I Can't Love You escrita por Mrscaskett


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente!

Eu disse que teria uma fic nova, né? Então aqui está.
Não estava planejando postar hoje, muito menos de madrugada, mas eu estou ansionsaaaaaaa.
Venho escrevendo ela a algum tempo, desenvolvendo da melhor forma possível, então espero que vocês gostem.

É diferente do que eu já escrevi, até porque não escrevi tantas fics assim, mas é boa. Eu amo escrever essa fic, já virou a minha favorita hahaha

Bom, a ideia dessa fic era postar apenas em agosto, mas eu sou extremamente ansiosa, então aqui está. Não vai ser como as outras que eu postava até três capítulos por semana, a média dessa fic vai ser um cap por semana, mas, como estamos no começo e vocês precisam entender bem o que eu quero mostrar com essa fic, eu vou postar o segundo cap ainda essa semana.

Espero que vocês gostem e continuem me acompanhando como fizeram nas minhas outras fics. O apoio de vocês é T-U-D-O ♥

Bom, sem mais delongas, Boa Leitura.



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Quanto mais andava mais a paisagem verde tomava conta da estrada. Era isso que ela queria a algum tempo, e eu ignorei o seu pedido por todos esses anos. Quantas vezes eu fiz planos de comprarmos uma casa assim, com ela enroscada em minhas pernas, com o computador sobre nós e várias abas abertas mostrando casas de campo e fazendas, numa cidade pequena, onde pudéssemos viver sem a loucura que era Nova Iorque. Uma casa mais bonita que a outra, e eu sentia vontade de morar em uma casa assim, apenas não queria deixar minha vida agitada na cidade de Nova Iorque por uma vida calma no campo. Talvez nos fins de semana, mas não pra sempre. Então nós só fazíamos planos, e ficava por isso mesmo.

Agora eu estava indo para minha nova casa, longe da cidade, longe de tudo e de todos. E ela estava ao meu lado, não como eu queria, mas mesmo assim ela estava aqui, e eu iria realizar o sonho dela, nós iriamos mesmo morar no campo. Não era bem a casa de campo que nós queríamos, era um rancho. Mas com algumas reformas, e após eu vender os animais que estavam por lá, eu iria transforma-la em nossa casa dos sonhos. E só depois da reforma Gina ficaria pra sempre naquelas terras.

Lembro-me do exato momento em que eu me apaixonei por ela. Uma jovem loira, com cabelos ondulados até os ombros, toda patricinha, vestida de rosa e delicada. Ela era da minha turma de literatura da faculdade, tão apaixonada por livros quanto eu. Nós passávamos horas e horas apenas lendo, e não me surpreendi quando terminei de escrever meu primeiro livro e vi que a personagem principal era ela. Sua forma, seu jeito, suas manias, seus defeitos, tudo dela estava escrito detalhadamente naquelas linhas, e eu nunca me esqueceria daquele livro. Nunca foi publicado, ele era meu, apenas meu. Não queria que ninguém soubesse das fraquezas dela, que estavam altamente expostas naquele livro. Nossa vida intima estava descrita ali, desde os detalhes mais comuns até os mais íntimos.

Namoramos por três anos até finalmente eu virar um escritor profissional, mesmo sem terminar a faculdade. Gina esteve em cada processo comigo, cresceu comigo e eu cresci com ela. Viveríamos juntos para sempre, pena que o pra sempre, sempre acaba. E o nosso durou pouco, pelo menos como eu planejava, mas o certo era que, mesmo nesse momento, ela ainda era minha, e eu seria inteiramente dela, até o fim. Larguei tudo. Fama, dinheiro, editora, família, amigos, carreira. Não queria saber de mais nada. Vou me dedicar inteiramente a realizar seus sonhos, e o resto é só o resto.

Olho para a pequena caixa no banco da frente do meu carro, preso ao sinto de segurança. Meus olhos ardem, as lágrimas querendo cair, mas me controlo, ela odeia me ver chorar, mesmo que seja por ela. Faço um carinho, como se tivesse fazendo carinho em seus cabelos sedosos, ela simplesmente ama, ou amava, quando eu fazia aquilo. Ela dormia horas em meus braços, apenas sentindo meus dedos afagarem seus cabelos. Minha roupa ainda cheira a cemitério, não dei tempo nem para trocar de roupa, apenas coloquei tudo o que iria precisar no carro e saí, sem dizer para onde ia ninguém. Eu precisava chegar a aquela casa o mais rápido possível, precisava senti-la, precisava ver que ela ainda estava por aqui, que ainda pertencia a mim. E eu esperava que isso funcionasse, porque eu já não sabia o que fazer.

Avisto a casa de longe, estou finalmente chegando. Era um típico rancho de cidade pequena, tinha apenas um celeiro, com uns quatro cavalos de raça pura que vinham junto com a compra. Não tive opção, mas me livraria deles assim que pudesse. Já tinha funcionais no local, cuidavam dos animais, da casa e do terro inteiro, que era muito grande. Pretendia mantê-los por algum tempo, até eu me familiarizar com tudo e manter somente os necessários. A casa principal era linda, totalmente feira de madeira por fora, um gramado tão verde que parecia gramado de filmes, um jardim lindo, que eu farei questão de cuidar, uma varanda grande, e uma piscina natural na frente da casa. As janelas eram todas de vidro, deixando uma iluminação perfeita para casa durante o dia. Tinha três quartos extras, não vou precisar de nem um, mas é bom ter reservas. Tem um escritório, que serviria quando fosse escrever, se é que um dia eu vou voltar a escrever. A sala e a cozinha era conjunta, o que eu achava maravilhoso. A casa já era inteiramente mobiliada, mas eu teria que colocar algumas coisas minhas, nossas, para essa casa finalmente ser minha e dela.

Viro a direita e finalmente entro nas minhas terras. Minha casa de campo improvisada. Meu refúgio de todas as dores que senti. Saio do carro e respiro fundo, sentindo o cheio de mato tomar conta de meu corpo. Eu já começava a sentir ela próximo a mim, seu cheiro era exatamente esse, de grama verde recém molhada, da chuva que molhava a terra... o cheiro dela estava nesse lugar, ela está nesse lugar.

Vejo uma pessoa se aproximar de mim, um homem, moreno e estatura média. Talvez um funcionário da casa, não sei dizer, ainda não conheço nenhum deles. Suas roupas dizem tudo sobre ele, provavelmente daqui, calça jeans largada e uma camisa xadrez. Um típico morador do interior.

— Boa tarde, senhor. Que bom que chegou, estávamos a sua espera. – olho além do cara que está na minha frente e vejo uma pequena movimentação. – Meu nome é Esposito, trabalho aqui há alguns anos, cuido dos animais.

— Richard. – aperto sua mão sem cerimonias, mas meus olhos não despregam da cena atrás dele. – o que está acontecendo aqui, Esposito? Porque essa movimentação toda?

Ele olha para trás e ver o mesmo que eu. No celeiro, apenas alguns metros da casa principal, tem um pequeno amontoado de gente. Um homens, uma mulher e duas crianças. Logo atrás do celeiro tinha uma casa para os funcionários, e um deles era casado e tinha duas filhas pequenas, eu sabia disso quando comprei a casa.

— A égua está parindo, senhor. Todos estão esperando.

— Égua? – olho meio sem acreditar. Eu me meti nisso agora. Richard Castle, escritor famoso, vira fazendeiro. O que eu não fazia pela mulher que eu amo?

— Sim, Senhor. Quer ir lá olhar também?

— Não. Só vou entrar e descansar. Por favor, quando tiver um tempo e aquele showzinho acabar, pode tirar as caixas do meu carro e coloca-las na sala? Eu mesmo vou desembrulhar tudo depois.

— Sim senhor. Farei isso agora mesmo.

Concordo sem falar mais nada, apenas com um aceno com a cabeça, abro a porta do carro e tiro de lá uma pequeno jarro, pesado pelo conteúdo dentro dele, e entro na casa. Tudo era tão vazio e triste. Assim como eu agora. O silencio era perturbador, minha casa nunca foi assim. Sempre foi cheia de vida, cheia de risos e gargalhadas, festas e comemorações. Agora eu não queria mais saber nada disso. Meu amor tinha ido, e não voltaria mais. A única coisa que me restou dela foram as cinzas, guardadas nesse jarro caro, mas eu não chega nem aos pés do valor dela.


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Notas finais do capítulo

Diferente? Ruim? Boa? O que acharam da minha ideia?
Ficaram com dúvidas em alguma coisa? posso esclarecer nos comentários, mas o próximo cap vocês vão entender melhor.

Vejo vocês nos comentários.



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