Harry Potter e... escrita por VSouza


Capítulo 46
Capítulo 11 - Na Torre de Astronomia


Notas iniciais do capítulo

Oláaa gente. Penúltimo capítulo do sexto livro, espero que gostem!!



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CAPÍTULO 11

Os estudantes olharam apavorados para ela. Um garoto da corvinal saiu correndo pelo corredor, sem olhar para trás.

—O… O que… o que faremos? -Rony disse nervoso.

Amy tentou pensar rápido, os comensais sairiam daquela sala a qualquer momento. Ela correu até a janela e lançou enormes faíscas vermelhas em direção ao céu, assim como os campeões deviam fazer se estivessem em perigo no Torneio Tribruxo. Hermione seguiu para a janela oposta e fez o mesmo, e depois todos os estudantes. Amy olhou o céu, repleto de fogos vermelhos e pensou que isso seria o suficiente para chamar a atenção dos aurores que guardavam Hogwarts naquela noite.

Rapidamente, ela se voltou com a varinha pronta para a porta da sala.

—Em posição! - ela gritou para o restante dos alunos e todos levantaram suas varinhas. Amy pegou o frasco de Sorte Líquida nas vestes e tomou, e viu Hermione e Rony fazerem o mesmo.

A qualquer momento… ela pensou nervosa, virando a varinha na mão.

Quando a porta se abriu, bem pouco e lentamente, uma onda de fumaça preta se estendeu de dentro da sala e tudo ficou completamente escuro. Amy sequer via sombras ou um palmo à sua frente, e o cheiro forte fez ela e os amigos tossirem. A surpresa a deixou sem reação e ela não soube o que fazer; os membros da Armada de Dumbledore poderiam muito bem acertar uns aos outros se tentassem atacar alguém.

—Amy? - ela ouviu Hermione suspirar assustada ao seu lado.

Amy deu um passo à frente, mas a escuridão era desorientadora, e ela não tinha certeza absoluta para que lado estava virada. Só conseguiu se localizar um pouco quando ouviu passos apressados passarem ao seu lado. Malfoy com certeza tinha um jeito de conseguir se orientar naquela escuridão. Se aquilo era o que ela estava pensando (o Pó de Fred e Jorge), o efeito passaria em alguns minutos. Ela tinha dúvidas se falava para os amigos tentarem avançar pelo corredor, pois eles podiam dar de cara com Comensais preparados para atacarem eles.

—Não se movam! -Amy disse para os demais.

De novo, ela ouviu mais passos à sua frente, e depois tudo ficou em silêncio. Como se amanhecesse, após alguns minutos, a escuridão foi morrendo, e ela começou a enxergar as sombras, depois seus amigos. Para a sorte dela, todos estavam ali e estavam bem, mas a porta da Sala Precisa estava aberta e nenhum Comensal estava à vista.

—Vamos! - Amy disse, erguendo a varinha e correndo pelo corredor. Hermione e Rony foram ao seu lado, e o resto dos alunos atrás deles.

Não foi difícil achar a confusão. Dezenas de alunos passavam correndo e gritando pelos corredores e Amy ouviu o som de batalhas mais a frente. Quando chegaram mais perto, viram que a guarda de Dumbledore tinha respondido aos fogos vermelhos e agora estavam bem à sua frente, lutando ferozmente com os comensais: Lupin, Tonks… contra uns dez comensais.

Assim que o grupo de estudante chegou, chamou a atenção de uns 4 comensais que começaram a duelar. A adrenalina tomou conta do corpo da garota e então ela arremessava e se defendia de feitiços com muita rapidez. Alguns comensais saiam pelos corredores, se espalhando pelo castelo e criando um verdadeiro caos. Ela seguiu alguns deles, Rony e Hermione por perto, quando viu Malfoy se afastando da luta.

Uma raiva ardente cresceu dentro dela. Aquele filho da puta colocou os comensais dentro do castelo e agora qualquer um poderia ser morto ou ferido por causa dele. Amy saiu correndo na direção dele e o seguiu até a entrada da torre de astronomia, enquanto inúmeros alunos passavam aos gritos em volta dela, empurrando e bloqueando sua passagem. Um comensal saiu da porta que dava para a Torre, fazendo um sinal positivo com a cabeça, e então Malfoy passou pela porta e sumiu escadas acima.

Os olhos do comensal foram atraídos para ela como um imã. Rapidamente, ela levantou sua varinha e os dois lançaram feitiços, fazendo os alunos ao redor dela se abaixarem e gritarem. Ela pareceu ter sorte, que alguns feitiços desviaram dela, e em poucos segundos ela conseguiu estuporar o homem. Correu até a escadaria, mas diminuiu o passo quando começou a subir; não queria anunciar sua presença para Malfoy.

Mas quando chegou perto do topo, para a sua surpresa, ouviu a voz de Dumbledore, assustadoramente fraca, o que deixou um pouco de preocupação no alívio de saber que o diretor tinha retornado. Com o canto do olho, Amy avistou alguém se mexendo no espaço ao lado dela. Ela ergueu a varinha, mas era Harry que estava ali, os olhos atentos, a roupa e o cabelo levemente molhados. Ele levou um dedo aos lábios, pedindo silêncio. Amy assentiu levemente com a cabeça e se aproximou dele, apontando a varinha para cima, na direção de Malfoy, assim como o amigo. Eles estavam no espaço abaixo de Dumbledore e Malfoy, e Amy conseguia ver os dois entre os buracos de ferro no chão.

—Draco, Draco, você não é um assassino. -disse o diretor, com a voz fraca.

Essas palavras fizeram o coração de Amy saltar um pouco. Malfoy não poderia estar realmente pensando em matar Dumbledore assim, cara a cara. Mas foi então que Amy percebeu que o diretor estava com as mãos vazias, sem sua varinha.

—Você não sabe do que eu sou capaz! -Malfoy disse com tremores na voz e no corpo. Mesmo ali debaixo, Amy podia ver o medo nos olhos dele.

—Você está com medo de agir antes dos seus amigos chegarem. Não quer fazer isso por si só. -disse o diretor, com calma na voz, mesmo naquele momento.

Amy mantinha os olhos no menino, atenta a cada movimento dele. As respirações dela e de Harry pareciam estar sincronizadas naquele momento de tensão.

—Eu não tenho opção! Ele me matará, matará minha família inteira! - Malfoy disse mais pálido do que nunca.

Neste momento, Amy e Harry ouviram passos subindo a escadaria, e os dois se esconderam na escuridão. Para a preocupação deles, uns três comensais subiram para onde estavam Dumbledore e Malfoy. De cara, o coração agora batendo a mil, Amy apontou a varinha para Bellatriz Lestrange, que tinha os olhos cheios de triunfos ao ver aquela cena.

—Dumbledore acuado, ora, ora! Muito bem, Draco, muito bem! -disse a mulher na nuca do menino. Malfoy claramente estava mais apavorado agora.

—Faça agora, Draco, ou fique contra nós. -disse o outro comensal.

—Isso não é necessário, Amicos. -falou Dumbledore.

Amy e Harry apertaram as varinhas nas mãos, o sangue correndo gelado por suas veias naquele momento, quando uma sombra à direita deles chamou a atenção. Snape estava parado ao lado da escada, apontando a varinha para os dois. Amy ficou paralisada por um momento, incerta do que pensar ou achar, quando Snape levou o dedo aos lábios, num gesto de silêncio. O professor então se dirigiu ao espaço de cima, silenciosamente, enquanto ainda rolava a conversa dos comensais.

—Basta. - Snape disse e todos olharam para ele.

Por alguns segundos, Amy sentiu alívio. Tudo parecia estar melhor por uma respiração, até ela ouvir algo que fez seu corpo se contrair de medo. Um sussurro, um sussurro que foi audível por todos ali, que causou um terrível assombro neles.

—Severo…

A voz de Dumbledore saiu fraca, suplicante, pela primeira vez na vida. Nesse momento, sem motivo algum, Amy abaixou a varinha, a mente anestesiada por aquele nome, por aquela voz. Um tremor percorreu o seu corpo, e não existia mais nada no mundo além de Dumbledore e Snape, frente a frente.

—Severo… por favor…

Snape levantou a varinha e apontou para Dumbledore.

—Avada Kedrava!

O jato de luz verde atravessou a masmorra e atingiu seu alvo do outro lado, lançando-o para trás, para o ar, torre abaixo.  

O ar saiu dos pulmões dela de forma pesada e dolorida, enquanto as lágrimas borraram sua visão num segundo. Ela largou a varinha involuntariamente, um zumbido invadindo seu ouvido e causando um forte mal estar e uma forte dor, ela não sabia dizer onde.

Não… não pode ter acontecido… não…

—Fora daqui. Rápido! -Snape disse e os cinco começaram a se mexer, descendo as escadas rapidamente.

Amy não conseguia olhar para Harry. Não sabia qual era a reação dele, não sabia se ele sequer estava ali ainda. Mas ele estava, e alguns segundos depois que Snape saiu da masmorra, Harry saiu correndo atrás dele. Por um momento, ela não fez nada, mas então a ação voltou para seu corpo e ela pegou sua varinha no chão e saiu correndo também.

Estava um caos total no castelo. Assim que saiu pela porta das escadas, Amy viu Harry se distanciar ao longe, e um comensal da morte duelando com dois alunos do sexto ano.

—Estupefaça! -ela gritou com raiva e atingiu o homem, correndo para onde viu Harry.

Quando ela avistou Rony, Hermione e Lupin duelando à frente, não parou ou olhou para eles, apenas seguiu reto. Ela não sabia para onde estava correndo, só aumentou o passo quando chegou perto do saguão de entrada. Para a sua surpresa, Malfoy e Snape estavam ali, duelando com um membro da ordem, mas nenhum sinal de Harry. Ela correu pelos degraus da escada em direção aos dois, a raiva dominando seu corpo e sua mente, mas antes que chegasse perto, foi arremessada contra o corrimão por um feitiço.

Ela gritou quando seu corpo bateu com força contra as pedras e sua varinha caiu da mão. Antes que ela pudesse localizá-la, viu um comensal se aproximar e apontar para ela. Amy conseguiu se esquivar com o corpo do feitiço, que explodiu as grossas colunas do corrimão atrás dela. Ela se levantou rápido, mas o homem já estava à sua frente, estendeu os braços para empurrá-la seis metros em direção ao chão. Amy conseguiu segurar os braços dele e girar o corpo, fazendo com que ele que ficasse na beirada da escada, e não ela, mas a força dele era maior que a dela, e a garota foi puxada para a queda também, quando alguém agarrou seu braço e sua cintura, a puxando de volta para trás.

Os dois caíram no chão com força, e Amy não demorou para perceber quem era a pessoa. Assim que seus olhos focaram em Malfoy, a raiva preencheu suas feições.

—Amy… - não importa o que ele quisesse falar, ela não queria ouvir, apenas matar aquele garoto, fazê-lo sofrer.    

Ela avançou, tentando agarrar seu pescoço com as mãos, mas alguém puxou o menino para longe dela. Malfoy levantou aos tropeços com a ajuda de Snape, e os dois saíram correndo pelas escadas, chegando ao lado de fora do castelo.

Nesse momento, Harry passou como um raio por ela, atrás de Snape. Amy recuperou sua varinha e sequer teve tempo de respirar fundo, quando um outro comensal, que estava descendo as escadas, passou ao lado dela, jogando feitiço na direção dos alunos que corriam desesperadamente. Para a surpresa dela, Damon apareceu de um dos corredores e começou a duelar com ele. Amy cambaleou até os dois, quando viu o irmão ser arremessado para trás e cair perto de uma parede. O comensal ergueu a varinha e estava prestes a lançar um feitiço, quando Amy apontou para ele e gritou sem pensar.

—Avada Kedrava!

Pela primeira vez na vida, o jato verde saiu da sua varinha e atingiu uma pessoa, que caiu sem vida na frente do seu irmão.

Damon olhou chocada para o corpo, depois para Amy, que tinha os olhos vidrados no homem. Um enorme tremor atingiu seu corpo, ao perceber o que tinha acabado de fazer.  Damon se levantou rápido e abraçou a irmã, virando o rosto dela pro outro lado.

Ela viu os alunos ainda correndo para fora do castelo, enquanto o zumbido no seu ouvido só parecia aumentar. Não parecia que havia mais comensais pelo castelo, deviam ter fugido, já que a missão estava cumprida.

Foi então que Amy se lembrou do que tinha acabado de ocorrer na torre de astronomia. Um forte vazio invadiu seu corpo, e ela saiu do abraço de Damon e começou a andar lentamente para fora do castelo.

—Amy? - Damon perguntou preocupado e seguiu a irmã.

Ela não falou nada, apenas continuou a andar para debaixo da torre de astronomia. Uma pequena multidão já se reunia, alunos arrasados e alguns professores em choque. Amy atravessou a pequena multidão, se aproximando lentamente do corpo, deixando seu irmão chocado para trás.

O maior bruxo de todos os tempos estava de olhos fechados e uma fina linha de sangue escorria de sua boca. Amy se ajoelhou ao lado dele, apenas olhando seu rosto, ainda sem poder acreditar que aquilo tinha mesmo acontecido.

As pessoas começaram a abrir caminho à sua frente, e quando Amy olhou para cima Harry estava vindo em sua direção, os olhos fixos no corpo de Dumbledore. Hagrid vinha logo atrás, os olhinhos incrédulos. Amy acompanhou o amigo se aproximar, finalmente uma lágrima escorrendo dos olhos dela. Ele se abaixou na frente dela, encarando com os olhos fixos e arrasados o rosto do diretor, e então estendeu as mãos para o bolso na sua vestes e tirou de lá um medalhão dourado, pendurado numa fina corrente de ouro.

Amy olhou para o objeto e logo percebeu que era a horcrux que eles saíram para achar mais cedo naquela mesma noite; parecia ter sido anos atrás. Harry abriu o medalhão, tirou um pequeno papel de dentro e leu com atenção.

Os olhos dele ficaram confusos e mais arrasados ainda.

—Falsa. -ela conseguiu ouvir ele suspirar, como se não acreditasse, e então ele abaixou a cabeça e as lágrimas caíram.

Amy abaixou os olhos, mas não chorou. Tudo parecia surreal demais para acreditar naquela noite, ela se sentia perdida e devastada. Após algum tempo, alguém repousou uma pequena mão em seu ombro, e ela ouviu Gina dizer:

—Amy… Amy, vamos para a enfermaria. Estão todos esperando.

No mesmo momento, Hagrid se aproximou de Harry do outro lado, pedindo que ele se levantasse e saísse de lá, mas Harry não deu ouvidos ao amigo. Gina deu um aperto no ombro da amiga e se levantou. Amy levantou logo em seguida e foi até Harry, se agachando ao seu lado. Ele repousou sua mão sobre a dele, que agarrava a horcrux com força.

—Harry. Vamos.

Bastou um pequeno puxão e Harry se levantou com ela. Ele segurou sua mão e ela o guiou até a enfermaria.


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Notas finais do capítulo

Eai, o que acharam?

Me contem!!!
Beijos até o próximo!!



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