Harry Potter e... escrita por VSouza


Capítulo 57
Capítulo 10 - O Reencontro


Notas iniciais do capítulo

Ah, olha quem voltou! Eu e o quarteto fantástico! Isso mesmo, Amy reencontrou seus amigos!



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CAPÍTULO 10

As semanas se alongaram e poucas coisas aconteceram em janeiro. Amy não podia agir em relação ao que desconfiava sobre a Varinha das Varinhas. Não podia agir em relação à nada na verdade, apenas esperar que algo acontecesse. Na semana depois que foram à casa de Xenófilo, Amy se encontrou com Snape em Hogwarts e descobriu que o diretor já tinha enviado a espada à Harry, sem ter avisado ela.

Ela ficou furiosa.

Queria ter tido a chance de saber onde os amigos estavam. Isso até fez ela desconfiar um pouco das intenções de Snape, mas percebeu que estava mais brava com ele do que desconfiando da verdade que ele tinha contado.

Ela ia até Hogwarts pelo menos uma vez por semana, saber se Snape tinha novidades dos amigos, e certa noite do começo de Março, os dois até voltaram a treinar Oclumência.

—Você evoluiu bastante. - o diretor disse, depois de não conseguir entrar na mente dela.

—Andei praticando. E feitiços mudos também. - Amy deixou a varinha em cima da mesa e foi buscar um shot de Whisky de Fogo.

Com certeza Damon e seu pai não aprovariam, mas ela tinha incluído o álcool no seu paladar desde o começo do ano. Snape não falava nada, até chegou a tomar um copo com ela numa noite.

Era estranhíssimo como agora ela tinha uma relação tranquila com Snape. Obviamente eles não eram melhores amigos, mas ela tinha uma simpatia muito maior pelo novo diretor agora, até mesmo gostava os momentos que passava em Hogwarts, no escritório dele. Às vezes apenas ficava sentada na sala, lendo um livro, mesmo ele não estando presente. Muitas vezes Snape chegou e Amy estava sentada em sua cadeira, lendo alguma coisa e bebendo algo. Ele sequer se incomodava mais.

Já sua relação com Draco continuou a se suavizar. Os dois conversavam mais, saiam para missões juntos e passavam mais tempos juntos. Amy sabia que no fundo ele ainda nutria um sentimento por ela, mas Amy não quis desenvolver aquilo, nem nele e principalmente nem nela. Ela sentia, sim, uma atração pelo rapaz e um novo carinho e preocupação que nunca pensou que teria pelo sonserino, mas sabia e sentia dentro de si que ainda amava Harry. Era como se uma grande parte dela só estivesse esperando o reencontro com os três amigos.

Apenas uma vez eles tiveram um momento íntimo novamente. Os dois estavam no jardim, lendo um livro, tinham acabado de tomar café da manhã e estavam pegando um sol matinal, quando cochilaram levemente. Enquanto dormiam, Draco envolveu a garota com seu braço. Ela acordou com o movimento. Eles se encararam por alguns segundos, os rostos realmente próximos, ela sentindo a respiração dele em sua pele. Amy voltou a fechar os olhos, admirando os raios do sol contra sua pálpebra, quando sentiu levemente os lábios dele nos dela. Ele não a beijou, apenas deixou o rosto próximo e respirou fundo, respirou ela. Amy se derreteu em seus braços brevemente, se permitindo aproveitar seu cheiro, seu calor, aquele novo Draco que ela conheceu e ajudou a construir…

Mas logo caiu em si e se afastou delicadamente, com um sorriso carinhoso. Ele não reclamou, não ficou triste ou bravo, apenas, a olhou de volta e voltou a fechar os olhos, a dormir. Amy fez o mesmo.

Ela pensava nisso enquanto estava mais uma noite no escritório em Hogwarts. Se acostumou também a sentar na batente da janela e admirar os jardins lá em baixo. Pelo menos era bom ter de volta o conforto e a segurança de estar em Hogwarts. Snape não estava na sala e ela já se sentia faminta. Pensou em voltar para a mansão e comer alguma coisa antes do almoço.

Aparatou normalmente nos jardins da casa. Andou descontraída até a porta e quando a abriu e entrou na salão, parou imediatamente.

Havia mais gente presente fora os Malfoys. Amy primeiro viu Draco, que a olhou com urgência. Depois viu rapidamente uns quatro sequestradores parados no meio da sala. Mas seus olhos se fixaram em Bellatrix e na menina que ela torturava no chão: Hermione.

Foi como se tivesse acabado de levar um injeção de adrenalina ao ver a amiga no chão, com lágrimas nos olhos e o antebraço sangrando.

—Ah! A monstrinha chegou! - Bellatrix comentou alto e voraz.

—O que está fazendo? - Amy perguntou, desafiando a bruxa a falar que estava torturando sua melhor amiga.

—Esperando você, sua traidora!

Um medo descomunal percorreu a espinha dela quando Bellatrix andou em sua direção.

—Foi você, não foi? Foi você quem contou à eles sobre a Espada no meu cofre!

—O que? -Amy perguntou e foi só então que viu a Espada de Gryffindor nas mãos de Lúcio. Numa das noites que esteve em Hogwarts, Snape contou sobre o plano de colocar uma cópia da espada no cofre de Bellatrix, e manter a verdadeira escondida. - Não sei do que você está falando.

—Não minta! -Bellatrix deu um forte tapa no rosto dela. - Você manteve contato com seus amiguinhos durante todo esse tempo!

—Tia, Amy não teve nada a ver com isso! Por favor… -Draco se aproximou implorando, mas Bellatrix o empurrou para longe, depois apontou a varinha para Hermione.

A menina começou a gritar e se retorcer dolorosamente. Os olhos de Amy se encheram de lágrimas e ela correu até a amiga, angustiada com sua dor.

—Para! Eu não sei de nada! Deixa ela! -ela gritou desesperadamente.

Então a mulher apontou a varinha para ela e foi Amy quem gritou e se retorceu de dor, novamente as mil facas no seu corpo. Mas após alguns segundos, ela começou a resistir. Hermione precisava dela.

—Para! Bellatrix, para! -Draco gritou e tentou impedir a tia. Amy ouviu Lúcio e Narcisa advertir o filho.

Bellatrix se livrou de Draco e andou até as duas meninas jogadas no chão, pegando seus rostos com a unha.

—Deixe-a! - Draco gritou e tentou avançar, mas um dos sequestradores o segurou.

—Juro que mato as duas se não falarem! Uma de cada vez.

—Eu já disse. Ela é falsa. -Hermione disse num sussurro.

Amy olhou surpresa para a amiga. Bellatrix estudou as duas, depois se afastou.

—Tragam o duende até aqui!

Pedro Pettigrew se afastou e foi em direção ao porão. Bellatrix se aproximou de Hermione, mas Amy se colocou entre elas, olhando raivosamente para a bruxa. Bella sorriu e agarrou o rosto de Amy com as unhas novamente.

—Mudou de lado uma ova, não é, Green? Continua defendendo sangues ruins e seus amiguinhos traidores de sangue.

—Você não vai encostar um dedo nela. -Amy disse entre os dentes.

Bellatrix riu e levantou a varinha. Amy sentiu a dor de mil facas em seu corpo novamente, mas dessa vez ela passou mais rápido, pois Pettigrew voltava com o duende que estava sendo mantido preso na mansão havia algumas semanas. Amy assistiu em silêncio enquanto Bellatrix  obrigava a criatura avaliar a espada.

—É falsa. - o duende mentiu.

Amy olhou de relance para Hermione, que tinha um ar de aliviada, depois se levantou. Sabia o que aconteceria, se Hermione estava ali, Rony e Harry também estavam, e se Harry estava, logo Voldemort estaria.

—Pois bem. Se é falsa, chamem o Lorde das Trevas. E matem as garotas.

Amy pegou sua varinha ao mesmo que tempo que Draco gritou “não”. Mas não foi só a voz de Draco. De repente, feitiços começaram a voar por todo o salão e Amy viu de relance Rony e Harry correrem do corredor que levava ao porão.

Ela teve que se livrar de um dos sequestradores, enquanto os feitiços voavam, depois se abaixou para ajudar Hermione a se levantar, mas alguém agarrou seu pescoço com o braço e apontou a varinha para sua garganta.

—Parem! Parem se não ela morre! -Bellatrix gritou.

Hermione estava aos seus pés, ferida, não conseguindo se mexer. Amy olhou para todos na sala. Rony e Harry estavam ali, estavam realmente ali, com as varinhas em mãos, olhando assustados para as duas garotas. Draco olhava nervosamente para ela também. Narcisa e Lúcio estavam fora de seu campo de visão.

—Larguem as varinhas ou elas morrem! - Bellatrix repetiu num grito.

Os meninos demoraram dois segundos para largarem as varinhas. Amy sentiu seu estômago se revirar.

—Lúcio. Chame Ele. - Bellatrix disse.

O corpo de Amy tremeu levemente. Voldemort estaria ali em menos de dois minutos. Era o fim de todos.

Os meninos se olharam apreensivos, e a sala ficou silenciosa. Harry fixou seus olhos em Amy, que mantia os olhos nele. Uma onda de sentimentos e emoções parecia passar pelos olhos verdes que ela tanto amava. Foi então que eles ouviram um guincho metálico, como algo sendo rosqueado. Todos na sala procuraram a origem do barulho. Quando Amy olhou para cima, o enorme lustre de vidro já caia na direção delas. Bellatrix largou a menina e se jogou para longe, enquanto Amy se jogou sobre Hermione, protegendo a amiga. Quando o lustre se chocou contra seu corpo Amy gritou ao sentir mais de um osso se quebrar. Sua visão embaçou com a dor. Ela sentiu as mãos de Hermione tentarem amparar a amiga, mas ela nada podia fazer com Amy e o lustre em cima dela.

Amy estava tonta de dor, não teve forças para gritar quando sentiu o lustre ser tirado de cima dela, o que doeu tanto quanto foi atingida.

Ela não teve certeza, mas pensou ter visto Rony ao seu lado. A dor não a deixava entender o que estava acontecendo ao seu redor, ela lutava para tentar não desmaiar, mas a escuridão era mais forte do que ela. Amy ouviu a grito estridente de Bellatrix, depois seu corpo todo reclamou de dor quando sentiu a famosa sucção de aparatar.

Amy pensou ter ouvido o som do mar e sentir o gosto de areia e sangue na boca antes de apagar totalmente.


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Notas finais do capítulo

Me contem o que estão achando, isso me ajuda muito a escrever!

Beijooos



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