Harry Potter e... escrita por VSouza


Capítulo 4
Capítulo 5 - Green, Wesley e muita pedra


Notas iniciais do capítulo

Oii gente, mais um capítulo pra vocês!! Esse daqui dedico à Lyra Black, por ter sido a primeira a comentar as historia. Muito, muito, muito obrigada :D ♥



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CAPÍTULO 4

Amy escorregou por um cano escuro e viscoso, cheio de bifurcações. Era o cano mais longo que ela já vira, pareceu escorregar por longos minutos até que finalmente caiu num chão rochoso e imundo.

—Ai- ela disse com o baque, mas logo se levantou e saiu do caminho para que Rony não caísse em cima dela.

Ela limpou suas vestes e ajudou Rony e Harry a levantarem quando eles caíram. Em seguida, acendeu sua varinha para amenizar a escuridão.

—Devemos estar a quilômetros abaixo da escola, talvez embaixo do lago- Rony disse.

Amy observou os restos de ossos e crânios de pequenos animais no chão, e torceu para que Gina Wesley estivesse bem diferente.

—Lumus –murmurou Harry – Vamos por aqui –ele disse o os três o seguiram.

Amy foi atrás de Harry, seguida por Lockhart e Rony, que apontava sua varinha remendada para o professor.

—Lembrem-se, qualquer sinal de movimento, fechem os olhos –Harry falou.

—Até parece que estamos no covil da Medusa - Amy comentou.

Com esse comentário, Harry percebeu que não sabia nada sobre a família da menina, se ela era uma puro sangue ou nascida trouxa. Provavelmente uma puro sangue, se não ela seria completamente maluca se estivesse indo atrás de um monstro que atacava nascidos trouxas. Eles andaram por alguns minutos no chão cheio de ossos, sem falar pra não fazerem mais barulho. Suas sombras na parede lhe pregavam peças na mente.

—Tem alguma coisa ali – Rony disse e os quatro pararam imediatamente, a respiração acelerada.

Amy e Harry trocaram olhares e seguiram na frente, as varinhas levantadas. Era algo imenso e curvilíneo. Por um segundo ela pensou que fosse o basilisco, mas então notou que era... uma pele de cobra imensa, de no mínimo sete metros de comprimento.

—Caramba. - disse admirada e chocada.

Rony se aproximou um pouco, mas parou quando ouviram um barulho atrás deles. Lockhart tinha desmaiado.

—Que mané, não? – Rony disse e foi cutucar o professor.

Porém, o professor se levantou num pulo e atacou Rony. Amy correu para os dois e Harry deu um pulo à frente, porém tarde demais. Lockhart já estava com a varinha de Rony nas mãos e apontava para o trio.

—A aventura acaba aqui meninos. Todos ficarão muito tristes quando eu voltar com um pedaço dessa pele e falar que não houve tempo de salvar a menina, e como vocês enlouqueceram ao ver seu corpo dilacerado. Digam adeus às suas memórias.

Aconteceu tudo muito rápido. Ao mesmo tempo em que Lockhart gritou Obliviate, Amy e Harry gritaram Expelliarmus, e o professor foi arremessado para longe. Então pedras e lascas começaram a cair por todo lado, criando uma nuvem imensa de poeira. Amy se jogou para frente, a cabeça protegida pelos braços. Rony se abaixou perto de uma das paredes e Harry fugiu para perto da pele da cobra, desviando dos pedaços da caverna que caiam. Quando tudo parou, havia uma enorme parede de pedras separando Harry dos outros.

—Harry! Harry! –gritaram Amy e Rony.

—Estou aqui! Estou bem! –  eles ouviram o menino gritar do outro lado.

—O que faremos? –Rony perguntou. – Vai levar séculos para tirar isso.

Amy avaliava a parede, preocupada. Rony tinha razão, levaria anos para tirar aquilo. Gina não tinha aquele tempo.

—Eu vou sozinho. –Harry disse de repente do outro lado.

—O que? Não! Nem pensar. É muito perigoso, Harry. –Amy gritou.

—Não temos outra opção. Eu vou ficar bem. Enquanto isso, tentem tirar algumas dessas pedras para podermos voltar.

Os três ficaram em silêncio por alguns segundos. O coração de Amy estava apertado de medo.

—Te vejo daqui a pouco- Rony disse rouco.

—É. –Harry disse. Ele esperou que Amy falasse alguma coisa, mas não ouviu nada, então se virou e começou a andar.

—Boa sorte, Potter. – A voz de Amy ecoou pelo túnel. Ele fechou os olhos, inspirou fundo e continuou seu caminho.

Do outro lado da parede, Rony e Amy começaram a tirar algumas pedras. Rony notou que Amy estava realmente apreensiva, e tentou acalmar a colega.

—Sabe, ele vai ficar bem. Ano passado, para achar a Pedra Filosofal, ele teve que seguir sozinho também, e enfrentou o próprio Voldemort. Não pode ser pior dessa vez. Harry é corajoso e esperto. Vai se sair bem.

—É. Ele é muito corajoso. E você também Rony. Tem que ter coragem pra entrar naquela floresta.

—Eu? Ah... – Rony corou levemente – Bem, tinha que ser feito. Hermione precisava de nós.

—Como ficaram sabendo? Que a Câmara foi aberta cinquenta anos atrás.

—Harry achou um diário mágico no chão do banheiro feminino. Ele continha algumas lembranças dessa época que tudo aconteceu. Além disso, em elfo doméstico alertou ele.

—Um elfo doméstico? –Amy pareceu desacreditada enquanto tiravam as pedras.

—Sim. Dobby é o nome dele. Foi ele que fechou a passagem em King’s Cross para que Harry não voltasse à Hogwarts. Ele enfeitiçou o balaço para atacá-lo também.

—Ele estava tentando salvar sua vida ou matá-lo?

—Dobby tem um jeito estranho de lidar com as coisas.

—Então... vocês parecem sempre estarem em encrencas.

—Ah, é. Eu, Harry e Mione já nos metemos em muitas. Ano passado encaramos uma cão gigante de três cabeças, um visco do diabo, um teste com venenos e um jogo de xadrez bruxo onde nós éramos as peças, tudo para conseguir pegar a Pedra Filosofal antes de Voldemort.

—Que demais! –Amy sorriu.

—Demais? A maioria das pessoas diria que foi perigoso, horrível.

—Bem, tenho certeza que o seu primeiro ano foi mais memorável que o meu.

Rony ia dizer alguma coisa, mas ouviram um gemido de dor. Os meninos se encararam. Tinham esquecido completamente de Lockhart. Eles correram até onde ele tinha sido jogado, Amy com a varinha erguida caso ele tentasse alguma coisa. O professor os olhou confuso, logo deu um sorriso.

—Olá. Quem são vocês? –então ficou muito mais confuso – Quem sou eu? Onde estamos?

Amy e Rony se olharam espantados. O feitiço da memória tinha saído pela culatra.

—Essa não. –Amy disse. – O que faremos com ele?

Rony pegou uma pedra média e bateu de leve na cabeça do professor. Ele caiu desacordado de novo.

—Vamos. Tem muita pedra ainda.

Amy deu de ombros seguiu o colega.

Eles continuaram a trabalhar por mais meia hora e finalmente abriram um espaço que dava pra uma pessoa passar. Amy sentiu vontade de atravessar e ir atrás de Harry. Sabia que Rony queria o mesmo, estava apreensivo pelo amigo e pela irmã, mas isso não foi necessário. Poucos minutos depois eles ouviram passos do outro lado da parede.

—Rony! Amy! – Harry gritou.

—Gina?! Harry! – Rony se esgueirou para ver do outro lado – Você está viva!

Uma grande ave vermelha passou pelo buraco, depois Gina que correu chorando para o irmão. Em seguida Harry atravessou com uma espada e um chapéu em mãos. Ele olhou para os Wesleys abraçados. Depois, seus olhos encontraram os de Amy, que sorriu de alívio ao ver o colega. Ela correu e o abraçou com força.

—Onde conseguiu uma espada? E de onde veio esse pássaro?  -Ela perguntou se afastando dele.

—Longa história. O pássaro é de Dumbledore. Conto tudo quando sairmos daqui.

—E como vamos sair daqui? Como vamos subir de volta? –Rony perguntou, ainda abraçando a irmã.

Nenhum dos três parecia ter ideia de como voltariam, até que o pássaro planou até eles e ergueu as penas da cauda.

—Acho que ela quer que você agarre...-Amy disse a Harry.

—Você é muito pesado para um pássaro, Harry! –Rony disse.

—Fawkes é um pássaro especial. Vamos. Gina segure em Rony e em Lockhary. Amy segura na outra mão de Rony e na minha. Fawkes nos levará para cima.

Todos deram as mãos e Harry segurou no pássaro. Quando ela levantou voo, Amy se sentiu a pessoa mais leve desse mundo. Foi um alívio sentir o vento no rosto depois de tanto tempo num lugar fechado e escuro.  A viagem acabou tão depressa que ela quase ficou decepcionada. Todos saíram pelo cano no banheiro feminino.

—Ah, vocês estão vivos. –Murta se lamentou.

Ninguém ligou para o fantasma da menina, apenas seguiram Fawkes que tomou a dianteira até a sala de Minerva.


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Notas finais do capítulo

É isso gente, me falem o que acharam!! Críticas, comentários, elogios, enfim!!
Beijono6, até o próximo capítulo.



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