Harry Potter e... escrita por VSouza


Capítulo 59
Capítulo 12 - No Beco Diagonal


Notas iniciais do capítulo

Olá!
Desculpa o sumiço, sei que não posto tanto, mas ando muito ocupada com faculdade e trabalho.

Queria dedicar esse capítulo às maravilhosas Jace Jane e Lady Winchester que deixaram ótimos comentários no ultimo capítulo.

é isso, estamos quase no fim da fanfic, espero que vocês aproveitem.



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CAPÍTULO 12

Os dias se passaram de forma mais agradável do que Amy achou que passariam. O melhor de tudo: eles tinham um plano, um objetivo. Entrar no cofre de Bellatrix no Gringottes não seria fácil, mas Harry estava tão certo que havia uma horcrux lá que eles não podiam simplesmente desistir. A ajuda do duende fazia o plano ser no mínimo possível, apesar de Gui ter alertado sobre o perigo da promessa feita com Grampo pela espada de Gryffindor.  Eles traçaram jeitos de entrar, jeitos de sair, o que poderia dar errado, simplesmente tudo o que pensaram. A única coisa que faltava eram os ingredientes para a poção polissuco.

Era estranho estar daquele lado da história novamente. Amy teve vontade de sair uma noite escondida e ir até Hogwarts, saber se Snape tinha alguma novidade, mas sabia que não podia fazer isso. Ela não queria admitir, mas sentia falta de estar em Hogwarts na presença de Snape. Era como se fosse um espaço e um momento só deles, onde nem os seguidores de Voldemort ou os membros da Ordem poderiam estar; como estar em algum lugar estratégico dos dois lados, e Amy gostava da sensação.  

—No que está pensando? 

Amy levou um susto. Estava sentada na cama, observando a paisagem noturna da praia pela janela, quando se sobressaltou com a voz de Harry na porta. Era estranho aquele olhar que ele lançava para ela, cheio de desconfiança e mágoa. 

—Nada importante. Aconteceu alguma coisa?

Gui e Fleur já estavam dormindo, assim como Rony.

—Não. Hermione está vendo os últimos detalhes para irmos ao Beco Diagonal amanhã. -ele entrou no quarto, mas ficou de pé, longe dela. 

—Não tenho certeza se isso é uma boa ideia. Os quatro se expondo assim, principalmente você! 

—Estaremos disfarçados, e eu, com a capa de invisibilidade. 

—Mesmo assim. Eles com certeza redobraram a segurança no Beco depois da nossa fuga. 

—Bem, nós vamos arriscar! Não vamos nos separar, ninguém vai querer ficar para trás! E temos que conseguir os ingredientes! Gui e Fleur também estão sendo procurados, não é justo eles se arriscarem e nós não! 

—Eu sei, mas não é questão de justiça! - desde que chegou, sempre que falava alguma coisa para Harry ele ficava na defensiva. Amy achava aquilo aceitável, mas a irritava um pouco - Podemos pensar outra coisa! Talvez… talvez eu consiga entrar em Hogwarts e pegar os ingredientes. Estive andando pelo castelo esse tempo todo….

—Falando com o Snape! Está com saudades de ser uma Comensal? 

Amy parou de falar, olhou para ele e apertou os olhos, respirando fundo e tentando ser paciente. 

—Harry… não distorce as coisas. Eu posso entrar e sair com facilidade do castelo, esse é o ponto! 

—Não, não é esse o ponto! -ele disse com a voz num tom mais raivoso, e Amy percebeu que estava prestes a entrar num momento delicado. Harry queria falar algumas verdades para ela. 

—Ok - ela disse com a voz calma- Qual é o ponto, então?

—O ponto é que você não pode ter feito tudo o que fez, voltar, e achar que tudo será como antes! Que vamos confiar em você, que vamos te dar toda a liberdade para fazer o que quiser! 

—O quer de mim, então? Que eu fique na casa, sem falar e fazer nada? Que eu peça desculpas todo dia ao acordar e antes de ir dormir? Isso não vai acontecer, Harry! 

—Quero que me diga a verdade! Toda ela! Sem esconder nada!

—Eu não menti para vocês! 

—Amy, não! - Harry bateu a porta do quarto. - Não se faça de idiota, não tente contornar as coisas! Você trocou de lado, estava amiga do Snape! E agora quer voltar para o castelo, onde ele está! 

—Isso não tem nada a ver com o Snape, eu só quero conseguir as coisas para a poção polissuco! E se ele me achasse, não me entregaria para Voldemort! 

—Você está tão iludida assim? Acha que Snape não te entregaria! 

—Não, não entregaria! Confio minha vida em Snape!  

Harry arregalou os olhos. Amy sabia o que aquela frase significava. Era o que Dumbledore falava quando era questionado sobre as intenções de Snape, e ambos sabiam qual foi o final daquela história, só que Harry só conhecia parte dela. Mas Amy estava cansada da imagem distorcida de Snape, dele ser colocado como um vilão. Snape era um aliado e depois de tudo o que passou, merecia uma defesa. 

—Como pode falar isso? Você… você estava lá, viu o que ele fez! -Harry perguntou arrasado. 

—Sim! Eu estava! E por isso mesmo Harry… não percebe? Eu sei o que Snape fez, mas mesmo assim confio nele. Dumbledore não escondeu coisas só de Snape! Escondeu da gente também! 

—O que? Amy… eu não estou entendendo. - Harry tinha um sofrimento nos olhos, um tipo de olhar confuso que desarmava ela. 

Amy respirou fundo, apertando os cabelos do couro cabeludo. Não era a hora de contar, eles tinham muito caminho pela frente ainda. Ela se aproximou dele, como não esteve próxima desde que chegou. 

—Antes, quando tudo estava bem e estávamos em Hogwarts… Não tínhamos dúvida do quão importante somos um para o outro, de que um daria a vida pelo outro e… o quanto nos amamos. Não é? 

 -Isso foi antes… 

—Mas isso não mudou! - ela pegou as mãos dele e juntou seus corpos. Foi como se um choque elétrico passasse por eles. Ela sentiu as barreiras de Harry contra ela tremerem. - Harry, eu entendo e aceito você estar bravo, estar magoado… mas você não pode duvidar do que sinto por você. Não pode duvidar de nós dois.   - Ela não se conteve, juntou seus rostos, olhando em seus olhos, passando a mão de forma faminta nos braços e ombros dele. - Harry…

Ela avançou com o lábio e foi como se uma onda do mar lá fora tivesse atingido os dois naquele momento. Suas pernas ficaram bambas e ela achou que ia cair, mas Harry a segurou pelo cintura e a puxou para si, não conseguindo resistir ao desejo e à saudade. 

Aliás, a saudade era algo presente em cada movimento de lábios, cada toque afoito, cada respiração ofegante deles. Ele passava os dedos com força por todo o corpo dela, queria sentir sua pele, seu calor, desesperadamente, e puxou a blusa dela para cima. Amy fez o mesmo com a blusa dele, depois tiraram os próprios sapatos, e caíram na cama. 

O peso dele em cima dela, sua pele diretamente em contato com a sua, fez Amy arfar de prazer. Com um pouco de dificuldade, Harry conseguiu tirar o sutiã e beijou seus seios. Amy arfou e afundou os dedos nos cabelos lisos e negros do menino que, àquela altura, já estavam totalmente bagunçados. Ela o puxou para si, voltando a beijar seus lábios e pescoço, e afastou as coxas, fazendo Harry se encaixar entre elas. 

Era extraordinário estar ali com ele, ao mesmo tempo parecia muito natural, como se pertencessem àquele momento. Amy gemeu quando o sentiu dentro dela e o apertou mais contra seu corpo.Pareceu que os dois ficaram ali a noite toda, mas a noite pareceu passar num piscar de olhos. 

Amy acordou no outro dia deitada de conchinha com Harry, a respiração dele quente contra o seu pescoço, seus corpos nus entrelaçados. Ela desejou poder passar o resto da vida ali. 

Mas a vida bateu na porta poucas horas depois que o sol nasceu. Na verdade Hermione bateu, chamando os dois para irem ao Beco Diagonal, conseguir os últimos ingredientes para a Poção Polissuco. Os dois acordaram assustados. 

—Já vou. - Amy falou com a voz rouca. 

Ela olhou para Harry. Ele estava deitado, os cabelos negros bagunçados, o rosto amassado, mas parecia pleno, quase contente. Os dois se encaram por alguns segundos, até que Amy se aproximou, agarrou um pouco do cabelo selvagem dele e o beijou. Harry passou o braço pela cintura nua dela e acariciou suas costas. Ela sabia que em tudo estava resolvido entre os dois, mas ter aquele momento com ele significava tudo para ela. E para ele. 

Uma hora depois, os quatro estavam prontos para aparatarem para o Beco Diagonal. 

—Tem certeza que não quer que eu vá? - Gui Weasley perguntou. 

Amy apesar de não gostar da ideia ainda, não protestou sobre o perigo que corriam. 

—Temos, Gui. Um grupo tão grande chamaria atenção. 

Os quatro se despediram, de Gui e Fleur, do duende no andar de cima, e aparataram para o Beco. Harry colocou a capa de invisibilidade, Amy mudou seus cabelos para um ruivo médio, Hermione ficou loira e Rony moreno. Ela estava com sua roupa de comensal da morte. Os três estavam bem disfarçados, mas quando começaram a andar pelas ruas vazias do Beco, sentiam alguns olhares sobre eles. Foram até uma loja mais discreta, numa rua menor do Beco. Hermione e Rony entraram na loja para comprar as coisas, enquanto Amy ficava de vigia na porta. Ela sabia que Harry estava por ali também. A rua estava praticamente deserta e Amy estava do outro lado da rua, vigiando, quando olhou para dentro da loja e viu Hermione e Rony conversando com Will, o comensal que a odiava e com quem já tinha brigada tantas vezes na Mansão Malfoy. Amy congelou por um minuto: se entrasse na loja para ver se estava tudo bem, Will a reconheceria e isso poderia colocar todos em perigo. Mas e se não entrasse e seus amigos estivessem precisando de ajuda? Seria muito tarde para agir. 

—Eu lembro dele. - ela ouviu a voz de Harry perto dela. 

—Isso não é bom. 

—Vamos entrar. 

—Não sei se é uma boa ideia.... - antes dela terminar a frase, olhou para dentro da loja e viu Will apontando a varinha para Hermione. A porta da loja se abriu e ela soube que Harry estava entrando e teve que se apressar para acompanhar ele. 

Amy teve que acionar o seu lado Comensal de novo. Will não estava sozinho, estava com uma mulher negra e de pouca simpatia. Olhou para ele, depois para Hermione e Rony, como se acabasse de flagrar algo interessante. 

—Ora, ora, quem nós temos aqui. - os olhos dele brilharam quando a viu. 

—Ótimo. Sempre um desprazer te encontrar, Will. O que faz aqui? Assustando casais de jovens?

—Pergunta melhor é o que você faz aqui, botando a cara nas ruas, Green. Devia estar se escondendo do Senhor das Trevas e seus seguidores depois do que aconteceu na Mansão Malfoy. Ou acha que esse disfarce está o suficiente?

—Não sei o que você sabe sobre a Mansão Malfoy, mas não é a mim que o Lorde das Trevas procura. Potter e os amigos me abandonaram assim que viram que eu ficaria bem, e isso Milorde já sabe. 

—Ah, é mesmo? É uma pena que eu não acredite em você! 

—Quantas vezes vou ter que falar que ela é sua superior, seu inútil? - uma voz baixa saiu de trás das prateleiras. Amy olhou em sua direção e seu estômago apertou levemente. 

Draco estava ali. Vestia a conhecida roupa preta de Comensal e tinha um falso olhar tranquilo. Ela fixou os olhos nele, sem saber por alguns segundos como agir. Ele a estava protegendo novamente, colocando-a como uma Comensal. Poderia facilmente já ter reconhecido Hermione e Rony, mas não falou nada, nem atacou. 

Amy viu os olhares nervosos dos amigos, que também não sabiam se Draco estava ou não da lado deles. 

—Ah, então estão aqui juntos? Pensei que Green tinha te trocado pelo Potter novamente, Draco. 

Draco sorriu levemente. 

—Você está vendo ele aqui? 

—Meu Deus, vocês me enojam. Isso não é uma competição. - Amy olhou para Rony e Hermione, querendo que eles aproveitassem a situação e saíssem da loja. Hermione pareceu captar a deixa da amiga e puxou Rony pela blusa, em direção à porta, mas Will apontou a varinha para os dois assim que se mexeram. 

—Não, não mocinha. Não acabamos ainda. 

—Quem são eles? O que fizeram? -Draco perguntou interessado. Amy sabia que ele estava fingindo não reconhecer Rony e Hermione. 

—Vamos acabar logo com isso. Sabemos quem esses dois são e vocês aparecerem aqui não é mera coincidência.  - Will e a mulher levantaram a varinha, encarando de forma faminta os amigos de Amy. 

Amy olhou para Rony e Hermione, que tinham estampado em seus rostos a verdade de que não sairiam dali sem lutar. O dono da loja olhava apreensivo de um grupo para outro. Amy lançou um último olhar à Draco antes de falar. 

—Ok. Então já percebeu que são quatro contra dois. -Amy levantou a varinha primeiro, depois Draco, Hermione e Rony fizeram o mesmo, assumindo posições de ataque. - Ataque e o azar será todo seu! 

—Seria, mas sei que nem você ou seus amigos irão me matar, Green.

—Ah, é? Eu não estaria tão confiante assim. - Amy respondeu. 

— Se eu morrer, nunca vai saber onde está preso seu irmão. -Will disse. Seus olhos brilharam com a frase. 

Amy apertou a varinha involuntariamente e encarou o comensal, tentando não deixar transparecer nenhuma brecha de que fora atingida com aquele comentário. 

—Está blefando. - Draco disse. Ele se aproximou de Amy, percebendo que ela estava levemente abalada com a fala do homem. 

—Acredite, Will, as últimas pessoas no mundo que você quer ameaçar são meus amigos e meu irmão. É melhor sair por essa porta antes que eu acabe com você. 

—Você se acha muito, né garota? Só porque tinha a proteção dos Malfoys o poder te subiu a cabeça, mas sem isso agora, você não é nada! E seu irmão vai morrer por sua prepotência! -ele disse ferozmente. 

Amy prendeu a respiração e virou a cabeça, olhando mortalmente para o Comensal e sua companheira.

—Amy… -Draco tentou chamar sua atenção, mas o pior que havia dentro dela já estava aflorando. 

Amy foi muita rápida. Acertou a mulher com um sectumsempra e logo se defendeu de um avada kedrava que Will lançou nela. Ele partiu para cima dela e Amy caiu num amontoado de objetos ao seu lado. Ela sentiu uma leve dor no abdômen, mas seu sangue corria tão rápido que quase não percebeu. Quando Draco chegou e chutou Will de cima dela, Amy foi rápida e lançou um avada kedrava direto em seu peito. 

Will caiu para trás. Morto.

Mais dois para a lista, Amy pensou. 

—Isso não era exatamente necessário. - Draco disse olhando a bagunça ao redor, como se reprovasse a bagunça de um cachorro na casa. 

—Meu Deus. - eles ouviram o dono da loja exclamar. Ele não olhava para os corpos caídos no chão, mas sim Harry Potter que tinha acabado de aparecer no meio da loja ao tirar a capa de invisibilidade. Amy olhou para ele, um pouco atônita com o que tinha acabado de fazer. Quando sua visão borrou levemente e pontos pretos começaram a aparecer na sua frente, ela achou que era efeito da adrenalina que tinha acabado de passar, mas quando se levantou rápido demais, sentiu o local que bateu ao cair nos objetos doer e levou a mão até o corpo. Na hora, sentiu o sangue quente e algo pontudo enfiado na lateral do seu corpo. 

—Merda. - a palavra saiu num sussurro contido. 

—O que faremos? - Rony perguntou, apontando a varinha para o dono da loja. Eles ainda não tinham reparado no sangue que começava a encharcar sua roupa. 

—Amy? - a voz de Draco saiu urgente e ele foi até ela. 

Os três olharam em sua direção e foi quando viram o sangue que escorria entre a mão que pressionava a ferida. Harry olhou horrorizado para ela e foi em sua direção, mas Draco chegou primeiro. Amy não planejava cair em seus braços, mas não conseguiu evitar quando o loiro colocou os braços em volta dela. Ele olhou para o ferimento e então para a pele em seu pescoço e pareceu mais preocupado ainda. 

—O que tem na flecha? - Draco perguntou ao dono da loja. 

—Veneno. - ele apenas disse, dando de ombros. 

Os três amigos estavam em volta dela agora, os olhares desesperados, não sabendo o que fazer. 

—Temos que sair daqui! - Hermione disse. 

—Para onde levaremos Amy? - Rony perguntou. 

Amy ia dizer exatamente onde, mas não teve forças. Ela só conseguiu olhar para Draco e depois para Harry, antes de sua visão escurecer e ela desmaiar nos braços dos dois.


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Notas finais do capítulo

Não estou conseguindo dar a mesma tenção para a história, mas espero muito que vocês ainda estejam gostando!

Comentem!

Beijos.



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