Harry Potter e... escrita por VSouza


Capítulo 50
Capítulo 3 - Na Mansão Malfoy


Notas iniciais do capítulo

Olá, estou de volta!!! Desculpa a demora, mas ta ai mais um capítulo!! Ta acabando em pessoal, força!



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CAPÍTULO 3

Já era 25 de Setembro, havia mais de vinte dias que tinha encontrado os Comensais naquele beco. Assim que saiu de lá, pegou suas coisas no hotel, aparatou para bem longe dali e achou um apartamento afastado do centro de Londres. Passava pela rua quando viu um casal de trouxas embarcando num táxi para uma viagem de um mês para fora do país. Amy achou que, se eles nunca soubessem que ela tinha invadido o apartamento deles, não se importariam. Apesar de conseguir acompanhar algumas coisas pelo jornal trouxa na televisão, ela precisou ir ao Beco Diagonal umas três vezes para apanhar um Profeta Diário recente e ver como estava tudo. Ninguém mais tinha visto Harry, Rony ou Hermione depois da invasão ao Ministério. Ninguém da Ordem estava preso ou morto, porém muitos bruxos e trouxas continuavam desaparecendo e sendo mortos.

Ela finalmente tinha conseguido roubar de uma bruxa distraída um exemplar da biografia de Dumbledore. Tinha prometido que não leria aquele livro, mas o encontro com Malfoy mexeu com ela mais do que gostava de admitir. Se surpreendeu com o quão magoada estava com o rapaz, deveria simplesmente sentir raiva, muita raiva por tudo o que ele tinha feito, por tudo o que ele era e todas as consequências de seus atos no passado, mas não foi só isso que sentiu. Ele não ter confiado nela, quase que traído o sentimento de proteção que teve por ele, a magoou demais, em níveis que ela não queria admitir. E tudo seria bem mais fácil se ele continuasse a agir como um idiota egoísta que sempre foi, mas não foi o que ele fez naquele beco. Não foi o que fez quando a salvou de cair da escada em Hogwarts quando os Comensais invadiram o castelo. Amy não queria pensar que ele estava arrependido, que tinha mudado um mínimo possível. Era bem mais fácil odiar Draco.

Foi aí que a biografia de Dumbledore entrou. Ela precisava de algo para distrair sua cabeça. Pensar em Harry, Rony e Hermione a destruía, pensar em Draco a magoava e frustrava, ela já não sabia o que mais pensar das horcruxes, então a vida de Dumbledore foi sua escapatória.

Amy tentou acreditar que tudo que estava escrito ali era uma mentira: sobre a vida dele e a família em Godric’s Hollow, sobre o desfecho de seus pais e irmão, mas acima de tudo, não quis acreditar na sua relação com o famoso bruxo das trevas Grindelwald. Parecia absurdo demais, errado demais, mas depois da conversa que ouviu no casamento, sobre o passado de Dumbledore, estava cada vez mais difícil de acreditar que realmente conhecia o diretor. Ela se sentia tão chateada e desiludida ao ler tudo aquilo que queimou o livro depois de acabar o capítulo sobre Grindelwald.

Tudo isso só aumentava seu sentimento de solidão e perda. Passou noites chorando, tentando manter a calma e pensar estrategicamente, mas tudo o que conseguia fazer era sentir um vazio enorme dentro de si. Sabia que ter deixado os amigos foi um erro terrível, mas também não se via acompanhando Harry, Rony e Hermione nesse tempo de crise. Não se sentia pertencente à nenhum lugar e isso lhe doía demais.

Uma semana depois ela teve que sair do apartamento dos trouxas e procurar outro lugar, dessa vez numa pequena cidade menos urbana, perto da Floresta do Deão. Ali ela sentia que tinha mais liberdade de sair para as ruas e não ser facilmente reconhecida. Não era uma região com muitos bruxos, o que era bom para se manter mais anônima. Certa manhã, no primeiro dia de Outubro, Amy estava numa padaria, pegando algumas coisas para comer. Continuava não pagando os produtos e enfeitiçando as pessoas sem sentir culpa; sabia que era algo necessário para se manter viva e que não iria interferir muito na vida dos comerciantes. Enquanto pegava comida nas prateleiras, olhou para fora despropositadamente e deixou a cesta com as compras cair, incrédula com o que viu. Seu pai estava do outro lado da rua, com uma mochila nas costas, andando e observando se ninguém o seguia.

Após uns segundos paralisada, Amy saiu da padaria e correu em sua direção, mas parou logo em seguida. Não podia falar com ele. Qualquer um dos dois poderia estar sendo vigiado, era muito arriscado e, além disso, como se explicaria para ele? Como perguntaria das novidades da Ordem sem entregar que tinha abandonado os amigos, sem revelar os motivos que tinha feito o que fez?

Mas o que seu pai estaria fazendo tão longe de casa? Seria algum trabalho para a Ordem?

Ela continuou a andar em sua direção, mais discretamente, decidida a saber o que o pai estava fazendo ali. Ele foi para um lado mais afastado da cidade, até que entrou na floresta. Amy sabia que seria mais difícil segui-lo ali, por isso colocou um feitiço silenciador para não fazer barulho nas folhas e aumentou a distância entre os dois. A curiosidade crescia junto com a saudade, mas ela mantinha em sua cabeça que precisava ficar distante e não se revelar, apesar de querer muito falar com o pai. A barba estava mais longa e ela conseguia ver os olheiras mesmo de longe. O que ela mais estranhou foi aquela mochila; não era algo que ele carregaria por aí, pessoalmente.

O seguiu por cerca de uns 10 minutos, até que o perdeu de vista. Parou para tentar ouvir seus passos, mas nada. Seguiu caminho por uns dois minutos, tentando captar algum sinal dele, quando ouviu alguém se aproximar por trás e logo sacou a varinha, virando-se.

Os dois deram de cara, ele muito surpreso ao ver a filha ali.

—Amy… - sussurrou perplexo.

Ela tentou não expressar a felicidade e o alívio ao falar com ele. Sabia que seria mais difícil se despedir se assim fizesse.

—Perdão. Não queria te assustar. -ela disse por fim.

Ele caminhou até ela e lhe deu um forte abraço. Ela não retribuiu, apesar de querer muito.

—Por onde andou todo esse tempo? O que aconteceu? O que está fazendo? Porque deixou seus amigos? -ele perguntou ansiosamente, segurando-a pelos ombros.

—Pai... eu...

Ela não terminou de falar pois em um segundo os dois estavam cercados por Comensais da Morte que ela não soube da onde vieram. Pai e filha pegaram as varinhas, surpresos e atentos. Ela reconheceu uma das comensais que havia invadido Hogwarts na noite em que Dumbledore morreu.

—Ora, ora, estávamos caçando o pai e de quebra também achamos a filha. - a Comensal disse sorrindo, depois se virou para os dois rapazes mais novos à sua direita. - Chamem os Malfoys, eles devem ter interesse nessa daí.

Os rapazes concordaram e desaparataram no mesmo instante. Amy apertou a varinha na mão. Lúcio tinha interesse em achar Amy? Ou seria Draco? Por alguma razão, a chegada de Draco ali parecia ser algo bom para ela.

—Foi essa que matou James em Hogwarts. Quero minha vingança, Arya! -disse uma mulher loira, atrás dela. A garota demorou para raciocinar que ela se referia ao Comensal que Amy matou no começo do ano, para salvar o irmão.

—Fique longe dela. -Theo disse bravo.

Os comensais riram. A mão de Amy suava com o nervosismo de pensar em entrar em combate junto com o pai com os quatro comensais que os cercavam

—Tocante. - a mulher sorriu e apontou a varinha para Amy, que caiu para trás gritando.

Ela reconhecia a dor da Maldição Cruciatus. Era tão intensa que quase esqueceu o contexto em que estava, e pareceu durar anos até que finalmente parou.

Quando conseguiu pensar novamente, o cenário já estava um caos. Os gritos de raiva de seu pai foram a primeira coisa que conseguiu raciocinar. Ele duelava com dois comensais à sua frente. Amy não teve muito tempo para se recompor; a mulher loira que queria vingança pelo tal James vinha triunfante em sua direção, a varinha em mãos e um sorriso no rosto. A adrenalina encheu o corpo da garota; ela pegou sua varinha no chão e lançou um sectumsempra na mulher, que conseguiu se defender. Amy se levantou e as duas duelaram, e em três movimentos Amy a atingiu com um expelliarmus. Antes que pudesse se voltar para onde seu pai estava, foi empurrada contra uma árvore por um comensal que imobilizou sua varinha. Os dois começaram  uma luta corporal, quando Amy ouviu o som de pessoas aparatando à sua esquerda. O  que realmente chamou sua atenção aconteceu segundos depois. Ela ouviu a mulher gritar “não!” e em seguida, uma luz verde refletiu pela floresta e o som de algo batendo nas folhas ecoou. Os olhos de Amy foram imediatamente atraídos para lá e ela parou de lutar na mesma hora.

Todo o resto do mundo pareceu ficar em silêncio e um forte zumbido ecoou em seu ouvido. Ela tentou respirar, mas o ar se negou a encher seus pulmões. A comensal estava de pé, a varinha apontada para o pai dela que estava no chão, imóvel, os olhos abertos e distantes.

—NÃO! - o grito saiu rasgando sua garganta e ela conseguiu sair das mãos do comensal e correr até onde seu pai estava caído. -PAAAAAIII! NÃOOO!! NÃO! 

Amy caiu de joelhos ao seu lado, agarrando seus ombros, mas ele não reagiu. Estava morto.

—PAIII!!! -ela gritou desesperada, sacudindo-o desesperadamente, enquanto suas lágrimas molhavam o rosto dele.

E do nada foi fortemente atingida nas costas por um feitiço que a lançou quatro metros para frente. Ela gritou, chorou e seu corpo tremeu violentamente ao sentir sua mão quebrar ao cair em cima dela, e sequer viu onde sua varinha caiu. Ao olhar para onde estavam todos, percebeu que havia mais gente agora, mas não soube dizer quem. Outro comensal andava triunfante em sua direção.

Ela não soube da onde tirou forças e fôlego para se levantar e correr, apenas o fez.

 

Draco olhou a cena incrédulo. Ele, sua mãe e os dois comensais que tinham ido à sua mansão avisar que tinham achado Theo e Amy Green na Floresta do Deão aparataram no meio das árvores e nos segundos seguintes uma luz verde brilhou e Amy estava gritando e correndo em direção ao pai, esticado e morto no chão. Em seguida, outro comensal a lançou para longe com um feitiço e foi em sua direção. Isso o tirou do estado de incredulidade.

—Não toque nela! - gritou autoritário de repente.

O homem parou no meio do caminho, olhando feio para ele, enquanto Amy se levantou aos tropeços e correu para dentro da floresta. Draco deu dois passos antes de sua mãe o segurar pelo braço, meio estupefata.

—O que pensa que está… -ela começou a falar mas ele não lhe deu chances de terminar a frase, saiu correndo atrás da garota. Os outros comensais ficaram ali, esperando instruções de Narcisa, que olhava preocupada para onde o filho tinha corrido.

Draco correu pela mata, não tirando os olhos de Amy que corria desajeitadamente à sua frente.

—Amy! Amy! - ele chamava, mas ela só corria com mais velocidade.

Quando por fim a alcançou tentou segurar seus braços por trás.

—Não! -ela gritou dolorosamente, contorcendo seu corpo e conseguindo escapar dele.

Ela continuou a correr para uma descida que havia à sua frente. Draco se apressou, mas quando a alcançou novamente, a superfície íngreme fez com que eles perdessem o equilíbrio e rolassem pela terra, até a beira de um riacho logo abaixo. Eles nem perceberam a água fria ou a dor da queda. Amy tentava se livrar dele enquanto gritava e chorava, mas ela não tinha mais forças e sentia a dor da mão quebrada. Em segundos ele conseguiu mobilizar seus braços acima da cabeça dela, ela deitada de costas nas pedras do rio e ele quase deitado em cima dela.

—Eu não vou te machucar! - ele disse tentando acalmá-la, enquanto ela tentava inutilmente lutar - Amy, para!

—NÃO! Não! - ela chorava e soluçava.

—Amy! - os dois acabaram ficando deitados de lado, ela perdendo totalmente as últimas forças que lhe restavam. -Amy. Amy… -ele sussurrava o seu nome em seu ouvido o mais suavemente que conseguia, tentando acalmá-la e consolá-la naquela momento.

Então ela parou de lutar e só chorou. As lágrimas se misturavam com a água do rio e seu corpo tremia e balançava conforme seus soluços. No meio deles, ela sussurrou:

—Draco… por favor… Draco… não… - ele quase não distinguiu as palavras no meio de tanto choro. Foi a coisa mais dolorosa que ouviu em toda a sua vida, e se sentia péssimo em não poder fazer nada.

Ele deixou que ela chorasse mas em seguida, ouviu passos de alguém se aproximando. Sua mãe e os comensais logo estariam ali e se ele não fizesse alguma coisa, algo muito sério poderia acontecer à garota. Ele tentou pensar em alguma coisa rápido. Amy levantou a cabeça assustada, ouvindo as pessoas chegarem, já sabendo o que aconteceria se eles a pegassem.

—Eles vão me matar. -ela sussurrou.

—Não! Amy… Amy… preciso que confie em mim. - ele disse, olhando nos seus olhos.

Amy olhou para ele e balançou a cabeça negativamente, já se afastando.

—Sinto muito. -ele disse, apontou a varinha para ela e lançou um feitiço do sono.

Ela sequer teve tempo de entender o que estava acontecendo antes de sua cabeça cair na água rasa e apagar. 

 

Amy acordou num lugar macio e quente. Olhou ao redor e viu paredes altas de pedras escuras e móveis refinados do mesmo tom. Estava num quarto elegante e neutro, com uma cama de casal, um guarda roupa grande, prateleiras de livros e uma enorme cortina preta. O perfume que exalava do travesseiro a fez entender onde estava. Levantou nervosa da cama e foi até a enorme janela de vidro. Um jardim belo e gigante se estendia à sua frente, mostrando a noite que já havia caído há algumas horas parecia. Amy se perguntou quanto tempo tinha dormido e foi então que se lembrou do que tinha acontecido mais cedo naquele dia, na floresta. Ela desacreditou, pensou que tinha sido apenas um sonho ruim mas a dor que sentiu ao lembrar foi tão forte em seu peito que só poderia ser verdade: seu pai estava morto.

O ar lhe faltou, mesmo que ela tentasse respirar fundo. Algumas lágrimas se formaram no conto dos seus olhos, mas ela não queria chorar. As lágrimas de nada adiantariam. Amy queria vingança. Queria acabar com cada Comensal da Morte que aparecesse na sua frente, acabar com Voldemort com as próprias mãos. Sua mãe foi morta por ele, seu pai foi morto pelos seus seguidores… se dependesse dela essa lista não aumentaria, nem que isso lhe custasse a própria vida.

Encarava fixamente a vista do jardim, as mãos e os lábios tremendo pela perda, quando ouviu a porta se abrir. Malfoy entrou meio eufórico, como se acabasse de sair de uma discussão, e parou de andar assim que a viu. Os olhos dela fixaram-se raivosos nele, e ele já entendeu que teria problemas.

—Me escuta primeiro. -Malfoy logo disse, erguendo a mão e pedindo calma.

—Você… -Amy começou a falar, mas sua voz tremeu de raiva.

—Eu não tenho nada a ver com o que aconteceu hoje! Não sabia que estavam atrás do seu pai… juro, só to tentando te ajudar!

—Eu não pedi a sua ajuda! - ela queria avançar nele, empurrar e bater até seu rosto sangrar, mas se segurou no lugar.

—Mas vai precisar. Não tem como você sair viva sem minha ajuda! O jogo virou, Amy!

Ela pegou a indireta de que antes era ela que oferecia ajuda para algo que ele precisava desesperadamente, e agora os papéis estavam trocados.

—Olha, eu disse pra eles que você não está mais com o Potter, que não tem notícias dele há meses e que o traiu…

—Eu não o trai! - ela quase gritou.

—Não importa! Não importa se é verdade ou não, você só precisa convencê-los de que pode e quer trabalhar do nosso lado!

Amy olhou fixamente para ele, esperando que falasse que era algum tipo de brincadeira, que debochasse dela ou explicasse, mas ele apenas continuou olhando para ela.

—O que? -ela perguntou por fim.

—Eu sei que parecesse loucura - ele disse se aproximando, as mãos ainda na defensiva - mas é a única forma disso funcionar.

—Você quer que eu trabalhe com os Comensais? Trabalhe pro Voldemort? Ele matou a minha mãe, matou o Cedrico e agora meu pai! Que tipo de salvação é essa? -ela falou indignada. Draco pareceu um pouco nervoso quando ela elevou a voz, mas Amy não ligou.

—Ou você convence todos aqui que você não está mais com o Potter e que pode ajudar a gente, ou eles te torturam e te usam para alcançar ele, depois te matam. Ou você acha que não te usarão como isca pros seus amigos e a Ordem? - ele disse com firmeza.

Amy não tinha pensado nisso. É claro que Harry, Rony e Hermione e até mesmo a Ordem agiriam se soubessem que os Comensais a tinham como refém, e tudo o que ela menos queria ela colocar essas pessoas no caminho de Voldemort.

—Eu não consigo fazer isso. -ela disse por fim.

Draco olhou para ela com os olhos preocupados porém determinados. Era totalmente estranho e desconfortável esse novo olhar dele: não tinha a raiva ou a superioridade que ela conviveu por cinco anos. Era um olhar sincero e preocupado, que confundia e instigava Amy sem ela perceber. Ele se aproximou dela e ela não se afastou.

—Amy… você é a pessoa mais insuportável, teimosa e durona que eu já conheci. Não é algo fácil mas você consegue conviver com uma dúzia de Comensais da Morte e mentir pra eles. Eu sei que você teve aulas de oclumência com o Snape. Use isso. Eu realmente sinto muito pelo o que aconteceu hoje, mas por favor, não saia morta da minha casa.

Amy analisou o rosto dele, tentando achar algum traço de mentira.

—O que te faz pensar que vão acreditar facilmente em mim, depois de tudo o que aconteceu?

Ele engoliu em seco.

—Não disse que vão acreditar facilmente. Eles com certeza vão te machucar e você vai ter que ser firme. O único problema é se usarem o soro da verdade, mas aí posso tentar eu mesmo fazer as perguntas e direcionar suas respostas. E colocaram um rastreador em você, caso desaparate. Se fugir eles vão te achar dez segundos depois.

Amy respirou fundo, olhando para o jardim à suas costas. Era loucura demais. Isso nunca daria certo. Amy sairia morta daquela mansão, ou pior, levaria seus amigos até ela. Tentou pensar em alguma solução. Ela não conhecia o ambiente, mas a casa provavelmente seria protegida demais para ela escapar, e mesmo que escapasse, estava com a merda do rastreador. Levaria alguns dias, talvez semanas para descobrir como tirar isso de si. Ela não via muitas opções.

—O que tenho que fazer agora? -ela perguntou com medo na voz.

—Eu disse pra eles que você pode nos ajudar com o Potter, e caso esteja mentindo, eu mesmo acabaria com você. Então acho que acreditam em mim. Minha tia vai te interrogar ainda hoje.

—Bellatrix? - o nome saiu num sussurro.

—Sim. Ela vai usar o crucio, com certeza. Você vai ter que convencer que não está mais com seus amigos.

Amy assentiu com a cabeça, mostrando que já tinha entendido esse ponto. Ela agradeceu por ter treinado oclumência nesse tempo que ficou fora de Hogwarts, caso alguém tentasse invadir sua mente, ela aguentaria segurar a verdade.

Houve uma batida na porta, e os dois se entreolharam nervosos, Draco se afastando dela.

—Entre. - ele disse seco.

Um homem com rosto fino e cabelos longos entrou no quarto, lançando um olhar voraz para Amy.

—Eles querem vê-la - ele disse.

—Já vamos. - Draco disse e esperou que o homem se afastasse pelo corredor.

As mãos de Amy tremiam suavemente e ela tentou não demonstrar o pânico que estava sentindo. Você não sabe nada do Harry, você o abandonou e pode ajudar a pegá-lo.

—Está pronta? - Draco perguntou.

—Não. - ela disse, mas mesmo assim os dois saíram do quarto para encontrar Bellatrix.


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Notas finais do capítulo

Eai, esperavam por isso? O que acharam? O que chutam que vai acontecer agora? Quero ouvir vocês!!!!
É isso, comentem, deixem uma recomendação (eu vou amar kkk).
Beijoos.



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