Harry Potter e... escrita por VSouza


Capítulo 52
Capítulo 5 - A Verdade Sobre Snape


Notas iniciais do capítulo

Eu estava tão aciosa para esse momento! Snape é o meu personagem preferido de toda a vida, e nesse capítulo a Amy fala um pouco por que. Espero que gostem!



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CAPÍTULO 5

—Duda? - ela perguntou incrédula.

O primo de Harry estava parado com a boca da garrafa quebrada na mão, olhando incrédulo para o cara que tinha acabado de nocautear.

—Porque ele te atacou? Faz parte do grupo daquele homem malvado?

Amy não quis responder. Não sabia como contar à ele que na verdade ela era desse grupo e o cara só estava magoado que ela tinha traído o primo dele.

—Ele… não importa, deixa pra lá. O que faz aqui?

—Eu e os meus pais estamos hospedados numa casa aqui perto. E vocês? Onde está o meu primo? - ele olhou para os lados, esperando que Harry estivesse ali.

—Eu… não estou com ele hoje. Ai! - Amy sentiu algo quente escorrer pelo o rosto. Era sangue. Um dos cacos devia ter atingido ela quando a garrafa quebrou.

—Quer ir até em casa dar um jeito nisso? - Duda perguntou.

Ela estranhou a gentileza do rapaz, então pensou que eles eram o mais próximo de Harry que ela chegava há meses. Era difícil, mas talvez os tios soubessem de alguma coisa… ou talvez ela só estivesse feliz que eles não estavam mortos.

—Seria ótimo. Mas tem que ser rápido e ninguém pode nos ver. - Se Draco ou os comensais vissem eles, os Tios de Harry estariam em perigo.

Amy seguiu o rapaz, atenta a qualquer um que pudesse estar de olho neles. A nova casa dos Dursleys era mais simples que a anterior e ficava dois quarteirões da onde Duda tinha achado Amy. Novamente, ela verificou se ninguém tinha seguido eles.

—Mãe? Pai? -Duda chamou assim que entrou pela porta.

A voz de Petúnia veio da cozinha, mais alta que o jornal da tarde que passava na TV na sala de estar. A casa cheirava à batatas e carne.

—Dudinha, meu amor, trouxe os pães?

—Mãe. Pai. Temos visita. -Duda disse ansioso.

Petúnia apareceu na porta da cozinha ao mesmo tempo que Walter apareceu na porta da sala. Amy estava estranhamente nervosa nessa hora.

—Duda…? Você se machucou? - Petúnia logo perguntou.

—Não, mamãe, eu....

—Ele me salvou, na verdade. E ofereceu ajuda por causa do meu machucado. Não quero incomodar ninguém. - Amy disse com simplicidade.

—Ora essa… - Valter começou, mas a esposa o calou.

—Valter. - Depois olhou para Amy e falou sem muito entusiasmos. - O kit de primeiros socorros está aqui na cozinha.

Amy sorriu delicadamente e foi até a cozinha, sendo seguida por Duda e Valter.

—Pode deixar que eu mesma faço. - Amy disse, pegando o kit das mãos de Petúnia.

Os três ficaram em volta dela, esperando que dissesse alguma coisa.

—E como está o meu primo? - Duda perguntou por fim, dando fim ao desconfortável silêncio.

—Ele está… bem. Está escondido.

—Não voltaram mesmo para Hogwarts esse ano? - Duda parecia bem interessado em descobrir as coisas por Amy.

—Não. Não, tínhamos que resolver uma coisa fora da escola.

—É uma pena que aquele diretor tenha morrido. O novo não pode ajudar vocês? - Duda perguntou.

Amy riu da inocência da pergunta.

—A última coisa que Snape faria seria ajudar a gente.

—Snape? Severo Snape é o diretor agora? - Petúnia disse surpresa.

Amy juntou as sobrancelhas, estranhando a surpresa  e o tom de voz que ela usou.

—Sim. Conhece Snape? -Amy perguntou. Sabia que Harry não era de contar as coisas do mundo bruxo para os tios. Eles sequer tinham interesse nisso.

Petúnia ajeitou a postura, visivelmente lembrando de alguma coisa que não a agradava.

—Nos conhecemos quando crianças. Ele era um menino esquisito. Morávamos perto na infância, ele era o melhor amigo de Lilian.

Os olhos e a boca de Amy se abriram surpresos, depois a dúvida estampou seu rosto.

—Melhores amigos? Desde quando? -ela perguntou incrédula.

—Desde antes de Hogwarts. Foi Snape quem contou à minha irmã que ela era uma deles. Os dois eram inseparáveis até os primeiros anos de escola.

—O que aconteceu? - Amy perguntou urgente, fazendo até Petúnia gaguejar aos responder.

—Eles… eles… não sei. Pelo o que me lembro, minha irmã ficava magoada com os amigos de Snape e a proximidade dele com as Artes das Trevas. Além disso, Snape tinha problemas com James. Na minha opinião, não passava de ciúmes e inveja. Eu não duvidei que ele nutria um certo sentimento por minha irmã.

Amy riu de nervoso, bagunçando o curto cabelo de agora e olhando incrédula para os lados. Snape e Lílian eram amigos de infância? Petúnia até achava que ele gostava dela?

—Mas… ele contou a Profecia à Voldemort. Ele fez O Lorde das Trevas ir atrás dos pais de Harry. -ela disse mais para si mesma do que para os outros, mas Petúnia exclamou um “o que?!” mesmo assim.

Amy se lembrou da conversa que teve com Harry, depois que os Comensais tinham invadido Hogwarts. Harry explicou com mais calma exatamente o que tinha conversado com Dumbledore, e como o diretor disse que Snape ouviu apenas a primeira metade da Profecia. “Snape se arrepende profundamente do que fez”, Dumbledore disse uma vez. Todos duvidavam que Snape tinha se arrependido ao que fizera com James, mas não era pelo Pai de Harry que ele tinha se arrependido, e sim por Lílian? Afinal, ele teve um motivo para trocar de lado?!

—O que mais pode me contar sobre Snape, Petúnia? Qualquer coisa, mesmo que pareça irrelevante!

—Nada, eu disse, conheci superficialmente o rapaz. Sabia que ele e minha irmã eram próximo apenas e que depois desfizeram a amizade. - ela disse

O corpo todo de Amy formigou com a informação.

—Você só pode estar brincando. -Amy disse por fim, não conseguindo acreditar naquilo.

—O que? Porque? O que isso tem de importante?- Duda perguntou ansioso.

—Eu preciso ir. - Amy disse, colocando o algodão que usou para limpar o rosto em cima do kit.

—Mas… - Duda ia protestar, mas Amy já saia em direção à porta.

Apenas saiu da casa apressada, colocando a varinha no bolso. Aquilo era demais para aquela história toda, parecia até uma piada de mal gosto. Snape amigo e gostando de Lily? Seria mesmo possível? Novamente, tudo o que ela sabia sobre Snape pareceu virar de cabeça para baixo. A garota estava tão imersa em seus pensamentos que demorou para perceber que Draco Malfoy estava parado uns cinco metros à sua frente, os braços cruzados e os olhos atentos nela.

—O que está fazendo? -ele perguntou sério.

Amy tentou não parecer nervosa.

—Fui atacada. Um fã do Harry, ou sei lá o que, não gostou muito da minha traição. Um trouxa quebrou a garrafa na cabeça dele e me ajudou com o curativo. Sem suspeitas aqui. - ela disse séria.

Draco a estudou com o olhar, depois se aproximou dela.

—Eu sei quem são eles, Amy. -ele disse. Amy sentiu um gelado na espinha.

—Como assim?

—Sei que são a família do Potter.

Amy sacou a varinha nas vestes.

—Você não vai fazer nada com eles, Malfoy! Eles não tem notícias do Harry há mais tempo que eu, não pode usá-los como isca! -ela disse perigosamente.

Draco olhou para a varinha na mão dela, depois se aproximou mais, fixando os olhos no dela.

—Se eu quisesse uma isca para atrair o Potter, eu teria usado você, Green, e não salvado sua estúpida vida! Até quando vai fingir que eu sou o vilão aqui? -ele disse revoltado, cuspindo as palavras.

Amy juntou as sobrancelhas, olhando incrédula para ele, depois soltou um riso sarcástico.

—Você não é o vilão... eu... eu não te entendo, o que você esperava Malfoy? Que ficássemos amigos? Que ficássemos até de noite no seu quarto contando as coisas um pro outro? Que confiasse minha vida cegamente à você? 

—Eu te salvei…

—Me salvou da sua família, eu entendi! Estou muito segura com a merda de um rastreador e morando com Comensais da morte!

—Você nunca vai me perdoar pelo o que fiz ano passado, eu entendo…

—Ano passado? Só ano passado? E o que o meu perdão importa pra você? De que adianta agora? Você acha que você mudou? Que é o herói agora? Pois saiba que pra mim continua o mesmo garoto mimado e covarde, que nasceu no meio do covil do Lorde das Trevas, compartilha seus ideais, porém não tem coragem de terminar uma missão!

—Queria que eu tivesse matado Dumbledore?

—Queria que tivesse confiado em mim, e não me traído!

—O que, seu perdão não pode importar pra mim o mesmo que minha traição importa pra você? Se é tão convicta do tipo de pessoa que eu sou, porque se surpreender tanto que eu agi daquele jeito?

—Porque eu acreditava que você podia ser diferente!

—E eu posso! Eu posso! Só que você não quer ver isso! Está ocupada demais se lamentando por ter deixado o Potter e reclamando por ter sido salva por um comensal! -ele disse, elevando a voz.

—Não é isso! - ela gritou!

Alguns trouxas paravam na rua para ver o que parecia ser uma briga de um casal de adolescentes, mas nada poderia distrair os dois daquela conversa.

—Então o que é?

—Não importa! Você não sabe nada de mim, nada dos meus motivos! E não, eu não acredito que você tenha mudado do nada e por nada, tão derrepente!

—Não foi por nada! Foi por você! E se quer saber, não está valendo a pena! Devia ter deixado que te matassem, pra você aproveitar o tempo com os seus pais!

Amy deu um passo para trás com a última frase. Draco percebeu que as palavras a tinham machucado pelos olhos dela.

—Eu não quis… Amy...- ele começou a dizer, mas Amy levantou a mão, pedindo que parasse, e por falta das palavras, apenas desaparatou dali.

Draco respirou fundo, tentando evitar que uma irritante lágrima caísse, totalmente arrependido de suas palavras, então aparatou também. Quando surgiu no jardim da sua casa, Amy não estava à vista. Teria corrido para dentro? Ou aparatado direto dentro da casa? Draco pensou em procurá-la e pedir desculpas, mas sabia que não teria nenhuma conversa saudável com ela agora. Mal sabia ele que Amy tinha aparatado bem longe dali, atrás de respostas. 

 


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Notas finais do capítulo

Aaah, o que acharam? Me falem!!!



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