapa os ouvidos e me olha meio desesperada.

As meninas correm em direção ao celeiro e Cosmo corre atrás delas.

— Você podia se comportar com um adulto... – ela diz zombando de mim.

— Eu posso ser adulto quando você quiser. – eu pisco e ela revira os olhos.

Eu rio a trazendo para junto de mim enquanto caminhávamos até o celeiro. Olho para frente e vejo elas correndo com o Cosmo na por do celeiro. É possível ouvir as risadas e os latidos.

—Acho que elas gostaram do Cosmo. – passo meu braço pelo ombro de Kate, que abraça minha cintura.

— Pode ter certeza que sim. – ela diz rindo. – elas adoram quando eu as levo para a clínica. Ficam cuidado dos cachorrinhos... elas são ótimas com animais.

— Vejo duas futuras veterinárias. – Kate faz uma careta.

— Não. A Ana quer ser advogada e a Jolie professora.

— Jura? Pensei que elas fossem se inspirar em você.

— Quem sabe mudem de ideia? Eu ia adorar.

Ela inclina a cabeça para me olhar. O sorriso em seus lábios me faz querer beija-la desesperadamente. Me controlo. Beijos seus cabelos, sentindo aquele cheiro de cerejas tomar conta de mim.

— Já decidiram? – Digo assim que entramos no celeiro.

Eu podia ouvir o choro baixinho de Cosmo na porta do celeiro. Aos poucos ele se aproximava da gente, mas recuava com qualquer movimento dos cavalos.

— Sim. – Ana responde sorridente.

— Eu ainda estou na dúvida. – Jolie olha para Kate com sua melhor cara dramática. – Meu coração está dividido entre todos eles. – ela abre os braços e aponta todos os estábulos.

Seu olhar receoso, com medo de escolher apenas um. Kate se aproxima dela.

— Jo, vem aqui. – ela se abaixa, apoiando um joelho no chão, e acolhendo a menina entre suas pernas. – eu sei que você gosta de todos eles, mas tem um que você gosta mais.

Seus olhos pequenos começam a brilhar na direção da Kate. Aos poucos ela sorrir timidamente.

— Você sabe de qual eu estou falando, não sabe? – ela faz que sim com a cabeça. – então diz.

— A Estrelinha. – sua voz sai alta e animada. Kate sorrir e a menina vibra com seus braços para o alto que descem abraçando Kate pelo pescoço.

Eu rio. Jolie era um amor de menina. Era um pouco mais tímida que a irmã, o que a deixava ainda mais doce e delicada. Kate era realmente ótima com as duas. Ela tinha um jeito de falar quando estava com elas. Sorriso ficava mais presente, e mais bonito. Eu gosto de ver esse lado maternal dela.

— Isso, a Estrelinha. – Kate diz e beija as bochechas rosadas da menina.

— Então vai ser a Estrela. Ela é toda sua Jolie. – digo a menina me olha com seu sorriso doce.

— EBAAA! – ela pula mais uma vez. – obrigada tio Castle. – Jolie corre e me abraça apertado.

— E você princesa? – Kate se vira para Ana, que de repente fica encabulada.

Ela se aproxima da Kate devagar.

— Tia Kate, você acha que ele me daria o Xodó? – ela pergunta baixinho, mas eu consigo escutar.

— Porque você não pergunta a ele? – Kate fala na mesmo tonalidade de voz da menina.

Ana me olha com seu olhar relutante.

— Tio Castle, eu posso... – Ana olha para Kate novamente, que balança a cabeça positivamente, para ela seguir em frente. – eu posso escolher o Xodó?

— O Xodó? Por quê? – me abaixo para ficar da altura da menina.

— Porque ele é lindinho e pequenininho.

— Mas um dia ele vai crescer também. E vai ficar do tamanho dos outros.

— Eu sei, mas eu também vou crescer. Podemos crescer juntos. – ela exibe seu maior sorriso, orgulhosa de sua ideia.

— Bom argumento. – rio. – você pode escolher qualquer um. É o Xodó que você quer? – ela assente. – então o Xodó é seu.

— ÊHHH! – a menina vibra e sai correndo em direção ao estabulo do pequeno Xodó. – você é meu Xodozinho. Você é meu para sempre.

Ela desce das grades do estabulo onde estava e vem correndo até mim, me abraçando forte.

— Obrigada tio Castle. Eu te amo.

Fico sem ação. Eu sei o quanto aquelas palavras eram verdadeiras. Eu nem sempre fui agradável com todos eles, inclusive elas, e mesmo assim ela me amava. As crianças tinham mesmo uma pureza de se admirar. Abraço ela de volta. Nesse pouco tempo eu já tinha me apegado a elas também.

***

— Elas amaram os presentes. – Kate diz aceitando minha taça de vinho.

Sento ao seu lado no sofá. Já é noite. Cosmo dormia logo no pé do sofá, onde Kate estava fazendo carinho nele. O tempo começava a ficar frio, então eu liguei a lareira, o que deu um ar romântico ao local. Uma iluminação baixa, um bom vinho e uma musica suave.

— Ana disse que me amava. – digo meio sem jeito. Sorrio e a olho, um sorriso se forma em seus lábios. – eu não soube o que dizer. Sempre gostei de crianças, mas nunca tinha ouvido algo assim de uma delas.

— Foi sincero. Pode acreditar.

— Eu sei... – bebo um gole do meu vinho e me sento mais próximo dela. Acaricio sua mão, que descansava em sua perna. – eu sempre quis ter filho com Gina. Mas ela não podia, e eu acabei deixando isso para lá. – Kate me olha surpresa.

Eu quase nunca falo sobre a Gina com ela. Mas a verdade é que eu me sinto a vontade para falar agora. O que antes parecia constrangedor, ou que ela não fosse gostar, agora parece normal.

— Eu gostaria de ter uma filha para dizer algo assim para mim. – digo pensativo.

Kate me olha. Assustada? Com medo? Não sei dizer. Seu olhar é vazio, mas ao mesmo tempo ela me analisa. Talvez eu a tenha assustado com esse papo de filhos, mas não foi a minha intensão.

— Kate eu não quis... eu só falei por falar.

— Eu sei... – ela abaixa seu olhar e sorrir.

— Sabe?

— Fica tranquilo, Castle. Eu sei quando você está apenas desabafando. – desfaço meu olhar culpado e sorrio. Ela me conhecia muito bem.

Kate roça levemente seu polegar em minha mão. Fico apenas observando nossas mãos juntas. Nossos dedos brincando uns com os outros. Isso tudo parecia irreal há algum tempo atrás. Mas hoje... é só o que eu quero.

Recosto-me no canto do sofá. Segurando sua mão, eu a puxo para mim. Ela deita seu corpo sobre o meu. Nos peitos colados. Descanso minhas mãos em sua cintura fina. Kate roça seu nariz em meu queixo. Subo minhas mãos firmemente por sua costa.

Seus lábios secos encostam em meu queixo. Abaixo meu rosto, querendo um pouco mais desse contato. Kate sabia como provocar. Suas pernas passam sobre as minhas, me prendendo entre elas.

Kate se afasta, ficando sentada sobre mim. Ela joga seus cabelos para trás e sorrir, debruçando-se sobre meu corpo novamente. Passo minhas mãos por suas coxas, levemente malhadas, contornando toda a sua massa glútea e a empurrando contra mim. Ela cola nossas testas e geme, deixando sua boca entreaberta bem próxima a minha. A beijo.

Sento com ela em meus braços. Seu beijo viciante. Sentir seu abraço, seus toques, seus lábios nos meus, era tudo o que eu poderia desejar. Estou completo agora. Kate fecha suas pernas ao meu redor. O beijo ganha vida.

O toque de nossas línguas era selvagem e intenso. Meus lábios buscavam os seus a todo momento. Desço os beijos pelo seu pescoço. Kate joga a cabeça para trás, me dando mais acesso a sua pele macia. Minhas mãos já invadem sua blusa.

Sentir ela em minhas mãos. Tocas sua pele por baixo daquelas roupas. Era como estar finalmente livres, sem barreiras. A deito sobre o sofá, ficando por cima. Suas pernas ainda rodeiam meu corpo. Sua camisa de botões já estava quase totalmente aberta. Toda amassada. A minha não estava diferente.

— Droga... – resmungo quando escuto a campainha.

— Você está esperando alguém? – ela pergunta, com seus olhos assustados.

— Não... eu nem conheço o pessoal daqui.

— Você tem que ir ver quem é, Castle.

— Ou... a gente pode ignorar. – laço meu olhar malicioso e ela revira os olhos.

Kate solta suas pernas de meu corpo e começa a levantar.

— Acho que não é uma boa ideia.

— Ei, ei, calma. Eu vou ver quem é e despachar. E você fica ai. – aponto para ela deitada no sofá, seu sutiã vermelho aparente. – desse jeito. Não se meche.

Eu me levanto e ela rir.

A campainha toca mais uma vez. Grito impaciente que já vai, mas alguém estava mesmo disposto a incomodar. Me aproximo da porta de vidro da sala e vejo um cabelo ruivo. Eu só conheci uma pessoa ruiva nessa cidade.

Me apresso e abro a porta. Vejo ela caminha pela varanda, indo embora. Eu poderia voltar, dizer a Kate que desistiram, mas eu não o fiz. Eu acho e ela se vira para mim.

— Rick. – ela fala séria, mas com um certo alivio na voz. – pensei que estivesse fora.

Arrumo minha camisa e sorrio.

— Não... eu estava só... só conversando com a Kate. Mas... aconteceu alguma coisa? – a encaro preocupado.

O semblante da mulher estava estranho. Ela estava séria, mas força um sorriso.

— Eu preciso conversar com você. – ela diz enquanto arruma o seu casaco de pele sobre os ombros, se protegendo do frio.

— Tem que ser agora? – olho para o meu relógio. Já passam das nove da noite. – já está tarde... a Kate está aqui e...

— Tem que ser agora, Rick. – ela me interrompe.

Mais uma vez o seu tom de voz me assusta. Ela passa por mim e entra em minha casa. Eu a sigo, dizendo qualquer desculpa para que ela espere e não flagre Kate quase sem roupa.

— Tem que ser a sós Rick. – ela diz assim que ver Kate, completamente composta.

Kate me olha tentando entender o que nem eu entendi.

— Meredith você está estranha, o que houve?

A ruiva não fala nada. Vejo Kate pegar sua bolsa e passar por ela.

— Eu vou deixar vocês a sós. – ela diz quando se aproxima de mim.

— Espera, você não...

— Fica tranquilo. – ela sorrir e anda em direção a porta depois de dar um boa noite para Meredith.

Eu a sigo.

— Kate. – ela para no meio da varanda e se vira para mim.

Não falo nada.

Eu a olho pedindo desculpas. Não queria que ela fosse, mas também não me sentia bem em deixar a Meredith daquele jeito.

— Desculpa... – sussurro enquanto me aproximo dele.

— Não precisa se desculpar Castle. Eu entendo. – ela dá um sorriso fraco. – sua amiga precisa de você, vai ficar com ela.

— Não se você for ficar chateada. Essa noite era para ser nossa e...

—E sua amiga apareceu. – ela conclui. – olha eu juro que entendo.

— Kate eu posso conversar com ela, me espera... Você dorme aqui.

— Castle eu não vou mentir que essa mulher aqui me incomoda. Mas ela parece realmente precisar de um amigo. E se você prometer não deixar ela chorar em seu ombro eu não vejo problema. – eu sorrio.

— Pode deixar...

— A gente se ver amanhã?

— Claro que vamos nos ver amanhã. – me aproximo, quase colando nossos corpos. – eu quero te ver todos os dias.

Kate me dá um sorriso que aquece meu coração.

— Eu te ligo assim que ela sair.

— OK. Boa noite. – ela sussurra acabando com a pouco distancia entre nós.

O que era para ser um beijo rápido e simples de boa noite virou um beijo intenso e profundo. Eu não tinha pressa. A única coisa que eu queria era sentir seus beijos e seus toques. Nada nunca foi simples para nós. Não era um beijo que mudaria isso.

Fiquei olhando ela sair antes de entrar. Meredith já estava com cara de tédio quando cheguei a sala.

— Pronto, já estamos a sós. – Me aproximo dela, sentada no sofá.

— Rick eu não queria atrapalhar sua noite, mas eu não posso mais esperar. – ela levanta e me encara. – eu viajei até esse fim de mundo só para falar com você.

Sua voz está embargada.

— Meredith só... fala. Ok?

— Eu fiz um teste para um grande papel meses atrás, e eu consegui. – ela sorrir orgulhosa. – protagonista de um filme que tem tudo para ser um sucesso.

— Poxa, que legal Meredith.

Sorrio, realmente contente por ela. De repente seu rosto está banhado de lagrimas que ela vinha tentando conter.

— O que está te impedindo de ir a diante?

— Eu não sei nem por onde começar... – ela sorrir nervosa, enxugando suas lagrimas.

— Meredith, tudo bem. – me aproximo. – é dinheiro? – falo a primeira coisa que vem a minha cabeça. – porque se for eu posso ajudar... não precisa ter vergonha disso.

— Não tem nada a ver com dinheiro, Rick. Tem a ver com a minha filha. Alexis.

— O que tem ela?

— Eu não posso leva-la. – pela primeira vez essa noite Meredith me olha nos olhos. – é um filme importante. É a chance de a minha carreira decolar de vez, e um filho atrapalha mais do que se pode imaginar. Então eu tomei uma decisão. – ela respira fundo e continua. – está na hora dela conhecer o pai.

— Mas pelo o que você disse deu a entender que o pai não é presente. Ela o conhece? – ela faz que não com a cabeça. – como você pode pensar nisso? Meredith você pode cuidar dela e ser atriz. Isso não é problema.

— Não eu não posso. Não posso cuidar de uma criança que eu nunca cuidei.

— Como assim?

— Alexis é cheia de babá. Eu nunca precisei me dedicar muito a ela. Essa viagem foi o tempo mais longo que passamos juntas, e agora tem esse filme... e essa parece ser a decisão certa.

Ela me olhar firme. É difícil acreditar que todas aquelas coisas eram verdades. Ela é mãe de uma menina linda. Como pode não querer fazer parte da vida da filha?

— E quem é o pai dela, Meredith?

— Você. – ela fala de uma vez – o pai dela é você, Rick!


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Notas finais do capítulo

Castle é mesmo o pai? o.O


NÃO ESQUEÇAM DE ASSISTIR O VIDEO - https://www.youtube.com/watch?v=SHQkL-ZquP4



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