I Can't Love You escrita por Mrscaskett


Capítulo 17
Capítulo 17 - Declaração.


Notas iniciais do capítulo

Oi moreeeeees

saudade?

Bom, eu estava morrendo de saudade de vocês. Quero dizer que vocês já fazem parte do meu dia, da minha vida. Cada vez que meu celular vibrava era um comentário que chegava de vocês. Obrigadaaaaa ♥

Tive um dia de sossego e corri pra cá.

AVISO: O cap de hoje pode deixar vocês de cabelos em pé.

Boa leitura ;*



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A camisa dele ficou enorme em mim. Eu me olho no espelho e rio. Estava ridículo!

Eu sempre ando com uma roupa reserva no carro, para o caso de eu me sujar ou algo do tipo. Mas eu não vim no meu carro. Mas por sorte eu estava com minha bolsa de trabalho. Ela é grande, e eu coloquei uma camisa branca e alguns produtos de higiene intima meus que estavam no meu consultório. Sim, eu sou a maluca que tem sempre uma roupa reserva em todos os lugares.

Visto minha camisa branca e por cima visto a de Castle. A deixo com os botões abertos e dou um nó embaixo. Me olho no espelho e estou menos ridícula. Eu poderia usar só a minha camisa, mas eu gosto de usar a dele. Tem o cheiro dele impregnando no tecido, e com sorte, ficaria em mim também. A calça que ele trouxe serviu direitinho em mim, acho que ela mesmo minha.

Ouço duas batidas na porta e corro para abrir. Mas não sem antes checar que se eu estava mesmo apresentável. Assim que abro vejo Castle parado a minha frente. De cabelos molhados, uma calça escura de montaria, bem parecida com a minha e uma camisa jeans clara aberta, com uma camisa branca por dentro. Ele estava lindo. Encostado no batente da porta me olhando ele sorrir. Céus, esse homem era um pecado. O meu pecado. Eu não sei o que estou fazendo, mas eu não consigo parar.

— Eu disse que ia ficar boa em você. – ele diz tocando o nó que eu dei na camisa dele.

Ele segura o nó forte com suas mãos. Seus braços enrijecem, deixando visível seus músculos. Minha respiração fica pesada quando ele me puxa contra seu corpo. Nossas bocas quase colando. Fecho meus olhos esperando que ele se aproxime.

— Kate? – a voz dele me desperta.

Eu o olho assustada e ele rir.

— Vamos? – ele estende a mão para mim. – estou morrendo de fome.

— Vamos. – seguro a sua mão coma minha e saio do quarto.

Esse pequeno gesto ficou comum entre nós desde ontem. E quem deu esse primeiro passo fui eu. Foi inesperado, até eu me assustei um pouco. Foi tão bom toca-lo, eu não queria soltar sua mão nunca mais. Ele também gostou desse nosso contato, o que me deixava imensamente feliz.

— Vou pedir para Ryan preparar os cavalos para a gente. – ele diz quando eu me sento na mesa.

— Não precisa. Quando eu terminar aqui eu mesma faço isso.

— Não, é rápido. Assim a gente aproveita mais. – ele sorrir e beija meus cabeços.

Jenny montava a mesa do café da manhã. Eu sei que ela não falaria nada, mas o sorriso em seu rosto diz tudo.

— Não rola nada entre a gente. – reviro os olhos e tomo um gole de café.

— Mas eu não falei nada. – ela com o mesmo sorriso.

— Mas pensou. E pensou errado. – ela rir.

— Me diz como não pensar. Vocês estão agindo como um casal.

— Não estamos! Estamos? – ela me olha e ergue as sobrancelhas.

— Mãos dadas, beijo nos cabelos, carinho no braço. – eu nem tinha notado o carinho que ele fez em meu braço antes de sair.

— Mesmo assim, não rola nada entre a gente. Somos amigos.

— Anham, sei. – ela diz e sai.

Castle se aproxima na mesma hora. Com um sorriso no rosto ele senta na minha frente e serve uma xicara de café. Eu fico apenas observando ele. Seus gestos, seu modo de agir, a forma como ele bebe café e ler o jornal ao mesmo tempo, seu jeito de ser, são todos únicos. Tudo nele parece ser fascinante. Eu quase não consigo comer, apenas observando ele. Castle era um homem e tanto.

— A previsão do tempo diz que vai chover hoje. – Jenny se aproxima com mais comida para a mesa. – acho que não é uma boa ideia andar a cavalo hoje.

Castle se inclina e olha para fora pelas grandes janelas da sala. O sol está radiante lá fora. Não parece, nem de longe, que vai chover hoje.

— Acho que só vai chover a noite. – digo. – nós voltamos antes do almoço, certo?

— Pode ser. Eu não conheço nada por aqui, então espero que você me mostre tudo.

— A gente vai até a cachoeira e volta. Outro dia aproveitamos mais. – digo e ele sorrir para mim.

Assim que acabamos de comer nós vamos em direção ao celeiro. Dessa vez Castle não pegou em minha mão, o que me fez ficar um pouco frustrada por dentro. Damos alguns passos e ele se aproxima, passando os braços por meus ombros. Isso me pegou de surpresa. Mais um gesto intimo entre nós. Nossos corpos estavam quase colados. Eu queria acabar de vez com essa distância. Passo meu braço ao redor de sua cintura e ele me olha, com um sorriso enorme de aprovação. Jenny tinha razão. Estávamos agindo como um casal.

Quando chegamos ao celeiro Ryan estava acabando de arrumar os cavalos para nós. Castle vai em todos os estábulos e cumprimenta os cavalos. Era um gesto gentil da parte dele.

— Cadê o Espo? – pergunto me desprendendo um pouco de Castle. Eu não queria isso, mas também não queria que todos pensassem eu realmente existia algo entre nós.

— Foi comprar a madeira para fazermos o novo estabulo para o Xodó. – ele diz dando uma última apertada na cela. – pronto, melhor que isso só se a Kate fizesse.

Eu rio e dou uma tapa em seu braço brincando.

— Obrigada Ryan. – Castle diz e se volta para mim quando ele se vai. – pronta?

—Eu quem deveria perguntar. – me aproximo dele. – pronto para voltar a montar? – ele rir e dá os ombros.

— Bom, se ninguém provocar minha queda novamente, eu acho que me sairei bem.

— Então vamos.

Eu gosto de como ele resolve encarar tudo o que acontece pelo lado positivo. Castle era um homem bonito por dentro e por fora. E eu amo isso nele.

Subo em meu cavalo de uma vez e fico observando Castle subir no dele. Me surpreendendo completamente, ele sobre de primeira. Assim que se ajeita na cela ele me lança um sorriso, e segura firme as rédeas de seu cavalo.

— Bata nele devagar Castle. Não tenha pressa. – ele bate o pé no cavalo, que começa a andar devagar. Eu vou apenas acompanhando seu ritmo.

Nós andamos por toda sua propriedade. Eu fiz questão de mostrar o quanto aqui é lindo. O quanto aqui é bem mais que uma casa bonita rodeada de natureza. Castle admirou a paisagem e sacou o celular do bolso, tirando muitas fotos. Ele mais parecia fotografo do que escritor. Eu fui sua modelo mesmo contra minha vontade.

O que mais me surpreendeu foi o Mike ter gostado do Castle. Mike era o pior cavalo para se montar. Mas com Castle era diferente, ele obedecia cada comando que ele lhe dava. E Castle parecia mais poderoso em cima desse cavalo. E ele exercia todo o poder de meu corpo. Eu não consigo me controlar quando estou ao seu lado. Meu corpo inteiro reage querendo mais um contato com ele.

Após quase três horas cavalgando pela propriedade dele, eu avisto uma casinha caindo aos pedaços. Eu não via essa casa desde que era pequena. Essa era uma casa abandonada no meio do mato, mas eu adorava ir brincar lá. Era minha casa na arvore, só que não estava na arvore. Meu pai costumava rir dos meus conceitos.

O tempo começa a fechar e pequenos trovões ecoam pelo lugar. Eu precisava ir lá antes que a chuva começasse a cair.

— Castle, me segue. – digo batendo o pé no meu cavalo para andar mais rápido.

Olho para trás um segundo e posso ver Castle bem atrás de mim. Cavalgando no mesmo ritmo que eu.

— Onde estamos? – ela desce do cavalo e vem para meu lado.

— Eu vinha sempre aqui quando era pequena. – desvio o olhar da casa um segundo e o vejo, com seus olhos cravados em mim. – Vamos entrar.

A casa está velha. Está abandonada e coberta de folhas secas. Dou os primeiros passos em direção a casa, enterrando meus pés num mar de folhas secas a cada pisada que dou. Quando finalmente chego na pequena escada de apenas cindo degraus, ela range quando coloco meu pé.

— Kate, você tem certeza de que quer entrar aí? Essa casa não parece segura.

— Claro que é segura, vem. Eu já vim milhares de vezes aqui.

Ignoro os pedidos dele para que eu repensasse e termino de subir a escada. Ele gemeu a cada degrau que eu subi, mas eu não ligo nem um pouco para isso. Quando subo na varanda descoberta, meus pensamentos vão direto para minha infância. Quantas vezes eu já não brinquei aqui. Quantas vezes meu pai já não ficou sentado me esperando nessa escada que hoje range com qualquer movimento sobre ela. Incontáveis vezes.

A casa é velha e já não tem mais porta. As janelas estão quebradas e a madeira velha. Entro na casa e vejo que está tudo como eu deixei a mais de dez anos. Exceto pelas folhas secas espalhas pela casa de apenas um cômodo e o teto quase totalmente descoberto. A mesa grande de madeira ainda está aqui, juntamente com os bancos largos feitos sob medida para essa mesa. Meu pai mandou fazer esses dois bancos, um em casa lado da mesa, para que eu pudesse trazer todas as minhas bonecas e fazer um chá da tarde todos os domingos.

— Eu passei a minha infância aqui. – digo, claramente encantada por ter encontrado esse lugar.

— Hm, então aqui era o seu esconderijo? – eu o olho sem entender. – quando você ficava rebelde e fugia de casa, era para cá que você vinha? – eu rio.

— Mais ou menos. Na verdade eu vinha para cá por qualquer motivo. Se eu estava triste ou alegre. Se eu queria fugir ou simplesmente brincar com minhas bonecas enquanto minha mãe arrumava a casa, era para cá que eu vinha. Por qualquer motivo. – penso um pouco e rio sozinha. – todos os dias eu vinha para cá e brincava até anoitecer. Quando estava quase escurecendo, eu sentava naquela escadinha e ficava esperando um dos meus pais virem me buscar. Eles sempre vinham. – enxugo uma lagrima que acabara de cair. – E eu não era tão rebelde quanto você pensa. – Castle rir e eu me sinto bem.

Caminho pelo lugar, completamente fascinada por essa casa ainda está de pé. Vou até a mesa de madeira em perfeito estado e afasto algumas folhas de lá, deixando um bom espaço para eu e Castle sentarmos. Subo no banco de madeira e me sento na mesa, deixando meus dois pés apoiados no banco.

— Sabe, quando meus pais morreram eu vinha para cá todos os dias. Ficava ali, sentada, até anoitecer. Ficava esperando um deles vir me buscar. Mas eles nunca vieram. – meu tom de voz muda. Eu não gosto muito de falar sobre a morte de meus pais, foi um período doloroso para mim.

Ouço os passos deles ecoarem pelo local. Ele se aproxima de mim vagarosamente e, ignorando completamente o espaço ao meu lado, ele afasta minhas pernas e se senta no bando da mesa onde meus pés estavam apoiados. Uma atitude inesperada. Quando me dou conta da situação, vejo Castle sentado entre minhas pernas e me encarando com seus lindos olhos.

Eu acompanhei cada pequeno movimento seu. Suas mãos tocando meu joelho e abrindo eles. Seu olhar preso no meu enquanto se acomodava ali. No seu rosto não tinha nenhuma expressão. É difícil saber porque ele fez isso. Um gesto íntimo e, por incrível que pareça, nada constrangedor entre nós. Suas mãos estavam paradas nas minhas coxas, uma em cada lado, como se aquilo fosse comum entre nós. É como se eu já conhecesse aquelas mãos, mas que não impedisse meu corpo de se arrepiar por inteiro.

Castle me olha de um jeito diferente. O silencio entre nós estava começando a incomodar. Era como se ele começasse a sentir pena de mim pelo o que eu passei. Como se não soubesse o que falar. Eu não gosto que sintam pena de mim. Eu fui forte na pior época da minha vida. Só depois de passar por aquilo tudo foi que eu soube que eu posso passar por qualquer coisa. Nada mais me abala.

— Não gosto que sintam pensa de mim, Castle. – desvio nossos olhares. Eu queria sair dali, mas suas duas mãos seguram firmes minhas coxas, me impedindo de me mover. Eu o olho novamente.

— Eu também não gosto que sintam pena de mim. – sua voz é calma. Seu olhar mais baixo que o meu. Era bom poder olha-lo de cima. Ele fica ainda mais lindo nessa posição. – mas o que você passou foi muito triste, Kate. Ninguém merece perder os pais. Principalmente os dois de uma vez.

— O que você passou também foi triste. Ninguém merece perder a mulher que se ama, mas acontece, né? – minha voz sai dura, e só quando eu falo é que eu percebo isso. Castle abaixa a cabeça e solta um sorriso fraco.

— É. Acontece. – sua voz triste parte o meu coração.

Ele não queria lembrar disso agora, muito menos eu. Mas era inevitável. Isso impedia, me impedia, de fazer muita coisa. De nos jogar no sentimento que temos. Da atração forte que insiste em permanecer entre nós.

Seguro seu rosto com as minhas mãos, o obrigando a olhar para mim. Eu estava mais alta que ele agora, e estávamos perto o bastante para eu ver suas pupilas dilatarem. Seus olhos aguados de lagrimas eram ainda mais lindos.

— Desculpa por tocar nesse assunto. – ele me dá um leve sorriso. Seu rosto se encaixa perfeitamente em minhas mãos. Eu o acaricio devagar, admirando-o. Queria que esse momento durasse para sempre.

— Você é a única pessoa com quem eu consigo falar sobre isso. – ele me pega totalmente desprevenida. Começo a sentir borboletas no estomago. – sabia que ontem foi a primeira noite que eu não tive pesadelos desde que cheguei aqui?

— Não sabia que você tinha pesadelos.

— Não importa mais. Eu descobri a cura, e nós vamos ter que dormir juntos todos os dias. Preciso de uma boa noite de sono. – ele diz com seu jeito divertido de ser e eu rio. Eu gostaria de passar outras noites com ele.

Estávamos tão presos um no olhar no outro, que me assusto quando um trovão ecoa alto pelo lugar. Dou um grito assim que escuto o primeiro barulho, e como impulso, me agarro em Castle. Minhas mãos envolvem seu pescoço com força. Eu tenho pavor a trovões. Meu corpo treme e Castle tenta me acalmar, falando baixinho em meu ouvido que estava tudo bem. Meu rosto completamente perdido no vão de seu pescoço, e suas mãos acariciando minha costa.

Quando finalmente o trovão começa a não me assustar mais, eu me afasto dele. Devagar. Sem pressa. As mãos fortes dele agarram minha cintura. Sua barba arranha meu rosto. Quando nossos corpos estão prestes a se separar de vez, Castle me segura forte contra seu corpo, me puxando em sua direção e me fazendo cair em seu colo.

Uma perna em cada lado dele. Mais próximos que nunca. Meus dedos pesos em seus cabelos. As mãos fortes dele nas minhas coxas. Não tinha como eu fugir daqui. Estava presa entre Castle e a mesa. Mas eu também não queria fugir.

— O que nós estamos fazendo, Castle? – digo soltando minha respiração, que parecia estar presa a mais de uma hora.

Me afasto um pouco dele. O suficiente para olha-lo. Suas pupilas ainda mais dilatadas. Minha mão desce por seu corpo, sentindo o seu peitoral firme subir e descer cada vez mais rápido. Sua mão acariciava minha coxa. Era como se a calça que eu visto fosse fina, eu posso sentir seus dedos em minha pele.

— Eu não sei. – ele admite baixinho. – eu sinto que eu quero ficar com você. Mas ao mesmo tempo que é bom, aprece ser tão errado.

— Eu sei. Eu sinto a mesma coisa. – sussurro olhando para ele.

Meu coração fica cada vez mais apertado. Eu estou prendendo um sentimento louco, que parece ser maior do que eu posso aguentar. Fecho meus olhos e colo nossas testas. Respiro fundo e me permito apenas sentir esse nosso contato. Eu não quero pensar no que fazer. No que é certo ou errado.

— Eu estou completamente apaixonada por você e não consigo entender isso. – admito de uma vez por todas. Isso não é nem de longe somente atração. É algo maior. Bem maior.

Permaneço com meus olhos fechado. Tenho medo de abri-lo e encarar a realidade que me espera. Castle fica calado. Não diz nada. Nenhuma reação. Eu não esperava que ele dissesse alguma coisa, mas confesso que esse silencio está me matando.

Eu me sinto ridícula. Eu não consigo entender meus sentimentos, eu apenas sinto. E eu tinha que dizer isso. Mas me sinto ridícula por ter falado isso tão rápido. Talvez ele não estivesse pronto para ouvir. Agora eu corro o risco de ele querer se afastar de mim novamente. E eu não sei se suportaria isso.

De repente sinto seu dedo tocar meus lábios secos. Crio coragem e finalmente abro meus olhos. Seu toque é tão delicado que, ao mesmo tempo que me acalma, faz meu coração acelerar. Sinto vontade de rir e de chorar. Estou nervosa e meus sentimentos começam a se misturar. Mas eu continuo sem me arrepender de ter dito que estava apaixonada por ele. Mesmo que ele me queira longe, eu fui sincera com nós dois.

— Eu não posso, Kate. Não agora. – ela murmura, e eu sinto o seu hálito bem próximo a mim.

— Eu sei. – ergo meu olhar e fungo, impedindo que uma lagrima caia. – eu só queria entender porque isso tinha que acontecer logo agora. – o encaro de novo e tenho vontade de chorar, mas me controlo.

— Eu também queria entender. – ele sobe suas mãos e caricia meus braços. Seus olhos têm algum tipo imã, e não consigo desgrudar deles. – eu sinto uma vontade louca de te beijar, Kate. Mas isso parece ser tão errado...

Rapidamente ele prende suas mãos em minha cintura, fazendo nossos corpos colarem ainda mais. Meu corpo se arqueia com esse movimento brusco. Minha boca está mais próxima a sua. Isso não ajuda em nada. Porque ele continua fazendo isso comigo? Subo minhas mãos de seu peitoral até seus cabelos, prendendo-os fortes entre meus dedos.

Nossas bocam estavam tão próximas, como hoje pela manhã. Meu coração começa a bater descontroladamente dentro de mim. Aposto que ele consegue sentir também. Castle tem esse poder sobre mim, e eu não posso fazer nada em relação a isso. É grande demais para eu lutar contra. Seus olhos variam entre minha boca e meus olhos. Eu tinha uma sensação de que eu era admirada por ele nesse momento. Uma sensação de que não existe mais nada e nem ninguém no mundo. Apenas nós.

Antes que eu caísse na tentação, e ele também, de nos beijarmos, eu jogo minha cabeça para trás. No mesmo instante eu sinto os dentes finos dele arranharem meu queixo. Aquilo me deixou completamente perdida. Um gemido reprimido sai de dentro de mim. Segurei seus cabelos forte em minhas mãos, querendo que ele nunca parasse. Ele desce arranhando meu pescoço e eu sinto algo a mais. O calor úmido de sua língua contra minha pele. Meu corpo se contrai contra esse toque, que me faz deseja-lo ainda mais.

Desisto de lutar e me entrego as sensações. Deixo ele explorar meu pescoço lentamente, alternando entre beijos, mordidas e lambidas. Era uma sensação maravilhosa. Ele me toca como eu nunca fui tocada antes. E aposto que ele me beijará como eu nunca fui beijada antes. Dedos sobem pela minha coluna até chegarem aos cabelos da minha nuca, os prendendo firmes, me obrigando a encara-lo.

Seus olhos escuros de tanto desejo. Meu corpo querendo que ele me tocasse mais. Nos encaramos por um tempo, deixando essas sensações se dissiparem. Minha respiração quase volta ao normal, mas se descompensa quando ele roça seu nariz no meu. Ele me dá um sorriso lindo. Um sorriso inocente, como se fosse uma criança que acabou de ganhar um doce. Eu queria poder desfazer esse sorriso com um beijo.

— Eu queria te beijar o tempo inteiro, Kate. – ele diz se afastando um pouco para me olhar. – queria beijar cada parte de seu corpo até cansar.

Essas palavras são demais para mim. Saber que ele me deseja como eu o desejo. Saber que o que eu sinto é correspondido por ele. Tudo isso é demais para mim.

— Cas... – eu começo, mas ele me interrompe.

— Mas eu não quero que seja dessa forme. E você também não. – ele coloca uma mecha de meu cabelo atrás da orelha e sorrir. – eu só quero te pedir uma coisa.

— O que? – murmuro. Minha voz quase não saí. Por fora eu aparento estar calma, mas por dentro estou pirando.

— Um tempo. – ele passa as mãos nos meus cabelos e me olha com ternura. – eu só preciso de um tempo para entender tudo isso. Para poder viver o que eu quero viver com você. Você conseguiu fazer com que eu voltasse a ser quem eu era. Você me deu a alegria de viver novamente, Kate. – eu sorrio e concordo com ele.

— Eu acho que nós precisamos de um tempo. Vai ser bom.

— Sim, vai. Mas eu não quero você longe de mim. Ontem foi o pior dia desde que cheguei aqui.

— Sentiu minha falta?

— Você não faz ideia. – ele sorrir e beija meu rosto.

Outro trovão ecoa pelo local, me assustando novamente. Institivamente Castle me protege em seus braços. Eu apenas fecho meus olhos e o abraço ainda mais forte. E com certeza, essa é a melhor sensação de todas. Seus braços fortes me protegendo de qualquer coisa. Eu não me sentia bem assim a muito tempo.

— É melhor irmos. – ele diz quando eu paro de tremer.

— É. – eu sorrio e saio de cima dele. Assim que Castle se levanta ele segura minha mão. Nós saímos e montamos em nossos cavalos. Já estava muito nublado. Com certeza choveria forte.

Quando estamos próximos ao rancho a chuva começa. Ainda é apenas uma chuva fina, mas é o suficiente para nos deixar ensopados. Assim que chegamos ao celeiro a chuva grossa começa. Eu não sei se agradeço por não ter pego a pior parte, ou se lamento por não ter como ir até a casa dele sem nos molhar ainda mais.

Começo a tirar as celas dos cavalos sob o olhar atento de Castle. Eu as guardo e depois devolvo os cavalos para seus estábulos. Ele parecia estar querendo aprender tudo o que eu fazia, e eu acho isso muito fofo da parte dele. Ele começou a se interessar por cavalos por minha causa.

— Vamos? – pergunto quando termino de guardas as celas.

Castle olha para a chuva que caia lá fora e depois me olha. Sem dizer nada ele começa a tirar a sua camisa. Ele espreme ela com força. Tanta força que seus músculos ficam a mostra. Olhando ele normalmente, não se espera que ele tenha tantos músculos assim.

— Acho melhor não. Porque não ficamos e esperamos a chuva passar um pouco? – ele diz estendendo sua camisa em uma das divisórias do estabulo.

Eu não consigo me mover. Ele apenas espremeu a camisa para tirar o excesso de agua e eu achei isso a coisa mais sexy do mundo. E agora ele está sem camisa, sentado em algumas palhas de celeiro que estavam ali.

— Você quer mesmo ficar aqui enquanto sua cama está a alguns medos daqui? – pergunto sorriso, já começando a gostar da ideia.

— Bom, se você ficar comigo, não vejo problemas. – ela já os ombros como quem não quer nada e eu me dou por vencida.

E estende o braço e me oferece a mão. Me aproximo lentamente e sento ao seu lado. Uma distância perfeita para que eu não ouse tocar nele. Castle de camisa já era uma tentação, sem camisa ele é o pecado em pessoa. Mas, ignorando totalmente meus pensamentos e medos, Castle abre seus braços fortes para me acolher e me proteger do vento frio que entrava ali.

Minha roupa molhada não incomodava em nada. Encosto minha cabeça em seu peito e ficamos vendo juntos a chuva cair enquanto conversávamos e riamos de qualquer besteira que viessem a nossa cabeça. Sem complicações para nos afastar. Apenas eu e ele. Nos conhecendo e nos tornando mais próximos.


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Notas finais do capítulo

Não me matem, eu volto.

Não sei quando, mas eu volto ♥



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