I Can't Love You escrita por Mrscaskett


Capítulo 25
Capítulo 25 - Nada mais nos impede.


Notas iniciais do capítulo

Oláa

Todos ansiosos para saber o que acontece depois do beijo hahaha
Espero que gostem do cap. Esse é o ultimo cap do ano, e é dedicado a todos vocês.

Um feliz ano novo gente, que 2017 seja um ano cheio de paz, saúde e realizações. Vocês foram meus grandes presentes de 2016, e espero continuem sendo em 2017. Obrigada a todos ♥

Uma boa leitura *-*



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— Castle... – meu nome soa diferente em sua boca. Um jeito doce e até provocante que só a Kate consegue.

Lentamente abro os olhos, encarando aquele lindo par de olhos que, agora, mais parecem castanhos do que verdes. Ainda estávamos tão próximos que eu posso sentir a respiração ofegante dela contra a minha pele. Nosso beijo durou incontáveis minutos, e se não fosse a falta de ar de nós dois, não teríamos parado.

Seus lábios levemente desenhados pareciam encaixar-se no meu perfeitamente. Quando eu os toquei tudo parou. Não tinha mais problemas. Não tinha mais distancia. Tinha apenas a entrega. O desejo. O toque.

— O que foi isso? – ela sussurra depois de um tempo, olhando em meus olhos.

O seu corpo colado no meu passa de relaxado para tenso a medida que as palavras saem de sua boca. Acaricio seu rosto com minha mão livre e o seguro firme, me certificando que ela não se afaste de mim. Mas o sorriso tímido em seu rosto me diz que ela não quer isso. Encaro seus lábios e sinto vontade de beija-los novamente. O gosto do seu beijo misturado ao gosto de cerveja me deixava ansioso por mais.

A intensidade do momento me impede de dizer o que eu quero. Seus olhos me esperançosos me encarando. A forma como nossos corpos se encaixavam nesse simples abraço fazia-me sentir completo. Essa era uma sensação que nunca tinha experimentado antes.

— Precisava te ver. – sussurro de volta. O sorriso que rasga o meu rosto responde a pergunta dela. Não precisava mais do que isso.

Aperto-a em meus braços, dessa vez, dando-lhe um abraço de verdade. Escondo meu rosto no vão de seu pescoço e sinto novamente o cheiro doce que vinha dali. Kate tinha um cheiro que me fazia querer prova-la. Seus braços passam por cima de meus ombros e seus dedos acariciam meus cabelos. Leve e sutil. Um carinho que não tinha comparação.

— Também senti saudade. – a leveza de sua voz no meu ouvido faz meu corpo inteiro se arrepiar.

Sinto a pele de seu rosto se curvar em um sorriso. Beijo a pele cheirosa de seu pescoço demoradamente e, contra a minha vontade, ela desfaz o abraço. Seu rosto roça na minha barba por fazer, mas ela não parece se incomodar. Nossos narizes se tocam. De olhos fechados posso sentir seus lábios próximos aos meus novamente.

Na ponta dos pés, Kate cola nossos lábios novamente. O gosto de seu beijo é diferente agora. Um contato novo, mas que ao mesmo tempo já é conhecido. Esse beijo é diferente. Não existe a pressa e a urgência do outro. Era apenas ela em sentindo, e eu sentindo ela.

Sorrio no final do beijo. Ela também. O brilho nos seus olhos era como um reflexo dos meus, eu tenho certeza. Nunca me senti tão feliz como agora. Eu não sabia o que estava acontecendo entre nós e nem o que viria pela frente, e aposto que ela também não, mas eu queria curtir cada momento que tivesse com ela. Queria sentir o quanto isso é real. Que a Kate é real e está aqui para mim.

— Estava indo para a festa? – ela sorrir e olha minha roupa.

— Não. – digo rápido demais. Ela franze o cenho para mim. – bom, sim. Mas eu estava indo mesmo era te ver. – dou os ombros. Ela rir.

— Então você pretendia me dar esse beijo na frente de todo mundo quando chegasse lá? – ela ergue as sobrancelhas para mim agora. Nunca a vi tão linda.

— Na verdade meu plano era te sequestrar para um lugar onde ficássemos a vontade. Mas aqui também foi uma boa escolha. – olho ao redor. Um lugar escuro e não tem ninguém por perto.

— Foi. – ela sussurra me olhando. O sorriso não sai de seu rosto. – e como foi a viagem? – seus braços descem pelos meus em um movimento carinhoso.

— Normal. Mas não queria ficar lá mais tempo que o necessário, então peguei o carro e voltei. Cheguei hoje cedo.

— Sorte a minha. – mesmo no escuro, eu posso ver sua língua presa entre seus dentes. Linda! Minha vontade de beija-la só aumenta. – mas... – ela olha para os lados e ver mais um carro chegando à propriedade para a festa. – acho melhor irmos para a festa. Está animada, você vai gostar.

Eu a olho por alguns segundos e sorrio. Não a nada que eu queira mais do que ficar com ela agora. Seja num lugar só nosso, ou em uma festa cheia de gente estranha.

— Então vamos. – seguro sua mão e a conduzo até a casa movimentada próxima a nós.

Senti falta dos seus dedos entrelaçados nos meus. Das nossas mãos juntas. Do contato intimo que já se tornou comum entre nós.

Assim que nós nos aproximamos da casa e a escuridão já não se fazia presente, solto sua mão, deixando-a livre para qualquer comentaria que possa existir sobre nós. Não por mim, mas por ela. Uma vez ela já me pediu discrição, e eu não posso ignorar isso.

Pela primeira vez essa noite eu podia vê-la no meio da luz. Seu vestido curto me incomoda, mas não posso negar o quanto ela está linda. Diferente da maneira como eu costumo vê-la todos os dias aqui no rancho. Seus cabelos soltos pareciam até maiores. Ela estava simplesmente linda.

Kate me olha e sorrir quando sente minha mão na base da sua coluna. Ela estava bonita demais para eu deixa-la sozinha. Mesmo que discreto, tenho que mostrar que estamos juntos. Entramos na pequena casa e Ryan e Jenny me cumprimenta, minha mão esquerda sempre na base da coluna da morena ao meu lado. Mas não demora muito para que eu tire.

As gêmeas correm até mim, me surpreendendo com um abraço duplo. Fico sem jeito no inicio, mas logo retribuo o carinho das duas. Jolie e Ana eram lindas. Tão loiras quanto a mãe, e a única diferença das duas eram os olho. Ana tinha os olhos claros como os do pai, e os de Jolie eram castanhos claros.

— Você veio, tio Castle. – Ana me olha sorrindo.

— Claro que eu vim. Como perderia?

Olho em volta do local e vejo toda a decoração infantil cor de rosa. Só então percebo que estou em uma festa infantil, e sem presente. Fiquei tão fascinado na possibilidade de encontrar a Kate que me perdi no que interessa também. Eu poderia dizer que traria algo depois, mas o que passou em minha mente foi muito mais que isso.

— Meninas, eu tenho um presente muito especial para vocês. – elas se entreolham e sorriem, e depois me olham curiosas.

— Que presente? – Jolie diz com um sorriso cativante no rosto.

— Bom, eu não sabia bem do que vocês gostavam, e só me veio uma coisa na cabeça. – faço um suspense e grudam seus olhos brilhantes em mim, cheias de expectativa. Olho para Kate ao meu lado que sorrir me olhando com admiração. Volto meu olhar para as meninas e finalmente digo. – vocês sabem, eu tenho muitos cavalos, e não consigo cuidar deles sozinho. Kate me ajuda, mas não vamos dar conta de todos.

— Você vai deixar a gente cuidar dos cavalos também? – Ana pergunta animada, contendo-se para não pular de alegria.

— Melhor. Eu vou dar um cavalo a vocês. – seus olhos se arregalam e suas bocas abrem. Elas não esperavam por isso. Mas diante da expressão das duas eu posso apostar que gostaram.

— Um cavalo? – Jolie pergunta para ter certeza.

— Não. Dois cavalos. Um para cada uma de vocês. – eu nem termino de falar e elas gritam animadas, pulando. Não consigo conter o riso diante da reação delas.

— Sério mesmo, tio Castle?

— Obrigada, obrigada, obrigada. – elas me abraçam novamente, dessa vez mais apertado.

— Vamos contar para todo mundo. – Ana diz animada, já correndo pela casa e sendo seguida pela irmã.

Kate rir da animação das duas e Ryan fica de frente para mim.

— Senhor Castle, não precisa fazer isso. – ele diz sério.

— Não, mas eu quero. Elas são loucas pelos cavalos, e é bom deixar alguém feliz. – sorrio e me aproximo novamente de Kate, colocando minha mão de volta a base de sua coluna. Já estava sentindo falta.

Kate me olha e sorrir. Era como um sorriso de aprovação pelo o que eu acabara de fazer. Sinto-me ainda mais feliz.

— Nesse caso, muito obrigada. – Ryan sorrir e estende a mão para mim.

— Não me agradeça. – aperto sua mão. – fiz com todo o prazer.

— Cervejas? – ele pergunta e nós dois, Kate e eu, assentimos.

Ryan e Jenny saem para buscar as bebidas. Sozinhos novamente, Kate se vira totalmente para mim e me olha de uma forma diferente. Ela nunca me olhou assim antes.

— Eu sabia que você não era aquele turrão que eu conheci quando chegou aqui.

— Mesmo? Eu ainda posso ser turrão, sabia? – tento provoca-la.

— Não, não pode. – ela fala com toda a certeza do mundo. – o que você fez aqui foi maravilhoso. Obrigada.

— O que eu fiz? – sorrio. – eu só dei a ela o que já as pertenciam. – um rapaz nos serve as cervejas, bebo um longo gole sob o olhar de Kate. – eu nunca fui ligado a esse mundo animal, você sabe. É bom saber que, se algum dia eu tiver que ir embora daqui, os cavalos ficarão em boas mãos.

Kate não fala nada, apenas me olha. Mais uma vez eu não consigo entender o seu olhar. Ela parece me observar, mas ao mesmo tempo parece estar longe daqui. Está séria.

— Sem falar que eu não tinha comprado um presente, então eu tinha que bancar o tio legal. – tento descontrai-la, mas ela apenas sorrir antes de dar um gole em sua cerveja. – o que houve?

— Nada. – ela bebe mais um gole da cerveja e desvia seu olhar do meu.

Vamos até um canto da sala, próximo a janela. Encosto-me no batente ali e a trago para perto de mim. Algumas pessoas se aproximam para cumprimenta-la, e ela faz questão de me apresentar cada uma delas. Eram pessoas que moravam nos arredores do rancho e fazendeiros da região que, segundos eles, estavam querendo conhecer o novo dono do rancho.

Entre uma pessoa e outra, eu me pego olhando-a com um sorriso bobo no rosto. Kate me mudou completamente sem que eu percebesse. Um dia ela era apenas uma mulher inconveniente, no outro ela se fazia essencial nos meus dias. Ela me tirou do fundo do poço e me trouxe de volta a vida.

Kate conversa animadamente com um rapaz que parecia ser dono de algum paciente dela. Não faço a menor ideia do que falam, mas estou bem ao seu lado, com uma cerveja não mão e a outra a tocando levemente. Não sei bem porque, mas eu gostava quando as pessoas viam essa nossa nova intimidade. Ficava claro que tínhamos algo, mesmo não assumindo.

Um sorriso se fez vitorioso em meu rosto quando Esposito passou por nós dois e viu minha mão ali, dominando a mulher que ele queria para ele, mas que nunca a teria.

— Kate, será que... – uma mulher morena chega falando com a Kate, mas se cala assim que percebe minha presença.

Kate se vira para a morena ao seu lado e sorrir. A morena me olha e depois volta seu olhar para Kate.

— Lanie esse é Richard Castle. – Kate aponta para mim. – Castle essa é a Lanie, minha amiga e sócia na clínica. – ela aponta para a amiga, que já está estende a mão na minha direção.

— Então você é o escritor da Kate. – ela me analisa do pé a cabeça, e depois dá um sorriso.

— Lanie!! – Kate repreende a amiga. Eu rio.

— Bom, parece que eu sou o escritor da Kate. – me desencosto do batente da janela para falar com a morena divertida a minha frente.

Kate revira os olhos e volta a beber a segunda cerveja desde que chegamos.

— Prazer em te conhecer Lanie. – Aperto firme a mão da morena e depois a solto, voltando a depositar minha mão na coluna de Kate.

— O prazer é todo meu, Richard. – ela nos analisa um momento e depois sorrir.

— Lanie, você falava alguma coisa...

— Ah, sim. Eu ia te perguntar se você se incomodaria se eu saísse com o Esposito qualquer dia. – boa pergunta, essa eu também queria saber. Estou gostando da Lanie.

Olho curioso para Kate, que dá os ombros.

— Porque eu me incomodaria?

— Ah, você sabe... ele tem uma quedinha por você. – Lanie diz, percebendo que falou demais.

Kate me olha de canto, mas finjo que não percebo.

— Lanie eu acho que você e ele fazem um belo par. – digo entrando na conversa e erguendo a cerveja para a morena antes de levar à boca e beber um gole. Ela abre um sorriso.

Internamente eu torço para que ela saia mesmo com o Esposito, se apaixonem e se casem. Qualquer coisa para manter ele longe da Kate.

— Não é? – Lanie diz animada. Kate rir.

— Lanie você pode sair quando quiser com o Espo, sério. Por mim não tem problema algum.

— E eu sei bem porquê. – a morena alfineta e me olha com um sorriso malicioso. Não posso evitar a risada quando vejo a Kate corar. É bom saber que as pessoas estão notando o que está acontecendo entre Kate e eu. – e outra, eu já marquei com ele. No tinha como votar atrás. – Lanie dá os ombros.

— Se você já marcou, porque veio me perguntar?

— Porque você é minha amiga! – ela responde rápido.

Por um tempo eu fico apenas olhando o jeito como elas se interagem. Kate revira os olhos para a resposta da amiga e toma sua cerveja das mãos dela, que logo em seguida cai na gargalhada. Era bom conhecer alguém relacionado a Kate, principalmente a amiga. Elas pareciam se dar tão bem, como se conhecessem a vida inteira. Talvez se conheçam mesmo.

Lanie sai e nos deixa a sós novamente. De longe, observo ela voltar para a roda de conversa que estava antes. Esposito passa o braço pelos seus ombros e eles riem de alguma coisa. Kate me tira desse pequeno transe e começa a me contar como conheceu a Lane, como foram fazer a mesma faculdade e como virara sócias na clínica. O jeito como Kate fala da amiga é fácil notar que ela é louca pela Lanie. Elas parecem ter uma amizade bonita e rara, daquelas que dura uma vida inteira.

Logo começaram a cantar o parabéns. Kate me arrastou para uma mesa no canto da sala com dois pedaços de bolo nas mãos. Nós sentamos lado a lado. Lanie estava em nossa mesa, mas saí para falar com alguém que nem me dei o trabalho de saber quem.

— Castle você está todo melado. – Kate diz rindo assim que termino de comer o bolo.

— É impossível comer um bolo cheio de glacê sem se melar. – eu argumento, mas ela me lança um olhar.

— Eu não estou melada.

— Porque você é uma dama. – digo limpando minha boca com um lencinho. – pronto?

— Não, espera. – ela rir deixando seu bolo de lado e esticando seu braço na minha direção. – aqui no canto... – sua voz é doce e suave, quase um sussurro, enquanto seu polegar passa lentamente no canto da minha boca, tirando um pouco de melado que ainda restava lá.

Assim que ela tira o dedo do meu rosto ela sorrir, levando o dedo direto na boca, limpando seu próprio dedo. Kate parecia não ter notado o quanto aquilo foi sexy e me deixou ainda mais louco para beija-la novamente.

Fico olhando-a com um sorriso bobo no rosto. Ela está tão linda que quase não consigo tirar meus olhos dela. Estamos próximos o bastante para que eu possa sentir seu cheiro de cerejas. Como ela consegue ter cheiro de cerejas?

***

Depois que a maioria dos convidados se vão, Ryan e Esposito começam a cantar. Apenas voz e violão, mas era bom ouvir as músicas deles. Kate, sentada ao meu lado, canta todas as músicas baixinho. As vezes ela me olha e sorrir. Meus olhos ainda estão encantado com a beleza da mulher.

Passo meu braço por cima dos ombros da Kate, enquanto meus dedos acariciam levemente a pele macia de seu braço. Ela em olha e sorrir. Me surpreendendo, ela deposita sua mão na minha perna, acariciando por cima da calça justa, mas é como se eu sentisse seu toque em minha pele.

— Eu acho que já vou. – Kate sussurra em meu ouvido depois de um tempo.

— Já? Porque? – eu não queria que ela fosse. Para mim, a noite estava apenas começando.

— Já está tarde. Lanie já está louca para ir. – ela abre um sorriso. – te vejo amanhã?

— Claro. – falo firme. – eu te acompanho até o carro.

Depois de nos despedir de todo mundo, nós caminhamos juntos para o lado de fora.  O vento frio bate forte contra nós e Kate se encolhe em seus braços. Lanie já nos esperava lá. Kate se aproxima da amiga, que sorrir.

— Pronta?

— Só vou me despedir do Esposito. Já volto. – com o mesmo sorriso travesso ela sai, deixando apenas eu e Kate.

Quase não tinha carros ali fora. Já era tarde, mas ao mesmo tempo cedo. Cedo porque eu não quero que a Kate vá.

— Onde está seu carro? – Kate aponta para a lateral da casa e eu a acompanho até lá.

Está escuro, assim como o local que nos beijamos mais cedo. Me encosto no carro que eu sei que não é seu e a trago para mim. Minhas mãos seguram firme sua cintura enquanto suas mãos brincam com a gola da minha camisa. Kate não me olha e seu corpo está tenso. Ela está nervosa? Sorrio.

Eu também me sinto nervoso. A tempos não fico assim com uma mulher que não a minha. A anos não beijo outra mulher. Mas tudo isso se torna banal quando estou com ela em meus braços.

— Adiante se eu pedir para ficar? – sussurro. Kate dá um leve sorriso e finalmente me olha.

— Eu não deveria ter demorado tanto aqui. Amanhã acordo cedo, eu trabalho Senhor Castle. – ela diz zombando de mim.

— Eu posso te dispensar amanhã. Não sou um patrão exigente. – ela rir. – ou... se você ficar aqui direto, não vai se atrasar para nada.

— Me desculpe, mas... amanhã eu não virei aqui. – ela me lança um olhar.

— Como? O quê? Porque? – minha voz sai mais fina do que eu gostaria.

— Porque eu tenho muito trabalho atrasado na clínica. Agora que o tratamento da Juma acabou eu tenho que tirar o atraso lá.

— Então você não vai mais vir aqui. – concluo.

— Não. Eu não disse isso. – sua voz é suave. – eu só não vou poder vir todos os dias como antes. Mas sempre vou vir.

— Droga, logo agora. – faço minha cara de emburrado e uso tudo o que aprendi com minha mãe nesses anos todos. Eu também daria um ótimo ator.

— Porque “logo agora”?

— Ah, você sabe. Nós dois nos entendendo... eu pensei que tiraria algum proveito da sua presença aqui. – ela rir da maneira como eu falo.

— Posso vir quando quiser. É só me convidar.

— Então já que você não vem até mim, eu vou até você.

— Como assim? – ela franze o cenho.

— Amanhã eu vou pegar o Cosmo. Posso aproveitar e passar para te ver. – ela sorrir e aproxima nossos rostos.

— Eu adoraria. – ela sussurra em meus lábios.

— Agora... – olho ligeiramente para os lados, me certificando que não tem ninguém por aqui. – me beija antes que alguém chegue. – sussurro de volta, mas no segundo seguinte somos atacados por dois pequenos furações.

— Tia Kate, tia Kate. – Ana e Jolie correm em nossa direção.

— E já chegou... – digo num lamento e Kate rir.

Ela se vira para as meninas que param bem a sua frente. Kate tenta sair dos meus braços, mas eu não deixo e a seguro firme. Encosto sua costa em meu peito e a abraço pela cintura.

— O vocês estão fazendo aqui? – Jolie pergunta curiosa olhando para os lados.

— Nós estamos conversando porque a tia Kate já vai. – digo.

— Tio Castle será que podemos escolher os nomes dos nossos cavalos? – Ana pergunta com sua voz doce, fazendo meu coração se derreter por ela.

— Agora? – Kate pergunta.

— É. – as duas loirinhas respondem juntas.

— Claro. – concordo tão animado que até me desencosto do carro.

— Não, Castle. – Kate me olha e fala pausadamente. – Já está tarde, vamos deixar isso para amanhã, certo?

— É, enquanto isso vocês pensam melhor em qual vocês querem. – concordo com a Kate. – amanhã eu quero saber a decisão de vocês.

— Tá bom. Boa noite tia Kate. – Ana se põe na ponta dos pés e faz um biquinho. Kate se abaixa e recebe o beijo estalado da menina. – Boa noite tio Rick. – ela faz o mesmo movimento e me beija.

Jolie copia os passos da irmã e logo as duas saem saltitantes de volta para casa. Kate de volta para mim novamente e eu enlaço sua cintura com meus braços novamente.

— Enfim sós... – ela sussurra em meus lábios.

— Espera, tive uma ideia melhor. – me desencosto do carro novamente e seguro sua mão.

— Castle, aonde você está indo? A Lanie sai já me procurando? – ela reclama enquanto eu a carrego pelo rancho.

— Você está com seu celular? – ela confirma. – então a Lanie liga.

— Castle... – eu paro e me viro para ela.

— Enquanto você discute, nós estamos perdendo tempo.

— E o que vamos fazer no celeiro? – ela olha para as grandes portas se madeira atrás de mim.

— Escutei o Esposito dizer algo sobre deixar os cavalos a noite inteira fora daqui. – Kate sorrir sem entender.

Sem olhar para trás eu destravo a porta do celeiro, e em um movimento quase ensaiado eu puxo Kate para dentro e a encosto contra a porta de madeira velha. Eu a beijo com vontade. Mesmo com as luzes do lugar apagadas, não estava totalmente escuro aqui.

Kate aperta firme seus dedos em meus cabelos. Doloroso e ao mesmo tempo prazeroso. O beijo desejoso ganha vida quando eu seguro firme suas duas pernas e as prendo ao redor do meu corpo, deixando-a totalmente apoiada a mim. Minhas mãos invadem a pele quente por baixo do seu curto tecido, a fazendo gemer em minha boca.

Kate joga a cabeça para trás, batendo-a contra a porta e deixando seu pescoço livre para mim. Beijo sua pele exposta com vontade. Destes. Língua. Lábios. Nada parecia suficiente para suprir minha necessidade de senti-la. Subo seu vestido apertado até a cintura, deixando o caminho livre para que eu possa me encaixar ainda mais nela.

— Cas... – calo sua boca com um beijo intenso e urgente.

Ela sente minha excitação tocando-a e seu corpo inteiro se contorce. Kate desce suas mãos pela minha costa e me puxa em sua direção, querendo me sentir mais perto. Cravo forte meus dedos na pele exposta de sua massa glútea e ela morde meu lábio em resposta. Sorrio.

Ela estava aqui para mim.

Eu a queria.

Ela me queria.

Nada mais nos impedia.

O som irritante do seu celular tocando me impede de rasgar sua calcinha. Separo nossas bocas um pouco e a olho. Seus olhos cheios de desejos me pediam desculpas.


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Notas finais do capítulo

Até o ano que vem hahaha ♥



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