Harry Potter e... escrita por VSouza


Capítulo 58
Capítulo 11 - Meias Explicações


Notas iniciais do capítulo

Oiee, desculpa a demora! segue mais um capítulo!!



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CAPÍTULO 11

Amy estava submersa no mar, à deriva. Ela não sentia a falta do ar, então pensou que devia estar sonhando. Tudo parecia inquietamente calmo ao seu redor. A luz que atravessava a superfície da água iluminava um pouco o seu redor. Quando Amy olhou para baixo, curiosa com a escuridão aos seus pés, viu um corpo flutuar, um corpo familiar rodeado por sangue. 

Era Draco. 

Amy se apressou e tentou nadar até ele, mas a seus movimentos pareciam ser inúteis e ela teve que se esforçar imensamente para alcançá-lo. Tentou gritar seu nome e puxá-lo para cima, mas o menino tinha o peso de uma pedra e a puxava para baixo. Ela chorava, desesperada, tentando salvá-lo, quando percebeu a presença de outros corpos: seu pai, Damon, Rony… 

Amy sentiu que finalmente começava a sufocar. Ela não queria largar Draco, mas não conseguia movê-lo. Foi então que sentiu um braço passar por sua barriga e puxá-la pra cima. Amy tentou lutar, tentou segurar Draco e agarrar os outros corpos que estavam ao seus redor, mas a pessoa a puxava para cima, até a superfície. De alguma forma ela sabia que era Snape. Quando emergiram, Amy só conseguiu respirar fundo e olhar para céu que agora estava escuro, negro e cheio de raios, com uma enorme caveira e uma cobra se movendo entre as nuvens.

Amy abriu os olhos de súbito, a imagem da Marca Negra ainda fixa em sua mente. A primeira coisa que percebeu ao acordar foi o cheiro do mar no ar. Ela estava num quarto pequeno, feito de madeira, com uma luz fraca e uma cama de solteiro. Se sentou no colchão e sentiu uma dor aguda na costela. Com cuidado, levantou a blusa e percebeu um enorme hematoma roxo na lateral do corpo. 

Então os últimos acontecimentos voltaram à sua mente e uma ansiedade misturada com medo a atingiu. 

Harry… Rony e Hermione… os três na mansão Malfoy… o que teria acontecido? Amy não lembrava de como tinha saído de lá. 

Ignorando as dores no corpo, ela se levantou da cama e saiu pela porta. Desceu uma pequena escada de madeira às pressas e antes que chegasse ao último degrau, Rony e Hermione apareceram correndo e pararam ao vê-la ali. Os três se encararam por alguns segundos, até Amy se jogar nos braços de Rony, que a segurou e apertou com força. Hermione veio até eles e os três se abraçaram e choramingaram de felicidade. Era extremamente reconfortante estar nos braços deles novamente. 

—Sentimos tanta a sua falta! -Hermione disse com a voz abafada. 

—Eu senti a de vocês! Tanto, tanto! - Amy disse com a voz abafada. 

Amy se afastou levemente para olhar para eles. Os três riram da felicidade daquele encontro. Foi então que percebeu que tinha outras pessoas no cômodo. Gui e Fleur estavam ali, juntos, como um casal, parados na sala observando os três. Eles não pareciam muito felizes com Amy ali. Mas foi a pessoa parada na porta da casa que prendeu os olhos seus olhos. 

Harry tinha os olhos fixos nela, o rosto nada feliz. Eles se encararam por alguns segundos, Amy sentindo seu estômago se revirar brutalmente. Sentiu seu corpo tremer contra o de Rony quando Harry apenas virou as costas e saiu para a praia noturna lá fora. Amy demorou alguns segundos para conseguir atravessar a sala e seguir ele. 

Ela já sentia sua respiração falhando, seu corpo tremendo e as lágrimas se formando enquanto andava pela areia atrás dele. 

—Espera! - ela gritou. Sua voz saiu mais rouca do que gostaria, se perdendo com o som do mar. - Harry! Espera! 

Ela parou de andar. Amy viu o corpo dele tremer também. Se virou, olhou para ela e esperou. O corpo de Amy deu uma tremida violenta de emoção e de medo. Ela o olhou chorosa, percebendo cada detalhe físico nele: o cabelo estava mais longo, a barba sombreava o rosto, além de estar mais alto e mais magro. Também estava mais velho, como se não visse o amigo há dois anos. Os olhos estavam mais sérios e raivosos. 

Foi então que Amy percebeu que não tinha o que falar para ele. Não tinha como se explicar, não tinha como contar tudo o que tinha acontecido… 

—Você me deixou. - ele então disse. A voz estava carregada de mágoa e raiva. 

—Eu sei. - ela admitiu, e dizer essas palavras doeu demais. 

—Você só… foi embora. 

—Eu tive que ir… 

—Porque?- ele perguntou depressa. 

Amy fechou os olhos e deixou uma lágrima escorrer. Não era hora dele saber ainda. Não era justo ela chegar com essa notícia, depois de tantos meses de angústia. 

—Porque? Porque fugiu? -Harry andou com raiva até ela, impaciente pela resposta. Amy não conseguiu olhar em seus olhos, abaixou o olhar para a areia quando respondeu. 

—Eu… Dumbledore. 

Amy viu a confusão no rosto dele. Harry estava a dois passos dela, tão perto… ela conseguia sentir seu cheiro dali, sentir cada célula dela implorando para que avançasse e o abraçasse, o beijasse, o envolvesse e percorresse cada parte do seu corpo, ao mesmo tempo que se sentia angustiada e aflita com aquela conversa. 

—O que quer dizer? -Harry perguntou ansioso. A raiva dele parecia crescer a cada segundo. Amy quase podia vê-la percorrendo cada veia do corpo dele. - Será que, depois de todo esse tempo, de tudo o que fez, você pode olhar pra mim e dizer que merda tinha na cabeça? Você me deve isso, depois de todos esses anos… 

—Dumbledore! Dumbledore me falou uma coisa… ele me pediu algo. - ela disse, soltando todo ar de seus pulmões ao falar. 

—Pediu o que? 

Amy balançou a cabeça negativamente. 

—Não posso dizer. - ela disse. 

—Não pode… essa é sua brilhante explicação?! -ele praticamente gritou. 

—Eu não posso falar Harry… Se você confia em mim….

—Confiar em você? Ta me pedindo confiança? Depois de tudo o que você fez? 

—Eu já disse, Dumbledore me pediu…

—Pediu para que se mudasse para a Mansão Malfoy? Pediu para que fosse amiga do Draco? Pediu para que fosse amiguinha do Snape? 

Amy o olhou surpresa, não conseguindo achar palavras para se explicar. 

—Sim, Amy, a gente sabe! Você esteve andando por Hogwarts esse tempo todo! 

—Não é o que você pensa, ok? Draco me ajudou a não ser morta e torturada! Eles iam me usar como isca para você ou para a Ordem… 

—E porque não usaram? Draco sabia que no momento que eles a capturassem, eu iria correndo atrás de você! 

—Exatamente! Exatamente, Harry! Draco pode não ser a melhor pessoa do mundo, mas assim como todos, ele tem medo de Voldemort! Tem medo desse domínio dele… Draco sabia que eu seria morta se ele não agisse, se ele não convencesse a família dele que eu tinha mudado de lado, que não estava mais com vocês…

—E desde quando Draco se preocupa com você?

—Desde que tentei ajudá-lo ano passado… Tudo aquilo que aconteceu ano passado… nós nos aproximamos. 

Os olhos de Harry brilharam de raiva nesse momento. 

—Se aproximaram? 

—Não… não desse jeito… quero dizer…

Lágrimas brilharam nos olhos dos dois. Amy não queria mentir para Harry, mas não queria que ele entendesse as coisas errado. 

—Eu vi vocês na casa do Lovegood. Você… vocês estavam juntos? - ele perguntou, os olhos cheio de dor. 

—Não. - Amy disse num suspiro, sabendo qual seria a próxima pergunta, o que teria que admitir. 

—Você… você o beijou?

Não precisou a resposta chegar para saber que tinha acontecido. Quando Amy demorou para responder ele já sabia, mas quando fez um pequeno sim com a cabeça, foi como se uma faca tivesse sido enterrada em seu estômago.  

Ele recuou, magoado e enjoado. 

—Harry… - Amy falou, a voz chorosa. Ela sentia que estava prestes a perdê-lo novamente - Não foi planejado, não foi… aconteceu…. Você Sabe Quem estava lá, e ele estava… nós estávamos....

—Foi só uma vez? -Ele perguntou, de costas para ela. 

—Foram… duas. Mas eu o parei. Harry… Harry! - ela foi até ele e segurou seu braço. Ele tentou evitá-la, mas Amy estava convencida a fazer ele ouvir. - Isso não importa! Isso não mudou nada, nada, do que eu sinto por você! 

Harry levou as mãos ao cabelo, tentando não olhar para Amy e respirando fundo. Amy sentia cada parte do seu corpo tremer, mas ficou na frente dele e o aproximou. Era doloroso estar tão perto dele e não poder tocá-lo do jeito que ela queria, não beijar e afundar seu rosto nele. 

—Harry… eu sei que errei. Eu sei que te causei uma dor indescritível… eu fiquei sem chão também, fiquei perdida. Eu sei que devia te dar uma explicação, te dar motivos para voltar a confiar em mim… mas eu não quero mentir para você! Se eu falar alguma coisa agora, não será a verdade, ou será apenas meia verdade. Dumbledore… ele nunca foi totalmente sincero com a gente. Ele pode ter tido boas intenções, mas tem muita coisa que não nos contou. Isso você consegue reconhecer que é verdade, não? 

Harry abriu os olhos e olhou para ela, concordando com a cabeça. Amy expirou aliviada, conseguindo contar a verdade para ele por partes. 

—Sobre Draco… eu imagino o quanto isso te machuca, mas por favor, entenda que foi algo momentâneo, e nada, nada planejado, e totalmente errado. Eu mudei muito nesses meses que se passaram, mas nada mudou em relação ao que sinto por você… eu nunca deixei de estar do seu lado, Rony e Hermione… nunca foi uma mudança de lados, foi apenas… eu sendo fraca e não podendo estar com vocês naquele momento.  

—Eu não entendo Amy… eu não consigo imaginar ou perdoar… você e Draco… Snape… falaram que você sempre estava na sala dele. Você sabe o que ele fez, você estava na Torre naquela noite! 

—Então sabe que eu simplesmente não o perdoaria! Snape me ajudou, me manteve viva também! 

—E agora vocês são amigos? 

—Harry… você sabe que não é simples assim! 

—Então me conta! Me conta o que aconteceu. Me conta o que Dumbledore fez, por que você foi embora…

Amy apenas manteve os olhos baixos. Não podia falar nada para ele, simplesmente não podia. 

—Dobby está morto, sabia? Eu o enterrei ontem a noite. Ele teve coragem de ir até a casa dos Malfoys salvar a todos nós e você não tem coragem de abrir a boca. 

A garota se manteve quieta. Então foi assim que saiu da mansão? Dobby se sacrificou por todos? Harry esperou uma resposta da garota, mas ela nada disse, apenas ficou olhando o mar. Ele desistiu, decepcionado, e começou a andar de volta para a casa. Amy se sentou na areia, vendo ele se afastar. Ela sabia que salvar seu relacionamento com os amigos agora seria difícil. Ela teria que ficar de boca fechada, e ainda tentar convencê-los que ela era a mesma Amy de todos os outros anos. 

Ela olhou para o horizonte, contemplando a imensidão do mar. Estava finalmente livre, reunida com seus amigos. Poderia ver Damon novamente. Se perguntou como estaria Draco na mansão… ele não deve ter ficado nada feliz com a fuga repentina dela, mesmo Amy estando inconsciente na hora. Sabia que não podia mais visitar Hogwarts, pois se um comensal a visse, saberia que estava do lado da Ordem novamente. A vida seria mais complicada do que ela esperava, andando na corda bamba e tentando reconquistar a confiança de todo mundo. 

Amy olhou para a minúscula casa na praia, se levantou e andou em direção à ela, tomando forças para convencer as pessoas dali que ela ainda era digna de confiança.  

Para a sua surpresa, Rony e Hermione aceitaram que Amy não poderia falar nada naquele momento, Hermione sendo mais compreensiva do que Rony. Ela teve que repetir o mesmo discurso que disse à Harry, sem entrar em detalhes sobre o que a fez ir embora. 

—Eu sinto muito, muito mesmo! Mas não posso falar. Saibam que eu nunca mudei de lado, nunca traí vocês, nunca ficaria contra vocês! Tudo o que tive que fazer nesses últimos meses foi para sobreviver, não ser torturada ou usada como isca. 

—Amy, é claro que acreditamos em você! Você me salvou naquela noite em Londres. Esperou os comensais saírem da sala para questionar Lovegood. 

—Onde está Luna? -Amy perguntou. Tinha esquecido que a amiga estava na mansão também. 

—Voltou para casa. Estava ansiosa para ver o pai. -Hermione disse. 

—Justo. 

Harry não falava nada, apenas ficava de canto, olhando de lado para Amy. 

—O que você pode nos contar sobre eles, Amy? O que sabe sobre as atividades de Você Sabe Quem? - Gui Weasley perguntou. 

—Não muito. Eles não conversavam na minha frente, mas sei que estão recrutando cada vez mais pessoas, tentando sequestrar aqueles que são ativos na Ordem para achar Harry. O Lorde das Trevas… bem, ele não anda muito pelo país ultimamente. Eles não sabem o que ele anda fazendo. 

—Gui, suba aqui um instante. O duende. -Fleur apareceu na escada e Gui a acompanhou até em cima. Amy aproveitou a deixa para se aproximar dos amigos. 

—Vocês sabem sobre as Relíquias da Morte, certo? -ele falou com urgência - Foi por isso que ele sequestrou Olivaras, está atrás da Varinhas das Varinhas! Uma varinha que finalmente consiga derrotar Harry, já que ele não pode usar a dele. Sabem disso, não sabem?

—Você acredita, então? Nas Relíquias da Morte? - Harry finalmente pareceu interessado. 

—Não sei o quão verídico é a história, mas tenho quase certeza que ele está atrás disso. Não acho que ele saiba sobre as horcruxes, se não estaria mais presente no país. E falando nisso… conseguiram destruir alguma horcrux com a espada verdadeira? - ela perguntou. 

—Como sabe que estamos com a espada verdadeira? -Harry perguntou. 

Amy abriu e fechou a boca rápido, tentando pensar rapidamente como explicar as coisas sem falar de Snape. 

—Bem… era a minha herança. Descobri onde estava e peguei. 

—Como descobriu? Onde estava? -Rony perguntou. 

—Invadi Hogwarts e perguntei ao quadro de Dumbledore. Estava num lago na Floresta Proibida. 

—Você… invadiu Hogwarts? Como? -Hermione perguntou assombrada. 

—Entrando pela janela do diretor. - Amy de ombros. - Snape não estava na hora. 

—O que aconteceu depois? - Harry perguntou, olhando desconfiado para ela. 

—Eu… não sei. Alguém me atacou um dia na rua e levou a espada. Não lembro de nada, apagaram minha memória. -Amy mentiu. Estava com medo de entregar alguma informação que não fizesse sentido.No entanto, nem Harry e nem Hermione pareciam convencidos. -Destruíram ou não uma horcrux? -ela tentou desviar o assunto dela. 

—Achamos e destruímos o medalhão. Rony destruiu, na verdade. -Hermione disse. 

—Estava no Ministério? Foi por isso que invadiram lá?

—Sim. Com Dolores. -Harry disse. 

—Nossa. - Amy ergueu a sobrancelha. Sua mente voltava a funcionar novamente. - Bellatrix te viu com a espada, certo? 

—Sim. Estava prestes a chamar Você Sabe Quem quando viu a espada e desistiu. Só consegui pensar em falar que ela era falsa. Não entendi porque ela achou que a espada estava no cofre dela. -Hermione disse. 

—Porque estava. A espada falsa, na verdade. Dumbledore garantiu que ela fosse para o cofre da Bellatriz ao invés da verdadeira, já que essa é a única capaz de destruir uma horcrux. Mas porque ela deixou de chamar O Lorde das Trevas por causa da espada? Seria o prêmio da vida dela, entregar Harry ao seu Senhor. 

Amy e Harry trocaram olhares. Era aquele olhar familiar, quando os dois estavam pensando juntos e chegando numa solução. Então Harry fez uma cara de dor e levou a mão à cicatriz. Como fez durante anos, Amy foi até ele e se ajoelhou ao seu lado. 

—O que houve? O que você viu? - ela perguntou alarmada. Rony e Hermione se aproximaram também, aflitos. 

—Ele conseguiu. Achou. - Harry disse com os olhos fechados. 

Amy manteve os olhos nele, enquanto Rony perguntava o que Voldemort tinha conseguido. 

—Onde? Onde estava a Varinha das Varinhas? - Amy perguntou, já sabendo o que o amigo tinha visto. 

—Dumbledore. Foi enterrada com Dumbledore. 

Rony e Hermione prenderam a respiração. Voldemort tinha violado o túmulo de Dumbledore para pegar a Varinha. Isso era perturbador. 

—Precisamos destruir as horcruxes. Quais já foram? - Amy disse tensa. 

O perigo pareceu unir os amigos. Era como se estivessem novamente em Hogwarts, pensando e bolando planos para passarem pelos perigos. Mas o perigo agora era 10 vezes maior. 

—O Diário, o Anel, o Medalhão. Faltam quatro e não temos a mínima ideia do que são ou onde estão. -Hermione disse. 

—Temos ideia de uma, mas não podemos ir atrás dela. -Amy disse. 

—Qual? -Rony perguntou. 

—Nagini. Tenho quase certeza que esse era um palpite de Dumbledore. -Amy se lembrou da conversa que ouviu de Dumbledore e Snape, que a hora certa de contar a verdade a Harry era quando Voldemort prezasse pela vida da sua cobra. - Mas a cobra anda com Você Sabe Quem, ela deve ser a última. 

—O cofre de Bellatrix. Tenho certeza que tem uma lá. -Harry falou sério. 

—O que? Porque? -Hermione perguntou. 

—Vocês viram como ela ficou quando pensou que estivemos no cofre dele. Ia chamar Voldemort mas ficou com medo. Gringotts é o lugar mais seguro do mundo. -Harry. 

—Isso dificulta um pouco pegarmos a horcrux. -Amy levantou a sobrancelha. Não seria uma tarefa fácil. 

—Quem disse que você vem com a gente? -Harry falou de forma grosseira. 

Amy olhou para ele, estreitando os olhos. 

—Quer que eu pegue uma praia enquanto vocês arriscam a vida? -Amy disse incrédula.

—Harry! -Hermione o advertiu. 

—Tudo bem, Hermione. Não vamos discutir isso agora. -Amy disse. Se sentia muito cansada e recém chegada na casa para discutir e argumentar a seu favor. Mas Hermione se colocou de pé e encarou Harry.

—Vamos sim! Harry, se dissemos que confiamos no que Amy disse, então ela vai com a gente para onde formos! Você viu, ela ajudou Rony em Londres e praticamente se jogou debaixo de um lustre para me proteger! Nós tivemos que mentir e omitir para nossas famílias o que estamos fazendo porque era o mais seguro e eram ordens de Dumbledore. Amy só está fazendo o mesmo!

—Hermione…

—Eu concordo, Harry. Vamos votar! -Rony disse se levantando também. A ideia de votar pareceu irritar Harry. 

—Não vai ter votação, Rony! - ele disse bravo e saiu da casa. 

Hermione tentou seguir o amigo, mas Amy falou que era melhor não. 

—Ele precisa de um tempo. Esta magoado. - disse Amy, se sentando na pequena poltrona azul. A casa era modesta, mais muito aconchegante, totalmente diferente da mansão que Amy esteve por meses.

—Bem, e com razão, né, Amy? Não é fácil engolir isso tudo também. -Hermione disse, sendo sincera com a amiga.   

—Eu sei Hermione. Mas olha, eu venho escondendo coisas de vocês desde nosso sexto ano. Você sabe disso, não faça essa cara! Sempre soube. Eu não queria estar nessa posição, ok? Vocês vão saber a verdade, só que não agora! 

—A gente entendeu, a gente entendeu, Amy. Mas acho que o que realmente machuca Harry é a história com o Draco. - Rony disse, levantando os ombros para Amy.- Isso sim é difícil de engolir.  

—Não vamos falar sobre isso, ok? -Amy disse e trouxe os joelho para perto - Me contem o que aconteceu nesses meses. 

Então eles contaram tudo o que aconteceu desde que Amy aparatou e os deixou no casamento. Não que ela não imaginasse, mas foi horrível ouvir o tanto de sofrimento e confusão que gerou nos amigos. Como eles ficaram perdidos e em desvantagem em algumas batalhas. 

Amy não percebeu que estava com sono até Rony e Hermione começarem uma discussão sobre algo mínimo, como sempre, e ela caiu no sono. Amy não lembra se sonhou ou não, mas acordou com alguém a pegando no colo e subindo com ela as escadas. Era Harry, ela sabia pelo cheiro e pelo toque. Amy não abriu os olhos, não demonstrou que tinha acordado, ficou quieta enquanto ele a colocava na cama e puxava os lençóis sobre ela.


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Notas finais do capítulo

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