Harry Potter e... escrita por VSouza


Capítulo 34
Capítulo 9 - A Adaga de Bellatrix


Notas iniciais do capítulo

Oieee!!! Voltei!!!

Gente, novo capítulo cheio de ação e emoções para vocês!! Espero que gostem!!



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CAPÍTULO 9

Amy soltou um grito, um grito de desespero, ao mesmo tempo que Harry a largava e avançava para o portal. As lágrimas borraram sua visão e ela demorou para reconhecer que era Lupin que envolveu Harry com os braços e o impediu de pular no portal, atrás do padrinho.  

—NÃO! NÃO! SIRIUS! SIRIUS! -Harry berrava, enquanto se debatia contra Lupin.

—Harry… Harry, não podemos fazer nada! Harry… -Lupin lutava para manter o garoto em seus braços.

—SIRIUS! NÃO! NÃO!

Então um som se sobressaiu acima dos gritos de Harry: a risada estridente de Bellatrix, que fugia degraus acima.

—Eu matei Sirius Black! - ela gritava e ria.

Harry se virou para ela, o olhar furioso, e se soltou dos braços de Lupin, correndo em direção à bruxa. Amy esqueceu de sua ferida, esqueceu que sangrava loucamente; se levantou e seguiu o amigo, não se importando com mais nada. Ela sabia que Lupin vinha logo atrás dela, mas quando entrou na sala circular cheias de porta e seguiu Harry por uma, ouviu a porta bater atrás dela e Lupin ficar para trás.  

Amy não conseguia acompanhar Harry por causa da perna, mas tinha visto qual caminho e porta ele tinha seguido. Por um breve momento, ela o perdeu de vista, mas quando irrompeu no saguão de entrada do ministério, viu que Harry e Bellatrix estavam atrás da fonte gigante. Ela correu até eles, a varinha em mãos, e Bellatrix, apesar de estar no chão e com a varinha de Harry mirada em seu coração, tinha um sorriso no rosto, e Harry tinha um olhar assustado, que só piorou quando viu Amy correndo em sua direção.

—Amy! -ele gritou.

Então alguma coisa deteve ela. Uma mão fria e com unhas grandes agarrou seu pescoço. Ela sentiu alguém se aproximar por trás, como se a pessoa tivesse cercada de gelo seco. Sentiu o pânico percorrer cada veia e músculo de seu corpo, quando uma voz aguda e fria falou ao seu ouvido.

—Então, você é a garota que destruiu minha profecia? -disse Voldemort

Sua respiração falhou. A expressão de medo e fúria de Harry, que era a única coisa que Amy via, foi borrada pelas lágrimas e alguns pontos pretos em sua visão.

—Solta ela! -ele gritou.

—Não… ela merece sofrer pelo o que fez. -disse Voldemort, e Amy gritou quando sentiu seu corpo ser puxado para trás, como se estivesse amarrada em uma corda. Ela voou pelo ar e caiu dentro da fonte, seu corpo se prendendo contra o chão. Ela engoliu água, muita água, e seu desespero só aumentou quando viu seu sangue se misturar ao líquido incolor. Amy tentou inutilmente gritar, as bolhas subindo à sua volta como se estivesse em água fervente.

Valeu a pena morrer pelo Potter, Amélia? Ela ouviu a mesma voz fria, como se Voldemort estivesse falando bem ao seu lado. Por alguém que nunca sentiu nada por você? Que escondeu coisas de você? Por alguém que prefere outra?

Então a cena de Harry beijando Cho Chang apareceu em sua mente… e Amy se lembrou de Harry escondendo o que acontecia nas detenções com a Umbridge. Por que ele contaria à ela, afinal, ele nunca confiou de verdade em Amy! Para ele, ela era apenas a menina intrometida que os seguiu pela Floresta Proibida e não desgrudou mais do seu pé e de seus amigos. Ele não gostava de Amy, ele aturava Amy.

Você terá o mesmo destino que a sua mãe, Amélia!, disse Voldemort em sua mente.

Ela se debateu, os pulmões ardendo com a falta de ar e o excesso de água. O vermelho do seu sangue se espalhava cada vez mais ao seu redor, e por um segundo, ela achou que seria um alívio morrer… quem sabe encontraria a mãe?

Mas então seu corpo subiu pela água e ela sentiu o forte impacto contra o chão frio e duro. Amy cuspiu quase meio litro de água fora, mas isso não foi bem um alívio. Ela sentia o seu corpo mole, muito dolorido, e sua cabeça ardia e doía. Ela quis ficar dias ali, deitada no chão frio, sem se mexer, mas Voldemort a fez ficar de joelhos, e Amy ergueu a cabeça.

Harry estava à sua frente, paralisado e arfando, os olhos cheios de lágrimas. Bellatrix estava rindo logo atrás dele, e então Amy viu a figura mais assombrosa de toda a sua vida: alto, magro, muito pálido, a cara parecida com a de uma cobra e penetrantes olhos vermelhos. Lorde Voldemort em pessoa.

—Contudo, Amélia, irá morrer na frente do Potter! -ele disse e ergueu a varinha.

Amy encarou a ponta dela, sabendo que era o seu fim, sabendo que morreria com medo e incapacitada. Então olhou Harry nos olhos, aqueles lindos e profundos olhos verdes, que estavam cheios de pavor no momento. Sabia que os pensamentos que teve na fonte eram mentiras, mentiras de Voldemort. Ela queria que Harry fosse sua última visão desse mundo.

—Solta ela, Tom. -disse uma voz calma à esquerda dela.

Amy arfou de tanto alívio que sentiu naquele momento, ao ver Alvo Dumbledore entrar no saguão, os olhos furiosos e a varinha em mãos.

—Dumbledore. - sussurrou Voldemort.

—Eu não vou pedir de novo. -Dumbledore disse e Amy sentiu seu corpo livre do feitiço. Bem lentamente, ela se colocou de pé, mas não ousou se mexer mais. Voldemort ainda estava ao seu lado. - Os aurores já estão à caminho, Tom.

—Nessa hora eu já terei partido, e você -Voldemort abriu um sorriso- estará morto!

Ao menor movimento da varinha dos dois, Amy  e Harry correram em direção um ao outro, e Harry os jogou no chão quando se trombaram, bem no momento em que os feitiços de Voldemort e Dumbledore se encontraram à um metro e meio à esquerda deles.

Sem olhar para trás, eles correram cambaleando para longe dos dois, mas  tentando ficar na diagonal de Dumbledore. Bellatrix correu para um canto também, os olhos esbugalhados com o duelo à frente. Como aconteceu na Armada de Dumbledore, a energia dos dois feitiços criou uma enorme explosão, mas isso não derrubou nenhum dos dois. Voldemort ergueu a varinha e uma enorme labareda saiu em direção à Dumbledore. Como resposta, o diretor acenou com a varinha para a fonte e toda a água se ergueu e foi em direção ao Lorde das Trevas. Mas isso não adiantou muito, pois Voldemort fez algo com a varinha que Amy não compreendeu, e todos os vidros de todos os cantos do saguão de entrada explodiram numa chuva de cacos. Amy e Harry tentaram se proteger, mas ela sentiu sua pele e roupa serem cortadas superficialmente mesmo assim.

Quando ela ergueu a cabeça, Voldemort não estava mais lá. Ela olhou em todas as direções, mas nenhum sinal do Lorde das Trevas. Então aconteceu algo: Harry pareceu engasgar e caiu de costas no chão.

—Harry! - ela gritou.

Dumbledore veio imediatamente. Harry gritava e perdia o fôlego, e quando ele abriu os olhos, não estavam verdes. Estavam vermelhos, como os de Voldemort.

—Me mate, Dumbledore. Acabe com a dor do menino. -Harry disse.

Amy levou a mão a boca, horrorizada, enquanto Harry gritava e se contorcia no chão.

—O que está acontecendo? - ela gritou desesperada.

—Ele está sozinho com Voldemort em sua mente. - disse Dumbledore, aflito.

Os olhos dele voltaram a ficar verdes por alguns segundos e Amy viu a dor e angústia neles. Ela tinha que fazer alguma coisa.

—Não, não, não… ele não está sozinho! - ela disse e se ajoelhou ao seu lado, aproximando seus rostos - Harry você não está sozinho, não está… eu estou aqui… Harry, por favor…

Amy chorava, molhando o seu rosto e o rosto dele.

—Por favor, não desiste… não desiste…

Então ele parou de gritar e de se contorcer, os olhos voltaram ao normal e ele recuperou o ar. Amy respirou aliviada e abraçou o amigo, que respirava com dificuldade.

Então vozes assustadas encheram o saguão, vozes demais. Guardas e funcionários chegavam pelas lareiras, alguns ainda vestindo seus pijamas, outros gritando Ele estava ali! O Lorde das Trevas, ali! Eu vi!

—Você está bem, Harry? - perguntou Dumbledore, enquanto Harry se sentava.

—Estou. -ele disse com a voz fraca.

—Dumbledore? O que… - Amy viu o ministro se aproximar, completamente confuso e perplexo.

—Falo com você num minuto, Cornélio. Primeiro preciso mandar meus estudantes para Hogwarts -disse Dumbledore depressa.

Ele enfiou a mão no bolso e pegou um pequeno tinteiro preto.

—É uma chave de portal. -disse para Amy e Harry quando eles se levantaram. - Seus colegas voltarão para lá tão depressa também, mas primeiro irei levar vocês.

—Mas… - Harry começou a falar.

—Agora, Harry! -disse Dumbledore, e os dois encostaram no tinteiro.

Amy sentiu a já conhecida torção no umbigo e tudo virou uma bagunça de cores e formas. Quando tudo parou de girar, ela sentiu seu pé bater no mármore do escritório e gritou quando caiu no chão, a mão agarrando a coxa machucada.

—Amy! -Harry gritou, se agachando ao seu lado.

—Estou bem… estou bem…

—Amy, você precisa ir à enfermaria imediatamente - disse o diretor, acenando com a varinha,  e uma luz branca saiu da ponta e atravessou a porta, sem Amy conseguir distinguir a forma o patrono.

—Eu vou com ela! -disse Harry, ajudando Amy a se levantar.

—Não, Harry. Pedi ajuda para Amy. Eu e você devemos conversar. - disse o diretor, com calma.

—Não! Eu vou com ela. -ele disse bravo.

—Harry, está tudo bem. Eu consigo. -Amy disse, demonstrando mais força do que realmente tinha naquele momento.

A dor em sua perna parecia crescer a cada segundo, e tudo o que ela queria era chegar logo na enfermaria.

—Eu não quero te deixar! -Harry disse com a voz trêmula.

Amy o abraçou, quase não acreditando que os dois estavam vivos e seguros em Hogwarts.

—A gente se vê daqui a pouco, eu prometo. -disse com a voz abafada. Ela sentia muita dor agora, mas relutava em demonstrar. - Vocês precisam conversar… a gente se vê depois.

Por mais que ela quisesse ficar com Harry, sabia que Dumbledore tinha muito que conversar com ele. Harry ficaria furioso com o diretor, provavelmente.

—Harry, sente-se… -pediu o diretor calmamente, mas firme.

Harry encarou Amy por alguns segundos, que assentiu com a cabeça positivamente. Ele tremia levemente quando ela abriu a porta e saiu.

Assim que fechou a porta atrás de si, Amy despencou no chão, a mão cobrindo a boca para não fazer nenhum barulho e chamar a atenção de Harry na sala. Com muita dificuldade ela conseguiu descer a escada, mas a cada degrau ela sentia sua perna doer com mais intensidade. Ela pressionava a ferida, mas o sangue jorrava mesmo assim, pingando no chão por onde ela passava. Cada passo que dava para longe do escritório parecia piorar a dor e abrir um buraco em seu peito.

Ela chorava, só não sabia mais se era por causa da ferida, pelo medo que sentiu de morrer alguns minutos atrás, pelo medo que sentiu de perder os amigos, ou pela perda de Sirius.

Ele se foi… Sirius se foi…

A lembrança de se afogar na fonte, de Sirius passando pelo portal, de Bellatrix atacando Hermione, tudo passava por sua cabeça em flashes, e a cada passo ela perdia mais forças e chorava mais, pensando que não conseguiria chegar a enfermaria afinal.

Sirius está morto…

Amy se encostou numa parede e levou as mãos ao rosto, sujando-o com o próprio sangue, e apertou o colar que ganhou de natal com força. O ar parecia se recusar a entrar em seus pulmões, e ela tremia, mas não porque ainda estava toda molhada. Tinha a sensação que sua perna pegava fogo e ela sentiu seu corpo perder todas as forças e tombar para trás.

Mas antes que batesse no chão, ela foi amparada por alguém. Apesar das lágrimas borrarem sua visão, ela reconheceu Severo Snape.

—O que aconteceu, Green? Cadê o Potter? - ele perguntou ansioso.

—Com Dumbledore. - ela disse sem forças.

Ela viu que ele fez mais uma pergunta, mas ela não ouviu, a dor em sua perna estava intensa demais e parecia ofuscar seus outros sentidos. Snape a chamava sem parar, em vão, até que finalmente a ergueu em seus braços e começou a andar. Amy gritou e chorou mais com a dor que o movimento provocou. Além da dor, só um outro pensamento ocupava sua mente.

—Sirius… Sirius… ele se foi.. - ela murmurava entre o choro.

Ela apertava com força o braço do professor, machucando-o, mas sequer percebeu. Pareceu levar uma eternidade até os dois chegarem na enfermaria e Snape a deitar na cama.

—Amy?! - ela ouviu a voz de Hermione, Rony e Gina, mas não enxergou eles.

Tudo o que ela sentia era a dor na perna, e tudo o que conseguia fazer era senti-la. Snape rasgou o pedaço de sua calça onde o corte estava com a varinhas, e Amy ouviu a enfermeira falar alguma coisa.

—Não perca seu tempo, Popula, isso é Magia Negra. Eu cuido disso. -ouviu Snape dizer.

Amy só lembra de sentir muito mais dor e de gritar, quando tudo ficou escuro.


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Notas finais do capítulo

Eaiiiii? O que acharam??? Me ontem, me contem!!!

Vocês não tem ideia de como estava ansiosa para escrever esse capítulo (e o proximo também.) Pensei nele durante anos a minha vida!!!

Próximo capítulo é o ultimo de A Ordem da Fênix, então não percam por nada!!!! Sério!!!!

Beijos, até!!



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